COM COVID EM ALTA E SEM PACOTE FISCAL, AVERSÃO AO RISCO PREVALECE E BOLSAS CAEM

Os temores em relação aos efeitos de uma segunda onda de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos sobre a atividade, ainda mais diante do persistente impasse entre democratas e republicanos por um novo pacote de estímulos para a economia americana, azedaram de vez o humor dos investidores na segunda metade do dia. À tarde, aliás, a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, voltou a dizer que está otimista sobre um acordo, mas expôs divergências entre seu partido e o do presidente Donald Trump e, após reuniões, não houve nada de prático. Nesse ambiente, o Dow Jones chegou a cair quase 3,5% e o índice de volatilidade VIX disparou mais de 20%, enquanto o Ibovespa, que resistiu ao exterior negativo em boa parte da manhã, sucumbiu e chegou a ser negociado abaixo dos 100 mil pontos. No fim do dia, o quadro foi menos dramático do que chegou a se desenhar, mas a busca por segurança foi prevalente. Em Wall Street, os principais índices acionários cederam entre 1,6% e 2,2%, enquanto o petróleo recuou ao redor de 3%. Com as principais commodities em queda, os papéis de Petrobras, Vale e siderúrgicas estiveram na ponta negativa do Ibovespa, que cedeu 0,24%, aos 101.016,96 pontos. O desempenho só não foi pior porque as ações de bancos, na véspera do início da temporada de balanços dessas instituições, e do setor elétrico subiram e puxaram o índice no sentido oposto. Os ativos brasileiros em geral, contudo, performaram melhor do que os pares no exterior. Até porque, também já foram mais castigados do que os demais, em meio ao quadro de fragilidade fiscal do País. Hoje, enquanto o dólar ganhou força ante emergentes, teve comportamento lateral em relação ao real no período vespertino, até terminar com pequena baixa de 0,26%, a R$ 5,6151 no mercado à vista. Com a moeda dos EUA comportada, a ausência de ruídos no âmbito fiscal e os investidores guardando cautela antes da reunião do Copom, na quarta-feira, os juros futuros tiveram movimentos mais curtos, mas o viés de queda prevaleceu na reta final do dia. O mercado mantém o consenso de apostas em torno da manutenção da Selic em 2%, mas aguarda algum ajuste na linguagem do comunicado em relação ao forward guidance, segundo o qual o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário se cumpridas determinadas condições.

 

 

MERCADOS INTERNACIONAIS

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, falou em “meses muito difíceis” e situação “ameaçadora” ao abordar a aceleração da pandemia no país europeu. No continente como um todo, e também nos Estados Unidos, o número de novos casos de covid-19 tem batido recordes. A OMS se referiu à Europa hoje como “epicentro” dessa nova fase do coronavírus. Com esse pano de fundo, o movimento de aversão a risco nos mercados continuou à tarde, e as bolsas de Nova York fecharam com perdas de até 2%. O índice de volatilidade VIX, considerado o medidor do “medo” em Wall Street, disparou mais de 20% durante o pregão. Em Washington, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, voltaram a negociar, mas ainda não há definição sobre o pacote fiscal. O dólar foi impulsionado pela busca por segurança, que também levou a uma queda nos juros dos Treasuries. O petróleo, por sua vez, fechou em queda com a fuga de ativos de risco e um aumento na produção da commodity na Líbia.

 

“As preocupações com a covid-19 dominam os mercados”, comentaram analistas da corretora americana LPL Financial. O temor é de que as novas restrições à circulação de pessoas para conter a pandemia levem à desaceleração da retomada da economia mundial. Na Alemanha, o índice de sentimento das empresas caiu de 93,2 pontos em setembro para 92,7 pontos em outubro, de acordo com o instituto Ifo.

 

Nesta semana, Merkel se reunirá com líderes estaduais do país para avaliar medidas mais duras para combater o coronavírus, depois de caracterizar a situação como “ameaçadora” e falar em meses “muito difíceis”. Em uma coletiva de imprensa na qual pediu o fim da “politização” da pandemia, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, descreveu a Europa como atual “epicentro” do coronavírus. Nos Estados Unidos, porém, o número de novas infecções também está em alta.

 

Os mercados financeiros já reagiam desde cedo às notícias sobre a pandemia e, à tarde, continuaram o movimento de venda de ativos de risco. O índice de volatilidade VIX chegou a saltar mais de 20% e fechou em alta de 17,35%. Nas bolsas de Nova York, o Dow Jones recuou 2,29%, a 27.685,38 pontos, depois de ter registrado baixa superior a 3% durante a sessão, o S&P 500 caiu 1,86%, a 3.400,97 pontos, e o Nasdaq cedeu 1,64%, a 11.358,94 pontos. “Esta é a última semana de negociações antes da eleição [nos EUA], e os investidores podem realizar lucros e optar pelo modo de esperar para ver”, lembram analistas do Swissquote Bank.

