MERCADO LOCAL ADOTA CAUTELA ANTES DE PAYROLL, ENQUANTO T-NOTE DE 10 ANOS VOLTA A 4,7%

O investidor de ativos brasileiros optou por posições mais defensivas nesta véspera de divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll), indicador visto como chave para consolidar o sentimento do mercado em relação aos próximos passos do Federal Reserve. Esse movimento ocorreu mesmo com um relativo alívio, na sessão, da taxa da T-note de 10 anos, que retomou o nível de 4,7%. A este ambiente global se somou uma nova queda das commodities, o que pesou em ativos a elas relacionadas, como os locais. Foi neste ambiente que o dólar à vista mirou os R$ 5,20 mais cedo. Mesmo com desaceleração na etapa da tarde, aos R$ 5,1692 (+0,31%) no fechamento, a moeda americana se manteve no maior nível desde o fim de março. O Ibovespa teve mais uma sessão de baixa, mas conseguiu defender os 113 mil pontos no fechamento – aos 113.284,08 pontos (-0,28%). A curva de juros mostrou um viés de alta. Lá fora, as bolsas de Nova York também terminaram levemente no negativo (Dow Jones -0,03%; S&P 500 -0,13%; e Nasdaq -0,12%).

•CÂMBIO

•BOLSA

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

CÂMBIO

Após encerrar a sessão de ontem praticamente estável, o dólar à vista voltou a subir no mercado doméstico de câmbio nesta quinta-feira, 5, em meio a um ambiente marcado por queda das commodities e fortalecimento da moeda americana em relação a divisas latino-americanas. Com mínima a R$ 5,1508 e máxima a R$ 5,1882, a divisa terminou o dia em alta de 0,31%, cotada a R$ 5,1692 – maior valor de fechamento desde 27 de março (R$ 5,2065).

Com agenda doméstica esvaziada, a formação da taxa de câmbio foi ditada mais uma vez pelo ambiente externo. Operadores relatam ambiente de cautela diante da expectativa pela divulgação amanhã do relatório de empregos (payroll) nos EUA em setembro, cujo resultado pode mexer com as apostas em torno de uma alta adicional da taxa de juros pelo Federal Reserve.

Os dados do mercado de trabalho americano divulgados nesta semana mostraram sinais distintos. O relatório Jolts revelou, na terça-feira, abertura de 9,61 milhões de postos de trabalho, bem acima das expectativas (8,9 milhões). Já o relatório ADP, divulgado ontem, mostrou que o setor privado criou 89 mil empregos em setembro, aquém do esperado (140 mil). Pela manhã, o Departamento do Trabalho informou que os novos pedidos semanais de auxílio-desemprego subiram menos do que as previsões.

“Os pedidos de auxílio-desemprego mostram que o mercado de trabalho continua forte e que mais alta de juros pode ser necessária para controlar a inflação. A perspectiva de juros elevados nos EUA empurra o dólar para cima”, afirma o especialista Gabriel Meira, da Valor Investimentos.

Segundo analistas, o desconforto com o nível dos juros longos americanos continua a pautar os mercados. A taxa da T-note de 10 anos, principal ativo do mundo, teve leve recuo hoje, para o nível de 4,70%. Mas o retorno do papel de 30 anos voltou a subir, ultrapassando os 4,90% nas máximas.

De acordo com a mediana de Projeções Broadcast, o payroll vai mostrar criação de 175 mil vagas de empregos em setembro nos EUA – o que representara uma desaceleração na comparação com agosto, quando houve geração de 187 mil vagas.

“O mercado de câmbio segue muito pressionado pela questão dos juros americanos. E amanhã saem os dados do payroll, que certamente vão ‘fazer preço’ nos ativos”, afirma o especialista em câmbio da Manchester Investimentos, Thiago Avallone.

