O último pregão da semana foi marcado pela tomada de risco na maioria dos mercados, aqui e lá fora, diante do ressurgimento de expectativas em relação a um pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos. A exceção do dia foi o Ibovespa, que caiu puxado pela queda de Petrobras e de algumas exportadoras. O maior destaque da sessão, contudo, foi a queda de mais de 1% do dólar ante o real, em um movimento alinhado com as demais emergentes, mas que ajudou a interromper uma sequência de quatro semanas seguidas de valorização da divisa americana ante a brasileira. No fim, a moeda dos EUA cedeu 1,11%, a R$ 5,5264 no mercado à vista, acumulando recuo de 2,5% nos últimos cinco pregões. O comportamento do câmbio foi conduzido, basicamente, pelo tom positivo em relação a um possível acordo por mais estímulos em Washington, após o presidente Donald Trump concordar com a liberação de um valor maior, de US$ 1,8 trilhão. Mas a ausência de notícias negativas no front fiscal e a reaproximação entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também ajudaram. Todo esse cenário também trouxe alívio aos juros futuros, que terminaram o pregão com viés de queda, mesmo em um dia de IPCA acima do teto das projeções. O dado de inflação causou revisão das estimativas para o índice oficial no ano, mas sem alterar a precificação de Selic na curva, na medida em que a surpresa derivou de pressões localizadas em alimentos e transportes em função de choques de oferta. No caso da Bolsa doméstica, a combinação de realização de lucros antes do feriado, após a alta de 2,5% da véspera, e de recuo da Petrobras e do petróleo, com o fim da greve do setor na Noruega, resultou em baixa de 0,45%, totalmente na contramão das pares americanas. O balanço da semana, contudo, foi positivo, com alta de 3,69%. Esse ganho mais do que compensou a retração de 3,08% acumulada no intervalo anterior, quando o Ibovespa emendou a quinta perda semanal consecutiva. Em Nova York, com a esperança por estímulos, os principais índices de ações voltaram a subir, entre 0,57% e 1,39%, resultando em mais uma semana de ganhos.
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