PETROBRAS PATROCINA VIRADA DA BOLSA À TARDE, EM DIA DE LIQUIDEZ ENXUTA SEM NY


O Ibovespa contrariou a abertura em baixa e ganhou gradualmente tração nesta segundafeira, dia em que o feriado de Martin Luther King Jr. deixou os mercados americanos
fechados e, por consequência, enxugou a liquidez global. O índice brasileiro encerrou o
dia em 131.520,91 pontos (+0,41%), com ajuda principalmente dos papéis da Petrobras
(ON +1,01% e PN +1,07%). Os ganhos da estatal ocorreram na esteira da moderação das
perdas do petróleo no exterior ao longo da tarde. Ajudou também o arrefecimento da
queda da Vale (ON -0,20%), depois de uma manhã penalizada pelo tombo de 3% do
minério de ferro diante da decepção com a ausência de estímulos monetários na China.
Esse recuo da commodity pesou sobre o real e outras divisas emergentes. Assim, o dólar
à vista terminou o pregão em R$ 4,8662 (+0,18%). Sem a referência dos Treasuries, os
juros futuros apontaram cedo para alta, mas fecharam próximos dos ajustes. Os agentes
desse mercado estão de olho no desenrolar do impasse fiscal em torno da desoneração
da folha. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vai levar ao presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, a estimativa de renúncia com a extensão da medida até 2027.
O encontro entre os dois começou há pouco. Lá fora, o petróleo quase zerou as perdas
em Londres, com o investidor equilibrando a piora da cena geopolítica no Oriente Médio e
os sinais de desaquecimento da economia global, hoje consolidados por dados fracos da
Alemanha.
•BOLSA
•CÂMBIO
•JUROS
•MERCADOS INTERNACIONAIS
BOLSA
O Ibovespa mudou de sinal ainda no começo da tarde e conseguiu conservá-lo em
direção ao fechamento, em leve recuperação pelo segundo dia. Hoje, sem a referência de
Nova York no feriado de Martin Luther King, o índice da B3 subiu 0,41%, aos 131.520,91
pontos, entre mínima de 130.252,73 e máxima de 131.606,14 na sessão, em que saiu de
abertura aos 130.988,17 pontos. Assim, fechou a primeira quinzena do ano em retração
de 1,99%. Muito enfraquecido pelo feriado nos Estados Unidos, o giro desta abertura de
semana recuou para R$ 12,3 bilhões.
Mesmo com o alerta emitido pelos EUA a empresas de transporte, no sentido de que
ainda há “alto grau de risco para embarcações comerciais” no Mar Vermelho, próximo ao
Iêmen, o dia foi de leve ajuste negativo para os preços do petróleo, no Brent como no WTI.
Contudo, Petrobras avançou nesta segunda-feira, com a ON em alta de 1,01%, na
máxima do dia no fechamento, e a PN, de 1,07%. Os grandes bancos, por sua vez,
fecharam na maioria em alta, tendo Banco do Brasil (ON +1,96%) à frente, também no
pico do dia no encerramento assim como Bradesco ON (+0,35%).
Ainda que em ajuste suavizado no encerramento, a sessão foi negativa para outro pesopesado do índice, Vale (ON -0,20%), e também em parte da siderurgia, com nova queda
aguda na cotação do minério na China, hoje de 3,17% para o contrato mais negociado em
Dalian.
“A expectativa era de que o BC da China trouxesse estímulos, na decisão de política
monetária, mas optou por manter as taxas de juros, o que teve efeito para os preços de
commodities, especialmente o minério de ferro”, diz Gabriela Sporch, analista da Toro
Investimentos, ao comentar a decisão do PBoC no fim de semana. Ela observa ainda que
a semana reserva novas leituras importantes sobre a economia chinesa, com dados
como os do PIB, no fim da noite de terça-feira, 16 (no Brasil), assim como os de produção
industrial e vendas do varejo.
O ajuste negativo do petróleo, ainda que leve, refletiu por sua vez a perspectiva
enfraquecida para a demanda global – um viés que se sobrepôs, hoje, aos temores
geopolíticos no Oriente Médio, que vinham prevalecendo nas últimas sessões e dando
suporte aos preços da commodity. Em meio à crescente tensão na região, forças militares
dos EUA abateram ontem um míssil disparado por militantes houthis do Iêmen, que tinha
como alvo um navio militar americano que navegava no Mar Vermelho.
Na ponta ganhadora do Ibovespa nesta segunda-feira, destaque para Pão de Açúcar
(+22,55%), bem à frente de Assaí (+3,16%) e Equatorial (+2,21%). No lado oposto, Gol (-
6,05%), CSN Mineração (-3,21%) e Arezzo (-3,08%).
