JUROS TÊM BAIXA FIRME COM DÓLAR, BCS ACOMODATÍCIOS E DECLARAÇÕES DE KANCZUK

O ambiente externo positivo e o noticiário doméstico menos ruidoso fizeram os investidores colocarem em segundo plano, momentaneamente, o impasse em relação ao Orçamento e abriu espaço para os ativos corrigirem exageros recentes. Vale notar que, em Live organizada pelo Broadcast, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, defendeu vetos no Orçamento e disse que é preciso reduzir ruídos para que a situação do País tenha melhora. Os juros futuros, em dia de baixa dos yields dos Treasuries e do dólar ante o real, tiveram queda firme, num movimento que ganhou corpo após declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk. Ele lembrou que a autoridade monetária sinalizou um aumento de 0,75 ponto porcentual da Selic na próxima reunião, e mesmo que tenha destacado que a “política monetária agora é livre e pode mudar de acordo com as circunstâncias”, ajudou a reduzir um pouco as apostas num aperto de 1 ponto porcentual em maio. Além disso, Kanczuk afirmou que a decisão do próximo encontro do Copom já terá como foco principal a inflação de 2022 e descartou uma atuação pautada pelo quadro fiscal, endossando a ideia de que, tudo o mais constante, está mantido o plano de uma normalização “parcial” da Selic. Nesse ambiente, as taxas longas dos DIs foram as que mais cederam, na casa de 20 pontos, com desinclinação importante da curva a termo. O câmbio facilitou bastante esse comportamento dos juros, uma vez que o real, apesar de alinhado a um comportamento global das moedas, teve performance destacada. A queda do dólar ante a divisa nacional, que já se desenhava desde cedo, ganhou impulso após o Butantan anunciar que conseguiu a liberação de insumos para dar continuidade à produção de vacinas. No fim, a moeda americana no mercado à vista encerrou o dia com desvalorização de 1,23%, aos R$ 5,5742. O pregão também foi majoritariamente positivo para as bolsas, depois que Fed, por meio de seu presidente Jerome Powell, e Banco Central Europeu (BCE), na ata de sua última reunião, reafirmaram suas posturas acomodatícias. Assim, em dia de novo recorde do S&P 500 e de alta firme do Nasdaq, o Ibovespa, puxado por ações ligadas à atividade doméstica, subiu 0,59%, aos 118.313,23 pontos, nível que não era visto desde 19 de fevereiro, antes da confusão envolvendo a troca de comando da Petrobras.

JUROS

Os juros futuros fecharam a sessão regular em queda firme, devolvendo, numa tacada só, boa parte do aumento da inclinação visto desde o fim de março na curva, com as taxas intermediárias e longas recuando mais de 20 pontos-base. Embora sem novidades concretas sobre o principal tema que vem pressionando as taxas, o Orçamento de 2021, o mercado encontrou espaço para melhorar em cima de uma conjunção de fatores positivos, com destaque para o bom desempenho do real, queda nos juros globais e declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk. O Tesouro, ao concentrar a oferta de prefixados nos vencimentos curtos, também colaborou ao não adicionar risco ao mercado.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 4,660%, de 4,736% ontem, no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 8,386% para 8,11%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 8,75%, de 8,995%. O spread entre as taxas para janeiro de 2022 e janeiro de 2027, que ontem era de 426 pontos, fechou hoje em 409 pontos, nível mais baixo desde o dia 30 de março (403 pontos).

As taxas percorreram a manhã já em baixa, em meio ao recuo do rendimento dos Treasuries e a percepção favorável à equipe econômica captada no jantar com empresários do qual participaram ontem o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. As mínimas, no entanto, vieram à tarde, quando Kanczuk, participando de evento do BNY Mellon, reafirmou a intenção do Banco Central de subir a Selic em 0,75 ponto porcentual, descartando uma atuação pautada pelo cenário fiscal e, ainda, endossando a ideia de que, tudo o mais constante, está mantido o plano de uma normalização “parcial” da Selic.

