A expectativa de que, finalmente, democratas e republicanos possam chegar a um acordo para um pacote de estímulos nos EUA conduziu o otimismo dos investidores durante todo o pregão. No entanto, por mais que os sinais fossem todos positivos, tanto da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, quanto do líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, na medida em que os negócios do aproximavam do fim e nada de prático aparecia, os agentes optaram por embolsar um pouco dos lucros intraday, o que reduziu o avanço das bolsas americanas e zerou a queda do dólar ante o real. Ainda assim, o pregão foi majoritariamente positivo, com os índices acionários em Wall Street novamente no azul e a bolsa brasileira de volta ao nível de 100 mil pontos, algo que não acontecia no fechamento desde 17 de setembro, há mais de um mês. No fim, o Ibovespa, com forte alta das ações da Petrobras, teve ganho de 1,91%, aos 100.539,83 pontos. Enquanto isso, os juros futuros, em meio ao apetite por risco global, terminaram majoritariamente nas mínimas com fatores locais: o leilão de NTN-B 15/5/2023 mais cedo, considerado bem sucedido, e a informação apurada pelo Broadcast, à tarde, de que o governo negocia com o BNDES a devolução de R$ 100 bilhões em 2021 para reforçar o colchão de liquidez da instituição. Também ajudou, em alguma medida, o reforço do compromisso fiscal em declarações dadas hoje pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Tal fato e a queda do dólar globalmente até chegaram a fortalecer o real, mas a moeda sucumbiu nos minutos finais e voltou a ceder ante a divisa americana, com os agentes guardando cautela antes de uma definição em relação às negociações pelo pacote americano. No encerramento do pregão, o dólar à vista valia R$ 5,6133, com valorização de 0,18%.
- BOLSA
- JUROS
- MERCADOS INTERNACIONAIS
- CÂMBIO