OTIMISMO EM AÇÕES ARREFECE À TARDE, MAS JUROS GLOBAIS SEGUEM EM BAIXA PÓS-CPI DOS EUA

A onda compradora que marcou a reação dos mercados acionários ao dado de inflação dos Estados Unidos perdeu gradualmente força à tarde, fazendo o Ibovespa fechar abaixo da marca de 119 mil pontos e as bolsas americanas terminarem sem direção definida. Em parte, o investidor segue comemorando o índice de preços ao consumidor no consenso, mas absorve também avaliações de uma parcela de analistas que veem algum espaço para retomada do aperto monetário pelo Federal Reserve. A virada do petróleo e o mal desempenho de 3M (-5,69%) após revisão de guidances devido ao desempenho das operações na China ajudaram adicionalmente a tirar o ímpeto acionário. O Ibovespa encerrou a sessão aos 118.175,97 pontos, valorização de 0,18%. Dow Jones caiu 0,20%, Nasdaq avançou 0,29% e S&P 500 subiu tímidos 0,13%. A despeito das ponderações após o CPI americano, os juros dos Treasuries chegaram ao fim da tarde em queda. Amanhã, todos os olhos estarão atentos ao índice de preços ao produtor americano (PPI) e à decisão do Banco Central Europeu (BCE). No Brasil, além da tendência externa, há ainda pressão de baixa nos juros futuros dada a visão benigna para a inflação doméstica. No mercado de câmbio, o fôlego do real ante o dólar também diminuiu ao longo da sessão. Depois de romper o piso dos R$ 4,90 pela manhã, a moeda americana à vista caiu aos R$ 4,9173 (-0,72%).

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•MERCADOS INTERNACIONAIS

•JUROS

•CÂMBIO

BOLSA

Em parte da sessão, o Ibovespa parecia a caminho de retomar o nível de 119 mil pontos nesta quarta-feira, não visto em fechamento desde 8 de agosto, quando o índice da B3 estava em meio a sua mais longa série negativa, que o levaria no dia 17 passado a concluir 13 perdas em sequência, a maior de que se tem registro na bolsa brasileira desde 1968. Hoje, muito enfraquecido do meio para o fim da tarde, o índice encerrou a sessão ainda em alta de 0,18%, aos 118.175,97 pontos, entre mínima de 117.721,83 e máxima de 119.317,66 pontos, saindo de abertura aos 117.968,12 pontos. Foi o terceiro avanço consecutivo para o Ibovespa, que vinha de quatro baixas ao longo da semana passada.

O giro avançou nesta quarta-feira para R$ 35,4 bilhões no fechamento, com o vencimento de opções sobre o Ibovespa. Na semana, o índice sobe 2,48% e, no mês, 2,10%, colocando o ganho do ano a 7,69%. Se ontem operou na contramão das perdas em Nova York, hoje o índice da B3 se manteve ainda à frente das referências de lá, que também perderam força à tarde, encerrando o dia sem sinal único, entre -0,20% (Dow Jones) e +0,29% (Nasdaq) na sessão.

Mais cedo, pela manhã, os índices americanos mostravam ganhos moderados, amparados por leitura em linha com o esperado para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em agosto – o principal dado da agenda do dia, com o mercado tendendo ainda à cautela até a decisão sobre juros do Federal Reserve na próxima quarta-feira.

“De manhã, o Ibovespa futuro chegou a bater nos 120 mil pontos. com o índice à vista aos 119 mil, e conseguiu se segurar acima dos 118 mil pontos no fechamento. O ânimo do mercado, embora moderado à tarde, se correlacionou ao CPI americano, relativamente em linha com o esperado, o que se combinou, favoravelmente aqui, ao IPCA de ontem, em variação abaixo da expectativa para agosto”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“Mercado estava aguardando a confirmação do CPI para soltar, digamos assim, o grito de guerra, e começar a melhorar. Os DIs têm fechado bastante – para os curtos, em torno de 40, 50 bps -, o que demonstra expectativa mais favorável para frente”, acrescenta Moliterno, destacando a reação positiva em ações de empresas correlacionadas ao ciclo doméstico, como as de varejo e as administradoras de shoppings, bem como as dos bancos, em recuperação .

Conforme observa em nota Greg Wilensky, chefe de renda fixa da Janus Henderson para Estados Unidos, o avanço do CPI em agosto – mensal, de 0,2% para 0,6%, e anual, de 3,2% para 3,7% -, impulsionado pelo aumento nos preços da gasolina, era esperado.

“Os números não mudam nossas expectativas – e do mercado – de que o Fed manterá a taxa (de juros) inalterada na reunião de setembro”, acrescenta o gestor, ressalvando que a leitura “ligeiramente mais forte” pode, no entanto, influenciar “o tom da coletiva de imprensa” de Jerome Powell, presidente do Fed, e das projeções econômicas, que também serão divulgadas na quarta-feira que vem.