No início da tarde, a presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, disse que, se as condições financeiras seguirem apertadas, a necessidade de ações adicionais diminui. Daly disse que, se continuar vendo o mercado de trabalho desacelerando e a inflação caminhando para a meta, o BC americano pode deixar as taxas de juros estáveis. Com o arrefecimento da inflação e taxa nominal inalterada, há um aumento da taxa real, o que significa política monetária mais restritiva.

Termômetro do comportamento do dólar frente a uma cesta de seis divisa fortes, o índice DXY operava em baixa firme no fim da tarde, mas ainda em níveis elevados, na casa dos 106,300 pontos. Embora tenha recuado em relação a pares, o dólar avançou na comparação com moedas latino-americanas de países de juros altos, em dia marcado por baixa de commodities metálicas e novo tombo das cotações do petróleo. O contrato do tipo Brent para dezembro recuou 2,07%, a US$ 84,07 o barril.

Entre pares do real, o pior desempenho foi do peso mexicano, que caiu mais de 1,5% ante o dólar e voltou a níveis abril. Ao movimento de realização de lucros somou-se desconforto com a decisão do governo do México de mudar unilateralmente tarifas sobre concessões aeroportuárias.

A Ativa Investimentos afirma, em relatório, que o dólar vem se fortalecendo no mercado doméstico por fatores externos, como a postura mais restritiva do BC americano e o arrefecimento do crescimento na China. Mas o quadro doméstico deve voltar influenciar de forma mais contundente as cotações. As dúvidas sobre o cumprimento das metas estabelecidas no novo arcabouço fiscal podem levar a uma rodada de depreciação adicional do real daqui para frente, observa a Ativa.

Essa piora do real “deve ocorrer, em grande parte, ainda este ano devido à agenda atribulada no Congresso”, em que tramitam as medidas do governo para aumentar a arrecadação. “Quanto ao não cumprimento da meta, a confirmação do desvio só ocorrerá no início de 2025, mas acreditamos que os ativos refletirão essa percepção muito antes que esse prazo”, afirma a equipe da Ativa.

17:29

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.16920 0.3144 5.18820 5.15080

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5186.000 0.2513 5206.000 5167.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5205.000 0.48263 5205.000 5204.000

BOLSA

Após o leve avanço de ontem (+0,17%), o Ibovespa retomou o sinal negativo nesta quinta-feira, em baixa moderada a 0,28% no fechamento, aos 113.284,08 pontos, ainda rondando os menores níveis desde o início de junho. Assim, acumula agora perda de 2,81%, o equivalente a cerca de 3,2 mil pontos em relação ao nível em que estava no fim da semana passada, aos 116,5 mil. Hoje, a referência da B3 oscilou entre mínima de 112.704,87 e máxima de 114.359,33 pontos, saindo de abertura aos 113.608,78. No ano, o Ibovespa ainda avança 3,23%.

O giro financeiro se manteve fraco, a R$ 17,0 bilhões, nesta véspera de divulgação dos dados mais aguardados da semana: o relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em setembro, com a geração líquida de vagas, a taxa de desemprego e a evolução média do ganho salarial no país.

Nesta quinta-feira, o desempenho de bancos como Santander (Unit +2,38%) e Itaú (PN +1,58%) em meio a expectativa mais favorável quanto a uma solução do governo para a questão do JCP (distribuição de juros sobre capital próprio, frequente entre instituições financeiras), assim como de Vale (embora muito enfraquecido, com a ON em alta de apenas 0,05% no fechamento), não foi o suficiente para se contrapor ao efeito de Petrobras (no fechamento, ON -0,39%, PN +0,34%), de utilities como Eletrobras (ON -1,36%, PNB -1,05%) e de siderúrgicas como Gerdau (PN -1,43%).

As empresas de construção também foram mal na sessão, com MRV (-3,61%) à frente, entre as maiores perdas do dia na carteira Ibovespa junto com Hapvida (-4,81%), Magazine Luiza (-4,23%), Grupo Casas Bahia (-3,45%) e 3R Petroleum (-3,12%). Na ponta ganhadora, além de Santander e Itaú, destaque também para CVC (+3,50%), TIM (+1,74%) e Petz (+1,63%).

