PATROCINADO POR COMMODITIES, RALI DA 6ªFEIRA LEVA ATIVOS DOMÉSTICOS A GANHOS SEMANAIS

Depois de uma semana inteira de oscilações contidas e pregões mornos, os mercados locais experimentaram nesta sexta-feira um rali. Com o Congresso em recesso e a agenda de indicadores fraca, o grande evento da semana foi o lançamento do programa Desenrola, cujo sucesso inicial despertou a perspectiva de redução de endividamento da população e alívio ao setor financeiro. Mas os movimentos vinham sendo tímidos até ontem. Hoje, a alta global de commodities foi o gatilho que faltava para a corrida para o risco local. O Ibovespa saltou aos 120 mil pontos com ganhos quase unânimes na carteira – somente duas ações caíram nesta sexta-feira. Entre as altas, destaque para Vale (+0,61%), Petrobras (ON +1,83% e PN +1,89%) e Brasdesco (ON +2,86% e PN +3,27%). O índice terminou o pregão em 120.216,77 pontos, valorização diária de 1,81% e semanal de 2,13%. Com recuo diário de 0,47% e semanal de 0,30%, o dólar à vista chegou à sexta-feira a R$ 4,7805, na contramão da moeda americana no exterior. Além do fluxo exportador e para a Bolsa, o real se beneficia de ainda estar com o carry trade atrativo, mesmo com o corte da Selic virando a esquina. Na curva de juros, aliás, as apostas de redução de 50 pontos-base hoje novamente se tornaram majoritárias. Na próxima semana, olhos atentos dos agentes desse mercado para o IPCA-15, último dado de inflação ao consumidor do IBGE antes da decisão do Copom. Lá fora, o ímpeto ficou restrito ao petróleo, que chegou à quarta semana seguida de elevação. A commodity teve suporte de sinais de restrição de oferta e estímulos à economia da China. Numa semana ruim para tecnologia, o Nasdaq caiu 0,22% na sessão e 0,57% ante a sexta-feira passada.

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

Em dia de vencimento de opções sobre ações, o Ibovespa retomou a linha de 120 mil pontos, que costuma ser associada a uma região de resistência a ser superada para que o índice busque novas máximas no ano. Em fechamento, a marca de 120 mil não era vista desde 21 de junho, há um mês, quando o índice de referência da B3 assinalou o maior nível de encerramento desde 4 de abril de 2022. Hoje, oscilou de 118.085,75 a 120.372,77, saindo de abertura aos 118.090,40 pontos. Ao fim, mostrava alta de 1,81%, aos 120.216,77 pontos, no positivo pelo segundo dia, com giro a R$ 24,2 bilhões na sessão.

Na semana, o Ibovespa acumulou ganho de 2,13%, após perda de 1,00% ao longo da anterior. No mês, o índice avança 1,80%, com alta no ano a 9,55%.

Esta última sessão da semana foi de ganhos bem distribuídos pelas ações e os setores de maior peso no Ibovespa, com destaque para o financeiro, onde o avanço chegou a 3,27% (Bradesco PN) no fechamento do dia. As commodities também foram bem nesta sexta-feira, com Petrobras em alta perto de 2% (ON +1,83%, PN +1,89%), à frente de Vale (ON +0,61%). Na sessão, as ações com exposição ao ciclo doméstico, como as de consumo (ICON +1,96%), andaram mais do que as correlacionadas a preços e demanda externos, como as de materiais básicos (IMAT +0,24%).

Na ponta do Ibovespa no fechamento, destaque para Azul (+8,82%), Gol (+7,56%), Via (+6,84%), Magazine Luiza (+4,14%) e Soma (+3,88%). No lado oposto, apenas Gerdau (PN -1,09%) e Gerdau Metalúrgica (PN -0,62%), as duas únicas ações da carteira Ibovespa a encerrar a sessão em baixa.

“O mercado está à espera dos balanços e as siderúrgicas tendem a sofrer um pouco mais porque, em termos de volume, os dados de produção, de vendas e de consumo estão mais fracos. Já em termos do preço de aço doméstico, notamos um prêmio bem acima do histórico de cinco anos. Por isso o contexto é mais desafiador”, diz Rafael Passos, analista da Ajax Asset.

No quadro mais amplo, “o dia, desde a manhã, foi de fechamento da curva de juros em todos os vértices, dos curtos aos longos. E o dólar frente ao real, desde março, tem se enfraquecido – agora, no intradia, abaixo de R$ 4,78, importante ponto no gráfico diário, que pode dar continuidade a esse movimento principal”, diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos. No fechamento desta sexta-feira, o dólar mostrava queda de 0,47%, a R$ 4,7805 – na mínima de hoje, foi a R$ 4,7615.