 

“Estamos caminhando para a reta final da corrida para a eleição, com o foco permanecendo principalmente em se os democratas serão capazes de chegar ao poder e tomar o Senado”, avaliam profissionais do NatWest Markets.

 

Em Washington, Pelosi voltou a dizer que quer um acordo com a Casa Branca sobre o pacote fiscal, mas o impasse continua. Após a reunião da democrata com Mnuchin, o porta-voz Drew Hammill informou que ela pressiona por um plano nacional de testes para o coronavírus. “Achamos que os mercados perceberam que as chances de um acordo pré-eleitoral são quase nulas”, dizem analistas do Brown Brothers Harriman, um banco de investimentos americano.

 

“Mercados mais fracos levaram a um dólar mais forte”, afirma Joe Manimbo, analista de mercado sênior da Western Union. O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante outras seis moedas principais, subiu 0,30%, a 93,045 pontos. No final da tarde em NY, o euro recuava a US$ 1,1813 e a libra cedia a US$ 1,3022.

 

Os investidores também buscaram refúgio nos Treasuries, cujos juros caíram, embora a ponta curta da curva tenha oscilado durante o pregão. No final da tarde em NY, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 0,141% e o da T-note de 10 anos registrava baixa a 0,801%.

 

O petróleo, por sua vez, foi pressionado pela aversão a risco e por um aumento da produção na Líbia. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para dezembro caiu 3,24%, a US$ 38,56. Na Intercontinental Exchange (ICE), o contrato do Brent para o mesmo mês recuou 3,14%, a US$ 40,46 o barril.

 

Na seara geopolítica, o Departamento do Tesouro americano anunciou sanções ao Ministério do Petróleo do Irã e à estatal petrolífera do país. (Iander Porcella – [email protected])

Volta

 

BOLSA

 

O Ibovespa não resistiu à tarde ao aprofundamento das perdas em Nova York e acabou cedendo a linha dos 100 mil pontos no pior momento do dia, chegando a 99.761,84 na mínima desta segunda-feira, saindo de máxima a 101.783,79, com abertura aos 101.259,86 pontos. Ao final, o índice da B3 mostrava leve baixa de 0,24%, aos 101.016,96 pontos, bem moderada se comparada a recuo que chegou a 2,29% (Dow Jones) em NY, com perdas na Europa de até 3,71% (Frankfurt) na mesma sessão. Assim, o Ibovespa emendou a segunda perda, após quatro ganhos seguidos.

 

O desempenho positivo do setor elétrico e, especialmente, de bancos assegurou alguma resiliência à B3, em dia de queda nas ações de commodities (Petrobras PN -1,56% e Vale ON -1,50%), assim como para as ações de shoppings (Multiplan -4,29%) e do segmento de viagens e turismo (CVC -4,25%), os mais diretamente afetados pelas restrições a movimento associadas à pandemia. Enfraquecido, o giro financeiro totalizou R$ 21,9 bilhões e, no mês, o ganho do Ibovespa está agora em 6,78%, com perda no ano a 12,65%.

 

A aversão a risco no exterior foi o quadro de fundo para os negócios desde a manhã, em meio à segunda onda de Covid-19 na Europa – pico de infecções na França e novo estado de emergência na Espanha – e com a eleição nos EUA batendo à porta no início da próxima semana. Mantém-se a percepção de que a contagem de votos pode ser colocada em questão como último recurso do presidente Donald Trump, caso se confirmem pesquisas que dão vantagem de 9 pontos ao adversário, Joe Biden. A massiva votação antecipada observada este ano pode ter efeito dual: por um lado, assegurar maioria de votos imune a questionamentos, caso se confirme liderança com folga, um “landslide”; e, por outro, um processo de apuração que tende a se alongar.

 

Neste ambiente conflagrado, a primeira vítima é o pacote de estímulos nos EUA, que deve ficar mesmo para depois de 3 de novembro, após idas e vindas nas expectativas do mercado nas últimas semanas. Chefe da assessoria econômica da Casa Branca, Larry Kudlow “sinalizou que o ímpeto acabou, e não deu nenhuma razão para otimismo de que um acordo será alcançado este ano”, observa em nota Edward Moya, analista de mercado da OANDA em Nova York. “As conversas estão em andamento, mas ninguém deveria estar precificando acordo antes da eleição”, acrescenta.

 

Por aqui, além da expectativa positiva para os balanços do terceiro trimestre, a atenção se volta nesta semana para o comunicado do Copom, ao final da reunião, na quarta-feira – espera-se algum sinal quanto a eventual aumento da Selic em 2021, ante o encurtamento de prazos e a elevação de custos para o financiamento da dívida pública, com R$ 643 bilhões em vencimentos no primeiro quadrimestre.

