NY TEM RALI COM TECNOLOGIA E AJUDA O IBOVESPA, QUE DRIBLA QUEDA DAS COMMODITIES

A disparada de papéis relacionados ao setor de tecnologia em Nova York ganhou força na etapa
da tarde, dissipando o sinal negativo que ainda prevalecia no Dow Jones e, desta forma,
ajudando a colocar o Ibovespa em ganho tímido no fim do dia. O índice industrial americano
subiu 0,58% e a principal referência da B3 avançou 0,31%, aos 132.426,54 pontos. O Nasdaq
saltou 2,20% e o S&P 500 ganhou 1,41%. O rali tech vinha desde cedo e teve respaldo tanto de
questões setoriais, como a notícia de que a Nvidia (+6,43%) começará a produzir em massa seu
chip voltado para a China, quanto do cenário macroeconômico, com os juros dos Treasuries em
baixa. As taxas dos títulos americanos responderam à queda forte do petróleo, pressionado
pela redução de preços da Arábia Saudita a clientes. O Brent caiu 3,35% e a T-note de 10 anos
chegou ao fim da tarde em baixa aos 4,017%. Aqui no Brasil, o bom humor externo com ações
apoiou papéis ligados ao consumo, que sofreram na semana passada e foram a ponta dos
ganhos do Ibovespa hoje. Azul saltou 7,66% e Casas Bahia, 6,73%. Isso tudo em um dia ruim
para os pesos-pesados Petrobras (ON -1,86% e PN -0,75%) e Vale (ON -0,51%), que refletiram a
queda das commodities no exterior. Nos demais mercados domésticos, os juros futuros tiveram
sessão de liquidez enxuta e mais um ajuste de alta, com questões como o impasse fiscal no
radar. Já o dólar teve oscilação contida no pregão, em queda suave aos R$ 4,8702 (-0,04%) no
fim da sessão à vista, com o investidor evitando posições mais ousadas antes da agenda forte
da semana e ecoando a baixa da moeda ante os pares mais fortes. Lá fora, o DXY cedeu aos
102,209 pontos (-0,20%).
•MERCADOS INTERNACIONAIS
•BOLSA
•JUROS
•CÂMBIO
MERCADOS INTERNACIONAIS
O setor de tecnologia conduziu a alta das bolsas em Nova York e impulsionou o Nasdaq hoje,
que fechou com ganhos de mais de 2% em meio à confiança de que os bancos centrais do
mundo cortarão juros em breve. O presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael
Bostic, reforçou hoje o otimismo em relação aos progressos no combate à inflação. A ação da
Boeing despencou 8%, mas o índice Dow Jones conseguiu acompanhar os demais em território
positivo à tarde. Mesmo assim, os ganhos foram limitados pelo setor de energia, que respondia
à queda de 4% do petróleo após a petroleira estatal saudita cortar preços para determinados
países. Neste ambiente, os juros dos Treasuries recuaram, em linha com o dólar ante rivais.
Hoje, o mercado acionário se dividiu entre grandes perdas do petróleo e da Boeing e avanços
expressivos de big techs. No início da manhã, a decisão de reguladores americanos de
suspender os voos com os jatos 737 Max-9 fez as ações da companhia aeroespacial
despencarem perto de 9%, o tombo chegou a ser reduzido depois que os reguladores
aprovaram procedimentos para que as companhias aéreas inspecionem os jatos parados.
Porém, perto do fim do pregão, circulou a notícia que a United Airlines encontrou peças soltas
na inspeção de suas aeronaves e as ações da Boeing fecharam o dia em queda de 8,03%.
