NY PERDE FORÇA À TARDE SOB PESO DE BANCOS MÉDIOS, MAS BLUE CHIPS BLINDAM IBOVESPA


O otimismo após as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre o
possível corte de juros este ano arrefeceu ao longo da tarde desta quarta-feira no
mercado externo de ações. Isso porque os investidores se preocuparam com outra
declaração de Powell no Congresso dos EUA, essa sobre um “problema sério” no setor
imobiliário comercial, embora com riscos “administráveis”. Powell esclareceu que o
problema não é uniforme ao longo do sistema bancário e que algumas instituições estão
mais vulneráveis que outras. Símbolo dessa fraqueza, o New York Community Bank
mergulhou 40% no pior momento da sessão, mas se recuperou e fechou em alta de 7,45%
após confirmar que receberá a injeção de mais de US$ 1 bilhão de capital. O estrago
setorial, no entanto, estava feito. O índice que reúne os bancos médios, o KBW, caiu –
0,66%. Os papéis de grandes instituições também perderam fôlego, ainda que tenham se
mantido no positivo. Entre os principais índices, o Dow Jones subiu 0,20%, o S&P 500
avançou 0,51% e o Nasdaq ganhou 0,58%. Aqui no Brasil, o Ibovespa seguiu a mesma
tendência de menor ímpeto de Nova York. O índice terminou o dia em 128.890,23 pontos
(+0,62%), com impulso de papéis de primeira linha, como Vale (+1,37%) e Petrobras (ON
+1,72% e PN +2,20%). Os demais mercados locais – juros e câmbio – ressoaram ainda as
falas de Powell, mas também em acomodação. As taxas terminaram perto da
estabilidade e o dólar à vista caiu a R$ 4,9453 (-0,21%).
•MERCADOS INTERNACIONAIS
•BOLSA
•JUROS
•CÂMBIO
MERCADOS INTERNACIONAIS
As ações do New York Community Bancorp (NYCB) oscilaram com alta volatilidade, na
esteira do anúncio de que vai receber uma injeção de mais de US$ 1 bilhão de
investidores para lidar com sua exposição ao setor imobiliário comercial, que hoje foi
reconhecido pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, como um sério
problema para os bancos americanos, apesar de que administrável. No Congresso dos
EUA, Powell não alterou a convicção do mercado de que o primeiro corte de juros virá em
junho, o que não mudou o humor das bolsas de Nova York, que subiram, e da ponta longa
dos Treasuries, que recuaram em meio às perspectivas de juros. No câmbio, o dólar
também recuou contra desenvolvidos, com investidores em compasso de espera pela
decisão do Banco Central Europeu (BCE), na manhã de amanhã.
Nesta tarde, os papéis do NYCB chegaram a cair mais de 42% e tiveram negociações
suspensas, para depois voltarem a subir perto de 30% e desacelerarem a 7,45% No
fechamento. Investidores monitoraram a notícia de que executivos do banco estavam
procurando aumentar seu capital numa tentativa de reforçar a confiança no banco. Mais
tarde, o próprio NYCB confirmou a notícia de uma injeção de capital de mais de US$ 1
bilhão vinda de investidores institucionais.
Como consequência à oscilação, as bolsas, que subiram durante todo o dia, perderam
parte do ímpeto, contidas pelo setor de bancos médios. O índice KBW, do Nasdaq, que
mede força dos bancos médios, caiu 0,66%, apesar de que o setor bancário acumulou
ganhos no S&P 500. O Morgan Stanley também recuou 3,88% hoje, após traders
repercutirem a desvalorização dos papéis da Tesla, que foram dadas como garantia por
Elon Musk em sua compra do antigo Twitter. No fechamento, o índice Dow Jones subiu
0,20%, aos 38661,51 pontos; o S&P 500 ganhou 0,51%, aos 5104,79 pontos; e o Nasdaq
subiu 0,56%, aos 16031,54 pontos.