Assim, com câmbio e juros futuros jogando a favor do apetite por risco, a expectativa é de que a Bolsa possa estender o movimento de recuperação, tendo se mantido lateralizada em boa parte da semana, à espera de definições essenciais logo à frente, como a deliberação do Federal Reserve sobre os juros americanos, na próxima semana, e a do Copom sobre a Selic logo em seguida, no começo de agosto.

Na sessão, o desempenho do Brent, em alta acima de 1% e de volta à casa de US$ 80 por barril, contribuiu para o avanço das ações de Petrobras, com a ON acumulando ganho de 2,33% e a PN, de 2,17%, na semana. Em meio a esforços da Opep+ de manter restrita a oferta da commodity, foi a quarta semana consecutiva de recuperação nos preços do petróleo. “E a Rússia, aparentemente, deve entrar nessa onda de cortes mais profundos na produção a partir de agosto, após ter se mostrado contra isso na última reunião da Opep+, realizada em junho”, diz Serra, mencionando também sinais positivos sobre a demanda chinesa e indiana pela commodity, com compras recordes de petróleo a partir da Rússia.

“Após uma semana de variação morna, o mercado retomou hoje as compras de ações, levando o Ibovespa a romper os 120 mil pontos novamente, e, ainda mais importante, sustentando esse patamar ao longo do dia”, diz Lucas Martins, especialista da Blue3 Investimentos, destacando o desempenho das ações de petróleo, de bancos e também as do consumo cíclico, “sensíveis ao cenário de juros”. “Como em boa parte do resto da semana, foi mais um dia sem gatilhos locais, mas o vencimento de opções sobre ações, hoje, e a expectativa para os cortes de juros deram impulso ao Ibovespa.”

O mercado financeiro está dividido sobre o desempenho das ações na próxima semana, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa. Metade dos participantes (50%) acredita que a Bolsa terá uma semana de ganhos e a outra metade (50%) prevê estabilidade. Nenhum deles espera queda. Na pesquisa da semana passada, 66,67% responderam que o Ibovespa teria alta nesta semana e 33,33%, variação neutra, sem respostas indicando baixa. (Luís Eduardo Leal – [email protected], com Júlia Pestana)

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 120216.77 1.80709

Máxima 120372.77 +1.94

Mínima 118085.75 0.00

Volume (R$ Bilhões) 2.42B

Volume (US$ Bilhões) 5.07B

17:40

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 121380 1.72219

Máxima 121500 +1.82

Mínima 118850 -0.40

CÂMBIO

Após oscilar em margem estreita durante a semana, entre R$ 4,7857 e R$ 4,8088 no fechamento, o dólar à vista encontrou impulso para um movimento mais intenso nesta sexta-feira, 21, e cedeu 0,47% em relação ao real, a R$ 4,7805. A queda foi balizada pelo ingresso de fluxo estrangeiro, sobretudo relacionado a operações de carry trade, em meio à alta das commodities e ao anúncio de estímulos à economia da China.

Isso levou a divisa não apenas a cair na sessão, como também a apagar os ganhos semanal e mensal. Assim, encerrou a semana em baixa de 0,30% e, no mês, recua 0,19%. Fora por uma alta pontual, que a levou à máxima de R$ 4,8253 (+0,47%) ainda no primeiro minuto de negócios, passou a maior parte do dia em queda, até o vale de R$ 4,7615 (-0,86%) – a quinta menor mínima intradia do ano.

Segundo profissionais do mercado, a entrada de fluxo estrangeiro no País puxou a queda do dólar em relação ao real nesta sessão, em meio à agenda fraca no exterior e aqui. Essa baixa contrariou a alta da moeda americana em relação a pares fortes – o índice DXY avançou 0,18%, a 101,059 pontos – e a outras moedas emergentes, como o peso mexicano (+0,60%), e ligadas a commodities, a exemplo do dólar australiano (+0,75%).

O chefe de câmbio da Trace Finance, Evandro Caciano, afirma que o aumento dos preços de commodities e o anúncio de estímulos do governo chinês ao consumo de automóveis e eletrônicos serviram como catalisador para atrair dólares. Às vésperas da decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima quarta-feira, 26, investidores aproveitam para fazer operações de carry trade aproveitando o alto juro real brasileiro, explica.

“Como é um fluxo estrangeiro relacionado ao carry trade, esse investidor traz o fluxo e, depois, realiza o lucro. O mercado já tem toda a precificação até a decisão do Fed, mas, depois disso, podemos ver uma correção de alta do dólar mais acentuada”, diz Caciano, lembrando que o mercado espera alta de 25 pontos-base na taxa dos Fed Funds na próxima quarta-feira e cortes da Selic a partir de agosto, o que diminuirá o diferencial de juros.

