BC INTERVÉM, MAS SÓ AMENIZA ALTA DO DÓLAR E INCLINAÇÃO DA CURVA DE JUROS COM FISCAL

A desconfiança dos investidores em relação à situação fiscal do Brasil, diante das conversas sobre continuar com o auxílio emergencial, mas fora do teto e com a criação de um imposto temporário, obrigou o Banco Central a fazer duas intervenções, vendendo US$ 1 bilhão em swaps. Mesmo assim, o efeito foi apenas marginal. Até porque, os agentes estão corrigindo o otimismo que compraram com a eleição dos candidatos do governo no Congresso. Houve sinalizações de que a eventual continuidade do benefício emergencial viria dentro do teto e vinculada à aprovação de alguma PEC que ajudasse no controle dos gastos. O mercado acreditou e, agora, parece recolocar nos preços que as coisas não serão bem assim. Nesse ambiente, mesmo tendo se afastado das máximas e desacelerado a alta diante do real, o dólar ainda terminou com valorização de 0,19%, cotado a R$ 5,3829, em movimento descolado do visto no exterior. Os juros futuros de longo prazo também devolveram um pouco de prêmios com o câmbio mais controlado, mas a influência de outras duas forças garantiu novo dia de inclinação para a curva de juros: o aumento do risco fiscal puxou as taxas longas, enquanto o IPCA perto do piso das estimativas reduziu um pouco as apostas em um aperto monetário mais pronunciado em março. Na renda variável, nem mesmo a alta firme de bancos e siderúrgicas conseguiu levar a Bolsa adiante. Até porque, o Ibovespa é limitado pelas ações da Petrobras, ainda penalizadas pela desconfiança sobre a política de preços, e também pela cautela com a questão fiscal. Assim, o índice rondou a estabilidade em grande parte da tarde, até terminar com queda de 0,19%, aos 119.471,62 pontos. E o desempenho só não foi pior porque, em Nova York, as bolsas chegaram a recobrar o sinal positivo à tarde e, apesar de Dow Jones e S&P 500 terem terminado com leve baixa, o Nasdaq subiu e renovou máxima histórica, com os investidores de olho no estímulo fiscal nos Estados Unidos, após o presidente Joe Biden voltar a defender que se pense “com grandeza” ao definir o pacote.

 

 

CÂMBIO

O câmbio teve uma tarde agitada, com duas intervenções inesperadas do Banco Central. Com o real operando descolado de seus pares emergentes, por causa do desconforto causado pela situação fiscal do Brasil, e a moeda americana batendo em R$ 5,45, o BC fez dois leilões de swap (venda de dólar no mercado futuro), somando US$ 1 bilhão. As operações conseguiram acalmar o mercado, mas mesmo assim o dólar ainda fechou em alta. Profissionais das mesas de câmbio dizem que leilões serão ineficazes se a situação fiscal não melhorar, sobretudo após a frustração da visão inicial de que o auxílio emergencial teria como contrapartida o avanço do ajuste das contas públicas, o que o Congresso não sinaliza ter interesse em fazer neste momento.

 

No encerramento dos negócios, o dólar à vista subiu 0,19%, a R$ 5,3829. No mercado futuro, o dólar para março, que hoje entrou duas vezes em leilão, era negociado com ganho de 0,21% às 18h10, a R$ 5,3835.

 

As declarações recentes do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), só contribuem para a visão de que o teto de gastos será furado este ano, avaliam os estrategistas em Nova York do Citigroup.

 

O banco americano prevê que as despesas vão superar o teto em R$ 75 bilhões em 2021, observando que as propostas de emendas constitucionais do governo no Congresso para o ajuste fiscal exigem tempo para aprovação, enquanto a escalada dos casos de coronavírus é rápida, o que aumenta a pressão por programas de transferências de renda.

 

Ex-chefe do Departamento de Operações de Mercado Aberto do BC, Sergio Goldenstein, colaborador do site de pesquisas Ohmresearch, observa que a intervenção do BC ajuda a conter a alta do dólar, mas será ineficaz se o quadro fiscal piorar. A desvalorização recente do real, ressalta ele em seu Twitter nesta tarde, ocorreu justamente por causa do aumento do risco fiscal, aliado a um juro real “muito fora do lugar”.