“Dólar em alta e Bolsa em queda desde os futuros, pela manhã. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego, nos Estados Unidos, vieram um pouco abaixo do que se esperava para a semana, mostrando que a economia americana segue muito aquecida, corroborando o cenário de juros altos por mais tempo, até que se tenha controle da inflação”, diz Stefany Oliveira, head de análise de trade da Toro Investimentos.

“A inflação americana permanece acima da meta, e a atividade econômica tem se mostrado resiliente. É bem mais difícil trazê-la de 4% para 2% [meta do Federal Reserve] do que de 8% para 4% [ao ano]. A tarefa do Fed se mostra agora, no ponto em que se encontra, mais desafiadora”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group, referindo-se ao recente movimento dos juros americanos, com a ponta longa da curva especialmente pressionada em contexto ainda marcado por política fiscal expansionista nos Estados Unidos, que afeta diretamente as expectativas do mercado para a inflação.

Miraglia observa também, na ponta longa da curva de juros em todo o mundo, o efeito sobre as expectativas de inflação derivado do forte avanço do petróleo em relação ao início de setembro, passando da casa de US$ 80 para a de US$ 90 por barril – ora em correção, com o Brent de volta aos US$ 84 e o WTI aos US$ 82 por barril nesta quinta-feira, em meio a preocupações, no mercado da commodity, de que a escalada de juros global deteriore a demanda por petróleo.

“A recuperação de preços do petróleo tem sido observada desde julho, em tendência de alta a partir de então, uma melhora que ganhou peso com o corte de oferta por produtores como Arábia Saudita e Rússia. Mais recentemente, dado o aperto de juros nos Estados Unidos, que segura as economias como um todo, veio a percepção de que a demanda deve se enfraquecer”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“A tendência de alta [de preços] deve se manter, com o inverno europeu, que apoia o consumo da commodity”, acrescenta. “Abaixo de US$ 80, vem corte de produção da Opep, que dita os preços, e próximo de US$ 100 tende a haver aumento da oferta.”

No quadro mais amplo, “essa alta [dos preços do insumo] foi muito rápida e expressiva, o que trouxe o receio de uma segunda onda inflacionária”, diz Miraglia, do Integral Group. “Com o petróleo caindo agora, caso venha a se firmar abaixo de US$ 90 o barril, a curva de juros americana pode fechar mais de 20 pontos-base, talvez até um pouco mais do que isso, em relação ao que se vê no momento”, acrescenta o economista.

“Nessas últimas duas semanas, nos ativos brasileiros como no resto do mundo, 80% do que se vê, do que tem ocorrido com os preços, decorre da curva longa nos Estados Unidos. Uma abertura maior na curva de juros americana resultaria em deterioração adicional para os ativos brasileiros, como nos demais emergentes. E uma melhora, por outro lado, traria alívio”, aponta Miraglia.

Após ter chegado a 4,80% recentemente, o rendimento da T-note de 10 anos retrocedeu hoje para a faixa de 4,69% na mínima do dia, enquanto o de 2 anos, que chegou a 5,15%, recuou nesta quinta-feira para 5,01%, no piso da sessão e também no fechamento. O Brent, por sua vez, que chegou a tocar recentemente a marca de US$ 96, foi negociado hoje abaixo de US$ 84, a US$ 83,84 na mínima do dia, e fechou a US$ 84,07 para o contrato de dezembro, em baixa de 2% em Londres, estendendo a perda de 5,62% observada no dia anterior.