Hoje, os olhares de investidores estavam todos voltados a Jerome Powell, que
reconheceu uma preocupação com o setor imobiliário comercial americano, apesar de
ter considerado o problema “administrável”. Em discurso no Congresso americano, ele
enfatizou que a expectativa da autoridade monetária é cortar juros ainda este ano, mas
que os cortes dependerão da evolução da economia dos EUA. Segundo ele, o BC pode
agir de maneira mais cautelosa nos próximos passos por conta da força da atividade e do
mercado de trabalho.
Segundo a Oxford Economics, a resposta do mercado às falas do líder do Fed foi
“bastante modesta”, mas investidores se apoiaram sobre o fato de que Powell teve a
oportunidade de ser mais agressivo e não foi, e focaram na perspectiva do Fed de que os
juros serão cortados neste ano. Enquanto isso, o Bank of America destaca a fala de Powell
de que o Fed ainda precisa de “um pouquinho mais de evidências” de arrefecimento da
inflação para reduzir os juros, o que sustenta a expectativa por redução em junho, que,
inclusive, é vista como a probabilidade majoritária pela ferramenta do CME Group, que
indica chance de 69,7% para corte.
Diante das falas de Powell, os retornos dos Treasuries oscilaram com viés negativo,
apesar de que a T-note de 2 anos operou perto da estabilidade e, no fim da tarde,
avançava. Além do discurso, investidores também monitoraram os indicadores de
trabalho nos Estados Unidos. Hoje o resultado do relatório Jolts ficou um pouco acima da
projeção do mercado, enquanto os dados da ADP indicaram geração de empregos um
pouco abaixo da ecpectativa. Tudo somado, o retorno da T-note de 2 anos subiu a
4,555%, o da T-note de 10 anos caiu a 4,106%, e o do T-bond de 30 anos cedeu a 4,242%.
No câmbio, o dólar se enfraqueceu após as falas de Powell, enquanto investidores
também monitoram, amanhã, a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE).
Segundo publicado em reportagem às 17h20, a decisão deve ser por manutenção de
juros, e os comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde, devem fortalecer a
moeda americana.
No Reino Unido, a divulgação do orçamento de primavera pelo chefe do Tesouro do Reino
Unido, Jeremy Hunt, não trouxe grandes surpresas ao mercado, e a libra se fortaleceu
contra o dólar. Perto das 18h, o dólar caiu a 149,42 ienes, o euro subiu a US$ 1,0899, e a
libra se fortaleceu a US$ 1,2740. O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma
cesta de rivais desenvolvidos, caiu 0,41%, aos 103,369 pontos.
Entre commodities, a fraqueza do dólar contribuiu para a força do petróleo, que também
subiu após a estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, aumentar o preço do barril de
petróleo para clientes asiáticos, o que foi interpretado como um sinal de demanda
fortalecida na região. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril
fechou em alta de 1,25% (US$ 0,98), a US$ 79,13. O Brent para maio, negociado na
Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,12% (US$ 0,92), a US$ 82,96 o barril.
BOLSA
Com apoio das ações de maior peso no índice – Vale (ON +1,37%), Petrobras (ON +1,72%,
PN +2,20%, ambas na máxima do dia no fechamento) e de alguns grandes bancos (Itaú
PN +1,10%, Bradesco PN +0,73%) -, o Ibovespa subiu 0,62%, aos 128.890,23 pontos.
Embora com menos força em direção ao encerramento, inverteu a situação das duas
sessões anteriores, ao fechar hoje no positivo e um pouco mais perto da máxima
(129.323,12) do que da mínima (128.098,95) do dia. O giro financeiro subiu nesta quartafeira para R$ 25,1 bilhões. Na semana, o Ibovespa segue no negativo (-0,22%) e também
no mês (-0,10%) – no ano, cai 3,95%.
Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Pão de Açúcar (+6,96%), Carrefour
(+4,22%) e RaiaDrogasil (+2,52%, após balanço trimestral). No lado oposto, Casas Bahia
(-14,14%), PetroRecôncavo (-6,91%), com resultado do quarto trimestre abaixo do
esperado, e JBS (-5,46%). Em Nova York, os ganhos foram de 0,20% (Dow Jones), 0,51%
(S&P 500) e 0,58% (Nasdaq), também mais acomodados perto do fechamento.
“A Bolsa brasileira operou no campo positivo ao longo da sessão, mas segue ainda perto
do zero a zero na semana. No noticiário corporativo, a Azul negou haver intenção de
compra da Gol, ao contrário do que antecipava o mercado”, diz Davi Lelis, especialista e
sócio da Valor Investimentos. Assim, após ganho perto de 4% ontem, com a notícia de
que a empresa poderia fazer oferta por parte ou pela integralidade da concorrente Gol, a
ação da Azul fechou hoje em baixa de 0,40%.
Integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) veem eventual
operação de compra da Gol pela Azul como complexa, o que, possivelmente, exigiria a
aplicação de restrições pelo órgão antitruste. Membros do Cade ouvidos reservadamente
pelo Broadcast disseram que eventual aquisição seria delicada por envolver um mercado
já muito concentrado. Nesse contexto, a aplicação de condicionantes a eventual compra,
em especial em relação aos ‘slots’, surge como provável, reporta de Brasília a jornalista
Amanda Pupo.
Por outro lado, há avaliações de que os negócios das duas companhias são mais
complementares do que sobrepostos, característica que ajudaria eventual análise da
operação no Cade, sem que o ato apareça como “grande problema” ao órgão.
No cenário macro, em dia de audiência do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell,
no Congresso americano – com declarações em geral dentro do esperado, de que a
inflação dá sinais de moderação, mas que o BC dos EUA continua ´data dependent’
[dependente dos dados econômicos] na deliberação sobre a política monetária -, a
presidente da distrital do Fed em São Francisco, Mary Daly, disse hoje que ainda é cedo
para declarar vitória.
“Estamos em um momento muito difícil para calibrar juros. Há o risco de cortar
prematuramente e reacelerar a inflação. Mas se demorarmos demais, podemos criar
impacto indesejado na economia, como enfraquecimento do mercado de trabalho”,
ponderou a dirigente, durante sessão de perguntas e respostas em evento.
“O mercado veio mais forte hoje, especialmente depois de dados sobre o emprego
americano, da ADP, e da divulgação da fala do Powell. A correlação de hoje foi de juros em
queda e índices de ações em alta, com o dólar em baixa também frente ao real. Powell
manteve a porta aberta para corte de juros ainda este ano, e o mercado segue projetando
que isso venha a acontecer em junho”, diz Gabriel Mota, operador de renda variável da
Manchester Investimentos.
Uma rolagem dessa expectativa de mercado, para além de junho, poderia resultar em
aversão a risco – o que não se materializou a partir das indicações dadas hoje por Powell,
observa Mota. “De forma geral, ativos muito sensíveis a juros foram bem hoje, com
ganhos que chegaram a superar 3% em alguns casos, durante a sessão”, acrescenta o
operador, chamando atenção para certos nomes associados ao ciclo doméstico, entre os
quais Yduqs (+2,31%).
“A fala do Powell não trouxe surpresas negativas e, com isso, o mercado continua
esperando pelo início da queda de juros a partir de junho. Os rendimentos dos Treasuries
de 10 anos [referência do mercado considerada livre de risco] tiveram queda, hoje,
principal motivo a puxar a Bolsa aqui, em sessão em que os mercados andaram de forma
muito parecida”, diz Apolo Duarte, sócio e head da mesa de renda variável da AVG Capital.