 

Além da questão fiscal, a visão de que a alta de juros pode não vir em março, que ganhou força após a divulgação do IPCA de janeiro (0,25%) com número perto do piso das projeções (mediana de 0,30%, a partir de intervalo de 0,24% a 0,54%), provocou pressão no câmbio desde os negócios da manhã. A visão é que sem subir juros, e com as taxas reais negativas, a atração de capital externo do Brasil fica comprometida.

 

Na avaliação do economista sênior para a América Latina da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, o dado de hoje de inflação é uma boa notícia para o BC, que vai tentar segurar a elevação de juros, em meio a uma atividade enfraquecida e um mercado de trabalho deteriorado. “A inflação começou o ano sob controle”, afirma Abadia.

 

No Congresso, o Broadcast apurou que líderes do Senado reforçaram hoje a pressão por uma nova rodada do auxílio emergencial. O assunto foi discutido em reunião das lideranças nesta terça-feira. Rodrigo Pacheco se colocou pessoalmente na articulação com o presidente Jair Bolsonaro.

 

Entre as soluções para viabilizar o auxílio, a discussão é de duas medidas já muito criticadas pelos participantes do mercado: aumentar o endividamento da União ou criar um imposto temporário. Por isso, medidas mais positivas, como a possibilidade de aprovação rápida na Câmara do projeto de lei que dá autonomia ao BC ficaram em segundo plano.

 

Nesta tarde, o BC fez dois leilões de swap. O primeiro foi de US$ 715 milhões. Pouco mais de 40 minutos depois, foi anunciado um segundo leilão, que somou US$ 285 milhões. Um gestor lembra que ontem Bolsonaro falou que conversou com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre a necessidade de baixar o dólar.

 

Bolsonaro afirmou ter dito ao presidente do BC que o “ideal” para solucionar a questão do aumentos dos preços dos combustíveis seria “baixar o dólar”. E para baixar, segundo Bolsonaro, seria preciso avanço nas reformas. Este gestor reconhece que com o real descolado de seus pares hoje, o leilão foi necessário hoje e não pode ser visto como pressão do presidente.

 

Com o clima de desconfiança sobre a situação fiscal do Brasil, estrangeiros seguem elevando posição comprada em dólar futuro, que ganha com a alta da moeda americana. Ontem, aumentaram em mais 7.270 contratos, o equivalente a US$ 364 milhões, segundo dados da B3 monitorados pela corretora Renascença. Com isso, o saldo comprado em dólar futuro foi a 120,7 mil contratos, no maior nível desde agosto. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

 

 

18:22

 

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.38290 0.1917 5.44750 5.35380

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5386.000 0.26061 5450.500 5356.500

DOLAR COMERCIAL 5445.000 1.54793 5445.000 5445.000

 

JUROS

As intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio suavizaram a pressão dos juros de longo prazo à tarde, mas ainda assim a curva continuou ganhando inclinação, a exemplo do que já tinha sido visto ontem. As taxas longas, que pela manhã chegaram a subir mais de 15 pontos-base, terminaram com ganho de cerca de 10 pontos. As curtas, que caíam na etapa matutina, fecharam estáveis. A pressão foi atribuída a dois fatores: IPCA de janeiro abaixo da mediana das estimativas e risco da volta do auxilio emergencial sem contrapartida de financiamento, dado o empenho do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB-MG), em resgatar o pagamento do benefício o mais rapidamente possível. A terça-feira teve leilão de NTN-B com oferta robusta de 2,850 milhões, mas, num dia de aversão a risco nos ativos locais, a maior parte (2,5 milhões) foi colocada no vencimento mais curto do papel.

 

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,405% (regular) e 3,400% (estendida), de 3,417% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 4,951% para 4,985% (regular) e 4,995% (estendida). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,46% (regular) e 6,48% (estendida), de 6,385%, e a taxa do DI para janeiro de 2027 fechou a 7,11% (regular) e 7,12% (estendida), de 7,034%.