“As ações da Gol foram pressionadas na sessão pelos rumores de que a empresa vai pedir
recuperação judicial nos Estados Unidos. Por outro lado, Pão de Açúcar teve forte alta,
com o mercado avaliando a possibilidade de aumento de capital, que já foi autorizado”,
diz André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos. “Os
holofotes, em Brasília, seguem voltados para a negociação entre governo e Congresso
sobre a reoneração da folha, com efeito para as contas públicas”, acrescenta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que levaria à reunião com o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a estimativa de renúncia que envolve
a desoneração da folha de pagamentos, prorrogada pelo Congresso Nacional até 2027.
“Pedi para Receita reestimar impactos de projetos aprovados e que não estão no
Orçamento”, disse.
18:22
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 131520.91 0.40709
Máxima 131606.14 +0.47
Mínima 130252.73 -0.56
Volume (R$ Bilhões) 1.23B
Volume (US$ Bilhões) 2.52B
18:26
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 132690 0.52273
Máxima 132820 +0.62
Mínima 131265 -0.56
CÂMBIO
O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 15, em alta de 0,18%, cotado a R$
4,8662, interrompendo uma sequência de três pregões seguidos de baixa. Na máxima,
pela manhã, a divisa atingiu R$ 4,8865. Operadores afirmam que o fortalecimento da
moeda americana no exterior e a queda das commodities, em especial do minério de
ferro, abriram espaço para uma realização de lucros no mercado doméstico de câmbio.
O ímpeto comprador perdeu força ao longo da tarde com a virada do Ibovespa para o
campo positivo e a diminuição das perdas do petróleo. Com as bolsas em Nova York e o
mercado de Treasuries fechados, em razão do feriado de Martin Luther King Jr. nos
Estados Unidos, a liquidez foi reduzida, o que deixou a formação da taxa mais sujeita a
operações pontuais. Principal termômetro do apetite, o dólar futuro para fevereiro
movimentou menos de US$ 7 bilhões.
Referência do comportamento da moeda americana em relação a seis divisas fortes, o
índice DXY operou em alta moderada ao longo do pregão e rondava os 102,500 pontos,
com máxima pela manhã, aos 102,674 pontos, quando o euro perdia valor, na esteira da
retração do PIB da Alemanha em 2023 e da produção industrial da zona do euro em
novembro.
Entre as commodities, as cotações do petróleo recuaram, com o tipo Brent para março
em queda de 0,18%, a US$ 78,15 o barril. Destaque negativo para o recuo de mais de 3%
do minério de ferro para maio, na bolsa de Dailan, após a decisão do Banco do Povo da
China de manter inalteradas taxas de juros de linhas de crédito e médio prazo.
Em dia de agenda doméstica esvaziada, operadores citaram certo desconforto pela
manhã com a projeção de déficit primário no boletim Prisma Fiscal de janeiro. Os
analistas de mercado ouvidos mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE)
do Ministério da Fazenda projetam que o governo entregará um resultado primário com
déficit de R$ 86,143 bilhões em 2024, longe da meta de zerar o déficit primário prevista no
novo arcabouço fiscal.
Neste momento, as atenções se voltam à queda de braço entre a equipe econômica e o
Congresso em torno da prorrogação desoneração da folha de pagamentos para 17
setores da economia até 2027. Após parlamentares derrubarem veto do presidente Lula
ao prolongamento do benefício, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs uma
Medida Provisória para reoneração gradual, o que desagradou o Congresso.
Haddad disse hoje à tarde que levará ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), a estimativa da renuncio fiscal que envolve a desoneração. O ministro chamou a
atenção para o fato de o orçamento federal ter sido aprovado sem previsão de renúncia, o
que compromete os esforços do governo para zerar o déficit. Depois de ameaças do
Congresso de “devolver a MP”, foi ventilada a possibilidade de o governo voltar atrás e
enviar um projeto de lei. A reunião entre Haddad e Pacheco começou há pouco.
Para o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, o Congresso não vai aceitar a MP,
frustrando parte das expectativas de receita do governo, que será obrigado a fazer um
contingenciamento de despesas em março.
“A alternativa de tributação sobre as compras online do exterior deve ter impacto limitado,
caso seja aprovada. Mantenho previsão de um déficit primário de 1,27% do PIB em 2024.
Zerar o déficit seria quase um milagre”, afirma Velho, para quem, por ora, o mercado de
câmbio tem deixando os riscos fiscais domésticos em segundo plano.
O economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, observa que o real se beneficiou
recentemente da perspectiva de redução de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco
Central dos EUA) ainda no primeiro trimestre. A leitura da inflação ao consumidor
americano em dezembro divulgada na última semana, embora mais elevada que as
expectativas, não abalou o processo de desinflação nos EUA.
