O Fed cumpriu o que se esperava, ao manter os juros inalterados nos EUA. Mas o apetite por risco aumentou após a decisão e, sobretudo, com as palavras de Jerome Powell, presidente do banco central americano. Segundo ele, a economia precisará de política monetária acomodatícia por um período prolongado e há maneiras de apoiar ainda mais a atividade. Além disso, o Fed prometeu ampliar a compra de ativos, o que significa aumentar a já abundante liquidez global. Como resultado, os principais índices acionários de Wall Street ampliaram os ganhos, com destaque para S&P 500 e Nasdaq. O Ibovespa, que superou os 105 mil pontos pela manhã, mas voltou para a casa de 104 mil à espera do Fed, acelerou a alta a renovou algumas máximas, até terminar com avanço de 1,44%, aos 105.605,17 pontos. No mês, os ganhos já superam os 11%. Vale, que divulga seu balanço ainda hoje, após o fechamento dos mercados, Petrobras e bancos, os papéis com maior peso no índice, figuraram no território positivo. No câmbio, as declarações de Powell, apesar de terem enfraquecido o dólar ante divisas mais fortes, deram fôlego à moeda americana em relação aos pares emergentes. Com isso, depois de um dia bastante volátil, o dólar se firmou em alta diante do real na hora final de negócios e encerrou o pregão com valorização de 0,30%, a R$ 5,1729 no mercado à vista. A pressão do câmbio e também um movimento de ajuste de posições, em preparação para o leilão de prefixados do Tesouro nesta quinta-feira, fez os juros futuros subirem, depois de passarem grande parte da sessão em sentido oposto. Nada que mudasse, porém, as apostas em mais um corte de juros pelo Banco Central na próxima semana, levando a Selic para 2%.
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