TREASURIES SOBEM MAIS COM RELATÓRIO DO FED E GERAM PRESSÃO ADICIONAL NO DI

Os juros dos Treasuries ampliaram o movimento de alta na etapa da tarde, puxando ainda mais as taxas dos DIs e tirando fôlego de ativos de risco mundo afora. A subida adicional ocorreu por causa de um relatório do Federal Reserve que apontou que bancos nos Estados Unidos relataram aperto no crédito e menor demanda por empréstimos no terceiro trimestre. O documento colocou mais dúvidas à mesa quanto à condução da política monetária americana. Depois dos dados fracos do emprego na sexta-feira ter colocado em debate o início da flexibilização pelo Fed, o mercado trabalha desde cedo com uma correção de parte desse movimento, considerado muito agressivo. O juro da T-note de 2 anos passou de 4,865% na sexta-feira para 4,932% no fim da tarde de hoje, enquanto o da T-note de 10 anos saltou de 4,522% para 4,648%. As bolsas de Nova York perderam ímpeto e terminaram com leve ganho – 0,10% do Dow Jones, 0,18% do S&P 500 e 0,30% do Nasdaq. O dólar subiu ante as moedas principais. Aqui no Brasil, o investidor monitora o desenrolar da meta fiscal de 2024 e a agenda de votações no Congresso, com destaque para a possibilidade de a reforma tributária ir a plenário no Senado esta semana. O DI para janeiro de 2027 subiu mais de 10 pontos-base, a 10,90%. Os movimentos nos mercados de ações e câmbio doméstico foram mais contidos. O Ibovespa sustentou a alta com ajuda de Vale (+0,42%), terminando o dia em 118.431,25 pontos (+0,23%). O dólar à vista conseguiu manter a tendência da sexta-feira e caiu 0,17%, aos R$ 4,8879, em dia de alta de commodities.

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•JUROS

•BOLSA

•CÂMBIO

MERCADOS INTERNACIONAIS

Os rendimentos dos Treasuries e o dólar ganharam força no fim da tarde, após o Federal Reserve (Fed) indicar que bancos americanos relataram aperto no crédito e menor demanda por empréstimos no terceiro trimestre. Os ativos já estavam em alta antes da divulgação do relatório, se recuperando após queda no último pregão, de olho nas dúvidas sobre o início do corte de juros dos EUA e sobre a possibilidade de um pouso suave na economia. O fôlego dos retornos dos títulos americanos chegou a pressionar os mercados acionários de Nova York, mas as bolsas conseguiram encerrar em leve alta, enquanto o petróleo conseguiu subir na sessão, após confirmação da Rússia e da Arábia Saudita sobre a continuação dos cortes voluntários na produção e acompanhando novos estímulos da economia da China.

De acordo com relatório sobre Práticas de Empréstimos Bancários (SLOOS, na sigla em inglês), divulgado nesta tarde pelo Fed, houve um endurecimento nas linhas de créditos e de consumo por parte das famílias, possivelmente decorrendo do cenário econômico mais incerto e às menores tolerâncias ao risco. Na visão do City Index, os números indicados no relatório, juntamente com taxas de curto e longo prazo mais elevadas, “deveriam ter prejudicado ainda mais a economia, mas os dados do Produto Interno Bruto (PIB) não mostraram muito efeito”.

Assim, o documento ajudou a impulsionar os rendimentos dos Treasuries, que já subiam desde o início do pregão após fecharem em forte queda na sexta-feira, após o payroll informar criação de empregos nos EUA abaixo do esperado pelo mercado. No fim da tarde de Nova York, o juro da T-note de 2 anos sobe a 4,932%, o da T-note de 10 anos avança a 4,648% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,818%.

O dólar também ganhou força ante divisas rivais após divulgação do relatório. Apesar da desaceleração da criação de empregos em outubro, o Brown Brothers Harriman (BBH), destaca que a “economia dos EUA continua a crescer acima da tendência, mesmo quando o resto do mundo entra em recessão, enquanto as pressões sobre os preços permanecem suficientemente persistentes para que a Fed não consiga reduzir as taxas. Eventualmente, o Fed (e o mercado) terá de reconhecer isto”. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 149,98 ienes, o euro recuava a US$ 1,0722 e a libra tinha baixa a US$ 1,2346. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,18%, a 105,215 pontos

Apesar da força da economia americana, o Citi espera que os Estados Unidos passem por uma fase de fraqueza temporária, em vez de conseguir o esperado pouso suave, visto que é “provável que a inflação elevada seja mais evidente nos próximos dados. O afrouxamento das condições financeiras na semana passada também é um argumento contra uma moderação na atividade e na inflação”.

