NY SE FIRMA NO AZUL E, TAMBÉM COM AJUDA DA VALE, IBOVESPA RETOMA OS 100 MIL PONTOS

Depois de uma sessão muito volátil, tanto aqui quanto em Nova York, prevaleceu o apetite por risco nas principais bolsas, com consequente queda do dólar ante emergentes, inclusive em relação ao real. O Ibovespa, que retomou os 100 mil pontos, oscilou mais de 2 mil pontos entre a mínima, pela manhã, e a máxima, à tarde, enquanto a moeda dos EUA variou 22 centavos do piso ao teto do dia. O rumo mais profícuo para os negócios foi definido no período vespertino, depois que o petróleo inverteu o sinal de queda da manhã e acabou com ganhos, em meio a relatos de que a Opep+ cumpriu mais do que o previsto no acordo de corte na produção. Isso conferiu um peso maior aos indicadores e balanços positivos conhecidos mais cedo, deixando em segundo plano a cautela com o contínuo aumento de casos de covid-19 nos EUA. Com isso, os principais índices acionários de Wall Street encerram com avanço, levando junto consigo o Ibovespa, que subiu 1,77%, aos 100.440.23 pontos, renovando o maior fechamento desde 5 de março. Destaque para a disparada de 7% nas ações da Vale, diante da forte alta do preço do minério de ferro na China, ainda mais após dados positivos da balança comercial do gigante asiático. A melhora do humor dos agentes alinhou o real ao movimento das demais divisas, depois de uma manhã errática diante da percepção de cautela dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil. Mas depois que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu que a reforma tributária deve começar a ser discutida na Casa a partir de amanhã, a queda do dólar ganhou corpo e a moeda cedeu 0,73% no mercado à vista, a R$ 5,3490 e perto da mínima do dia -, levando o recuo acumulado no mês para 1,60%. A desvalorização do dólar trouxe os juros longos, que subiam mais cedo, para perto dos ajustes no fechamento. E no caso dos curtos, apesar do IBC-Br abaixo do piso das estimativas em maio, permanece a divisão dos agentes em relação aos próximos passos do Banco Central: se cortará a Selic em 0,25 ponto porcentual ou se a manterá em 2,25% ao ano. Por ora, ainda no campo da atividade, levantamento do Projeções Broadcast mostra que, mesmo após a decepção com o IBC-Br e com o dado de Serviços, o avanço mais pronunciado da Indústria e do Varejo melhoram um pouco a percepção para o PIB: a mediana das perspectivas mostra contração de 10,3% no segundo trimestre, ante -11% no levantamento anterior, e recuo de 6% no ano, de queda de 6,25% da última pesquisa, de 18 de junho.

 

 

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York melhoraram à tarde, firmando-se em território positivo, com investidores atentos a balanços corporativos. Já os juros dos Treasuries não definiram direção única, em meio a várias declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) em geral cautelosas sobre a perspectiva econômica dos EUA, mas também com promessas dessas autoridades de manutenção do apoio da política monetária e também de incentivo a medidas fiscais. No câmbio, o dólar recuou ante moedas principais, com o euro se destacando com a perspectiva de aprovação de um pacote fiscal na Europa. Entre as commodities, o petróleo mostrou sessão volátil, mas terminou em alta, reagindo a relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) cortou a produção em junho acima do previsto em seu acordo. Na região, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) voltou a alertar para a alta mortalidade pela covid-19 nas Américas, epicentro da pandemia.

 

Resultados corporativos importantes movimentaram os mercados, à espera de pistas sobre a atividade futura e o impacto da pandemia sobre as empresas. Hoje, o setor financeiro esteve em foco, com balanços de grandes bancos: Citigroup recuou 3,93%, Wells Fargo cedeu 4,57% e JPMorgan subiu 0,57%. O setor financeiro como um todo registrou ganhos – Goldman Sachs, por exemplo, avançou 2,46%. Com o setor de energia em destaque, as bolsas de Nova York ganharam fôlego à tarde e mesmo o índice Nasdaq, que recuou boa parte do dia, também subiu: o Dow Jones fechou em alta de 2,13%, a 26.642,59 pontos, o Nasdaq avançou 0,94%, a 10.488,58 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 1,34%, a 3.197,52 pontos. Em relatório hoje, a Capital Economics comenta que a força recente do S&P se deve em parte pelo fato de que companhias relacionadas a tecnologia e cuidados com saúde estão “significativamente sobrerrepresentadas” no índice, em comparação com a estrutura da economia americana, e essas empresas têm se saído bem em geral desde o início de junho.