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 113284.08 -0.28464

Máxima 114359.33 +0.66

Mínima 112704.87 -0.79

Volume (R$ Bilhões) 1.70B

Volume (US$ Bilhões) 3.29B

17:29

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 113655 -0.10986

Máxima 114710 +0.82

Mínima 113040 -0.65

JUROS

Os juros futuros operaram majoritariamente com viés de alta nesta quinta-feira, acompanhando o compasso de espera dos demais mercados pelo payroll norte-americano de setembro, amanhã. A oscilação das taxas foi limitada, tendo de um lado o comportamento comedido dos Treasuries e o recuo do petróleo e, de outro, o avanço, também moderado, do dólar ante o real. Agenda e noticiário domésticos hoje esvaziados não também não conseguiram ditar a dinâmica do mercado. Apesar da relativa calmaria, o Tesouro manteve a tendência recente de trazer lotes pequenos para os leilões de prefixados, hoje absorvidos integralmente.

No fim da tarde, as taxas curtas e intermediárias mostravam estabilidade e as demais, leve avanço. Às 17h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 tinha taxa de 10,98%, de 10,97% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 avançava a 10,86%, de 10,84%. O DI para janeiro de 2027 mostrava taxa de 11,11%, de 11,08%. O DI para janeiro de 2029 projetava taxa de 11,60%, de 11,57%.

A pouca disposição para o risco se manifestava já pela manhã, com taxas oscilando em alta e o mercado evitando assumir posições antes da divulgação do relatório de emprego nesta sexta-feira, depois de dois indicadores divergentes sobre o emprego nos EUA esta semana. Enquanto o relatório Jolts, na terça-feira, sugeria um mercado de trabalho aquecido em agosto, os dados da pesquisa ADP, ontem, apontaram criação de vagas no setor privado em setembro abaixo do esperado. Nesta quinta-feira, o número de pedidos de auxílio-desemprego da última semana subiu menos do que o previsto.

“Quem vai ditar o ritmo dos mercados será mesmo o payroll”, afirma o economista da MAG Investimentos Felipe Rodrigo de Oliveira, que considerou também discreta a movimentação de hoje nos Treasuries. No fim da tarde, o yield da T-Note de dez anos estava em 4,71%, de 4,72% ontem. O petróleo depois de ter caído 5% ontem, hoje recuou 2%, com as cotações mais próximas de US$ 80 por barril, ainda pressionado pelos temores sobre a demanda. Já o dólar se voltou contra parte das divisas emergentes, em especial latino-americanas. Ante o real, a moeda seguiu acima dos R$ 5,15.

O consenso das expectativas para o payroll coletadas pelo Projeções Broadcast é de geração de 175 mil vagas nos EUA no mês passado. O economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, trabalha com 170 mil, “número bom e saudável, mas que representaria o quarto mês seguido de criação de vagas abaixo de 200 mil, fato que não acontece desde 2018”, destaca. “Nas minhas contas, qualquer número acima de 120 mil consegue manter o desemprego estável”, afirmou, no Diário Econômico, podcast da instituição.

Sobre a renda fixa doméstica, mesmo com o desmanche recente, Caruso diz que ainda tem muita posição aplicada em prefixados. “A leitura é de que estamos numa janela ruim de mercados, mas os alguns fundamentos ainda ancoram o ciclo de cortes da Selic”, explica.

Na gestão da dívida, o Tesouro colocou integralmente o lote de 450 mil LTN, mas o fato de as taxas máxima e médias serem iguais nos vencimentos para 2024 e 2025 sugere que a demanda ficou nas mãos de um único comprador em cada um dos vértices. O lote de 100 mil NTN-F, que na semana passada havia tido pouco apelo, hoje foi totalmente absorvido. Nesta primeira semana de outubro, as emissões do Tesouro somaram R$ 15,41 bilhões, segundo a Necton Investimentos.

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York reduziram perdas à tarde e encerraram o pregão com queda modesta, seguindo uma melhora em empresas de tecnologia e semicondutores e com a desaceleração dos juros dos Treasuries ao longo do dia, apesar do rendimento do T-bond de 30 anos ainda se manter no positivo. Também entre ativos seguros, o dólar estendia perdas, mas analistas destacam a possibilidade da fraqueza ser de natureza corretiva, enquanto na Argentina, o dólar blue operava estável ante o peso argentino, após a mídia local reportar investigação contra bancos em Buenos Aires. Mesmo sem pressão cambial, o petróleo caiu pelo terceiro pregão consecutivo, com preocupações sobre deterioração da procura.