Para o diretor de produtos de câmbio da Venice Investimentos, André Rolha, o fluxo estrangeiro de dólares para o Brasil explica a queda do dólar nesta sessão e está relacionado não apenas a operações de carry trade, como também a fluxo comercial e a operações na Bolsa e em derivativos. O especialista afirma que a redução das apostas contrárias ao real também parece ter dado suporte à moeda brasileira.

“O mercado está convencido de que o novo suporte técnico, de R$ 4,75, está próximo e sabe que, se furar o R$ 4,75, o dólar pode ir até R$ 4,69. Isso vem aumentando as apostas compradas em relação ao real, as posições vendidas acabam diminuindo. Esses fatores técnicos colaboram com a valorização mais forte do real”, diz Rolha.

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão em alta firme, entre 1,80% (Brent) e 1,88% (WTI), e engataram a quarta semana consecutiva de ganhos. Entre as commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago, os futuros de soja e milho cederam 0,21% e 1,83%, respectivamente, mas o óleo ganhou 0,61%. A queda da soja foi atribuída em parte a embarques volumosos do Brasil, o que sustenta a visão de fluxo comercial para o País.

No horário de fechamento do mercado à vista, o contrato futuro de dólar para agosto recuava 0,44%, a R$ 4,7865, após ter oscilado entre mínima de R$ 4,7670 (-0,84%) e máxima de R$ 4,8355 (+0,58%) durante o dia. Termômetro do apetite por negócios, o giro financeiro era de pouco menos de US$ 11 bilhões, em linha com a média para o horário das últimas 28 sextas-feiras. (Cícero Cotrim – [email protected])

17:40

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.78050 -0.4664 4.82530 4.76150

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4785.500 -0.45762 4835.500 4767.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4813.500 -0.51714 4813.500 4806.000

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JUROS

O mercado de juros ampliou o rali no período da tarde, quando as taxas renovaram mínimas em bloco, reforçando o comportamento que já conduzia a curva desde a abertura. Num dia de agenda esvaziada no Brasil e no exterior, a valorização do câmbio, o ajuste em baixa das commodities agrícolas e um certo alívio no ambiente internacional deram combustível para o recuo das taxas, que também caíram no balanço da semana. A força vendedora do mercado deu gás à precificação de queda da Selic na curva, colocando a aposta no corte de 50 pontos-base no Copom de agosto agora como majoritária.

Às 17h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 estava em 12,725%, de 12,755% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 205 caía de 10,83% para 10,75%. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 10,23%, de 10,33%. A taxa do DI para janeiro de 2029 estava em 10,59% (de 10,69%).

Os prêmios de risco haviam crescido um pouco na curva nos últimos dias, atraindo investidores que encontraram na melhora do câmbio conforto para retomar posições aplicadas e os ativos brasileiros hoje como um todo tiveram desempenho acima dos pares. O real foi destaque entre moedas emergentes e os Contratos Default Swap (CDS), medida de risco país, do Brasil de cinco anos também cediam nesta tarde.

O economista da Guide Investimentos Victor Beyruti destaca que a moeda brasileira se manteve em alta mesmo com o ajuste em baixa dos preços de grãos, atribuído, por sua vez, a uma correção técnica após subirem de forma consistente nos últimos dias em função do fim do acordo do Mar Negro. Ou seja, a perspectiva para os preços internos recebe, assim, “inputs” de alívio em duas frentes.

Nesse contexto, cresce a percepção de que o Copom pode abrir o ciclo de distensão monetária no mês que vem com uma dose mais agressiva, de 50 pontos-base, na Selic, hoje em 13,75%. A curva a termo tinha no meio da tarde -41 pontos para o Copom de agosto, o que significa 60% de chance de queda de 50 pontos e 40% de chance de redução de 25 pontos. Para as demais reuniões do ano, a expectativa de 50 pontos é praticamente consensual, sendo que para a última do ano já voltam a surgir apostas numa aceleração do ritmo para 75 pontos. Para o fim do ano, a precificação é de taxa básica entre 11,75% e 11,50% e para o fim de 2024, em 9,00%.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, vê potencial para a expectativa de 50 pontos se consolidar, dada a desaceleração da atividade evidenciada pelo IBC-Br, a melhora do câmbio e da inflação tanto ao consumidor quanto a dos IGPs e o cenário fiscal, “onde as preocupações não foram dizimadas, mas ao menos amenizadas”.

Na próxima semana, o IPCA-15 de julho, na terça-feira, 25, é visto como um grande teste para o quadro as apostas, depois que o IPCA de junho ofuscou a expectativa de redução da Selic em 50 pontos. O consenso é de um headline ainda zerado – a mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast é de -0,03%, ante +0,04% em junho. Nos preços de abertura, apenas administrados e alimentação no domicílio devem piorar.