Apesar disso, o tom foi positivo em Nova York, enquanto investidores continuam concentrando
suas apostas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) já na reunião de março. Enquanto
aguarda novos dados de inflação nos EUA, que saem nesta semana, Wall Street vem
monitorando as falas de dirigentes do Fed, e hoje o presidente da distrital de Atlanta, Raphael
Bostic, pontuou que a inflação caiu mais que o esperado nos EUA e está a caminho de voltar à
meta de 2% ao ano. Também hoje, a pesquisa de expectativas de inflação do Fed de Nova York
registrou a expectativa de curto prazo mais baixa desde janeiro de 2021, além de apontar
queda nas expectativas de inflação de médio e longo prazo.
Diante disso, no S&P 500, o setor de tecnologia subiu 2,75%, a maior alta dentre os 11 grupos,
inflado pelos ganhos de Apple (2,42%) e Nvidia (6,43%), que renovou máxima histórica em
meio a notícias de que vai produzir chips específicos para o mercado chinês. O único dos
setores a acumular perdas foi o de energia, que caiu 1,16%, em meio ao recuo do preço do
barril de petróleo, com a ExxonMobil recuando 1,68% e a Chevron caindo 0,61%. No
fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,58%, a 37.683,01 pontos; o S&P 500 avançou 1,41%, a
4.763,54 pontos; e o Nasdaq ganhou 2,20%, a 14.843,77 pontos.
O WTI voltou a ficar abaixo de US$ 71 o barril hoje, com as tensões geopolíticas que vinham
sustentando nova alta de preços ficando em segundo plano. A estatal petrolífera da Arábia
Saudita, Saudi Aramco, reduziu preços da commodity para clientes de determinados países,
incluindo na Ásia, seu maior mercado, e os EUA. Segundo a Marex, a medida de hoje é uma
clara iniciativa do governo saudita para pressionar os preços globais para baixo. A perspectiva
para os próximos meses, segundo Louis Navellier, da gestora Navellier, é de que, combinado
com os problemas econômicos da China e da Europa, a demanda mundial de petróleo bruto
diminua. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024
caiu 4,12% (-US$ 3,04), a US$ 70,77 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na
Intercontinental Exchange (ICE), cedeu 3,35% (US$ 2,64), a US$ 76,12 o barril.
No mercado de títulos do Tesouro, os retornos dos Treasuries regrediram em meio às apostas
de cortes de juros e diante das expectativas de inflação mais baixa. Para Ian Lyngen, do BMO
Markets, a evolução do sentimento do mercado sugere que “esta não será a semana em que os
rendimentos a 10 anos revisitarão o intervalo de 4,20-4,25%”, apesar de que o analista siga
apostando em uma recuperação pontual dos retornos antes de ingressarem em nova queda.
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,370%, o da T-note de 10 anos
tinha baixa a 4,017% e do T-bond cedia a 4,158%.
O horizonte aparentemente mais próximo de cortes também pesou sobre o câmbio, com o
dólar regredindo contra rivais no exterior, em meio a uma agenda de dados macroeconômicos
esvaziada nesta segunda-feira. No fim da tarde, o dólar caía a 144,23 ienes, o euro avançava a
US$ 1,0953 e a libra tinha alta a US$ 1,2749. Já o índice DXY – que mede o dólar ante seis rivais
fortes – fechou em queda de 0,20%, a 102,209 pontos.
O bitcoin acumulou ganhos hoje, subindo ao patamar mais alto desde abril de 2022, conforme
se aproxima o prazo final para a SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA, aprovar ou
rejeitar o primeiro candidato e ETF de bitcoin à vista, proposto por uma joint venture entre a
ARK Investment Management de Cathie Wood e a gestora de ativos cripto 21Shares.
Além do prazo para a SEC definir o futuro dos ETFs cripto, também se aproxima o prazo para
evitar o shutdown do governo americano mais uma vez. Apesar de republicanos e democratas
terem aprovado um acordo que reduz substancialmente a chance de haver uma paralisação, o
Citi destaca que o acordo não resolve o problema no longo prazo, apenas dá fôlego extra para
as discussões.