“Patamares da cotação inferiores a R$ 4,90 correspondem à sobrevalorização da moeda
brasileira em relação à deterioração dos fundamentos fiscais domésticos e ao fluxo
líquido de dólares para o Brasil”, afirma Maciel.
18:26
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 4.86620 0.1791 4.88650 4.83370
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL FUTURO 4874.500 0.19527 4897.000 4841.500
DOLAR COMERCIAL FUTURO 4888.000 0.14341 4888.000 4888.000
JUROS
Os juros futuros fecharam próximos dos ajustes, com viés de baixa em alguns contratos e
de alta em outros. Em meio à falta de liquidez devido ao feriado de Martin Luther King Jr.,
que fechou os mercados nos Estados Unidos, a expectativa por novidades sobre a
medida provisória que promove a reoneração gradual da folha de pagamentos deu o tom
dos negócios aqui.
Sem a referência das Treasuries, as taxas oscilaram em torno da estabilidade. Durante a
manhã, firmaram um viés de alta, em meio à incerteza sobre a medida provisória da
reoneração. À tarde, viraram para o negativo – movimento que foi ampliado por
declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas quase totalmente revertido
no fim do pregão.
No fim do dia, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) mais negociado, para janeiro de
2026, tinha taxa de 9,640%, pouco abaixo dos 9,650% do ajuste anterior. O DI para janeiro
de 2025 subiu marginalmente, de 10,069% para 10,170%. O contrato para janeiro de 2029
fechou com taxa de 10,175%, acima do ajuste anterior, de 10,159%. O para janeiro de
2027 subiu de 9,771% para 9,780%.
“A minha opinião é de que há uma tendência de médio prazo de fechamento da curva, de
colocar nos preços mais cortes de juros”, afirma o gerente de renda fixa e distribuição de
fundos da Nova Futura Investimentos, André Alírio. “Mas é um dia de baixa liquidez e sem
nenhuma novidade, então qualquer movimento acaba fazendo preço.”
As declarações de Haddad foram o destaque do dia. À tarde, ele disse que levaria ao
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma estimativa de renúncia
decorrente da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia,
prorrogada pelo Congresso Nacional até 2027. Os dois vão se reunir hoje para tratar do
tema.
O ministro chamou a atenção para o fato de que o Orçamento deste ano foi aprovado sem
a previsão dessas renúncias, que podem comprometer o objetivo do governo, de zerar o
déficit primário. A jornalistas, Haddad defendeu que seria importante encontrar uma
alternativa ao Orçamento aprovado e afirmou que o trabalho da Fazenda é “harmonizar” a
peça orçamentária com o que foi aprovado pelo Congresso.
Essas declarações deram a senha para que os DIs renovassem mínimas e se firmassem
em leve queda, mas o movimento acabou revertido depois. “A fala de Haddad é positiva e
ajuda o fato de ele ter falado em encontrar uma solução para essa questão, que pega na
política fiscal”, diz Alírio, ressaltando, no entanto, a baixa liquidez.
No noticiário doméstico, o único outro destaque foi a publicação do relatório Focus, que
mostrou uma redução da expectativa mediana do mercado para a inflação de 2024, de
3,90% para 3,87%. Mas a estimativa intermediária para 2025 permaneceu em 3,5% pela
25ª semana consecutiva, 0,5 ponto porcentual acima do centro da meta, de 3%.
Para o diretor da Wagner Investimentos, José Raymundo de Faria Júnior, os juros
domésticos permaneceram sem direção definida ao longo do dia, devido à falta da
referência dos Estados Unidos, à baixa liquidez e à falta de informações capazes de
referendar movimentos mais decididos.
Ele diz que, esta semana, o mercado pode responder à divulgação de alguns indicadores –
especialmente o IGP-10 de janeiro e dados de atividade econômica, como os números de
serviços e varejo de novembro -, mas aguardará principalmente o IPCA-15 de janeiro, que
será publicado pelo IBGE na sexta-feira da próxima semana, 26.
“O mercado deve ganhar um pouco mais de tração com o IPCA-15, porque os últimos
dados de inflação não vieram tão confortáveis. Até lá, os juros devem ficar do patamar da
semana passada para baixo”, afirma o analista. “Eu acho que os juros não voltam a subir
com muita facilidade, salvo por algum dado ruim de inflação, como o IGP, ou alguma alta
dos Treasuries.”
Faria Júnior diz que há dúvidas mesmo se o andamento da questão fiscal pode fazer preço
nos juros, uma vez que os economistas do mercado já esperam um déficit primário da
ordem de 0,8% do PIB este ano. “O destaque do fiscal será em março, por causa da
publicação do relatório bimestral de receitas e despesas”, diz.