”Continuamos a esperar alguma redução no número de participantes projetando mais aumentos (de juros), mas provavelmente não o suficiente para mover a projeção mediana de mais um aumento da taxa”, aponta o especialista da Janus Henderson.

“A revisão, para baixo, do PIB (americano) do segundo trimestre, os dados mais fracos nas vendas de casas e do mercado de crédito, além da queda no índice de confiança do consumidor, mostram que a economia já vem sentindo os efeitos cumulativos da escalada nas taxas de juros (nos EUA). Os próximos dados serão importantes para corroborar esse cenário”, avalia Rafael Perez, economista da Suno Research, casa que considera que a taxa de referência deve permanecer no pico “por um bom tempo, até que a inflação dê sinais de convergência para a meta de longo prazo, de 2% ao ano”.

Na B3, com o petróleo ainda em nível elevado em Londres e Nova York, mas em leve viés negativo nas duas praças nesta quarta-feira, Petrobras ON e PN tiveram acomodação, aparando ganhos na casa de 3,4% (PN) a 5,3% (ON) no mês – hoje, a ação ordinária caiu 1,30% e a preferencial, 1,49%, ambas nas mínimas do dia no encerramento. Outro carro-chefe da Bolsa, Vale ON teve um dia de leve variação como ontem, hoje em baixa de 0,38% no fechamento. A sessão era de ganhos mais firmes para os grandes bancos, limitados a 0,40% (Bradesco PN) no encerramento, negativo para Santander (Unit -0,29%) e BB (ON -0,08%).

Na ponta do Ibovespa, destaque para Carrefour Brasil (+3,97%), BTG (+3,76%) e WEG (+3,59%), com Via (-5,13%), Ultrapar (-4,08%) e PetroReconcavo (-2,18%) no lado oposto.

17:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 118175.97 0.17619

Máxima 119317.66 +1.14

Mínima 117721.83 -0.21

Volume (R$ Bilhões) 3.54B

Volume (US$ Bilhões) 7.20B

17:43

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 119480 0.36119

Máxima 120650 +1.34

Mínima 118775 -0.23

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York perderam fôlego ao longo da tarde e fecharam mistas, com a queda de quase 6% das ações da 3M pesando sobre os negócios. A já esperada aceleração inflacionária nos EUA não alterou a expectativa de manutenção de juros pelo Federal Reserve na semana que vem e manteve viva a possibilidade de mais aperto monetário nos próximos meses. Os retornos dos Treasuries foram para baixo e o dólar apresentou leve valorização ante moedas fortes, enquanto o petróleo reagiu com ligeira retração também ao aumento inesperado de estoques nos Estados Unidos e à elevação na previsão da Agência Internacional de Energia (AIE) para a oferta global.

Traders atribuíram a queda nas ações da 3M (-5,70%) a falas do CFO da empresa, Monish Patolawala, que preocupou investidores após alertar para a desaceleração econômica global em 2024 e previu fraqueza em seus segmentos de eletrônicos e de consumo para o trimestre atual e o seguinte. Com a pressão da 3M, o índice Dow Jones caiu 0,20%, o S&P 500 avançou 0,12%. O Nasdaq subiu 0,29%.

Os índices oscilaram durante o pregão, com análises mistas sobre o CPI dos Estados Unidos, que veio em linha com o Projeções Broadcast na comparação mensal, mas com núcleo acima da expectativa. Segundo a Oanda, as ações chegaram a “vacilar”, visto que o relatório da inflação deverá manter a narrativa de juros mais altos por mais tempo. “Se Wall Street continuar convencida de que o mercado de trabalho está arrefecendo, isso será suficiente para aproximar a inflação do objetivo do BC”.

A ideia de uma narrativa mais rígida também é defendida pelo UniCredit na próxima decisão, apesar do banco não ter mais aperto monetário como seu cenário base. O Bank of America, entretanto, acredita que o Fed deverá elevar a taxa dos Fed Funds em 25 pontos-base, em janeiro. A possibilidade de mais uma alta também é mencionada pelo TD Securities, adiantando que a decisão dependerá do CPI que será divulgado em outubro.

A ferramenta FedWatch, do CME Group, aponta 97% de chance de manutenção de juros em setembro, 59,8% de possibilidade de a autoridade monetária manter as taxas na faixa entre 5,25% e 5,50% em novembro, e de 56,2%, em dezembro.

Os retornos dos Treasuries caíram nesta sessão, apesar de terem chegado a subir após o CPI dos EUA. Conforme avalia a Oanda, as expectativas são de que o consumidor ficará significativamente mais fraco”, o que deverá apoiar o processo de desinflação. No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,998%, o da T-note de 10 anos regredia a 4,260% e o do T-bond de 30 anos ficou próximo da estabilidade, avançando a 4,343%.