“Vamos aumentar 0,75 pp na próxima reunião, a menos que algo muito diferente aconteça. Coisas mudam. Não sei, talvez a normalização (monetária) não seja parcial, seja completa se as coisas forem pra um lado. Ou seja diferente se forem para outro”, disse. O diretor destacou que o BC cuida da inflação e o Ministério da Economia e o Congresso trabalham com o fiscal. “Eu não posso antecipar se haverá um problema fiscal. Eu olho para a inflação e não para a dívida. Então uma eventual dominância fiscal não é um problema do BC”, completou.

“A resposta foi bem em linha com o que é o mandato do BC, a inflação, e hoje ainda tivemos um dia favorável para emergentes no exterior”, destacou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa.

Após a fala do diretor, as apostas para alta da Selic de 1 ponto porcentual em maio perderam força em relação à manhã, mas seguem majoritárias. Com 92,5 pontos-base de aumento precificados, a curva fechou apontando 70% de chance de aperto de 1 ponto, quando pela manhã era de 74%; contra 30% de probabilidade de avanço de 0,75 ponto (26% pela manhã). Os cálculos são do Banco Mizuho.

André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, afirma que a melhora do câmbio gerou efeitos positivos na curva de juros, que vinha muito inclinada. “O real é destaque hoje entre os emergentes e isso atua para reduzir a pressão sobre o sentimento inflacionário”, disse.

Do lado do Tesouro, a contribuição veio de uma oferta de prefixados mais concentrada em papéis curtos. O lote total de LTN subiu de 10 milhões na semana passada para 14 milhões, mas o volume da LTN longa, 1/7/2024, foi de 1 milhão, ante 1,5 milhão na operação anterior. A oferta de NTN-F permaneceu em 100 mil títulos. O DV01 (medida risco) dos prefixados, que na semana passada foi de R$ 1,47 milhões, caiu para R$ 1,39 milhões hoje, de acordo com a Renascença DTVM.

Todo este contexto acabou prevalecendo enquanto o investidor aguarda um desfecho para o imbróglio do Orçamento. O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, defendeu o ajuste no texto, aprovado no Congresso e que teve as despesas obrigatórias subestimadas para acomodação de emendas parlamentares. “Da forma como veio, precisa de ajuste”, disse, acrescentando que da maneira como foi entregue, há problemas operacionais de execução. “É importante corrigir para trazer credibilidade e para permitir a execução”, destacou, em live realizada pelo Broadcast nesta tarde.

Por sua vez, conforme o <b>Broadcast Político</b> apurou, as presidências da Câmara e do Senado se uniram contra a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro vetar emendas parlamentares no Orçamento de 2021.

O deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidentes das duas casas legislativas, concordam que o Executivo não deve vetar o que foi aprovado pelo Congresso. (Denise Abarca – [email protected])

17:28

Operação   Último

CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 2.82

Capital de Giro (%a.a) 5.73

Hot Money (%a.m) 0.64

CDI Over (%a.a) 2.65

Over Selic (%a.a) 2.65

CÂMBIO

O dólar retomou a trajetória de queda nesta quinta-feira, após passar a subir no final da tarde de ontem. Sem novos ruídos internos, mas com os investidores atentos às discussões do Orçamento de 2021, o real acompanhou hoje seus pares no exterior, em novo dia de baixa praticamente generalizada da moeda americana no mercado internacional. Declarações do Federal Reserve e do Banco Central Europeu de que os estímulos extraordinários não têm data para acabar ajudaram, além da inesperada alta nos pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos. Nesse ambiente, as taxas de retorno dos juros longos americanos tiveram novo dia de baixas. No noticiário doméstico, o instituto Butantan anunciou que conseguiu insumos para produzir a Coronavac, e também ajudou a dar alívio ao câmbio, fazendo o dólar devolver parte das fortes altas recentes.

