IBOVESPA BATE RECORDE PELA 3ª SESSÃO SEGUIDA COM COMMODITIES E DÓLAR CAI A R$ 4,82

O Ibovespa voltou a bater o próprio recorde nominal, pela terceira sessão consecutiva. No fechamento, marcou 133.532,92 pontos, em alta de 0,59%. A pontuação de hoje resulta da valorização das commodities, que garantiu as altas de Vale e Petrobras. Ainda, veio na esteira de seis recordes nos últimos oito pregões, induzidos em boa medida pela aposta firme no início da redução de juros nos Estados Unidos em 2024. Em dezembro, o Ibovespa sustenta um ganho acumulado de 4,87% até esta terça-feira. Já em Nova York faltou tração para os índices renovarem marcas históricas, embora tenham se mantido no azul. O Dow Jones encerrou em alta de 0,43%, o S&P 500, de 0,42% e o Nasdaq, 0,54%. O destaque ficou com as ações do setor de energia, apoiadas no petróleo. O Brent subiu acima de US$ 80 com o aumento da tensão geopolítica no Oriente Médio. O dólar e os rendimentos dos Treasuries oscilaram com ajustes de posição enquanto investidores conservam a expectativa de que o Federal Reserve comece a cortar os juros em março. Igualmente, câmbio e juros futuros ficaram bem comportados. No dólar, no entanto, há percepção de que o real está mais perto do piso que do teto em relação ao dólar e que há chance de correção quando a liquidez voltar a aumentar. Nos juros, enquanto o mercado aguarda novas medidas da Fazenda em compensação ao impacto da derrubada do veto do presidente Lula à desoneração da folha, as taxas recuaram após a redução dos preços do diesel, queda da mediana da Selic 2024 na Pesquisa Focus e expectativa pelo IPCA-15. No fim da sessão, as mínimas da ponta curta levaram a curva a voltar a precificar Selic terminal de 9%. O dólar à vista fechou em baixa de 0,81%, a R$ 4,8220. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 10,010%, na mínima.

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

O Ibovespa deu continuidade ao rali da semana passada e subiu 0,59% hoje, aos 133.532,92 pontos. Com isso, superou o próprio recorde novamente, pela terceira sessão consecutiva. Apesar da baixa liquidez na volta do feriado de Natal, aumentos dos preços de commodities garantiram altas para as duas maiores empresas da Bolsa, Vale e Petrobras.

No agregado, a alta de 0,35% de Vale ON e os ganhos da Petrobras, entre 1,61% (PN) e 1,50% (ON), garantiram o desempenho do Ibovespa. Alguns papéis financeiros, como Itaú Unibanco PN (+1,02%) e B3 On (+1,03%), também contribuíram para o resultado.

O minério de ferro avançou 1,34% na Dalian Commodity Exchange, na China, em meio a expectativas pelo anúncio de estímulos à economia no gigante asiático.

O petróleo subiu mais de 2%, com o contrato futuro do Brent retornando para a casa dos US$ 80 por barril, enquanto o mercado continua acompanhando os sinais de tensão no Mar Vermelho. Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou ataques contra grupos paramilitares apoiados pelo Irã que operam na região.

“Ficamos na inércia, basicamente acompanhando o movimento dos mercados lá fora”, afirma o gestor de renda variável da Western Asset, Naio Ino. “Adicionalmente, tivemos as commodities ajudando a nossa Bolsa, com o petróleo subindo mais de 2% e o minério em alta dando sustentação ao Ibovespa.”

O sinal positivo de Nova York também contribuiu para o desempenho da Bolsa brasileira, com ganhos disseminados dos índices Dow Jones (+0,43%), S&P 500 (+0,42%) e Nasdaq (+0,54%). Pela manhã, o Federal Reserve (Fed) de Chicago informou que o índice de atividade nacional americano subiu a 0,3 em novembro, enquanto o mercado esperava -0,2.

A combinação desses fatores manteve o Ibovespa em terreno positivo durante todo o pregão, entre a mínima de 132.752,96 pontos (0,0%) e a máxima de 133.644,65 pontos (+0,67%), o maior nível da história. O giro financeiro ficou em R$ 13,3 bilhões, pouco acima da metade dos R$ 21 bilhões da última sexta-feira, 22.