O dólar operava perto da estabilidade ante moedas fortes neste fim de tarde. Na visão da Convera, entretanto, a projeção é que o dólar suba no curto prazo, devido a tendência de desaceleração global, incluindo na zona do euro e na China, enquanto os Estados Unidos permanecem resilientes. No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 147,48 ienes, o euro subia a US$ 1,0733 e a libra tinha baixa a US$ 1,2489, estas duas últimas praticamente estáveis. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,05%, a 104,766 pontos.

Já o petróleo fechou em baixa após sessão volátil, prejudicado pelas perspectivas de maior oferta, após o Departamento de Energia dos EUA indicar contrariarem expectativas de recuo nos estoques e após a Agência internacional de Energia (AIE) elevar projeção de alta na oferta global. Apesar disso, a Fitch manteve inalterada sua projeção de que o petróleo Brent chegue ao fim do ano em US$ 80 o barril.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro cedeu 0,36% (US$ 0,32), a US$ 88,52 o barril , enquanto o Brent para o novembro negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,19% (US$ 0,18), a US$ 91,88 o barril

JUROS

Os juros futuros estiveram em baixa moderada durante toda a sessão, acompanhando de perto o alívio nos rendimentos dos Treasuries e a queda do dólar após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) em agosto. Mesmo com o núcleo vindo pouco acima do consenso de mercado, a leitura do dado não alterou as apostas majoritárias de que os juros não devem mais subir este ano nos Estados Unidos. Internamente, não houve noticiário nem agenda relevante com potencial para ditar a dinâmica das taxas, mas o IPCA de agosto divulgado ontem ainda produziu algum efeito sobre os vencimentos intermediários.

Às 17h20, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 caía a 10,385%, de 10,412% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 estava em 10,01%, de 10,04%, sendo que na mínima (9,98%) voltou a se situar abaixo de dois dígitos. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 10,25%, de 10,29%, e a o DI para janeiro de 2031, taxa de 11,11%, de 11,14%.

Após o resultado da inflação no Brasil dominar ontem os ativos locais, hoje os investidores se voltaram à inflação americana. O índice cheio (+0,6%) veio em linha com a mediana das estimativas, mas o núcleo (+0,3%) avançou ligeiramente acima do esperado (+0,2%). A gasolina (+10,6%) foi o principal responsável pelo avanço do CPI cheio, respondendo por mais da metade da alta de agosto, como destaca a equipe da Genial Investimentos.

As preocupações com a pressão dos combustíveis têm se acentuado com a escalada recente das cotações do petróleo que, hoje, porém, deram uma trégua e caíram, o que pode ter ajudado a explicar o fechamento da curva americana. Na ferramenta do CME Group, as apostas majoritárias eram de manutenção da taxa dos fed funds entre 5,25% e 5,50% até o fim do ano.

“O alívio vem lá de fora. Dada a grande expectativa com o CPI, há um ‘catch up’ dos ativos de risco e os DIs seguiram os Treasuries, mas é difícil explicar por que os juros dos Treasuries estão fechando”, afirmou o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, para quem o cenário de inflação mostrado pelo CPI não justificaria o recuo das taxas das T-Notes. No fim da tarde, o retorno do papel de dez anos estava abaixo de 4,25% e o do título de 2 anos, menor que 5%.

Além dos Treasuries bem comportados, os DIs se favoreceram da queda dólar à vista. A moeda recuou 0,72%, aos R$ 4,9173 no fechamento. A melhora do câmbio é ajuda valiosa num momento em que a escalada do petróleo coloca na mesa a possibilidade de um novo reajuste nos preços de combustíveis.

Ainda nessa seara, houve certo alívio com a informação de que as mudanças que possibilitariam aos Estados aumentar as alíquotas de impostos sobre combustíveis serão retiradas do projeto de lei que trata do acordo feito pela União para compensar perdas com a arrecadação do ICMS. “Não se mexe, não muda nada do que já estava valendo nos últimos meses”, afirmou o relator do projeto, deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

O miolo da curva continuou se beneficiando do “efeito IPCA”, após o dado de agosto (0,23%) ficar no piso das estimativas e com leitura favorável dos preços de abertura, com destaque para núcleos e serviços. O índice trouxe as apostas de ampliação da dose de corte da Selic para 0,75 ponto porcentual em agosto de volta ao jogo, embora não necessariamente na reunião da próxima semana.

O Itaú Unibanco, em relatório divulgado hoje, reduziu sua projeção para a taxa básica no fim deste ano de 11,75% para 11,50%, esperando agora uma aceleração do ritmo de queda no Copom de dezembro, para 0,75. O banco também ajustou para baixo sua expectativa de Selic para o fim de 2024, de 9,50% para 9,00%.