O real foi a moeda com melhor desempenho internacional hoje, considerando uma lista de 34 divisas mais líquidas. No fechamento, o dólar à vista cedeu 1,23%, a R$ 5,5742 – menor cotação desde 23 de março. No mercado futuro, o dólar para maio era negociado em baixa de 0,68%, a R$ 5,5820 às 17h. O giro, na casa dos US$ 10 bilhões, seguiu na média da semana, que tem sido marcada por fraco volume.

“O dólar operou hoje perto das mínimas em várias semanas”, comenta o analista sênior do banco Western Union, Joe Manimbo. Ante o euro e o iene, a divisa dos Estados Unidos chegou a cair para as mínimas em duas semanas, recuando também nos emergentes e exportadores de commodities. Uma das principais razões é que os pedidos de auxílio-desemprego dos EUA mostraram alta inesperada, uma sinal de que a economia americana não está no nível que o Federal Reserve considera “saudável” para retirar os estímulos, destaca o analista.

Os pedidos subiram em 16 mil na semana, para 744 mil enquanto os economistas em Wall Street esperavam número menor, 694 mil. Foi a segunda semana seguida de alta. “Mais uma alta inesperada nos pedidos”, comenta a economista da High Frequency Economics, Rubeela Farooqi, em nota, destacando que há um descolamento destes números da melhora mostrada na criação de vagas no relatório mensal de emprego (payroll).

No mercado doméstico, a maior expectativa é a questão do orçamento de 2021 que, segundo profissionais das mesas de câmbio, tem limitado melhora maior do real. Em entrevista ao Broadcast na tarde de hoje, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, disse que a solução para o problema é a questão “mais relevante no momento” e é importante resolvê-lo “para resgatar a credibilidade”. “O câmbio está volátil por falta de segurança [dos agentes].” Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou mais cedo que uma “coalizão política vai aprovar pela primeira vez o orçamento em conjunto”.

Para o Asa Investments, que tem como diretor Carlos Kawall, o Orçamento de 2021 revelou o “viés populista fiscal” do governo, na busca de mais recursos para uso político e eleitoral, de olho em 2022. “Urge que o governo e Congresso equacionem rapidamente o impasse criado”, afirma o Asa em relatório, alertando que se corre o risco de renúncia da equipe econômica caso não se resolva a questão, além de o governo incorrer em ilegalidade.

Operadores contam que investidores aproveitaram o dia mais calmo para desmontar parte de posições defensivas feitas na véspera. Ruídos ontem, incluindo a declaração de Jair Bolsonaro de que o governo estuda mudar a política de preços da Petrobras, fizeram o dólar zerar a queda ante o real e o investidor aumentar compras de dólar futuro. Estrangeiros aumentaram posição comprada em dólar futuro, ou seja, que ganha com a alta da moeda americana, em 12.665 contratos ontem, o equivalente a US$ 633 milhões, de acordo com números da B3 monitorados pela corretora Renascença. Na virada de março para abril os estrangeiros chegaram a zerar suas posições compradas no dólar futuro. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

17:28

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.57420 -1.2262 5.61700 5.54010

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5587.500 -0.57829 5625.000 5546.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5580.000 -1.32785 5580.000 5580.000

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas americanas fecharam em alta, ainda que contida, e o índice acionário S&P 500 renovou mais uma vez o recorde histórico. Em evento do FMI, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçou a postura dovish da instituição. A perspectiva de manutenção da política monetária acomodatícia pelos principais bancos centrais manteve o clima ameno no exterior. O Nasdaq registrou a maior alta em Nova York, beneficiado pelo recuo nos juros dos Treasuries. O mercado de renda fixa passa por um período de consolidação, após a escalada recente, o que também levou a uma desvalorização do dólar ante os pares. O petróleo, por sua vez, fechou sem direção única. Por um lado, a commodity foi apoiada pelo câmbio, mas, de outro, houve pressão das incertezas sobre a demanda, com os riscos representados pela pandemia.

