DÓLAR FIRMA QUEDA À TARDE COM FATORES TÉCNICOS E DI CURTO MANTÉM ALTA COM PIB

Depois de desvalorização pela manhã, fatores técnicos como realização de lucro recente, comportamento de moedas emergentes e possível entrada de exportadores trouxeram alívio para o real na tarde desta terça-feira. O dólar à vista terminou em R$ 4,9255 (-0,47%), um dia depois de fechar no maior valor em um mês. Na agenda, o investidor assimilou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre, que surpreendeu com alta de 0,1%, quando era esperada queda de 0,20%. A interpretação do dado ao longo do dia corroborou com a tese que o Banco Central permanecerá no passo de redução de 50 pontos-base da Selic, reforçada hoje pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Tudo isso pressionou os contratos de curto e médio prazo dos juros futuros, o que ao fim também ajuda o câmbio, uma vez que mantém a atratividade da renda fixa doméstica aos olhos externos. Na etapa da tarde, a bolsa manteve o leve ganho, patrocinado por ações do setor bancário, em detrimento a mais um dia ruim para as relacionadas a commodities (Vale ON -0,92%, Petrobras ON -0,74%, Petrobras PN -0,46%). O índice terminou o dia em 126.903,25 pontos (+0,08%). Lá fora, a sessão foi de descompressão dos rendimentos dos Treasuries após o relatório Jolts sugerir arrefecimento do mercado de trabalho. A T-note de 2 anos projetava ao fim do dia taxa de 4,578%.

•CÂMBIO

•JUROS

•BOLSA

•MERCADOS INTERNACIONAIS

CÂMBIO

Após sinal predominante de alta pela manhã, o dólar à vista perdeu fôlego ao longo da tarde no mercado doméstico de câmbio e encerrou a sessão desta terça-feira, 5, em baixa de 0,47%, cotado a R$ 4,9255, com mínima a R$ 4,9250. Operadores observam que o real se beneficiou da baixa dos Treasuries e do enfraquecimento da moeda americana em relação ao outras divisas emergentes latino-americanas, como o peso mexicano e o colombiano.

Na primeira etapa de negócios, a taxa de câmbio superou o teto de R$ 4,95 ao registrar máxima a R$ 4,9672. Além da queda do minério de ferro, havia pressão de remessas de empresas ao exterior, segundo operadores. Ao longo da tarde, houve uma acomodação e operações de realização de lucros no segmento mercado futuro. Ontem, o dólar subiu 1,39% e fechou no maior valor desde 1º de novembro (R$ 4,9730).

O sócio e diretor de gestão da Azimut Brasil Wealth Management, Leonardo Monoli, observa que o dólar costuma ter um comportamento mais volátil em dezembro, em razão do aumento de remessas de lucros e dividendos de empresas às matrizes no exterior para encerramento do ano. Ele nota que há uma pressão maior pela manhã, durante as três primeiras leituras da taxa Ptax, quando as empresas fazem cotações com bancos para aquisição de moeda.

“Da última semana de novembro para cá, tem esse ‘spike’ de preço nas janelas da Ptax. Depois, o volume se reduz no intradiário e o dólar perde força. Dezembro é um mês errático e essa sazonalidade atrapalha o real”, afirma Monoli, que mantêm uma visão construtiva para a moeda brasileira nos próximos meses.

O economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, afirma que o fluxo total de dólar nos últimos dias sugere, de acordo com se modelo, um valor justo para a taxa de câmbio de R$ 4,97. Um dólar perto de R$ 4,90 ou abaixo desse valor, como visto em nos pregões entre 24 e 29 de novembro, representaria uma apreciação exagerada do real. Tal movimento estaria “pelo menos 70% correlacionado com a apreciação da cesta de moedas no exterior” e “segue o excesso de otimismo” com redução da taxa de juros nos EUA já no primeiro trimestre e 2024.

Tirando as três principais divisas latinas de países de juros altos (real, peso mexicano e peso colombiano), a moeda americana se fortaleceu no exterior. Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY renovou máximas à tarde, superando o teto dos 104,000 pontos.

Entre indicadores americanos, os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto e de serviços vieram em linha com as expectativas, ainda acima de 50, em terreno expansionista. De outro lado, o relatório Jolts trouxe queda na abertura de postos de trabalho entre setembro e outubro. Investidores aguardam a divulgação, na sexta-feira, 8, do relatório de emprego (payroll) referente a novembro.