Neste cenário, as bolsas de Nova York fecharam em leve alta, após operarem de forma volátil durante o dia, com destaque para empresas intensivas em tecnologia, como Apple (+1,46%) e Microsoft (+1,06%). A Tesla, por sua vez, fechou em queda de 0,31%, perdendo o fôlego inicial da notícia de que aumentou os salários de seus trabalhadores na Alemanha e de que planeja um novo modelo que custará 25 mil euros. O papel da WeWork ficou suspenso ao longo de todo o pregão, diante de rumores de que a empresa de escritórios compartilhados planeja acionar o artigo 11 do Código de Falência dos EUA. O índice Dow Jones subiu 0,10%, o S&P 500 avançou 0,18% e o Nasdaq teve alta de 0,30%.

Entre commodities, o petróleo subiu na esteira das expectativas de oferta mais apertada. Entretanto, a Oanda avalia que expectativas econômicas mais fracas vem pesando sobre o preço do óleo, de forma que não é questão saber se a Rússia e a Arábia Saudita irão cumprir as metas de produção para o final do ano, mas sim se as irão estender. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,38% (US$ 0,31), a US$ 80,82 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,34% (US$ 0,29), a US$ 85,18 o barril.

JUROS

O mercado de juros começou a semana realizando lucros e recuperando parte dos prêmios devolvidos nas últimas sessões, com taxas em alta. O ambiente externo novamente se impôs, via aumento dos yields dos Treasuries, e a curva foi ainda pressionada pelo desconforto fiscal. Por mais que os presidentes da Câmara e do Senado tenham manifestado hoje apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manutenção da meta de primário zero em 2024, o mercado segue desconfiado que cedo ou tarde o objetivo será alterado. Tampouco a expectativa de avanço das pautas econômicas no Congresso esta semana serviu de alívio.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,870%, de 10,822% na sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 subiu de 10,60% para 10,72%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,90% (10,77% na sexta) e o DI para janeiro de 2029, com taxa de 11,28%, de 11,16% no ajuste.

As taxas curtas foram bem menos afetadas, encerrando com alta moderada, até porque nesta terça-feira será divulgada a ata do Copom, que poderá dar mais subsídios ao mercado sobre até onde pode chegar o ciclo de cortes da Selic. Nos demais prazos, as taxas tiveram alta firme, sobretudo nos vértices a partir de 2030. O ganho de inclinação esteve diretamente relacionado à piora na percepção de risco externo e fiscal.

Na semana passada, o mercado embarcou na tese de que o discurso considerado “dovish” do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e os dados do payroll abaixo do esperado sugeriam o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA, mas hoje reconsiderou. “Muita gente ainda se pergunta se a alta de juros realmente acabou e a percepção é de que um corte também não chega antes do segundo semestre”, afirma o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz.

Bruno Serra, gestor da Itaú Asset e ex-diretor do Banco Central, acredita que ao menos até o final do primeiro trimestre de 2024 o mercado vai estar discutindo se os juros vão subir ou não nos Estados Unidos. “Os preços das casas estão subindo, o que sugere que tem mais demanda que oferta”, disse Serra em evento do BTG Pactual, ressaltando que um dos canais de transmissão da política monetária americana pode estar “entupido”.

No fim da tarde, os retornos dos Treasuries sofreram mais uma rodada de máximas, após o Federal Reserve divulgar relatório no qual os bancos relatam padrões mais fracos de empréstimos para empresas de todos os portes, em quadro de maior incerteza na economia e de menor tolerância a riscos. A taxa da T-Note de 10 anos estava em 4,64%.