BOLSA
O Ibovespa lutou para reter a linha dos 132 mil pontos, em sessão na qual manteve margem de
variação estreita do início ao meio da tarde, bem perto da estabilidade. Ao fim, mostrava leve
alta de 0,31%, aos 132.426,54 pontos, entre mínima de 131.014,77 e máxima de 132.498,05
pontos nesta segunda-feira de giro a R$ 19,9 bilhões. Neste começo de janeiro, o Ibovespa
acumula até aqui perda de 1,31%.
Do meio para o fim da tarde, o Ibovespa se firmou em alta na sessão, acompanhando a
acentuação de ganhos em Nova York, com destaque para o setor de tecnologia, que levou o
Nasdaq a avançar 2,20% nesta segunda-feira. A abertura da semana foi marcada por forte
correção nos preços do petróleo, com o Brent em queda de 3,35% e o WTI, de 4,12%, na
sessão. Assim, Petrobras (ON -1,86%; PN -0,75%, esta na máxima do dia no fechamento) pesou
sobre o Ibovespa desde cedo, em dia negativo para outra gigante, Vale (ON -0,51%), que
também moderou perdas em direção ao encerramento.
A sessão foi desfavorável às ações de grandes bancos, à exceção de BB (ON +0,86%). Na ponta
ganhadora do Ibovespa, Azul (+7,66%), Casas Bahia (+6,73%) e Magazine Luiza (+6,09%), entre
outras ações ligadas ao ciclo doméstico, como Dexco (+5,76%) e Arezzo (+5,44%). No lado
oposto, além de Petrobras, destaque para São Martinho (-1,83%), CSN Mineração (-1,40%) e
RaiaDrogasil (-1,12%)
“O índice futuro abriu hoje em um gap de baixa de mais de 0,6% e, ao longo do pregão, o
mercado foi se estabilizando, voltando a patamar positivo e encerrando não tão longe do zero
a zero. As ações da Petrobras dificultaram, hoje, o desempenho do Ibovespa, em dia negativo
para outros ativos de peso no índice, como Vale e Itaú (PN -1,07%), descolando-o em boa parte
da sessão do S&P 500 (+1,41%) e de outras referências de Nova York, que fecharam em alta”,
diz Thiago Lourenço, operador de renda variável do Manchester Investimentos.
“O petróleo tem sido negociado numa região de preço bastante importante, e se não conseguir
sustentá-la, pode vir pressão adicional sobre as ações da Petrobras e, por consequência, no
Ibovespa”, acrescenta. Hoje, o Brent para março fechou em Londres a US$ 76,12 por barril,
enquanto o WTI para fevereiro foi, em Nova York, a US$ 70,77 por barril. “Um respiro no
petróleo será fundamental para o Ibovespa retomar a tendência de alta vista nas últimas
semanas [de 2023] para, quem sabe, buscar a região dos 150 mil pontos, talvez ainda no
primeiro trimestre.”
Nesta segunda-feira, os ativos do mercado de commodities mostraram, desde a abertura,
desempenho predominantemente negativo, “com destaque para a terceira queda consecutiva
do minério no pregão asiático e forte queda do petróleo, seguindo corte de preço da Arábia
Saudita em meio às incertezas com relação à demanda este ano”, aponta em nota a Guide
Investimentos.
Em dia de agenda mais fraca, a Guide destaca, para a semana, a divulgação de novas leituras
sobre os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) nos Estados Unidos – na
quinta e na sexta-feira, respectivamente -, além do início da temporada de balanços de
empresas americanas, na sexta-feira, com nomes de peso do setor financeiro, como Bank of
America, BlackRock e Citigroup
18:21
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 132426.54 0.30572
Máxima 132498.05 +0.36
Mínima 131014.77 -0.76
Volume (R$ Bilhões) 1.98B
Volume (US$ Bilhões) 4.07B
18:25
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 133890 0.28838
Máxima 133940 +0.33
Mínima 132310 -0.90
JUROS
Os juros futuros subiram pela sexta sessão seguida, hoje na contramão da queda nas taxas
americanas. Segundo analistas, a cautela domina o mercado de renda fixa e as taxas dos
contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) corrigem parte da queda vista no fim de 2023.