 

Se o IPCA de janeiro (0,25%), abaixo da mediana das estimativas, de 0,30%, e perto do piso (0,24%), enfraqueceu as apostas de alta da Selic em março, de outro prejudicou o real, com consequente efeito negativo sobre as taxas. Nesse contexto, os leilões do BC à tarde retiraram pressão da moeda e da curva, mas numa ação vista como paliativa, uma vez que os riscos estão totalmente ligados à conjuntura. O BC vendeu US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial em duas operações.

 

A declaração de Pacheco de que pode não ser possível esperar a entrada em vigor das Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial para aprovar o auxilio já ontem trazia desconforto, que foi ampliado hoje. Conforme o Broadcast Político apurou, há pressão do Congresso para que a nova rodada do benefício seja aberta fora do teto de gastos e sem o corte de outras despesas. Aumentar o endividamento da União ou até criar um imposto temporário para bancar o benefício entrou no radar dos parlamentares. Pacheco tomou a frente da articulação diretamente com o presidente Jair Bolsonaro.

 

O trader de renda fixa da Sicredi Asset Danilo Alencar lembra que até as eleições para Câmara e Senado, Executivo e Legislativo pareciam estar afinados quanto à importância da responsabilidade fiscal, mas agora ambos alteraram o discurso e vão na contramão do que defende a equipe econômica. “Bolsonaro mudou de postura de uma hora para outra e vemos Pacheco antagonizando com Guedes”, disse. E, na sua opinião, a provável aprovação pela Câmara do projeto de autonomia do BC não deve trazer grande alívio. “Já está precificada”, resumiu.

 

Em evento virtual promovido pelo Observatory Group pela manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu que não há nenhum espaço para novas medidas sem que haja contrapartida fiscais. “É preciso tomar ações para que a dívida não continue crescendo. A reação dos mercados nos mostra que a fragilidade fiscal pesa mais do que os eventuais benefícios de se colocar mais dinheiro na economia. Pode acabar tendo o efeito contrário, de contração”, afirmou.

 

Em dia de IPCA mais fraco que o consenso de mercado, Campos Neto manteve a avaliação de que os choques de inflação são temporários e que com a alta dos preços das commodities, a inflação – sobretudo em alimentos – passou a ser uma preocupação em diversos países. “Temos uma inflação mais alta no Brasil”, admitiu.

 

Na curva a termo, as apostas majoritárias para o Copom de março são de que o ciclo de aperto começará de forma mais branda. De acordo com números do Banco Mizuho, a curva aponta 64% de probabilidade de elevação de 0,25 ponto porcentual e 36% de chance de aperto de 0,50 ponto. Para o Copom de maio, porém, a situação é inversa, com 84% de chance de alta e 0,50 e 16% de probabilidade de 0,25 ponto.

 

O leilão do Tesouro foi considerado bem-sucedido, com a colocação integral dos 2,850 milhões de NTN-B, sendo a maior parte (2,5 milhões) no vencimento mais curto, de 2024. A estratégia foi vista como acertada, na medida em que a aversão ao risco do mercado hoje poderia comprometer a operação caso o Tesouro “forçasse a mão” na NTN-B longa, disse um gestor. “É uma forma de proteger os detentores do papel e o Tesouro é muito zeloso nisso”, explicou. (Denise Abarca – [email protected])

 

 

18:22

 

Operação   Último

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.95

Capital de Giro (%a.a) 5.17

Hot Money (%a.m) 0.56

CDI Over (%a.a) 1.90

Over Selic (%a.a) 1.90

 

 

 

 

 

 

BOLSA

O Ibovespa manteve-se bem perto da estabilidade na maior parte da tarde, oscilando entre leves ganhos e perdas, em sessão marcada também por pequena variação nos índices de Nova York após máximas históricas no dia anterior, renovadas hoje no Nasdaq, em meio à expectativa positiva para pacote fiscal no topo de US$ 1,9 trilhão, nos EUA. Aqui, o índice da B3 emendou a segunda sessão negativa, com a Petrobras (PN -2,03%, ON -2,60%) estendendo a correção de ontem, ante a desconfiança sobre a política de preços da estatal.

