Dados mistos de atividade, a continuidade do avanço da covid nos EUA e as tensões entre americanos e chineses impuseram fuga do risco e, portanto, queda para as bolsas. Mas o real manteve sua toada de volatilidade acima da verificada entre as demais moedas e, assim como tem ocorrido com alguma frequência, também descolado dos pares internacionais e dos demais ativos domésticos. Hoje, analistas atribuíram a queda do dólar ante a divisa brasileira, de 1,10% no mercado à vista, a R$ 5,3261, ao registro de algum fluxo de entrada para IPOs e também a uma correção de altas recentes. Do ponto de vista técnico, no entanto, esses profissionais dizem que o real, devido ao juro baixo, pode estar sendo usado como hedge ou funding de curto prazo, amplificando as oscilações. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admite que a volatilidade está acima da média e diz que a autoridade monetária ainda analisa as causas. Enquanto isso, o Ibovespa seguiu colado aos índices norte-americanos, mas assim como subiu mais na véspera, hoje também recuou além dos pares, acelerando a queda durante a tarde, até terminar com baixa de 1,22%, aos 100.553,27 pontos. Em Wall Street, se os indicadores mistos de China e EUA já traziam um viés de baixa, o novo recorde de casos de covid-19 em território americano e o risco que isso pode impor à retomada da economia garantiram o fechamento negativo. Em meio à aversão ao risco externa e ao movimento do câmbio, os juros futuros tiveram oscilações pequenas, mas com o viés de queda prevalecendo nos vencimentos curtos e intermediários, diante do movimento do dólar e do cenário mais animador para as reformas, sobretudo a Tributária.
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