Segundo Ino, o desempenho do Ibovespa ainda reflete a entrada dos investidores estrangeiros no Brasil. A recente elevação do rating do País pela S&P e a aprovação das medidas de aumento da arrecadação pelo Congresso pesam positivamente aqui, enquanto a expectativa por cortes de juros nos Estados Unidos dá o tom dos mercados, afirma.

“O Ibovespa sobe um pouco mais de 21% este ano, mas o grosso dessa alta veio nos últimos dois meses, muito pela expectativa de um fim de ciclo e eventual início dos cortes nos Estados Unidos. Isso ajudou as bolsas no mundo todo e a nossa foi por tabela”, diz Ino. Desde novembro, o Ibovespa acumula alta próxima de 18%.

Para o operador de renda variável da Manchester Investimentos Diego Faust, o aumento dos preços de commodities e o sinal de economia mais forte nos Estados Unidos explicam a alta do Ibovespa hoje. Ele também destaca a queda na mediana do relatório Focus, do Banco Central, para a taxa Selic no fim de 2024, de 9,25% para 9%, como um sinal positivo para a Bolsa.

“Mesmo com a queda dos DIs hoje, a curva continua precificando uma Selic maior do que o Focus. Na hora que essa diferença se realizar, tem bastante espaço para a movimentação do Ibovespa”, diz Faust, que trabalha com a expectativa de uma alta do índice a uma marca entre 145 mil e 147 mil pontos em 2024.

Ino, da Western, também vê espaço para a valorização da Bolsa no ano que vem. “Não temos um target, mas, quando olhamos setorialmente, percebemos principalmente que nomes relacionados à economia doméstica têm um valuation atrativo”, diz o gestor, ressaltando que uma alta do Ibovespa dependeria da continuidade do otimismo lá fora e de um bom encaminhamento das discussões fiscais aqui.

Hoje, 55 dos 86 papéis que compõem o Ibovespa fecharam no azul. As maiores altas ficaram com Locaweb ON (+3,98%), Petrorecôncavo ON (+3,08%), Cielo ON (+3,06%) e Petz ON (+2,97%). Na ponta oposta, aparecem Raízen PN (-1,43%), Soma ON (-1,21%), Cogna ON (-1,15%) e Sabesp ON (-0,97%).

18:17

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 133532.92 0.58755

Máxima 133644.65 +0.67

Mínima 132752.96 0.00

Volume (R$ Bilhões) 1.32B

Volume (US$ Bilhões) 2.74B

18:18

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 135520 0.76586

Máxima 135545 +0.78

Mínima 134540 +0.04

CÂMBIO

A expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos, que há quase duas semanas pesa sobre a cotação do dólar no mercado global, novamente se fez presente e contribuiu para que a moeda americana recuasse na comparação com o real, chegando a operar abaixo de R$ 4,82 na mínima da sessão, quando bateu o menor nível desde agosto.

Segundo dados da Ferramenta CME FedWatch, os negócios no mercado futuro de juros dos Estados Unidos sugerem que os investidores veem 86% de chance de o banco central do país, o Federal Reserve, cortar a taxa dos Fed Funds em março. Um mês atrás, a probabilidade implícita era de 21%.

A mudança no cenário veio principalmente por causa de declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, no dia 13, sugerindo que as autoridades do banco central poderiam começar a discutir cortes nos juros. A expectativa de afrouxamento na política monetária dos Estados Unidos fez as taxas dos Treasuries despencarem, arrastando o dólar para baixo.

O impacto das declarações fica evidente no histórico de preços. Até um dia antes dos comentários de Powell, o Dollar Index – que mede o valor da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas fortes – acumulava alta de 0,30% no ano. Hoje, recua 1,96% no acumulado de 2023.

Na comparação com o real, a situação é parecida: até dia 12 de dezembro, a queda do dólar no ano era de 5,94% no mercado à vista. Hoje, chegou a 8,67%. A fraqueza, diz Piter Carvalho, economista da Valor Investimentos, destoa do que tradicionalmente se vê no final do ano: o enfraquecimento do real diante da demanda por dólar para remessas ao exterior.