 

No cenário fiscal, a aproximação de nova rodada de auxílio emergencial contribui para reverter o ânimo da semana passada, na qual prevalecia a impressão de que o Congresso priorizaria agenda de reformas e que as discussões sobre o auxílio respeitariam o teto de gastos. A pressa em encontrar uma solução imediata para a ajuda aos vulneráveis recoloca na mesa a difícil situação das contas públicas.

 

Assim, após ganho de 4,50% acumulado na semana passada, o Ibovespa tem perda de 0,64% até aqui nesta semana, após a leve baixa de 0,19%, a 119.471,62 pontos nesta terça-feira, entre mínima de 118.245,64 e máxima de 119.974,93 pontos, com giro a R$ 29,2 bilhões. No ano, o índice limita o avanço a 0,38% e, no mês de fevereiro, sobe 3,83%.

 

Por sua vez, a curva de juros refletiu hoje a divulgação de IPCA abaixo do esperado em janeiro (0,25%), o que diminui a probabilidade de atuação do BC sobre a Selic já na reunião de março, enquanto a ponta longa mostrou algum desconforto com a situação fiscal. O dólar, que se mostrava pressionado até o início da tarde, com máxima a R$ 5,4475, acabou se acomodando à faixa de R$ 5,38 no fechamento, em leve alta de 0,19% na sessão.

 

Para Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, como ontem, o Ibovespa não teve força para recuperar a linha dos 120 mil pontos, vista no fechamento da última sexta-feira. A reversão decorre tanto do “ceticismo” quanto à progressão das reformas como das “preocupações” relacionadas ao “risco de intervenção estatal na política de preços da Petrobras”. “A mudança anunciada em fato relevante levantou dúvidas sobre a transparência da decisão, e elevou o risco da empresa, o que acabou motivando o rebaixamento de recomendações por bancos e corretoras, vendo que no, atual patamar, o nível de risco/retorno não está tão atrativo.”

 

O desempenho positivo das ações de bancos (Santander +1,62%, Itaú PN +1,20%) e de siderurgia (CSN +2,43%, Usiminas +1,30%) contribuiu hoje para mitigar novo dia ruim para as ações de Petrobras, após a ON da estatal ter segurado a ponta negativa do Ibovespa na sessão anterior, com perda acima de 4%. Assim, tanto hoje como ontem, as ações da Petrobras não acompanharam o avanço das cotações do petróleo, que colocou hoje o Brent a US$ 61 por barril, com ganho perto de 17% no ano – em 2021, Petrobras PN cede 2,82% e a ON, 3,95%.

 

“Agora que a Europa parece ter superado o pior dessa onda de Covid, os traders de energia estão otimistas de que a perspectiva de demanda será muito forte no final do segundo trimestre”, aponta em nota Edward Moya, analista da OANDA em Nova York. “Os fundamentos parecem fortes novamente, tanto do lado da oferta quanto da demanda”, acrescenta.

 

Na ponta do Ibovespa nesta terça-feira, Sabesp fechou em alta de 7,10%, à frente de CSN (+2,43%) e de Ultrapar (+2,22%). No lado oposto, PetroRio cedeu 4,13%, Eztec, 3,36%, e JHSF, 3,03%. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

 

 

18:20

 

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 119471.62 -0.18776

Máxima 119974.93 +0.23

Mínima 118245.64 -1.21

Volume (R$ Bilhões) 2.91B

Volume (US$ Bilhões) 5.38B

 

 

 

 

18:22

 

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 119420 -0.20057

Máxima 119980 +0.27

Mínima 118175 -1.24

 

 

 