Analistas consideraram a leitura do PIB brasileiro divulgada pela manhã pelo IBGE positiva para o real. Além de mostrar um desempenho econômico levemente acima do esperado, sugere que o Banco Central não tem espaço para ampliar o ritmo de corte da taxa Selic, mantendo uma taxa real e um diferencial de juros atraente por mais tempo.

O PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo, quando a mediana de Projeções Broadcast era de queda de 0,2%. Na comparação anual, houve crescimento de 2% no terceiro trimestre, também acima da mediana de Projeções Broadcast (1,8%).

À tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que 2023 tem sido um ano melhor que o esperado e reiterou que o ritmo de redução da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual por encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) é o apropriado. Campos Neto voltou a alertar para um cenário mais desafiador em 2024,com desaceleração da economia global e juros ainda elevados nos países desenvolvidos.

18:16

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.92550 -0.4688 4.96720 4.92500

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4942.000 -0.23216 4979.000 4934.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4959.000 -0.36166 4959.000 4959.000

JUROS

Os juros futuros fecharam a terça-feira com alta moderada nos vencimentos de curto e médio prazos, enquanto os longos ficaram estáveis. O resultado do PIB no 3º trimestre acima do consenso reforçou a ideia de que o ritmo de corte da Selic será de 0,5 ponto porcentual nas próximas reuniões do Copom – endossada hoje pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto -, o que pressionou as taxas nos horizontes mais próximos ao desestimular a percepção na aceleração do ritmo de queda. A ponta longa ficou comportada dado o alívio das curvas globais, puxado especialmente pelo recuo dos retornos dos Treasuries.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,380%, de 10,328% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 subiu de 10,01% pra 10,05%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,16%, de 10,15% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2029 terminou estável em 10,60%.

A dinâmica da curva esteve voltada aos ajustes ao resultado do PIB praticamente durante toda a sessão no caso das taxas curtas, ao desestimular as apostas na aceleração do ritmo de corte da Selic para 0,75 ponto porcentual. A economia cresceu 0,1% na margem, contrariando a mediana de queda de 0,2%. Além disso, o resultado do segundo trimestre foi revisado para cima, de alta de 0,9% para 1,0%. Na abertura do dado, o consumo das famílias subiu 1,1% e do governo, 0,5%. Pelo lado da oferta, indústria e serviços cresceram 0,6% e agropecuária caiu 3,3%.

Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o PIB reduz as chances de aceleração do ritmo para 0,75 ponto. “Todo mundo estava convicto de que ia vir negativo, com PMC e PMS negativas, e o consumo teve a maior expansão desde o 2T22”, afirma. “O BC não vai se pautar só com inflação de serviços, com o consumo indo bem desse jeito”, completou.

A possibilidade de uma ampliação na dose tinha voltado ao radar após o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, ter falado na semana passada sobre o sentimento, captado em conversas recentes com o mercado, de que haveria espaço para acelerar os cortes.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em Berlim, considerou o resultado do PIB “fraco”, apesar de o número ser positivo. “Mas com o corte na taxa Selic, esperamos fechar este ano com crescimento do PIB de mais de 3% e uma expansão na faixa de 2,5% em 2024. Mas o BC precisa fazer o trabalho dele”, alertou.

Já Campos Neto reiterou que a autoridade monetária vê o ritmo de queda da Selic de 0,50 ponto como apropriado e que esta é a sinalização para as próximas duas reuniões, como já indicado em comunicados. “O Banco Central tem adotado postura prudente”, disse, acrescentando que a batalha da desinflação não está ganha. Por outro lado, comentou que, apesar das indicações, é possível que haja novas avaliações.

Em sua Carta Mensal, assinada pelos economistas Étore Sanchez, Guilherme Sousa e Matheus Alexandre, a Ativa Investimentos afirma que diante da inflação acima da meta, da desancoragem das expectativas de longo prazo e do hiato do produto apertado, o Copom manterá certo grau de restrição na política monetária. “Continuamos estimando que a Selic encerrará seu ciclo de cortes em 10,50% no segundo trimestre de 2024, com cortes continuados de 50 pontos-base por reunião, finalizando a trajetória com um ajuste de -25 pontos-base na Selic na terceira reunião do próximo ano”, avaliam os profissionais.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o mercado de juros hoje mesclou o PIB, as falas de Campos Neto e também dados no exterior para definir o desenho da curva. Lá fora, às vésperas da divulgação do payroll na sexta-feira, a queda maior que a esperada na abertura de postos de trabalho nos EUA entre setembro e outubro, apontada no relatório Jolts, resgatou as apostas de que o Federal Reserve pode abrir o ciclo de redução de juros em março.