 

“A inflação se tornou um ponto de atenção do nosso lado, com a leitura da última sexta-feira, acima do esperado para o IPCA-15, contribuindo para puxar o DI um pouco mais para cima. No exterior, há armas fiscais e monetárias para combater a crise, e os recentes PMIs da zona do euro, Alemanha, Reino Unido, acima do esperado, mostram isso. Nos EUA, ainda há expectativa para novo pacote, mesmo que leve mais tempo. Aqui, não temos o fiscal, e o monetário já não está tendo tanto efeito – se tiver inflação, o bicho pode pegar”, observa Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimento.

 

Nesta segunda-feira, a relativa recuperação do setor bancário observada recentemente contribuiu para moderar as perdas do Ibovespa. Hoje, destaque para Santander (+3,74%) e Bradesco PN (+1,24%) – apesar da recente busca por ações com desconto, o setor ainda permanece muito atrasado no ano, com perdas que chegam a 34,90% (BB ON) em 2020.

 

Nesta sessão, desempenho positivo também para o setor elétrico, em especial Eletrobras PNB (+1,23%). Na ponta do Ibovespa, Hapvida subiu 3,09%, seguida por Ambev (+2,23%) e Energisa (+2,12%). No lado oposto, Multiplan cedeu 4,29%, CVC, 4,25%, e Gol, 3,61%. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

 

 

17:20

 

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 101016.96 -0.23977

Máxima 101783.79 +0.52

Mínima 99761.84 -1.48

Volume (R$ Bilhões) 2.19B

Volume (US$ Bilhões) 3.88B

 

 

 

 

17:31

 

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 101230 -0.40828

Máxima 101970 +0.32

Mínima 99890 -1.73

 

 

CÂMBIO

O dólar operou de lado ante o real nos negócios da tarde, enquanto investidores aguardam desdobramentos sobre o pacote de estímulos nos Estados Unidos, cada vez menos provável de ser aprovado antes das eleições, e da agenda de reformas fiscais do Brasil, que está parada e só deve andar em novembro. A moeda americana subiu no exterior, pressionada também pelo aumento de casos de coronavírus ao redor do mundo, mas aqui ficou mais comportada, segundo operadores, por conta de um movimento de realização de ganhos após as valorizações recentes, em ritmo mais forte que outros emergentes, além de vendas de exportadores. No ano, o dólar acumula alta de 40%.

 

No fechamento, o dólar à vista terminou a segunda-feira de baixo volume de negócios em queda de 0,26%, cotado em R$ 5,6151. No mercado futuro, o dólar com liquidação em novembro, que vence na sexta-feira, cedia 0,12% às 17h, cotado em R$ 5,6160. O volume financeiro somava US$ 9,8 bilhões, um dos menores das últimas semanas.

 

Os estrategistas do Rabobank, Mauricio Une e Gabriel Santos, relatam que o clima no mercado nestes dias é basicamente de espera que as eleições, aqui e nos EUA, destravem decisões fiscais importantes. “Esperando e torcendo pelo melhor”, destacam em relatório.

 

Em Washington, a expectativa é pelas medidas para estimular a economia. No Brasil, por medidas que mostrem controle de gastos e como vai ser o financiamento do novo programa social do governo. Os dois economistas do Rabobank observam que o governo brasileiro tem dado declarações positivas sobre a responsabilidade fiscal, mas faltam avanços concretos. Com isso, a curva de juros a termo segue mais inclinada e o real desvalorizado.

 

Hoje houve nova reunião de negociações entre a presidente da Câmara dos Representantes em Washington, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, mas sem avanços concretos. Pelosi disse estar otimista, afirmou que as partes precisam chegar a um acordo “o mais rápido possível”, mas mencionou divergências entre republicanos e democratas para isso, como em um plano de testes nacionais para o coronavírus.

 

“A esta altura, alcançar um acordo antes das eleições parece improvável, se não completamente impossível”, avalia a economista-chefe da corretora americana Stifel, Lindsey Piegza. Com isso, além do dólar em alta, as bolsas em Nova York caíram mais de 2% e o petróleo fechou em forte queda.

 

Além do impasse nas negociações, a economista da Stifel destaca que os Estados Unidos tiveram dois dias seguidos de recordes diários de casos de coronavírus. Assim, entra no radar a possível adoção de mais medidas de distanciamento social nos estados americanos, como vem crescentemente adotando a Europa. Hoje, na Alemanha, a chanceler Angela Merkel anunciou novas medidas de restrição e alertou para a piora do cenário econômico.