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, com pouco fôlego um dia após os três índices registrarem recordes de fechamento, mas o Nasdaq ainda assim renovou sua marca histórica. O mercado acionário continuava a ser apoiado pela perspectiva de mais apoio fiscal nos Estados Unidos, com o presidente Joe Biden voltando nesta tarde a defender que se pense “com grandeza” ao definir o pacote. Enquanto a Casa Branca negocia com os republicanos do Congresso, não exclui a possibilidade de avançar sozinha na questão. Nesse quadro, o dólar se enfraqueceu mais à tarde, também diante da força do euro, divisa apoiada pela perspectiva de Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), tornar-se primeiro-ministro da Itália. O movimento no câmbio apoiou o avanço do petróleo, em dia de relatório do Departamento de Energia (DoE), mas entre os retornos dos Treasuries não houve sinal único, com os estímulos fiscais no radar e na véspera da publicação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA.

 

“Estamos em posição de pensar com grandeza sobre o pacote fiscal”, afirmou Biden hoje, durante reunião com empresários. Ele comentou que continua a dialogar com congressistas republicanos sobre o tema e que concorda com um limite de renda proposto para os beneficiários de pagamentos diretos de US$ 1,4 mil previstos no projeto de lei. Enquanto isso, legisladores democratas trabalhavam para avançar com a pauta no Congresso.

 

O BBH diz em relatório ver o mundo em duas pistas distintas, com a China e os EUA na “via rápida” da retomada, enquanto outras partes do mundo, como Europa e Canadá, tentam se recuperar, mas ainda sofrem mais com a covid-19 em suas atividades. No caso americano, o impulso fiscal se mostra decisivo O BBH lembra que um estímulo fiscal nos EUA “se torna um estímulo fiscal para o restante do mundo”, enquanto complementa que a política monetária seguirá acomodatícia no futuro previsível.

 

Nas bolsas de Nova York, a perspectiva de estímulos têm sustentado os índices, mas hoje houve pouco fôlego, com fechamento próximo da estabilidade. Entre ações em foco, Boeing se destacou, em alta de 1,50%, após em janeiro superar a Airbus em entregas de aeronaves, o que não ocorria havia dois anos. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,03%, em 31.375,83 pontos, o S&P 500 caiu 0,11%, a 3.911,23 pontos, e o Nasdaq subiu 0,14%, a 14.007,70 pontos, superando assim os 14 mil pontos e com novo recorde histórico de fechamento.

 

A Stifel comenta que o mercado acionário “continua a se concentrar na perspectiva de mais injeção de apoio fiscal”. Já no mercado de bônus, ela aponta que os retornos começam a projetar aumentos na expectativa de inflação, nesse contexto. Hoje, os juros dos Treasuries não tiveram sinal único, na véspera da divulgação do CPI. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperam alta de 0,3% no mês em janeiro, com o índice de preços ao consumidor ainda distante da meta do Fed. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,117% e o da T-note de 10 anos recuava a 1,157%.

 

A Oxford Economics diz que o avanço em retornos de bônus globais devem pesar sobre as ações, particularmente em setores como as gigantes de tecnologia. Em relatório, porém, a consultoria também aponta que as expectativas de resultados em balanços de algumas empresas continuam a ser revisadas em alta, o que deve apoiar esses papéis.

 

No câmbio, o dólar perdeu mais fôlego à tarde, com o quadro fiscal nos EUA e a possibilidade de Draghi conseguir assumir como premiê italiano, o que apoia o euro. No horário citado, o dólar recuava a 104,58 ienes, o euro subia a US$ 1,2120 e a libra tinha alta a US$ 1,3812. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, recuou 0,54%, a 90,439 pontos.

 

A fraqueza do dólar apoiou o petróleo, também sustentado pela perspectiva de mais estímulos nos EUA, que podem apoiar a demanda. O contrato do WTI para março fechou em alta de 0,67%, em US$ 58,36 o barril, na Nymex, e o Brent para abril avançou 0,88%, a US$ 61,09 o barril, na ICE. O DoE divulgou relatório e previu que o preço médio do WTI em 2021 fique em US$ 50,21 o barril e o do Brent, em US$ 51,56. (Gabriel Bueno da Costa – [email protected])

 

 

 

 

 




4 comments

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