 

O avanço do setor de energia ocorreu mesmo em dia de ganhos mais contidos do petróleo. Os contratos da commodity chegaram a aprofundar baixas, após relatório da Opep, mas se recuperaram com a notícia de que o cartel e seus aliados (Opep+) teria cortado sua produção em junho mais do que o previsto no acordo multilateral – esta notícia ajudou as ações das petroleiras. O WTI para agosto fechou em alta de 0,47%, em US$ 40,29 o barril, na Nymex, e o Brent para setembro avançou 0,42%, a US$ 42,90 o barril, na ICE.

 

Entre os Treasuries, não houve sinal único, em dia de vários discursos do Fed. A diretora Lael Brainard falou que é preciso que o BC tenha em vista que os ventos contrários à economia não acabarão rápido, defendendo a manutenção dos apoios monetário e fiscal. Brainard ainda comentou que novas ondas de casos da covid-19 nos EUA podem gerar volatilidade nos mercados. James Bullard (St. Louis) afirmou que seu cenário-base é de recuperação, mas admitiu haver “riscos significativos”.

 

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,165%, o da T-note de 10 anos avançava a 0,627%, mas o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 1,312%. O Julius Baer afirma que o mercado de Treasuries tem dado pouca atenção ao avanço da covid-19 em vários Estados americanos, além de notar em comentário que as eleições dos EUA tornam-se gradualmente mais importantes para o mercado de bônus americano.

 

No câmbio, o dólar recuou, com o euro fortalecido pela perspectiva de estímulo fiscal na Europa. No horário citado, a moeda americana caía a 107,24 ienes, o euro subia a US$ 1,1397 e a libra tinha baixa a US$ 1,2554, praticamente estável. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, caiu 0,21%, a 96,259 pontos.

 

Na região, a Opas voltou a alertar para a gravidade da pandemia nas Américas. O braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda disse que nenhuma cidade no Brasil atingiu a imunidade de rebanho (nem em nenhum outro local, aliás), advertindo que essa estratégia de altas taxas de contaminação teria um custo alto em vidas e na atividade econômica. (Gabriel Bueno da Costa – [email protected])

 

BOLSA

Em mais um dia correlacionado ao (desta vez) bom humor externo, o Ibovespa retomou sem muito esforço a marca psicológica dos 100 mil, um dia após ter regredido sem escalas à faixa dos 98 mil pontos. Nesta terça-feira, véspera de vencimento de opções e futuros sobre o Ibovespa, o índice de referência da B3 chegou a ensaiar fechamento na máxima do dia, mas se acomodou a uma alta de 1,77%, aos 100.440,23 pontos, tendo chegado na máxima, pouco antes, a 100.632,06 pontos (+1,96%), saindo de mínima a 98.288,81 pontos na sessão. Elevado, o giro financeiro totalizou R$ 29,4 bilhões e, na semana, o índice passa a acumular leve ganho de 0,41%, estendendo o avanço do mês a 5,66% – no ano, cede agora 13,15%.

 

A sessão chegou a parecer com a anterior na B3 – mas com o sinal trocado, em ambos os casos reagindo ao impulso de Nova York, para cima ou para baixo, e fechando no ou perto dos limites extremos do dia. Ontem, fechou na mínima, desmanchando dos 100 mil para os 98 mil após as 16h. Hoje, os ganhos na B3 se acentuaram a partir do meio da tarde, com o índice passando a renovar máximas em linha com a reação em Nova York, que mostrara hesitação mais cedo. Assim, pela quarta sessão consecutiva o Ibovespa conseguiu superar a marca de 100 mil no intradia – o pico de hoje foi inferior apenas ao de ontem, 100.857,68, que havia sido o maior desde 6 de março.

 

“O mercado está que nem folha seca: bate um vento e sai voando. Há um redimensionamento da demanda por ativos de risco, em razão do fluxo em busca de retorno. Assim, sempre que aparece uma luz, vai todo mundo para a Bolsa. Ninguém está querendo deixar para depois, ou seja, perder oportunidade de compra”, diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe de Nova Futura, que projeta o Ibovespa a 110 mil pontos no fechamento do ano.

 

“O Ibovespa recuperou a marca importante dos 100 mil pontos. Os indicadores técnicos de tendência mostravam que poderíamos passar deste patamar no curto prazo e trazer um novo alvo, entre 105 e 106 mil pontos. O índice deve seguir em alta, mas caso caia para 96 mil, essa tendência perderia força”, observa Fernando Góes, analista gráfico da Clear.

 

Pelo lado dos fundamentos macroeconômicos, o dado doméstico do dia não chegou a ser animador: a leve alta de 1,31% no IBC-Br em maio ante abril, abaixo do piso das estimativas para o mês; no ano, o índice, considerado prévia do PIB, acumula perda na casa de 6%. Em desdobramento positivo na política, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse hoje que o debate sobre a reforma tributária será retomado amanhã na casa. Ele também voltou a defender a prorrogação da desoneração da folha por um ano, que foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro e pode ser restabelecida pelo Congresso.