Carlos Lopes, economista do Banco BV, ressalta que o movimento de hoje é a continuidade do movimento iniciado em dias anteriores, mas num pregão de menor liquidez, dada a proximidade das comemorações de fim de ano.

Ele alerta, porém, que provavelmente o Federal Reserve levará mais tempo do que o mercado prevê para reduzir as taxas de juros dos Estados Unidos, e que eventualmente isso resultará numa recuperação do dólar.

“O plano atual do Fed não é cortar no primeiro trimestre. Ele tem reforçado o discurso de cautela, apesar da mudança recente mais a favor de corte de juros”, afirmou. “O que poderia ter é uma surpresa favorável que mudasse para o corte mais cedo. O mercado pode se decepcionar no começo de ano e aí tem espaço para ter alguma frustração”, acrescentou.

Lopes acredita que no curto prazo o dólar deve oscilar perto de R$ 4,85, embora a tendência num período mais longo seja de o câmbio avançar para algo mais próximo de R$ 5,00.

“Aqui dentro deve ter um primeiro trimestre com uma agenda política mais carregada. Será possível observar o desempenho das receitas. As medidas que o governo conseguiu implementar no começo deste ano vão começar a ser mensuradas. Esse momento pode trazer um pouco de tensão.

Rodrigo Jolig, CIO da Alphatree, também acha que o corte de juros nos Estados Unidos virá mais tarde do que o mercado espera, mas ressalta que há dificuldade em acertar o momento em que o movimento do câmbio se inverteria como reação à frustração das expectativas.

“É melhor ficar vendido em dólar ou ficar zerado até começar uma reversão do que tentar comprar agora e esperar uma reversão. Janeiro, fevereiro e março é um período sazonalmente bom para o real”, acrescentou.

O dólar à vista fechou em queda de 0,81%, a R$ 4,8220 – o menor nível de fechamento desde 2 de agosto, quando a moeda encerrou o pregão cotada a R$ 4,8055. Na mínima de hoje, o dólar à vista bateu R$ 4,8180, menor preço intradia também desde 2 de agosto, quando o piso da sessão foi de R$ 4,7823.

No mercado futuro, o contrato do dólar para janeiro caía 0,84%, a R$ 4,8155, às 18h11, com mínima de R$ 4,8130.

18:18

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.82200 -0.8145 4.86050 4.81800

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4812.000 -0.9163 4858.000 4810.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4830.500 -1.03462 4875.500 4830.500

JUROS

Os juros futuros sustentaram à tarde o viés de baixa que prevaleceu em boa parte da manhã, abandonado pontualmente com a virada dos Treasuries na primeira etapa, mas depois dissipado.

Apesar da volatilidade nos yields e da disparada das commodities, a curva esteve ancorada pelas boas perspectivas para o cenário de inflação e Selic, enquanto o mercado aguarda as novas medidas da Fazenda em compensação ao impacto da derrubada do veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso. A liquidez, já reduzida na semana passada, ficou hoje ainda mais fraca na medida em que se aproxima o fim do ano.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,010%, na mínima, de 10,082% no ajuste de sexta-feira; e a do DI para janeiro de 2026 caiu de 9,64% para 9,57% (mínima). O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 9,68% (de 9,73%) e a do DI para janeiro de 2029, em 10,04%, de 10,09%.

O volume escasso foi uma característica comum a todos os mercados nesta terça-feira, mas não inibiu o bom desempenho do câmbio e da Bolsa, e, de forma mais comedida, do mercado de juros, que já vinha devolvendo bastante prêmio nas últimas semanas e agora precisa de novos gatilhos para andar. De todo modo, o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, afirma que fatores como a queda da mediana da Selic 2024 no Boletim Focus, a redução dos preços do diesel pela Petrobras e a expectativa pelo IPCA-15 na quinta-feira contribuíram para manter as taxas em queda moderada.

