MERCADO COMPRA CAUTELA ANTES DE FERIADO E COM DADOS NEGATIVOS, BOLSA CAI E DÓLAR SOBE

Blog, Cenário
Após dezenas de balanços e com novos indicadores de atividade sinalizando fraqueza, desta vez o dado de Serviços, o investidor em Brasil optou pela cautela antes do feriado de segunda-feira, que manterá o mercado local fechado. Até porque, em uma semana em que os ganhos prevaleceram sobre as perdas, havia espaço para realização. E foi isso que aconteceu na Bolsa e no câmbio. Os juros futuros, contudo, tiveram jornada à parte. A queda do setor de Serviços em setembro, maior do que a mais pessimista das estimativas, reforçou a ideia de que a economia não comporta uma aceleração no ritmo de aperto monetário, resultando em mais um pregão de devolução, ainda que discreta, de prêmios. Nos demais ativos, o investidor aproveitou o noticiário menos favorável para ajustar os movimentos recentes. Afinal, se os indicadores macroeconômicos não sancionam um aumento no ritmo de alta da Selic, indicam ao mesmo tempo que a atividade vacila, o que também é ruim. Com isso, e um dia após balanços considerados mistos, o Ibovespa se descolou dos pares em Nova York e cedeu 1,17%, aos 106.334,54 pontos. Isso não impediu a Bolsa de emendar a segunda semana consecutiva de ganhos, desta vez de 1,44%, algo que não acontecia desde maio. O dólar, por outro lado, subiu 0,98%, a R$ 5,4569 no mercado à vista, com o investidor à espera de novos sinais sobre a tramitação da PEC dos Precatórios no Senado, vencida a batalha na Câmara dos Deputados que garantiu algum alívio para as cotações nesta semana. Tanto que, mesmo com o avanço de hoje, a divisa acumulou baixa de 1,19% ante o real desde a última sexta-feira. Enquanto isso, em Wall Street, o movimento foi exatamente o contrário do verificado por aqui. As principais bolsas subiram hoje, muito em função de algum ajuste para os recuos dos últimos dias. Mesmo assim, houve perdas no cômputo semanal pela primeira vez desde o começo de outubro.
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BOLSA Em meio à longa correção iniciada em julho e que se estendeu ao menos até o fim de outubro, o Ibovespa, muito descontado, obteve hoje o segundo ganho semanal consecutivo, algo não visto desde a segunda quinzena de maio, período em que, ainda em ascensão, emendou três semanas no positivo. Nesta sexta-feira, o índice de referência da B3 realizou ganhos acumulados nas últimas três sessões e fechou em baixa de 1,17%, aos 106.334,54 pontos, mas ainda avançando 1,44% na semana, após alta de 1,28% no período anterior. Em novembro, a recuperação é de apenas 2,74% nesta primeira quinzena, com perdas no ano de 10,66%. Hoje, o Ibovespa variou entre mínima de 105.842,20 e máxima de 107.914,62, saindo de abertura a 107.576,11 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 31,8 bilhões na sessão, em que prevaleceu a cautela típica de véspera de feriados brasileiros com mercados abertos lá fora, como na próxima segunda-feira (Proclamação da República). Uma série de resultados trimestrais divulgados na noite de ontem, especialmente de empresas do setor de varejo, contribuiu para orientar os negócios nesta última sessão da semana, com Magazine Luiza (-18,32%) e Natura (-17,54%) na ponta negativa do Ibovespa, após os respectivos balanços. Na face oposta do Ibovespa, Americanas ON (+5,83%) e Lojas Americanas (+5,61%), ambas também movidas pelos números trimestrais, à frente de Carrefour Brasil (+3,15%) e BR Malls (+3,14%), outra empresa a ter anunciado resultados do terceiro trimestre na noite de ontem. "O balanço de Magazine Luiza provavelmente foi o pior do varejo, e era uma empresa que vinha entregando o que o mercado esperava. De forma geral, olhando também para juros e câmbio, o movimento de hoje no Ibovespa foi de realização de lucros, não de 'risk off'. Como no Brasil três dias parecem longo prazo, há uma cautela para a segunda-feira, feriado aqui mas não lá fora. Assim, o investidor coloca dinheiro no bolso, após três dias de alta", diz Flávio Aragão, sócio da 