 

Nesta terça-feira, destaque para as ações de commodities, em especial Vale ON (+7,03%), melhor desempenho entre as componentes do Ibovespa, à frente de Bradespar (+6,74%) e Ultrapar (+6,44%). O forte avanço nas ações da mineradora decorreu de leitura positiva sobre a balança comercial da China em junho, com surpreendente aumento das exportações e importações ante o mesmo mês do ano passado. Em dia levemente positivo para o petróleo ante expectativa para reunião da Opep+, as ações da Petrobras andaram bem, com a ON em alta de 3,46% e a PN, de 3,34%, no encerramento da sessão. Entre as baixas, destaque para Cemig (-2,23%), Lojas Renner (-2,01%) e Qualicorp (-1,98%) na ponta negativa do Ibovespa. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

 

 

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 100440.23 1.76618

Máxima 100632.06 +1.96

Mínima 98288.81 -0.41

Volume (R$ Bilhões) 2.93B

Volume (US$ Bilhões) 5.40B

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 100430 2.14605

Máxima 100680 +2.40

Mínima 98360 +0.04

 

 

CÂMBIO

O dólar engatou queda nos negócios da tarde ante o real, após operar em alta a maior parte da manhã, com o Brasil descolado de outros emergentes. A moeda americana ampliou o ritmo de baixa no mercado internacional em meio ao otimismo com balanços corporativos, ajudado pelos bom balanço trimestral do JPMorgan, dados comportados de inflação nos Estados Unidos e números acima do esperado da balança comercial da China, deixando as notícias sobre o avanço do coronavírus em segundo plano. No noticiário local, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu que a reforma tributária deve começar a ser discutida na casa a partir de amanhã (15), o que fez a moeda americana acelerar o ritmo de queda.

 

O dólar no mercado à vista fechou em baixa de 0,73%, cotado em R$ 5,3490. No mercado futuro, o dólar para agosto era negociado em baixa de 1,01%, a R$ 5,3520 às 17h. Após volume muito fraco de negócios deste sexta-feira, hoje o giro financeiro teve certa recuperação, somando US$ 16 bilhões.

 

No mercado doméstico, operadores relataram persistência no fluxo de saída de capital externo, em meio à decepção com a retomada da atividade e o cenário político no radar, o que ajudou a pressionar o câmbio mais cedo, fazendo o real destoar de seus pares em mercados emergentes. A corretora Correparti comenta que houve saída ao redor dos US$ 500 milhões apenas hoje mais cedo, levando o dólar às máximas do dia, na casa dos R$ 5,45.

 

O Índice de Atividade (IBC-Br) calculado pelo Banco Central cresceu menos que o esperado em maio, avançando apenas 1,31%. “A melhora do IBC-Br foi modesta. O caminho para a recuperação da atividade será longo e difícil”, avalia o economista para a América Latina da consultoria inglesa Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia. O dado sinaliza que haverá novo corte de juros em agosto, de 0,25 ponto porcentual, comenta ele, o que ajuda a pressionar ainda mais o câmbio.

 

A declaração de Maia sobre a volta à pauta da reforma tributária é o que investidores querem ouvir. “Reformas estruturais são o único caminho para o Brasil pós-pandemia” avalia a consultoria internacional TS Lombard, destacando que a volta das discussões sobre a tributária no Congresso deve também fazer com que o ministério da Economia priorize o tema. O fato de Jair Bolsonaro ter conseguido construir uma coalização entre deputados, via aliança com partidos do Centrão, deve contribuir para o avanço da agenda, avalia a TS Lombard.

 

O investidor estrangeiro segue mostrando ceticismo com País, continuando a retirar recursos da B3, que teve saldo negativo no último dia 10, e segue elevando posição comprada em dólar futuro, ou seja, apostando na alta do dólar. Ontem, aumentaram em mais 14.735 contratos estas posições no dólar futuro na B3, o equivalente a US$ 737 milhões, de acordo com dados da B3 monitorados diariamente pela corretora Renascença.

 

No mercado internacional, a moeda americana chegou a subir ante divisas fortes, mas também virou à tarde e ampliou a queda nos emergentes, recuando 1,22% no México e 0,61% na África do Sul. O analista de mercados do Western Union, banco especializado em transferências internacionais de recursos, Joe Manimbo, ressalta que o fortalecimento do euro, que atingiu as máximas em um mês, em meio ao otimismo com a recuperação da atividade econômica europeia e a criação de um fundo bilionário, ajudou a enfraquecer ainda mais o dólar.