Em relatório, o economista-chefe Mário Mesquita diz que o Copom deve anunciar novo corte de 50 pontos da Selic em setembro, repetindo por ora que há unanimidade para manutenção do ritmo e, portanto, sem abrir espaço para discussão de aceleração do ritmo no curto prazo. “A dinâmica mais benigna da inflação de serviços, no entanto, assim como a esperada desaceleração da economia (que deve ficar mais evidente ao longo da segunda metade do ano), devem permitir cortes maiores na virada do ano (i.e. dezembro), bem como um ciclo mais profundo”, afirma.

CÂMBIO

Após romper o piso de R$ 4,90 pela manhã e registrar mínima a R$ 4,8962, o dólar à vista reduziu o ritmo de baixa ao longo da tarde em sintonia com o exterior e encerrou a sessão desta quarta-feira, 13, cotado a R$ 4,9173, em queda de 0,72%. A moeda americana ganhou força ante o euro e o iene na segunda etapa de negócios, mas manteve sinal negativo em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, incluindo os pares latino-americanos do real, como os pesos mexicano, chileno e colombiano.

Com a agenda doméstica esvaziada, os negócios foram guiados pelos indicadores externos. Leitura de inflação nos EUA sem surpresas afastou receio de uma postura mais dura do Federal Reserve. Ferramenta de monitoramento do CME Group mostra que as chances de manutenção da taxa básica americana na faixa entre 5,25% e 5,50% na reunião de política monetária do BC americano na semana que vem (dias 19 e 20) se mantiveram acima de 90%. Há ainda por volta de 45% de probabilidade de uma elevação dos juros até o fim do ano.

Operadores notaram desmonte parcial de operações cambiais defensivas no segmento futuro. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar para outubro apresentou bom giro, acima de US$ 12 bilhões. Ontem, a alta da divisa americana por aqui foi atribuída justamente a uma postura cautelosa de investidores, que procuraram proteção no mercado futuro diante de temores de que a inflação americana surpreendesse para cima.

“O CPI dos EUA veio bastante em linha com o esperado. A primeira reação foi alta das taxas dos títulos do tesouro americano, que cederam em seguida, renovando mínimas ao longo do dia. Essa redução das taxas dos Treasuries derruba o dólar”, afirma o diretor de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni, lembrando que, na semana passada, o dólar experimentou uma forte valorização global, com o índice DXY superando os 105,000 pontos, nos maiores níveis desde maio. “No Brasil,o dólar respeitou o patamar de R$ 5,00 na semana passada, mesmo com o aumento das preocupações com o fiscal e o orçamento de 2024.”

Divulgado pela manhã, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta 0,6% em agosto, como esperado. Já o núcleo do índice – que exclui os preços de alimentos e energia – avançou 0,3%, levemente acima das expectativas (0,2%). Na comparação anual, o índice cheio subiu 3,7%, superando as estimativas (3,2%), ao passo que o núcleo avançou 4,3%, de acordo com as estimativas.

As atenções se voltam agora para a divulgação, amanhã, da inflação ao produtor (PPI) e dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. Do outro lado do Atlântico, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia decisão de política monetária, seguida de pronunciado da presidente da instituição, Christine Lagarde. Analistas se dividem entre aposta em alta da taxa de juros em 25 pontos-base e pausa no processo de aperto monetário.

Por aqui, o Banco Central informou que o fluxo cambial total em setembro (até o dia 8) está negativo em US$ 1,739 bilhão, em razão de saída líquida de US$ 2,713 bilhões pelo canal financeiro. No comércio exterior, houve entrada líquida de 873 milhões nesse período. No ano (até 8 de setembro), o fluxo cambial total é positivo em US$ 20,612 bilhões.

Segundo Perottoni, do Braza Bank, a percepção do mercado é que não há motivos que sustentem uma taxa de câmbio acima do nível de R$ 5,00. Por outro lado, a ausência de “boas notícias do lado fiscal e de crescimento” impedem uma apreciação mais forte do real. Há incertezas também em torno do ritmo e da magnitude do ciclo de cortes da taxa Selic.

“O mercado parece estar confortável com ritmo de cortes de 50 pontos-base, mas ainda há que se definir que nível teremos no final do ciclo”, afirma o tesoureiro, ressaltando que o processo de redução dos juros deve respeitar a realidade econômica do País. “O Chile vem forçando quedas de juros mais abruptas, e o peso chileno se desvalorizou fortemente. Na contramão, o México mantém a taxa básica em 11,25%, e o peso mexicano segue sua trajetória de valorização frente ao dólar”.

17:43

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