“Na quinta-feira, o mercado espera um número bom para o IPCA-15 de dezembro, o que ajuda a explicar o comportamento da curva hoje”, afirma. Na Pesquisa do Projeções Broadcast, a mediana é de 0,25%, ante 0,33% em novembro. Para o fechamento de 2023, a mediana aponta 4,56%, variação abaixo do teto da meta de 4,75% e bem inferior aos 5,90% de 2022.

Pela manhã, o anúncio da redução nos preços do diesel, de R$ 0,30 por litro, a partir de amanhã, foi importante para que as taxas se descolassem da pressão de alta da curva americana. O efeito sobre o IPCA, em janeiro, será praticamente nulo, de 0,01 ponto porcentual, dado que o diesel tem peso pequeno no indicador. Mas a notícia animou quanto a uma possível queda nos preços da gasolina, que, aí sim, teria efeito importante na inflação ao consumidor. Além disso, o reajuste em baixa ajudaria a minimizar nos preços o impacto da reoneração do PIS e Cofins no diesel a partir de janeiro.

O petróleo hoje avançou mais de 2%, com o tipo Brent voltando a ser negociado acima de US$ 80 por barril, mas os DIs não se intimidaram, até porque, em termos inflacionários, o câmbio faz um contraponto relevante. O dólar à vista teve recuo firme, fechando a R$ 4,8220 (-0,81%).

No exterior, a pressão de alta dos Treasuries trouxe volatilidade à curva pela manhã, mas foi esvaziada depois do anúncio do diesel. À tarde, os yields inverteram o sinal e passaram a cair, reforçando o sinal de baixa das taxas locais.

Na Pesquisa Focus, chamou a atenção redução mediana da Selic em 2024, quebrando uma rigidez mostrada há várias semanas, ao passar de 9,25% para 9,0%. As medianas para 2025 e 2026 permaneceram em 8,50%. “Além da melhora do quadro inflacionário de curto prazo, a crescente perspectiva de redução dos juros nas economias avançadas ao longo dos próximos meses favorece o alívio à política monetária local”, assinalou a analista Luiza Benamor, da Tendências, no serviço on line da consultoria.

Na reta final da sessão, as taxas de curto e médio prazos ampliaram o ritmo de queda e a curva voltou a precificar Selic terminal de 9%, com o ciclo de queda se estendendo até a primeira reunião do Copom em 2025, segundo o economista-chefe do banco Bmg, Flávio Serrano. Não houve gatilho aparente para o movimento, e profissionais alertavam que a liquidez fraca poderia estar potencializando efeitos de operações às vezes pontuais.

Ainda na Focus, quanto ao IPCA, a mediana para 2024 teve melhora marginal (3,93% para 3,91%), enquanto as de 2025 e 2026 seguiram em 3,50%. “Vale lembrar que a partir da próxima reunião do Copom, nos dias 30 e 31 de janeiro, a inflação de 2025 começa a preponderar no horizonte de atuação da autoridade monetária”, afirmam os economistas Étore Sanchez, Guilherme Sousa e Matheus Alexandre, da Ativa Investimentos. Eles explicam que a rolagem do horizonte relevante fará com que o desvio ponderado estimado recue de 35 pontos para 28 pontos.

O economista-chefe e sócio da JF Trust, Eduardo Velho, vê oportunidades de venda nas curvas de juros reais, inferior à 5,2% até 2026. “Estimamos também maior diferencial entre os juros longos e curtos, pois prevemos dificuldades na gestão do arcabouço fiscal ao longo de 2024”, afirmou. Ressalta, no entanto, que o juro real curto (entre 2024 e meados de 2026) da NTN-B entre 3,5% e 4% já estaria baixo, quase sem prêmio. “Por isso, vislumbramos oportunidades na aplicação dos juros em contratos mais longos.”

A atração de fluxo para a ponta longa estaria, em boa medida, atrelada ao cenário fiscal. Gustavo Cruz, da RB, diz que o mercado já precifica que a meta de primário zero em 2024 não será cumprida e agora resta saber qual o déficit, se 0,50% ou 0,75%, o governo passará a trabalhar. A RB projeta resultado negativo de 1% do PIB.