18:25
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 128890.23 0.6184
Máxima 129323.12 +0.96
Mínima 128098.95 0.00
Volume (R$ Bilhões) 2.51B
Volume (US$ Bilhões) 5.08B
18:26
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 130275 0.4549
Máxima 130770 +0.84
Mínima 129890 +0.16
JUROS
Os juros futuros encerraram a sessão perto da estabilidade, zerando a queda que
prevalecia mais cedo e acompanhando a acomodação também do ritmo de baixa dos
yields dos Treasuries. O desempenho da curva americana em boa parte do dia foi
influenciado por dados do mercado de trabalho abaixo do esperado e pelo discurso do
presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e serviu de inspiração para as taxas locais,
na medida que, internamente, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) ficou em linha com o
previsto.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em
9,880%, de 9,877% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 encerrou em 9,70%,
de 9,66%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 9,90%, de 9,86% ontem no
ajuste, e a do DI para janeiro de 2029 ficou em 10,33%, de 10,30%.
A quarta-feira foi de alguma volatilidade na taxas, que começaram o dia em leve alta,
zeraram o avanço e passaram a cair ainda na primeira etapa, a partir da reação dos
Treasuries aos números fracos de geração de vagas no setor privado americano e ao
discurso de Powell no Congresso ao meio-dia, mas que foi antecipado pela manhã. As
declarações não trouxeram novidades em relação ao que o Fed já tem sinalizado, mas a
ausência de surpresas já foi suficiente para trazer alívio ao mercado.
Powell reafirmou o foco do Fed no mandato dual para promover máximo emprego e
preços estáveis, e disse que cortes de juros “provavelmente” serão apropriados neste
ano. Afirmou ainda que a inflação “tem desacelerado de forma notável”, mas segue acima
da meta de 2%, e não ver evidências de um risco particular de a economia entrar em
recessão no curto prazo.
“Aparentemente, o mercado gostou da falta de novidades, embora pessoalmente eu
tenha considerado parte da fala até conservadora, com alguns pontos de atenção”, disse
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos. Para ele, o alívio na
curva de juros nos últimos dias reflete tanto o movimento dos yields como também a
postura dos dirigentes do Banco Central nesta semana, de maior tranquilidade com o
cenário inflacionário.
Na sequência da sinalização do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na
segunda-feira, sobre a inflação de serviços, ontem o diretor de Política Monetária do BC,
Gabriel Galípolo, reafirmou a premissa do guidance do Copom mas que, em algum
momento, será necessário alterá-lo. Porém, tentou desvincular tal mudança da taxa
terminal de juros. “Mudanças no guidance não necessariamente significam uma
correlação com a taxa de juros terminal”, disse.
À tarde, as taxas acabaram por zerar a queda e oscilar próximas dos ajustes de ontem, na
medida em que o retorno da T-Note de dez anos voltou aos 4,10%, após atingir 4,07% nas
mínimas da manhã. O ambiente ficou mais cauteloso também após a informação de que
New York Community Bancorp (NYCB) confirmou que receberá uma injeção de mais de
US$ 1 bilhão de um grupo de investidores institucionais, para mitigar os problemas que o
banco enfrenta devido à exposição ao mercado imobiliário comercial. Mais cedo, Powell
havia dito que o mercado imobiliário comercial representa um “problema sério” para
bancos americanos, embora considere os riscos “administráveis”.
Borsoi, da Nova Futura, lembra que a curva do DI já está com pouca gordura, o que tende
a limitar a queda das taxas. “A precificação de Selic terminal, que estava dias atrás em
9,65%, já está em 9,35%”, diz. Ele afirma que analistas técnicos já apontam que os
vértices entre janeiro de 2025 e janeiro de 2031 estão para romper níveis de suporte,
considerando a média de 50 dias.
A agenda do dia trouxe a produção industrial de janeiro, com queda de 1,6% na margem,
coincidindo com a mediana das estimativas. O resultado de dezembro, também na
margem, foi revisado de +1,1% para +1,6%, o que ameniza o impacto do recuo registrado
em janeiro. “O número da indústria veio ruim, mas se os setores que avançaram
continuarem em alta – e acredito que vão – talvez este tenha sido um falso negativo”, diz o
economista André Perfeito, citando produtos químicos (7,9%), informática (13,7%) e
veículos (4%). “Mas a boa notícia de fato veio na produção de bens de capital que subiu
5,2% na margem”, comenta.