051 Capital. "O lucro líquido ajustado de Magazine Luiza caiu quase 90% na comparação anual, no terceiro trimestre, com queda de vendas em lojas físicas e aumento de custos em cenário de maior inflação", diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos. No macro, assim como as vendas do varejo em setembro, divulgadas ontem pelo IBGE, o desempenho da atividade de serviços no mesmo mês, anunciado hoje, corrobora a percepção de que inflação e juros em alta, e mercado de trabalho em recuperação apenas gradual, com desemprego ainda elevado, mantêm a economia doméstica na defensiva, em meio a constantes revisões de expectativa de crescimento do PIB no ano que vem. O setor de serviços ainda operava em setembro 8,0% abaixo do ponto mais alto, registrado em novembro de 2014. No mês, o recuo de 0,6% no volume de serviços prestados na passagem de agosto para setembro fez o setor interromper sequência de cinco meses de crescimento, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011 pelo IBGE. "Se o dado de serviços tivesse surpreendido positivamente, talvez o Ibovespa pudesse ter andado um pouco mais na semana. O mercado tirou um pouco o pé do fiscal, comprando a ideia de que a PEC dos Precatórios passará também pelo Senado, sem excessos de populismo, e isso se reflete na volatilidade implícita do índice (Bovespa), que caiu", observa Aragão. Ainda assim, a expectativa de alta para as ações no curtíssimo prazo, na próxima semana, mostrou arrefecimento, mas permanece como majoritária, enquanto a de queda registrou avanço no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 60,00% disseram esperar um desempenho positivo para o Ibovespa; 20,00%, estabilidade; e 20,00%, queda. Na pesquisa anterior, 70% acreditavam que a atual semana seria de ganho; 20%, de estabilidade; e 10%, baixa. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 18:25 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 106334.54 -1.17118 Máxima 107914.62 +0.30 Mínima 105842.20 -1.63 Volume (R$ Bilhões) 3.17B Volume (US$ Bilhões) 5.85B 18:27 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 106945 -1.70496 Máxima 108655 -0.13 Mínima 106325 -2.27 CÂMBIO Após o tombo de 1,74% ontem, o dólar à vista se recuperou no pregão desta sexta-feira (12), amparado por três pilares: ajustes técnicos, com remontagem de posições defensivas, cautela pré-feriado de 15 de novembro e ambiente externo não tão favorável a divisas emergentes, a despeito do fortalecimento do peso mexicano, o principal par do real. Afora uma leve oscilação nos primeiros minutos de negócios, quando chegou a romper o piso de R$ 5,40 e marcou a mínima do dia a R$ 5,3947, o dólar trabalhou sempre com sinal positivo. No período da tarde, a moeda americana acelerou os ganhos e chegou a ser negociada no patamar de R$ 5,46, registrando máxima a R$ 5,4689. No fim da sessão, o dólar era cotado a 5,4569, em alta de 0,98%. Apesar da valorização de hoje, a moeda americana encerra a semana em queda de 1,19% e já acumula perda 3,35% em novembro, após ganhos de 3,67% em outubro. Segundo analistas, a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados minimizou, por ora, o fantasma de descontrole das contas públicas, com eventual extensão do auxílio emergencial, e abriu espaço para realinhamento dos preços dos ativos domésticos. As incertezas quando a tramitação da PEC no Senado e os dados fracos da economia brasileira ainda mantém, contudo, uma parcela dos investidores na defensiva. Para Sérgio Zanini, sócio e gestor da Galapagos Capital, a alta do dólar nesta sexta-feira é fruto de um movimento correção após a forte queda de ontem, estimulada pela aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara e pela valorização das commodities metálicas. "Hoje, até em função do feriado na segunda-feira, é natural que muita gente não queira ficar exposto ao risco. O dólar testou o nível importante de R$ 5,40, que acabou atraindo compradores", diz Zanini, em referência ao feriado de 15, em que o mercado local de câmbio estará fechado Zanini se