De acordo com a Capital Economics, há preocupações crescentes no mercado sobre uma possível correção no S&P 500, que tem registrado máximas históricas de fechamento consecutivas. No entanto, a consultoria britânica não compartilha desses temores e vê o índice sustentado ao longo do ano por uma recuperação econômica “forte” nos EUA e pelas políticas fiscal e monetária acomodatícias.

Essa percepção, de que os estímulos continuarão apoiando a economia, deu fôlego ao mercado de ações em NY. “Hoje, os comentários do presidente do Fed, Powell, reafirmaram de forma esmagadora a crença de que a política está em rota de cruzeiro dovish no futuro previsível”, comenta o analista de mercado financeiro Edward Moya, da Oanda. No fechamento, o S&P 500 avançou 0,42%, ao recorde de 4.097,17 pontos, o Dow Jones subiu 0,17%, a 33.503,57 pontos, e o Nasdaq registrou ganho de 1,03%, a 13.829,31 pontos.

As ações de tecnologia foram impulsionadas pelo recuo nos juros dos Treasuries. Isso porque as empresas do setor foram as mais prejudicadas pela escalada dos retornos de longo prazo no primeiro trimestre do ano. “Os rendimentos longos dos EUA se estabilizaram por enquanto, mas devem subir nas próximas semanas”, dizem analistas do Brown Brothers Harriman, um banco de investimentos americano. No final da tarde em NY, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,144%, o da T-note de 10 anos recuava a 1,635% e o do T-bond de 30 anos cedia a 2,316%.

Durante um painel da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), Powell também voltou a minimizar os riscos inflacionários nos EUA. De acordo com ele, o cenário-base da autoridade monetária é de uma alta temporária da inflação. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, elogiou a visão do dirigente sobre os índices de preços e também disse que apoia o pacote de infraestrutura do governo Joe Biden.

Em Washington, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, também defendeu a proposta de gastos trilionários em obras e afirmou que o pacote “não pode ser pequeno”. Ela disse esperar que a legislação receba apoio dos republicanos, mas ressaltou que os democratas podem usar a resolução orçamentária chamada de “reconciliação” para passar a lei no Senado por maioria simples. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, também reforçou que Biden quer apoio bipartidário à legislação.

No mercado cambial, a trégua na inclinação da curva de juros americana reduziu a demanda por dólar, que também foi pressionado para baixo por um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. O índice DXY, que mede a variação da divisa do país contra seis pares, caiu 0,43%, a 92,059 pontos. Moya, da Oanda, destaca que o Goldman Sachs abandonou sua posição de compra de dólar, de olho na estabilização do mercado de Treasuries.

O petróleo, por sua vez, não manteve sinal único. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para maio recuou 0,28%, a US$ 59,60 o barril, enquanto o Brent para junho avançou 0,06%, a US$ 63,20 o barril. A incerteza no mercado de commodities com a piora da pandemia de covid-19 na Europa, com efeito sobre a demanda, foi parcialmente compensada pela desvalorização do dólar. (Iander Porcella – [email protected])

Volta

BOLSA

O Ibovespa retomou nesta quinta-feira nível de fechamento a 118 mil pontos pela primeira vez desde 19 de fevereiro, quando emergia o desejo de ingerência do presidente Jair Bolsonaro na política de preços da Petrobras, que resultaria na sessão seguinte, dia 22, em correção de 4,87% para o índice, após a confirmação de que Roberto Castello Branco não seria mantido no comando da estatal. Desde então, o Ibovespa passou por ajuste que o colocaria aos 110 mil na virada de fevereiro para março, antes de iniciar recuperação gradual que o devolveria aos 116 mil pontos no dia 17 do mês passado, seguida por hesitações motivadas por fatores externos e internos – avanço dos yields nos EUA, situação fiscal incerta e Orçamento duvidoso no Brasil – que poriam freio à retomada.