No Brasil, a área fiscal segue preocupando os agentes. A meta de déficit zero ainda não foi oficialmente alterada – Haddad ainda considera que pode convencer o governo a mantê-la -, mas a leitura é que o estrago já está feito. “As entrevistas de Lula e Haddad pegaram muito mal. Ao mesmo tempo em que é positiva a perspectiva para a reforma tributária, sabemos que essa parte fiscal dificilmente vai se resolver”, disse Cruz.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisará amanhã o relatório da reforma tributária. O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), deve apresentar ainda hoje uma nova versão do texto com ajustes para garantir uma “maioria” a favor da proposta. A estimativa é que seja aprovado ainda nesta semana tanto na comissão, quanto no plenário da Casa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que Haddad “ratificou, em reunião conosco e publicamente, que vai continuar perseguindo o déficit zero” e defendeu que o ministro siga buscando alternativas para cumprir o objetivo. A ideia da equipe econômica é conseguir aprovar projetos no Congresso que elevem a arrecadação, evitando assim a necessidade de contingenciar recursos. Em nota, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o Congresso “buscará contribuir com as aprovações necessárias” para ajudar o governo Lula a cumprir a meta fiscal.

Já o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que o compromisso fiscal do governo “é total”, mas admitiu que a meta para o ano que vem é questão a ser ainda discutida.

BOLSA

O Ibovespa operou em leve viés de alta em boa parte do dia, mas a virada em Nova York do meio para o fim da tarde, ao negativo, chegou a tirar sustentação do índice da B3. Ao fim, com recuperação também em NY, fechou em alta de 0,23%, aos 118.431,25 pontos, o quarto avanço consecutivo para o Ibovespa, vindo de alta de 2,70% na última sexta-feira.

Ao longo da sessão, o índice da B3 operou em margem bem estreita, de cerca de 713 pontos entre a mínima (118.044,82) e a máxima (118.757,52) do dia, em que saiu de abertura aos 118.159,97 pontos. Nessas primeiras sessões do mês, acumula ganho de 4,67% em novembro, que recoloca o avanço do ano a 7,93%. Após melhora na última sexta-feira, o giro financeiro voltou a se enfraquecer neste começo de semana, a R$ 18,4 bilhões.

“O Ibovespa teve um dia mais manso, de leve movimento de abertura na curva de juros doméstica, especialmente nos vértices intermediários e mais longos, mas sem ‘driver’ específico. Foi um dia pouco direcional para os ativos”, diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.

O ganho moderado da ação de maior peso individual no índice, Vale (ON +0,42%), contribuiu para que o Ibovespa não se aprofundasse na mesma direção de Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq nos piores momentos da tarde, em dia positivo também para Gerdau (PN +1,18%), que divulga balanço trimestral após o fechamento de hoje.

Ainda que em grau moderado, a sessão era majoritariamente negativa para os grandes bancos, à exceção de Itaú (PN +0,93%), antes do balanço trimestral, e de Banco do Brasil (ON +0,70%), mas Bradesco ON (+0,23%) e Santander (Unit +0,22%) também se alinharam ao positivo no fechamento. Petrobras perdeu força ao longo da tarde e fechou em baixa de 0,26% (ON) e de 0,08% (PN), com o petróleo limitando à faixa de meio por cento ganho na casa de 1% visto mais cedo, em Londres como em Nova York.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque nesta abertura de semana para BRF (+12,87%), Marfrig (+8,61%) e Minerva (+3,34%), com CVC (-9,23%), Yduqs (-8,85%) e Gol (-7,06%) no lado oposto.

“O Ibovespa ficou neutro, bem perto do zero a zero, em parte do dia. A puxada nos rendimentos dos Treasuries fez os índices de ações em Nova York devolverem ganhos em certo momento, afetando o Ibovespa também. Nada para alarde: o que se tem é algo como uma pausa no movimento visto na semana passada, principalmente aqui no Brasil, onde o Ibovespa subiu bem forte na sexta-feira, em alta então de 2,7%”, diz Gabriel Mota, assessor de renda variável da Manchester Investimentos, acrescentando que Petrobras, mais cedo, e especialmente Vale contribuíram para dar sustentação ao índice da B3, mesmo com a piora em Nova York em parte da tarde.

“Após uma disparada na semana passada, tivemos agora um início de semana fraco e sem direção única, com Nova York encontrando dificuldade para estender o movimento de recuperação, mesmo com a expectativa de que o Federal Reserve, o BC americano, encerre o ciclo de aperto monetário, após recentes dados no sentido de enfraquecimento da economia dos Estados Unidos – principalmente a geração da vagas de trabalho, bem abaixo do esperado para outubro”, diz Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos.