Beyruti, da Guide, disse ainda que o mercado tem acompanhado a movimentação do governo em torno das demandas do Centrão e hoje operou de olho na reunião que haveria entre o presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas que acabou não acontecendo. “O apoio que o governo vem recebendo do Congresso favorece o cenário para as reformas e a descompressão nos prêmios de risco” afirma.

O clima externo hoje foi mais morno, mas mesmo assim contribuiu para o desempenho da curva, considerando que as taxas dos Treasuries mais longos cederam. As atenções já estão voltadas à sequência de reuniões de política monetária na próxima semana, com Federal Reserve, Banco Central Europeu (BCE) e Banco do Japão na quarta, na quinta e na sexta. (Denise Abarca – [email protected])

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MERCADOS INTERNACIONAIS

Em meio à temporada de balanços, o Nasdaq se diferenciou de seus pares em Nova York e finalizou a semana em queda, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 registravam ganhos. Além dos resultados corporativos, investidores estavam na expectativa de novos sinais sobre os próximos passo do Federal Reserve (Fed), já que a alta de 25 pontos-base (pb) nos juros na próxima semana já está integralmente precificada. Nesse cenário, os rendimentos dos Treasuries oscilavam perto da estabilidade no fim da tarde e o dólar subia ante rivais fortes. Apesar da força do câmbio americano, o petróleo manteve alta e finalizou a quarta semana com ganhos, com Brent voltando a ultrapassar a marca de US$ 80, de olho em tensões nas principais rotas de transporte da commodity.

Após balanços decepcionantes durante a semana, o Nasdaq encerrou o dia e a semana em queda, pressionado pela Meta (-2,73%), que caía após notícias de que seu novo aplicativo Threads, registrou queda no engajamento, enquanto seu principal concorrente, o Twitter, conseguiu manter as métricas mesmo após o lançamento da nova plataforma. Na esteira, a Netflix (-2,27%) ainda estendia as perdas após balanço decepcionante divulgado nesta semana. O Nasdaq caiu 0,22%.

Na contramão, o Dow Jones e o S&P 500 subiram x0,01% e 0,03%, apesar de pressão da America Express (-3,89%), que viu suas ações caírem mais de 3% após seus resultados corporativos não agradarem investidores.

Na semana que vem, as “big techs” Meta, Microsoft, Apple e Amazon divulgarão seus resultados corporativos. Na segunda-feira, o índice Nasdaq irá redistribuir o peso de seus componentes.

Falando sobre inteligência artificial, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar comprometido em criar legislações para regular o uso da IA nos EUA, destacando a necessidade de um trabalho entre democratas e republicanos.

Enquanto uma alta de 25 pontos-base (pb) pelo Fed já parece consolidada pelo mercado, com 99,8% de chance, segundo a ferramenta FedWatch Tool, do CME Group, os olhares se voltavam para a decisão de setembro. Na visão do JPMorgan, a coletiva de imprensa do presidente do BC, Jerome Powell, deverá indicar que nenhuma decisão sobre o futuro foi feita e que a política dependerá de dados.

Dessa forma, os juros dos Treasuries oscilavam perto da estabilidade neste fim de tarde. O BMO chama atenção para os leilões de títulos de menor prazo na semana que vem, enquanto a Capital Economics destaca que a inversão da curva dos rendimentos do Tesouro deve permanecer dessa forma até o próximo ano, mesmo que haja uma recessão nesse intervalo. Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,862%, o da T-note de 10 anos baixava a 3,835% e o do T-bond de 30 anos recuava a 3,904%.

O dólar, por sua vez, reagia principalmente às novas expectativas das decisões monetárias de outras economias, considerando a recuperação da moeda em meio a dados mistos da economia dos Estados Unidos, na visão da Capital Economics. “Combinado com nossa visão de que as recessões nos EUA e na Europa impulsionarão uma demanda renovada por dólar seguro, continuamos confortáveis com nossa previsão de recuperação do dólar no segundo semestre do ano”. O índice DXY, que mede o dólar ante moedas fortes, subiu 0,18%, a 101,057 pontos, o dólar subia a 140,08 ienes, o euro tinha baixa a US$ US$ 1,1134 e a libra cedia a US$ US$ 1,2868.

Mesmo com o câmbio desfavorável, o petróleo manteve o movimento de alta, diante do “otimismo” com perspectivas da China e da Índia, que deverão manter as perspectivas de demanda global intactas, segundo a Oanda. Já para a Navellier, “devido ao estoque de petróleo bruto da China e à tensão nas principais rotas de transporte de petróleo bruto, como o Estreito de Ormuz e o Golfo de Omã, os preços continuam subindo continuamente”.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,88 (US$ 1,42), a US$ 77,07 o barril, enquanto o Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,80% (US$ 1,43), a US$ 81,07 o barril. Na semana, o WTI teve alta de 2,19%, e o Brent acumulou 1,5% de ganhos. (Natália Coelho – [email protected])