Hoje, o índice da B3 fechou em alta de 0,59%, a 118.313,23 pontos, mais perto da máxima (118.849,75) do que da mínima (117.486,01) da sessão, com abertura aos 117.623,75 pontos. Na semana, avança 2,65%, com ganhos neste começo de mês a 1,44% – no ano, as perdas se limitam agora a 0,59%. O giro foi de R$ 33,5 bilhões nesta quinta-feira, que teve entre seus destaques ações de setores com exposição à economia doméstica, como varejo eletrônico (Magalu +8,28%), educação (Yduqs +6,46%) e transporte (Gol +4,07%), em meio à expectativa de que o pior da segunda onda da pandemia no País esteja começando a ficar para trás.

O quadro externo favorável, com Nasdaq acumulando ganho de 4,40% e o S&P 500, de 3,13%, neste começo de mês, também contribui para melhorar o apetite por risco, em contexto no qual o Federal Reserve permanece comprometido com os estímulos monetários e o governo americano, com os fiscais, apesar do avanço da vacinação e da recuperação do nível de atividade na maior economia do mundo.

“A semana foi positiva, com o governo arrecadando mais de R$ 3 bilhões com concessões em infraestrutura e, lá fora, os estímulos trilionários de Joe Biden. Além disso, há um desdobramento importante sobre a pandemia aqui, com o número de internações e o nível de uso de UTIs começando a declinar no Estado de São Paulo”, diz Leonardo Milane, economista e sócio da VLG Investimentos, chamando atenção para anúncio que deve ser feito pelo governador João Doria nos próximos dias, sobre o lockdown, programado até o dia 11 de abril, domingo. “Eventual flexibilização, ainda que gradual, tende a contribuir para os setores associados à mobilidade, muito atrasados no ano, como o de varejo”, acrescenta.

Para Milane, o Ibovespa tem mostrado recuperação consistente, que poderia ser maior se os bancos, segmento de maior peso no índice, viessem na mesma direção. “Diferente de ocasiões no passado, em que o setor se beneficiava com perspectiva de alta para a Selic, desta vez isso não está ocorrendo porque o mercado avalia que, mesmo com taxa de juros mais alta, não se vai conseguir recuperar o nível de spread que se tinha antes, quando os juros básicos eram bem mais elevados. Há também a questão estrutural, de um cenário de competição diferente, com a tecnologia, o open banking e as fintechs”, observa.

Nesta quinta-feira, o setor financeiro voltou a estar entre os perdedores do dia (BB ON -0,85%, Itaú PN -0,78%), em sessão ruim também para Petrobras (PN -1,25%, ON -1,68%), com estoques de gasolina acima do esperado nos Estados Unidos, combinação que impediu o Ibovespa de buscar voo mais alto. Destaque positivo, mais uma vez, para o setor de siderurgia, especialmente para ganho de 3,74% em Usiminas e de 3,03% em CSN. Após escalada recente, Vale ON fechou praticamente estável (-0,06%), a R$ 104,50. Na ponta do Ibovespa, Embraer (+8,80%), à frente de Magazine Luiza (+8,28%) e Yduqs (+6,46%). No lado oposto, Multiplan (-2,54%), Hapvida (-2,23%) e Petrobras ON (-1,68%).

“Depois de quatro sessões em alta, finalmente a curva de juros deu um alívio e isso foi suficiente para engatilhar uma recuperação das ações mais ligadas ao setor doméstico, que vinham sofrendo nos últimos dias, garantindo ligeira alta para o mercado com volume bem abaixo da média”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:21

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 118313.23 0.58632

Máxima 118849.75 +1.04

Mínima 117486.01 -0.12

Volume (R$ Bilhões) 3.35B

Volume (US$ Bilhões) 6.00B

17:28

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 118220 0.18644

Máxima 119010 +0.86




1 comment

Zarejestruj sie na www.binance.com março 6, 2024

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