18:18

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 118431.25 0.22959

Máxima 118757.52 +0.51

Mínima 118044.82 -0.10

Volume (R$ Bilhões) 1.83B

Volume (US$ Bilhões) 3.74B

18:23

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 119795 0.02923

Máxima 120130 +0.31

Mínima 119300 -0.38

CÂMBIO

Em pregão morno e de liquidez moderada, o dólar à vista fechou em baixa de 0,17%, cotado a R$ 4,8879. Pela manhã, a divisa até ensaiou uma alta, registrando máxima a R$ 4,9117, em movimento aparente de realização de lucros tendo o quadro fiscal como pano de fundo. Mas logo a febre compradora amainou. Na mínima, à tarde, a moeda desceu até 4,8849.

Segundo operadores, após o tombo de 1,54% do dólar na sexta-feira, na esteira de apostas em fim do aperto monetário nos EUA, investidores optaram hoje apenas por realizar ajustes finos de posições. Resultado de transações correntes de setembro, com déficit abaixo do esperado, mostra que a dinâmica das contas externas não autoriza apostas em uma depreciação do real.

Apesar da oscilação contida, o real foi, ao lado do peso colombiano, a única moeda entre as divisas emergentes e de exportadores de commodities a ganhar força em relação ao dólar. Analistas citam os saldos comerciais expressivos e a perspectiva de manutenção de diferencial de juros elevados, uma vez que o Banco Central deu sinais na semana passada de que não vai acelerar o ritmo de corte da Selic, como pontos que dão sustentação à moeda brasileira.

Lá fora, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes – apresentou leve alta, voltando a superar o nível dos 105,000 pontos, com ganhos mais forte da moeda americana em relação ao iene. As taxas dos Treasuries, que haviam recuado na sexta-feira com dados abaixo do esperado do relatório de emprego (payroll) em outubro, voltaram a subir hoje. A taxa da T-note de 10 anos avançou mais de 2%, para a casa de 4,66%, ainda bem longe dos picos de outubro, quando chegou a tocar 5%.

“O dólar oscilou pouco ao longo do dia, fechando em ligeira queda. A perspectiva de que o Federal Reserve não vai subir mais os juros, que ganhou força na semana passada, continua a se refletir de forma positiva no mercado local. Apesar de o BC estar reduzindo a Selic, nossa taxa ainda é atrativa para os investidores”, afirma a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, para quem a cautela em torno do cenário fiscal doméstico, com dúvidas sobre manutenção da meta de déficit zero em 2024, impede uma “melhora mais expressiva” do real.

Em evento do BTG Pactual em São Paulo hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a mencionar a chamada erosão da base fiscal provocada por questões como exclusão do ICMS da base do PIS/Cofins e a necessidade de diferenciar entre fluxo e estoque de dívida herdada. Sem mencionar a meta de déficit zero, Haddad disse que o governo dá tratamento técnico ao impacto desses pontos sobre o novo marco fiscal. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, também em evento do BTG Pactual, que Haddad “ratificou, em reunião e publicamente, que vai continuar perseguindo o déficit zero”.

Como mostrou o Broadcast, o ministro da Fazenda ainda tenta convencer o presidente Lula a não fazer mudanças no objetivo fiscal pelo menos até março, quando sai o primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do próximo ano. É na elaboração desse documento que o governo saberá se haverá receita suficiente para cobrir as despesas previstas do Executivo e, dessa forma, ficará mais claro se a meta de déficit zero vai ou não obrigar o Planalto a contingenciar gastos.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, observa que a valorização do real na semana passada ocorreu em razão da melhora do ambiente global, com recuo das taxas dos Treasuries. Damico observa que a postura mais dovish do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que reconheceu desaceleração nos salários e um “atraso da eficácia” da política monetária, foi reforçada pela dados do payroll de outubro.

“A moeda brasileira, no entanto, mostrou volatilidade devido a notícias que apontavam um aumento na probabilidade de uma mudança na meta de fiscal, que ainda não foi definida. Caso este seja o desfecho, acreditamos que haverá uma piora significativa nos prêmios de risco, com impactos na moeda e demais ativos brasileiros”, afirma a economista-chefe da Armor Capital.

18:23

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.88790 -0.1716 4.91170 4.88490

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4898.000 -0.35602 4926.500 4897.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5089.000 31/10