 

Um dos primeiros alertas dos efeitos da segunda onda de covid na Europa na economia foi dado hoje justamente na Alemanha, onde o índice local de confiança, conhecido como IFO, veio abaixo do esperado, mostrando a primeira queda desde abril. “As perspectivas de crescimento para o quarto trimestre estão cada vez mais fracas”, afirma o economista do Commerzbank, Jörg Krämer, ao analisar o indicador. Com isso, o euro caiu ante o dólar para as mínimas em semanas. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

 

 

17:31

 

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.61510 -0.2558 5.66360 5.61210

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5620.500 -0.04446 5664.500 5612.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5627.500 0.34772 5663.500 5622.500

 

 

JUROS

Os juros começaram a semana com viés de queda e à espera da agenda importante de eventos, que tem como destaque a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira. O mercado mantém o consenso de apostas em torno da manutenção da Selic em 2% e quer ver haverá algum ajuste na linguagem do comunicado em relação ao forward guidance, segundo o qual o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário se cumpridas determinadas condições. As taxas chegaram a ter baixa mais firme pela manhã, mas perderam ritmo à tarde, alinhadas ao aumento da cautela global, por sua vez alimentada pelas preocupações com a segunda onda de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa e redução nas perspectiva de fechamento de um acordo para o pacote fiscal norte-americano antes da eleição em 3 de novembro.

 

Após a forte alta das taxas na sexta-feira, em reação ao IPCA-15 de outubro, o mercado encontrou algum espaço para reduzir prêmios, num movimento técnico estimulado pela ausência de condutores fortes para os negócios. No começo da tarde, o fôlego diminuiu e os juros chegaram a zerar o recuo, mas acabaram retomando, já na definição dos ajustes, o viés de baixa nos principais contratos.

 

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,43%, de 3,475% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 4,92% para 4,88%. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,60%, de 6,625% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2027 passou de 7,474% para 7,43%.

 

Na avaliação de profissionais, embora o mercado possa ter exagerado no ‘sell-off’ da sessão anterior, é fato que as estimativas para a inflação estão piorando, ainda que ainda não a ponto de ameaçar as metas, e num cenário fiscal desafiador. “As crescentes preocupações fiscais não terão encaminhamento no curto prazo, tendo em vista a redução da atividade parlamentar com a aproximação das eleições municipais”, avalia o economista da Tendências Silvio Campos Neto.

 

“A questão fiscal está batendo à porta em meio a um conjunto de pressões inflacionárias represadas, como visto no IGP-M”, disse o operador de renda fixa da Nova Futura André Alírio. Ele lembra que, enquanto o IGP-M pode fechar o ano com alta em torno de 20%, as projeções para o IPCA em 2020 estão perto de 3%.

 

No Boletim Focus, a mediana das expectativas para a inflação este ano subiu de 2,65% para 2,99%, mas aquela atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 2,76% para 3,04%. Para 2021, passou de 3,02% para 3,10%, mas a dos últimos 5 dias caiu de 3,10% para 3,08%. As metas de inflação para 2020 e 2021 são de 4% e 3,75%. A mediana para a Selic no final de 2020 foi mantida em 2,00%, mas para 2021 subiu 2,50% para 2,75%.

 

Na avaliação Goldman Sachs, o prêmio embutido na curva após a reação negativa ao IPCA-15 deixou os retornos interessantes para aplicar, na medida em que o banco vê a ancoragem das expectativas abaixo das metas como sinal de que a precificação de altas para a Selic pode estar superestimada. “Mantemos nossa recomendação de venda no DI para janeiro de 2022”, afirma a instituição, em relatório.

 

Para quarta-feira, o mercado não vê alteração para o nível da taxa básica. Resta saber se haverá alguma mudança na comunicação diante da piora das estimativas de inflação e falta de solução para o financiamento do Renda Cidadã em 2021, o que mantém em risco a regra do teto de gastos, a despeito da defesa do mecanismo feita pelas autoridades nas últimas semanas.

 

Para o Banco Fibra, o Copom não deve alterar o forward guidance, mas sim retirar do comunicado a referência a “espaço remanescente” para utilização da política monetária. “A despeito dos atuais ruídos, é muito prematuro o comitê alterar a prescrição dado que não houve efetivamente alteração do regime fiscal”, diz o relatório, assinado pelo economista-chefe Cristiano Oliveira.

 

Nesta terça-feira, o Tesouro entra em cena às 11h com oferta de NTN-B em dois grupos de vencimentos, com expectativa positiva de volume especialmente para os papéis curtos, que têm concentrado a demanda do mercado e sido a solução para a rolagem da dívida. À tarde, divulgará o relatório mensal da Dívida de setembro, mês complicado sobretudo para a emissão de LFT. (Denise Abarca – [email protected])

 

 

17:31

 

Operação   Último

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92

Capital de Giro (%a.a) 5.23

Hot Money (%a.m) 0.60

CDI Over (%a.a) 1.90

Over Selic (%a.a) 1.90

 

 

 

 

 




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