diz otimista com o real no curto prazo e ver espaço para a taxa de câmbio trabalhar abaixo de R$ 5,40, se o "exterior ajudar" e não houver sinais de complicação na tramitação da PEC dos Precatórios no Senado. "Se não tiver nenhuma notícia negativa, na terça-feira os ativos brasileiros devem melhorar um pouco mais", diz o gestor da Galapagos. "O principal foco de nervosismo ainda é a PEC dos Precatórios e o Auxílio Brasil. Vencendo essa etapa, podemos voltar a ficar mais correlacionados ao resto do mundo, pelo menos até começar a enfrentar a eleição". O operador Hideaki Iha, da Fair Corretora, classifica alta do dólar na sessão de hoje com um ajuste técnico, com o mercado buscando um reequilíbrio após as quedas recentes, exacerbadas por ordens de zeragem de posições na esteira da aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara. Ele vê a tramitação da proposta no Senado como mais desafiadora, o que pode provocar novos solavancos na taxa de câmbio. "O dólar desceu muito rápido e chegou ser negociado em R$ 5,39 porque bateu stop loss (ordens para limitação de perdas). E agora está voltando um pouco. Existe também esse clima de cautela em razão do feriado", diz Iha, que chama a atenção para preocupações com a combinação de inflação elevada e desaceleração da economia. Pela manhã, o IBGE informou que o volume de serviços prestados caiu 0,6% em setembro ante agosto (na série com ajuste sazonal), abaixo do piso de estimativas de Projeções Broadcast, de queda de 0,4%. A mediana era positiva em 0,5%. Ontem, o resultado das vendas do varejo em setembro já havia decepcionado (queda de 1,3% no conceito restrito) e, na quarta-feira, o IPCA de outubro veio acima das expectativas, ao registrar alta de 1,25%. O economista-chefe do Banco Itaú, Mário Mesquita, prevê dólar na casa de R$ 5,50 até o fim do ano que vem, mas vislumbra a eventual abertura de uma janela de apreciação do real no primeiro trimestre de 2022. A aprovação definitiva da PEC dos Precatórios, na visão de Mesquita, vai delimitar os fiscos fiscais. Assim, o real pode se beneficiar do avanço da taxa Selic para o campo de dois dígitos, que vai aumentar o diferencial entre os juros internos e externos,já que o mundo desenvolvido segue trabalhando com juros próximos a zero. "Vejo espaço para a moeda se fortalecer no inicio do ano que vem", comentou Mesquita. Na B3, às 18h18, o dólar futuro para dezembro avançava 1,13%, a R$ 5,47400, com volume negociado de US$ 12,9 bilhões (Antonio Perez - [email protected]) 18:27 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.45690 0.9752 5.46890 5.39470 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5473.500 1.099 5485.000 5411.000 DOLAR COMERCIAL 5459.740 10/11 JUROS Os juros alternaram altas e baixas ao longo do dia, mas em movimentos moderados. No fechamento da sessão regular, as taxas estavam em queda. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de setembro, surpreendendo negativamente, endossou o risco de recessão da economia mostrado ontem pelo varejo e inibiu as apostas em torno de um Copom mais agressivo na reunião de dezembro. A reação de queda das taxas foi limitada ao longo da sessão pela depreciação do câmbio, novos sinais de pressão inflacionária e cautela pré-feriado. A alta do rendimento da T-Note de dez anos também pesou. No balanço da semana, as taxas devolveram prêmios, mas a curva passou a operar com inclinação negativa. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 11,965% (regular) e 11,95% (estendida), de 11,975% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 11,795% para 11,74% (regular) e 11,68% (estendida). O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa em 11,64% (regular) e 11,60% (estendida), de 11,693% ontem. O spread entre os vértices de janeiro de 2027 e janeiro de 2023 saiu de 5 pontos-base na sexta passada para -35 pontos hoje. Ontem, era de -27 pontos. O mercado fechou a semana com boa parte das taxas abaixo de 12% e tanto as curtas quanto as longas caíram em relação aos ajustes da sexta-feira