Se a performance dos ativos locais vinha, nos últimos dias, consistentemente pior do que os pares externos, hoje essa situação mudou um pouco, sobretudo no mercado acionário. Não que a cautela em relação ao quadro fiscal tenha saído de cena. Mas a ausência de novas notícias ruins já abriu espaço para alguma recomposição nos preços. Os papéis dos bancos brasileiros tiveram alta expressiva nesta quinta-feira, catapultados por recomendações de compra, uma vez que têm exibido desempenho aquém da média do mercado. E a Petrobras, com o contínuo avanço do petróleo, também deu sua contribuição positiva. Além disso, em um ambiente de retornos baixos, a renda variável segue em destaque e ganhando novos entrantes. Com tudo isso e o exterior positivo, o Ibovespa, após cair em três das quatro sessões anteriores, encerrou o dia com avanço de 2,51%, aos 97.919,73 pontos. Os principais índices americanos também subiram, mas encerraram com ganhos um pouco mais comedidos do que os vistos mais cedo, em uma desaceleração que ocorreu após a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, rejeitar um pacote fiscal reduzido que forneceria apenas ajuda financeira a companhias aéreas. As ações do setor de energia, no entanto, mantiveram o suporte aos mercados, sustentadas pela forte alta do petróleo. Em um pregão de maior apetite por risco, o Tesouro realizou uma oferta mais moderada de títulos prefixados longos e optou por colocar um lote maior de LTNs de curto prazo, o que possibilitou a queda dos juros futuros a partir do fim da manhã, sobretudo nos vértices intermediários. Para ajudar ainda mais nesse recuo das taxas, o dólar também teve um dia de alívio ante o real e se firmou em queda no período vespertino, em um pregão de fortalecimento das divisas emergentes. No fim, a moeda dos EUA cedeu 0,65% no mercado à vista, a R$ 5,5886.
- BOLSA
- MERCADOS INTERNACIONAIS
- JUROS
- CÂMBIO