MERCADOS INTERNACIONAIS
O dia de Martin Luther King Jr. nos EUA manteve as bolsas de Nova York fechadas e as
negociações de Treasuries inativas, o que reduziu drasticamente a liquidez dos mercados
internacionais, mesmo em meio ao avanço das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Enquanto os Houthis continuam ameaçando navios na região do Mar Vermelho, o
petróleo operou volátil e acumulou leves perdas, com investidores preocupados com
uma possível redução da demanda chinesa pela commodity, na esteira da manutenção
dos juros do crédito de médio prazo pelo Banco do Povo da China (PBoC), nesta
madrugada. No Fórum Econômico de Davos, a diretora-gerente do Fundo Monetário
Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, também demonstrou temores com o
crescimento da economia chinesa, fragilizada pela crise no setor imobiliário. Ainda em
Davos, economistas demonstram incertezas sobre as eleições presidenciais americanas,
no dia em que começam as prévias republicanas, com o caucus de Iowa, que tem Donald
Trump como o favorito do partido, segundo pesquisas.
Enquanto não havia pregão nos EUA, os olhos se voltavam para o Mar Vermelho, onde
hoje um líder do movimento Houthi, Ali al-Qahoum, disse que os iemenitas estão
preparados para uma guerra contra os Estados Unidos, enquanto o Reino Unido afirmou
ter identificado um novo ataque a um navio. Do lado americano, o governo emitiu um
alerta para empresas de transporte que trafegam próximos do Mar Vermelho, dizendo que
ainda há “um alto grau de risco para embarcações comerciais”. Em meio às inseguranças
geopolíticas, o dólar se fortaleceu levemente contra rivais desenvolvidos, e por volta das
18h (de Brasília), o índice DXY, que mede a divisa dos EUA ante seis rivais fortes, avançava
0,18%, a 102,589 pontos. No mesmo horário, a libra caía a US$ 1,2729, o euro ficou
estável a US$ 1,0952 e o dólar avançava a 145,70 ienes.
Mesmo com a instabilidade crescente em uma das maiores rotas de navios do mundo, o
preço do barril do Brent caiu levemente na ICE, e o do WTI recuava no pregão eletrônico.
Nesta madrugada, o Banco do Povo da China (PBoC) deixou inalteradas as taxas de juros
de sua linha de crédito de médio prazo e de contratos de recompra reversa de 7 dias.
Investidores, então, demonstraram preocupação com a possibilidade de fraqueza da
demanda da segunda maior economia do mundo.
Kristalina Georgieva, do FMI, disse hoje em Davos que o país asiático necessita de
reformas estruturais “para continuar abrindo sua economia, para balancear os modelos
de crescimento e para aumentar a confiança das pessoas”, e também destacou a
fragilidade do setor imobiliário, ainda se recuperando de uma crise. Tudo somado, na
Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março fechou em baixa de 0,18% (-US$
0,14), a US$ 78,15 por barril.
Enquanto há preocupação com a demanda por petróleo, a procura por gás natural nos
EUA deve subir fortemente em meio às temperaturas baixíssimas que assolam parte do
país, afirmou a Rystad Energy hoje, projetando que os contratos futuros de curto prazo da
commodity deverão ficar “extremamente voláteis” no restante de janeiro, principalmente
na próxima semana. As temperaturas abaixo de zero, porém, ficam em segundo plano
hoje, no dia em que começam oficialmente as prévias republicanas, com o caucus de
Iowa, que, segundo o Danske Bank, tem Donald Trump como favorito claro a disputar o
cargo máximo do executivo americano pelo partido.
Em Davos, o professor de economia da universidade de Harvard e ex-economista-chefe
do FMI, Keneth Rogoff, destacou que as eleições americanas deste ano deixam tanto o
mercado quanto o Federal Reserve (Fed) à deriva sobre os próximos passos. Ele destacou
também que os EUA devem crescer menos este ano, enquanto a atividade é reduzida para
trazer a inflação à meta de 2% ao ano. Agora, nesta semana, investidores voltarão os
olhos para dados do varejo nos Estados Unidos e a divulgação do Livro Bege do Federal
Reserve (Fed), na quarta-feira, tentando definir se os juros começarão a ser cortados em
março, como indica a ferramenta do CME Group, que prevê 72,3% de chance de corte.
Porém, em Davos, o vice-presidente da BlackRock, Phillip Hildebrand, destacou que o
mercado pode estar um pouco equivocado quanto à intensidade de cortes, visto que
investidores parecem não prever uma desaceleração do progresso contra a inflação que,
para Hildebrand, é quase inevitável.