anterior. Nos últimos dias, vetores em ambas as direções atuaram sobre a curva, mas o alívio com a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara, no câmbio e os dados fracos de atividade entre ontem e hoje parecem ter prevalecido ante o aumento do risco de antecipação de alta de juros nos Estados Unidos, que tem sustentado o rendimento dos títulos norte-americanos. "O mercado de juros reagiu pouco aos serviços, mas vínhamos de dias de melhora. E temos também o câmbio hoje pior", avaliou o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. O volume de serviços prestados em setembro caiu 0,6% ante agosto, encerrando uma sequência de cinco meses de avanço. A retração foi maior do que apontava a expectativa mas pessimista coletada pelo Projeções Broadcast, de 0,4%. O desempenho do setor, assim como o varejo, foi lido como mais uma vítima da disparada da inflação, a despeito do processo de reabertura da economia. "Esse resultado mostra que mesmo o setor de serviços, que ainda tem um pouco para surfar no retorno à normalidade, já começa a sofrer os impactos da inflação sobre o poder de compra das famílias", disse o economista da Guide Investimentos Homero Guizzo. Para o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, o Banco Central abandonou a leitura de que o choque inflacionário é temporário. "Nosso entendimento é que o Banco Central abandonou a hipótese de inflação transitória”, afirmou numa entrevista à imprensa na qual reiterou a perspectiva de retração da atividade no ano que vem como efeito da caminhada dos juros a um patamar mais contracionista. O economista adiantou que, assim como a inflação deste ano e de 2022, a projeção do banco, de Selic em 11,25%, pode ser revista caso os índices de preços continuarem superando as expectativas. Nesse contexto, vale destacar que um documento interno da Aneel emitido na última sexta-feira, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, mostra que o reajuste de energia previsto em documentos oficiais do governo e do próprio setor elétrico é superior a 20% para 2022, devido às medidas que foram adotadas para garantir o abastecimento neste ano. Na curva de juros, a precificação de Selic para o Copom de dezembro é de 187 pontos-base, no meio do caminho entre alta de 1,75 e 2 pontos porcentuais, segundo cálculos da Greenbay Investimentos. Entre as opções digitais da B3, a aposta de 150 pontos-base vem crescendo, com prêmio em ascensão, enquanto o da opção de 200 pontos vem minguando. A próxima semana tem agenda de indicadores mais fraca, mas o mercado seguirá de olho na movimentação em torno da PEC dos Precatórios, que está no Senado. A expectativa do relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), é que a votação ocorra na semana do dia 22. A equipe econômica avalia que tem no máximo até 15 de dezembro para conseguir a aprovação e disparar o pagamento do Auxílio Brasil a 17 milhões de famílias até o fim do ano. É o prazo com o qual o governo trabalha, devido ao tempo maior de discussão da PEC no Senado, segundo apurou o Broadcast/Estadão. Outras áreas têm prazos ainda mais conservadores, como 10 de dezembro no Palácio do Planalto ou fim de novembro no Ministério da Cidadania. (Denise Abarca - [email protected]) 18:27 Operação   Último CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 8.15 Capital de Giro (%a.a) 6.76 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 7.65 Over Selic (%a.a) 7.65 MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, o que não as impediu de terminar a semana com perdas, pela primeira vez desde o começo de outubro. O avanço da inflação nos Estados Unidos segue sendo observado, assim como as potenciais reações do Federal Reserve (Fed). Durante a tarde, o dirigente da distrital de Nova York do BC americano, John Williams, afirmou que investidores com aplicações na renda fixa estão menos protegidos contra o avanço nos preços. Um dos resultados da fala foi a aceleração dos ganhos dos rendimentos longos dos Treasuries. Já o índice DXY do dólar recuou nesta