Preocupações com a meta fiscal de 2024 e com a dinâmica da inflação também pesaram, em
um dia de noticiário esvaziado.
A combinação desses fatores fez com que os juros domésticos subissem em toda a curva a
termo. A taxa do contrato para janeiro de 2025, mais negociado da sessão, avançou de
10,054% no ajuste anterior para 10,095%. Outros contratos também subiram na comparação
com os ajustes: janeiro de 2026 (9,664% para 9,720%), janeiro de 2027 (9,791% para 9,855%) e
janeiro de 2029 (10,205% para 10,265%).
Ao contrário das últimas sessões, o desempenho da curva doméstica ficou descolado da curva
americana, onde as taxas caíram em bloco. O rendimento da T-Note chegou a ceder abaixo da
marca psicológica de 4%, refletindo a forte queda dos preços do petróleo, entre 4,12% (WTI) e
3,35% (Brent), após a Arábia Saudita ter reduzido os preços da commodity para clientes de
alguns países.
O gerente de renda fixa e distribuição de fundos da Nova Futura Investimentos, André Alírio,
atribui o aumento dos juros futuros a uma correção da forte queda vista nos últimos dois
meses de 2023. Segundo o profissional, o forte apetite por risco visto no fim do ano passado
deu lugar a um ambiente de maior cautela, natural em inícios de ano, enquanto a liquidez
continua fraca.
“Temos um processo de correção, com maior cautela, em relação àquele mercado mais bullish,
mais afeito à tomada de risco, que vimos no fim do ano passado”, afirma Alírio. “Essa maior
cautela faz o nosso mercado ficar dessintonizado com o que está acontecendo lá fora.”
Segundo o profissional, dúvidas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos
EUA) começará a cortar os juros americanos também continuam pesando sobre a curva local,
mesmo diante da queda dos Treasuries. Na quinta-feira, 11, números da inflação ao
consumidor no país, o CPI, devem ajudar a calibrar as apostas do mercado no timing do ciclo
de afrouxamento monetário. No mesmo dia, sai o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) de dezembro.
O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, cita dois outros fatores como explicação
para o aumento dos juros aqui. Em primeiro lugar, a percepção no mercado de que a inflação
pode ser mais alta no curto prazo, devido aos efeitos do El Niño. Em segundo, as incertezas em
torno da meta fiscal de 2024, que prevê a zeragem do déficit primário.
No fim de semana, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse à
Folha de S.Paulo que a pasta admite mudar a meta caso se esgotem todas as alternativas para
compensar a renúncia de receitas com a desoneração da folha de pagamentos. Essas
alternativas incluem a medida provisória de reoneração gradual da folha ou, no limite, uma
eventual ação para derrubar a desoneração da Justiça.
“Acho que esse aumento está mais ligado à percepção de mais inflação no curto prazo e de
uma possível mudança na meta de resultado primário, que volta a entrar em discussão”, diz
Lima.
Hoje, oito frentes parlamentares ligadas a setores produtivos enviaram um ofício a líderes
partidários e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pedindo a devolução da MP
que promove a reoneração gradual da folha. O líder do governo no Congresso, senador
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse estar “confiante” de que Pacheco não devolverá a
MP à Presidência da República.
Pacheco convidou líderes partidários da Casa para debater o texto amanhã, às 9 horas. Mas,
com Brasília esvaziada devido ao recesso parlamentar, são grandes as chances de o encontro
não acontecer.