Nesta semana saem medidas do governo para compensar as perdas de arrecadação resultantes da desoneração da folha de pagamentos até 2027, após o Congresso derrubar o veto de Lula. Cruz afirma que é preciso ter cuidado na avaliação. “Várias medidas que foram colocadas tinham inicialmente um potencial de arrecadação bem maior do que o que foi aprovado efetivamente

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York se sustentaram em alta durante o pregão, mas sem fôlego suficiente para renovar máximas históricas, com o setor de energia liderando ganhos, favorecido pelo avanço de quase 3% do petróleo diante do aumento das tensões no Oriente Médio. A baixa liquidez, entretanto, manteve o dólar e os rendimentos dos Treasuries de lado, enquanto investidores seguem na expectativa de que o Federal Reserve (Fed) inicie um novo ciclo de cortes de juros em 2024.

Os mercados acionários de Nova York aceleraram levemente a alta durante a tarde, mas ainda assim, não conseguiram renovar máximas históricas. Entretanto, todos os 11 subíndices do S&P 500 fecharam no azul. Entre as empresas em evidência, a Rayzebio subiu 100,85%, após anúncio de compra pela Bristol Myers Squibb, que por sua vez caiu 1,61% com a notícia. Assim, o índice Dow Jones subiu 0,43%, o S&P 500 avançou 0,42% e o Nasdaq teve alta de 0,54%.

Mas o destaque era para empresas de energia, como Chevron (+0,90%) e ConocoPhillips (+1,16%), em meio à recuperação do petróleo, levando o Brent a voltar a operar acima de US$ 81 o barril. As tensões no Oriente Médio seguiam como driver principal, após autoridades do Reino Unido (UKMTO) informarem que receberam relatos de que mísseis foram vistos e explosões foram ouvidas no Mar Vermelho. Também hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou ataques contra grupos paramilitares apoiados pelo Irã, em retaliação após três militares americanos ficarem feridos em um ataque de drone no norte do Iraque.

Na visão da Navellier, tensões relacionadas ao Oriente Médio envolvendo os Houthi, o Hamas e o Hezbollah, aliados do Irã, é o que vem mantendo os preços do petróleo “artificialmente elevados”. A análise também destaca que a “tensão em todo o mundo persiste”, ressaltando também a competição entre Venezuela e Guiana pelo Essequibo, região rica em petróleo. Na New York Mercantile Exchange, o WTI para fevereiro fechou em alta de 2,73% (US$ 2,01), a US$ 75,57 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês subiu 2,53% (US$ 2,00), a US$ 81,07 por barril.

Para além de questões geopolíticas, as perspectivas de corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos centrais de grandes economias também são drivers que movimentam o mercado. O Goldman Sachs destaca que espera três cortes consecutivos de 25 pontos-base nos juros do Fed a partir de março.

Assim, os rendimentos dos Treasuries operaram perto da estabilidade e, segundo a Spartan Capital, deverão permanecer assim, à medida que 2024 se aproxima. Já o dólar caiu ante moedas fortes. O City Index ainda destaca que, considerando o par euro e dólar, apesar da volatilidade ao longo do ano, pode-se dizer que 2023 foi “um ano relativamente esquecível para o par de moedas mais negociado do mundo”, devido a poucas tendências claras sobre o direcionamento das cotações.

Para 2024, entretanto, a análise chama atenção que o tema será os cortes de juros, com expectativas de que tanto o Fed quanto o Banco Central Europeu (BCE) reduzam suas taxas no primeiro semestre de 2024. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, cedeu 0,23%, aos 101,466 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caía a 142,42 ienes, o euro subia a US$ 1,1045 e a libra tinha alt a US$ 1,2728. O retorno da T-note de 2 anos subia a 4,352%, Oda T-note de 10 anos avançava a 3,901% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,042%.

Já do outro lado do Atlântico, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, afirmou que a probabilidade de a inflação no Japão atingir a meta de 2% ao ano de forma sustentável “parece estar aumentando gradualmente”. Entretanto ,a autoridade alertar que será necessário verificar se as empresas do país conseguirão aumentar os salários e transferir este custo maior aos preços. Já na China, o presidente do país, Xi Jinping, afirmou em simpósio que impedirá que Taiwan se separe da segunda maior economia do mundo. A ilha autogovernada terá eleições em janeiro