sexta-feira, mas acumulou alta de 0,86% na semana. Por sua vez, o petróleo recuou, observando a dinâmica do mercado e potenciais liberações de reservas pelos EUA. As preocupações com a inflação nos EUA se traduziram na queda inesperada do índice de sentimento do consumidor, na avaliação da Capital Economics. A leitura preliminar do indicador para novembro foi divulgada hoje pela Universidade de Michigan e mostrou recuo a 66,8. Para a consultoria britânica, qualquer recuperação do consumo nos próximos trimestres será relativamente moderada. A Stifel Economics aponta que interrupções na cadeia de suprimentos e outras distorções de mercado resultantes do vírus aumentaram o quadro da inflação e entende que esse aspecto das distorções de preços provavelmente será transitório. "Mas as pressões salariais resultantes de medidas de políticas que distorcem o equilíbrio estrutural do mercado de trabalho, quase dois anos de intervenção de política monetária sem precedentes, bem como iniciativas fiscais anteriormente inimaginavelmente grandes, deverão ter um impacto mais persistente sobre a inflação", aponta a consultoria. Neste cenário, Williams, do Fed, afirmou, durante evento da distrital de Nova York, que há partes da força de trabalho nos EUA mais protegidas contra a "inflação alta e persistente" do que "pessoas na renda fixa" americana. Em discurso, o dirigente também disse que é importante observar os detalhes de indicadores ao analisar a trajetória da economia, uma vez que os dados agregados "tendem a esconder muitos riscos de cauda", segundo ele. Ao fim da tarde, o juro da T-note de 2 anos subia 0,519%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,572% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 1,941%. Depois de algumas quedas, especialmente pressionadas pelas preocupações inflacionárias, as bolsas de Nova York fecharam em alta hoje. No fechamento, Dow Jones avançou 0,50%, S&P 500 subiu 0,72% e Nasdaq ganhou 1,00%. Algumas das principais recuperações estiveram no setor de tecnologia, como Facebook (+4,01%) e Netflix (+3,81%). Por outro lado, em semana especialmente turbulenta em virtude da venda de ações pelo CEO Elon Musk, a Tesla recuou 2,86% durante a sessão, o que a levou a terminar o período com queda de xx,xx%. A queda foi uma das que mais pressionou os índices, que terminaram com recuos de 0,63%, 0,31% e 0,69%, respectivamente com relação à última sexta-feira. Já a Johnson & Johnson, em dia de anúncio sobre a divisão da empresa, teve alta de 1,20%. Na Europa, a maioria das principais bolsas também fechou com ganhos, como o CAC 40, 0,45%, em Paris, e o FTSE MIB, 0,36%, em Milão, ainda que o FTSE 100 tenha recuado 0,49% em Londres. No câmbio, a semana contou com o dólar subindo em relação às principais moedas após a divulgação de dados de inflação dos EUA, com o índice DXY atingindo seu nível mais forte em mais de um ano, segundo a Capital Economics. "Nossa visão continua sendo que as expectativas de aumentos antecipados do Fed são exageradas, mas que a probabilidade de a política de aperto do Fed em 2022 - e de uma valorização adicional do dólar - está crescendo", projeta a consultoria. Hoje, a moeda não teve movimento único, se valorizando a US$ 1,1446 euros, perto do maior valor em 16 meses, segundo a Western Union, e caindo a US$ 1,3421 libras. Já o DXY teve leve queda, de 0,05%, a 95,128 pontos. De olho no dólar, o petróleo teve a terceira semana consecutiva de perdas, de acordo com o Commerzbank. Para os analistas do banco alemão, os principais obstáculos estão sendo o dólar significativamente mais firme e as especulações sobre a liberação de reservas estratégicas nos EUA. No curto prazo, porém, o mercado deve seguir apertado, como mostrou relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado ontem. Por fim, o WTI para dezembro fechou em baixa de 0,98% (US$ 0,80), a US$ 80,79 o barril na Nymex, e o Brent para janeiro caiu 0,84% (US$ 0,70), a US$ 82,17. (Matheus Andrade - [email protected])
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