CÂMBIO
O mercado de câmbio doméstico iniciou a semana em ritmo lento e com pouco apetite por
negócios. Em um pregão morno, o dólar à vista encerrou em baixa de 0,04%, cotado a R$
4,8702, com oscilações de pouco mais de três centavos entre a mínima (R$ 4,8643) e a máxima
(R$ 4,9008). Lá fora, o dólar recuou na comparação com seus pares, como o euro, e apresentou
comportamento sem direção única em relação a divisas emergentes e de países exportadores
de commodities, em dia marcado por tombo de mais de 4% das cotações do petróleo, após a
Arábia Saudita anunciar redução de preços.
Segundo operadores, com a agenda doméstica esvaziada e na expectativa por números de
inflação nos aqui e nos EUA nesta semana, investidores adotaram uma postura mais cautelosa,
evitando apostas mais firmes. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de
dólar futuro para fevereiro movimentou cerca de US$ 10 bilhões.
O diretor de investimentos da Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, observa que não há fatos novos,
neste momento, que possam alimentar uma nova onda de valorização de ativos emergentes
como real. Com o quadro doméstico fiscal em segundo plano neste início de ano, apesar dos
ruídos políticos entre Congresso e governo no tema da desoneração, as atenções estão
voltadas às apostas para o início de corte de juros nos EUA.
“Parece que houve um exagero no rali do mercado de renda fixa no fim do ano que ajudou
moedas emergentes e agora há alguma correção. O Federal Reserve já sinalizou que, pelos
fundamentos, está comprometido com três cortes de juros, mas o mercado tinha colocado seis
cortes na curva de juros”, diz Jolig. “A dúvida neste ano é se vai haver recessão nos Estados
Unidos. Ou se a atividade vai continuar forte e a inflação parar de arrefecer. Vamos ver como
vai vir o CPI. Se surpreender para cima, talvez o corte de juros no primeiro trimestre não se
materialize.”
Na quinta-feira, 11, sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA
referente a dezembro, o que pode levar a uma recalibragem das apostas para o início de corte
de juros ainda neste primeiro trimestre. Após a ata do Federal Reserve e o relatório oficial de
emprego (payroll) na semana passada, houve leve recuo nas chances de redução dos Fed
Funds em março, que ainda continuam, contudo, superiores a 60%.
Para o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, o payroll na semana passada
mostrou que o atual estado do mercado nos EUA é “compatível com um cenário de soft
landing” da economia americana – ou seja, uma desaceleração gradual da atividade, sem que
haja uma recessão severa.
Oliveira, que mantém uma visão construtiva para o real, prevê que o Fed deve iniciar um ciclo
de redução de juros em maio, levando a taxa básica para a faixa entre 4,25% e 4,5% no fim do
ano.
Já Jolig, da Alphatree, observa que os investidores aumentaram bastante sua exposição ao
risco nos últimos meses de 2023, em uma antecipação ao cenário de redução dos Fed Funds
em 2024. Isso limitaria o espaço para um novo rali do real no primeiro trimestre.
“O dólar está cada vez mais apertado no intervalo entre R$ 4,80 e R$ 5,00. E não vejo novos
fluxos capazes de mudar esse quadro. Além da incerteza em relação ao primeiro corte de juros
pelo Fed, a queda das commodities está atrapalhando um pouco o real neste começo de ano”,
afirma.
A cena fiscal segue observada de longe pelo mercado de câmbio. O impasse sobre a Medida
Provisória com o plano para compensar a desoneração da folha de pagamentos até 2027
prossegue. Amanhã, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), terá pela
manhã uma reunião de líderes sobre o assunto. Ele tem poder de devolver a MP, como querem
frentes parlamentares ligadas a setores produtivos.
Questionado sobre o tema, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem
partido-AP), afirmou estar “confiante” de que Pacheco não devolverá a MP à Presidência da
República.
18:25
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 4.87020 -0.041 4.90080 4.86430
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL FUTURO 4886.500 -0.14305 4916.500 4879.000
DOLAR COMERCIAL FUTURO 4901.500 -0.92976 4926.000 4901.500