 

Sobre a inflação, Manimbo observa que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% nos EUA em junho, a primeira alta em quatro meses, mas quando se observa o núcleo, o aumento foi de apenas 0,2%. O indicador sinaliza que o Federal Reserve não precisará ter pressa para retirar os estímulos monetários extraordinários, ajudando a enfraquecer a moeda dos EUA. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

 

 

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.34900 -0.733 5.45380 5.33210

Dólar Comercial (BM&F) 5.3450 0

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5359.500 -0.86932 5458.000 5335.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5366.933 09/07

 

 

 

JUROS

Os juros futuros voltaram a encerrar perto dos ajustes anteriores, com uma discreta alta na ponta longa e os demais, de lado. O ganho de inclinação decorre de um movimento leve de realização de lucros, mas que era mais pronunciado pela manhã, estimulado pelo câmbio depreciado. À tarde, com a virada do dólar para queda, o ajuste perdeu força e as taxas longas desaceleraram o avanço. Nos curtos, o IBC-Br, mesmo abaixo do piso das estimativas, não conseguiu alterar o quadro de apostas para a Selic que segue dividido entre corte de 0,25 ponto porcentual e manutenção da taxa em 2,25%.

 

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 3,01%, de 3,032% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 5,573% para 5,58% (mínima). O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 6,42%, ante 6,393% ontem no ajuste.

 

“As taxas estão claramente mais influenciadas pelo dólar hoje”, disse um gestor, explicando que o alívio no câmbio arrefeceu a realização ensaiada mais cedo. Com os sinais de recuperação da atividade, discurso mais otimista do Banco Central com a economia e aumento do apetite pelo risco no exterior, a curva percorreu julho até agora num movimento de flattening, com maior rigidez na ponta curta e queima de prêmios nos longos – o DI para janeiro de 2027 havia fechado junho em 6,61% -, o que abre espaço para alguma realização neste trecho. Mas as tentativas de ajuste têm sido limitadas pelas incertezas com os efeitos da pandemia no Brasil e no mundo, e que podem manter os juros globais baixos por mais tempo.

 

Até que ponto a incipiente retomada da atividade, com a reabertura gradual de comércio e serviços no Brasil, será capaz de evitar um novo corte da Selic é uma das dúvidas e, por isso, o cenário das expectativas para o Copom de agosto segue indefinido. O IBC-Br de maio não serviu para desempatar o quadro. A alta de 1,31% ante abril veio abaixo do piso das estimativas (1,9%) dos economistas, após o índice tombar 9,45% em abril ante março.

 

“O resultado mostrou que o ritmo da recuperação está abaixo do esperado, mas, olhando pelo lado do copo meio cheio, ainda assim confirma que abril deve ter sido o fundo do poço”, disse o economista-sênior do Banco MUFG Brasil, Maurício Nakahodo.

 

Também na pesquisa do Projeções Broadcast o IBC-Br não foi suficiente para mudar a avaliação de que o pior momento passou. O levantamento mostra que os dados de maio deram continuidade ao processo de melhora nas expectativas para o PIB do segundo trimestre, para o qual a mediana das estimativas agora é de -10,3%, menos negativa do que do que a observada na pesquisa anterior, realizada em 18 de junho, de -11,0%, após a divulgação do IBC-Br de abril.

 

O que parece ser consenso é que não há mais espaço para cortes expressivos, como salientaram gestores de fundos multimercado que participaram nesta terça-feira de debate virtual na Expert XP. Contudo, eles divergem sobre a trajetória dos vencimentos médios e longos da curva de juros. Na MZK Investimentos, o sócio Antonio Mecchi aposta em queda das taxas intermediárias. Para o gestor, o mercado está superestimando os riscos fiscais, que já existiam e foram potencializados pelas medidas emergenciais de combate à crise do novo coronavírus. “Temos visto falas de figuras como Paulo Guedes, Rodrigo Maia e outros políticos mais tranquilizadoras do ponto de vista fiscal”, afirma. “Além disso, o Tesouro tem vendido muitos títulos para financiar o aumentos dos gastos, o que acaba inflando o meio da curva”, completa.

 

Fábio Akira, sócio-fundador da BlueLine Asset Management, ainda enxerga algumas oportunidades, mas prefere se expor menos nos vencimentos longos. “Nós também gostamos de olhar para o exterior. No México, por exemplo, vemos com mais clareza que existe espaço para cortes adicionais na taxa de juros”, analisa. (Denise Abarca – [email protected])

 

Operação

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.11

Capital de Giro (%a.a) 7.02

Hot Money (%a.m) 0.82

CDI Over (%a.a) 2.15

Over Selic (%a.a) 2.15




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