CÂMBIO
O dólar desvalorizou em relação ao real e a outras moedas hoje, em um movimento global
que refletiu a queda dos rendimentos dos Treasuries americanos. Números mais fracos
do mercado de trabalho americano e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed),
Jerome Powell, renovaram a expectativa pelo início dos cortes de juros nos EUA este ano.
Esses dados renovaram o apetite global por risco e derrubaram o dólar, aqui, a R$ 4,9453 –
0,21% abaixo do fechamento de ontem. A moeda americana também se enfraqueceu
contra pares – o índice DXY, que mede a variação dela contra seis divisas fortes, cedia
0,41% no fim da tarde – e outros emergentes, como peso mexicano (-0,29%) e rand sulafricano (-0,72%).
“O mais importante de hoje foram os números do mercado de trabalho: junto com eles,
caíram as taxas das Treasuries, que ajudaram a derrubar a cotação do dólar”, afirma o
chefe da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt. “É a queda dos Treasuries desde o dia
29 que tem puxado a baixa do dólar.”
Dados da ADP mostraram que os EUA criaram 140 mil postos de trabalho em fevereiro,
menos do que os 150 mil esperados pelo mercado. E o relatório Jolts, do Departamento
do Trabalho do país, mostrou geração de 8,863 milhões de vagas em janeiro – pouco mais
que os 8,850 milhões esperados -, mas uma revisão dos números de dezembro, de 9,026
milhões para 8,889 milhões.
Também ficaram no foco hoje as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em
uma apresentação no Congresso americano. Ele reforçou que os juros devem estar no
pico deste ciclo e “provavelmente” serão cortados este ano, caso o quadro econômico
avance como o esperado.
Segundo o banco holandês ING, o teor do discurso sugere que Powell está inclinado a
cortar os juros a um nível mais neutro, embora o Fed ainda não esteja em posição de fazê-
lo. A inflação acima da meta no país e as surpresas para cima nos dados de atividade
limitam o espaço de ação.
Pouco antes do fim do pregão, os rendimentos dos Treasuries moderaram o ritmo de
queda, logo após a divulgação do Livro Bege, com avaliações do Fed sobre a economia, e
a informação de que o New York Community Bancorp (NYCB) confirmou que receberá
uma injeção de mais de US$ 1 bilhão de investidores institucionais para mitigar
problemas decorrentes da sua exposição ao mercado imobiliário. O movimento, no
entanto, não inverteu a baixa da moeda americana.
O real ainda foi beneficiado, hoje, pela alta em torno de 1% dos preços do petróleo no
mercado internacional, impulsionada pelo próprio enfraquecimento global do dólar e
pela queda dos estoques de derivados nos Estados Unidos. A moeda americana flutuou
entre R$ 4,9331, na mínima, e R$ 4,9467, na máxima. O contrato futuro de dólar
movimentou cerca de US$ 11 bilhões.
Aqui, à tarde, dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostraram superávit comercial
de US$ 5,447 bilhões em fevereiro – pouco abaixo da mediana da pesquisa Projeções
Broadcast, de US$ 5,650 bilhões.
Pela manhã, o Banco Central informou que houve déficit de US$ 5,068 bilhões em
transações correntes em janeiro. Já a entrada de Investimentos Diretos no País (IDP) foi
positiva em US$ 8,741 bilhões, bem acima do esperado. (Cícero Cotrim –
[email protected])
18:27
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 4.94530 -0.2099 4.94670 4.93310
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL FUTURO 4955.500 -0.2516 4959.500 4943.000
DOLAR COMERCIAL FUTURO 4972.000 -0.2084 4972.000 4972.000