As bolsas de Nova York oscilaram ao longo do dia, após terem sido pressionadas pela alta abaixo do esperado dos pedidos de auxílio-desemprego, um dia antes da publicação do relatório de empregos (payroll) de setembro dos Estados Unidos.

Segundo o Projeções Broadcast, o país deve ter criado 175 mil vagas no mês passado, uma desaceleração ante o resultado de agosto, que foi de 187 mil. Segundo o CIBC, o dado de amanhã dará algum direcionamento aos mercados sobre por quanto tempo os juros do Federal Reserve (Fed) deverão ficar restritivos. O banco canadense prevê a criação de 165 mil vagas, abaixo do consenso.

No fim do pregão, os índices acionários chegaram a flertar com o positivo, mas ainda sim tiveram um fechamento negativo, perto da estabilidade. Entre os destaques, estava a Apple (+0,72%), que subia após rumores de que a fabricante do iPhone deverá investir na empresa de semicondutores Arm Holdings. Assim, o índice Dow Jones caiu 0,03%, o S&P 500 cedeu 0,13% e o Nasdaq operou em queda de 0,12.

O cenário acionário também foi beneficiado pelas estabilização dos Treasuries, enquanto “o mercado continua avaliando a capacidade das ações de se manterem num ambiente de taxas mais elevadas”, pontua o BMO. Já em relação aos rendimentos, o City Index destaca que os aumentos recentes ocorrem porque investidores “antecipam uma oferta muito maior nos próximos meses, resultante de novas emissões e vendas por parte de investidores da China e do Japão”. Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos cedia a 5,016%. O da T-note de 10 anos recuava a 4,709%. O rendimento projetado no T-bond de 30 anos avançava a 4,887%.

A moeda americana, por sua vez, continuou com a tendência baixista vista ontem. Entretanto, segundo o Brown Brothers Harriman (BBH), “a fraqueza do dólar desta semana é de natureza corretiva”. Ainda sobre especulações sobre uma possível intervenção do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), o banco americano avalia que “nada mudou fundamentalmente e não vemos razão para acreditar que sua tendência ascendente tenha terminado”. No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 148,45 a ienes, o euro avançava a US$ 1,0552 e a libra tinha alta a US$ 1,2194. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,44%, a 106,332 pontos.

O dólar blue, por sua vez, operava estável a 843 pesos argentinos, segundo o jornal Ámbito Financiero, após o diário local La Nación reportar que a autoridade aduaneira argentina realizou uma operação contra 18 bancos da capital, pela suposta fuga de US$ 400 milhões por meio de importações falsas.

Também entre emergentes, hoje o governo do México alterou tarifas sobre concessões de aeroportos, o que levou cautela aos mercados locais, Assim, a Bolsa Mexicana de Valores (BMV) caiu 2,47% hoje, enquanto o dólar, no fim da tarde de Nova York, subia a 18,2623 pesos mexicanos.

Mesmo sem a pressão cambial, o petróleo fechou novamente em queda. Na visão da CMC Markets, a queda dos preços dos últimos dias aumentaram as preocupações “de que o recente aumento dos preços tenha provocado a destruição da procura”. Já segundo avalia Edward Moya, da Oanda, quando os valores despencam, “é difícil estimar onde os preços poderão encontrar apoio”. Entretanto, o analista destaca que, caso haja uma melhora nas perspectivas da China, é possível ver “facilmente” a commodity voltando ao nível de US$ 90 o barril.

 O barril do WTI para novembro recuou 2,27% (US$ 1,91), a US$ 82,31 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para dezembro caiu 2,02% (US$ 1,74), a US$ 84,07 o barril, na Intercontinental Commodity Exchange