Com isso, houve queda expressiva nos rendimentos dos Treasuries, com as taxas da T-Note de 2 e 10 anos abaixo de 4,60% e de 4,20%, respectivamente. O comportamento da curva americana reverberou sobre as demais, contribuindo para limitar o avanço dos DIs curtos e para segurar os longos próximos dos ajustes.

A oscilação mais restrita deste trecho reflete um pouco do compasso de espera pelas definições da área fiscal, com o mercado aguardando o andamento da agenda econômica em Brasília, e algum temor de que o governo possa ampliar gastos para evitar o desaquecimento da economia. Entre as propostas com as quais o governo conta para zerar o déficit primário em 2024, o projeto de lei de taxação das apostas esportivas foi adiado para a próxima semana.

BOLSA

Em dia de divulgação do PIB praticamente em linha com o esperado, confirmando que a economia brasileira desacelerou de ritmo no terceiro trimestre, com leve avanço de 0,1% na margem, o Ibovespa também mostrou variação contida na sessão, de pouco menos de mil pontos entre a mínima (126.491,48) e a máxima (127.488,56) do dia.

No fechamento, o índice da B3 mostrava alta de 0,08%, a 126.903,25 pontos, com giro financeiro a R$ 23,3 bilhões, após ter cedido 1,08% na sessão anterior, quando registrou sua maior perda diária desde 27 de outubro. Na semana, o Ibovespa cai 1,00% e, nas três primeiras sessões de dezembro, cede 0,34%. No ano, sobe 15,65%.

Como ontem, o dia foi negativo para commodities, ainda que em grau mais moderado, com Vale ON, a ação de maior peso individual no Ibovespa, em baixa de 0,92%, vindo de perda de 2,25% na abertura da semana. Petrobras ON e PN, por sua vez, caíram 0,74% e 0,46% nesta terça-feira. Após desempenho misto ontem, as ações de grandes bancos se alinharam em alta na sessão, em contraponto ao desempenho ainda negativo das ações de commodities – destaque para Bradesco PN (+0,93%) e Itaú (PN +0,82%).

Na ponta ganhadora do Ibovespa, Pão de Açúcar (+12,32%), CVC (+7,81%) e Magazine Luiza (+7,00%), com Raízen (-5,46%), Vibra (-5,26%) e BRF (-4,10%) na fila oposta.

Desde a manhã, o mau desempenho do setor de commodities limitou o potencial de alta do Ibovespa na sessão, com os participantes do mercado reavaliando o cenário de demanda para matérias-primas, em meio à persistência de sinais de desaceleração econômica global, especialmente na China.

“O PMI de serviços da China, divulgado na noite de ontem, mostrou avanço, para 51,5, no maior nível dos últimos três meses, mas isso não foi o suficiente para animar os mercados e, em particular, as ações de commodities. Tanto o petróleo como o minério de ferro cederam terreno, hoje”, observa a analista Gabriela Sporch, da Toro Investimentos, destacando também o rebaixamento da perspectiva da nota de crédito da China pela agência Moody’s, de estável para negativa.

Principal ponto da agenda doméstica desta terça-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, na comparação anual, mostrou expansão de 2,0% no terceiro trimestre, o que resulta em carrego estatístico de 3,0% para o ano de 2023 e de 0,3% para 2024, aponta o economista Rafael Perez, da Suno Research.

“Apesar dessa leve alta, começa a ficar mais evidente desaceleração da economia brasileira, diante da dissipação do forte crescimento do agro”, diz. O desempenho da economia continua a ser afetado também pelos “efeitos cumulativos dos juros elevados, do alto endividamento das famílias, do cenário externo turbulento e da base de comparação elevada do primeiro semestre”, acrescenta.

Ainda assim, ressalva o economista, os dados do terceiro trimestre mostram também ritmo de atividade resiliente em alguns setores, “principalmente quando olhamos para os serviços, o consumo das famílias, a indústria e as exportações”.

“O setor de serviços, que corresponde a cerca de 70% do PIB e gera a maior parte dos empregos, cresceu 0,6% e foi uma surpresa positiva, mostrando força”, diz Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos. “Pelo lado da demanda, o consumo das famílias veio ainda forte, mas os investimentos chamaram atenção, pela fraqueza – em relação bem clara com os juros elevados e a contração do crédito, o que enfraquece a dinâmica dos investimentos”, acrescenta Rachel, destacando também o endividamento das famílias.

18:16

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 126903.25 0.07923

Máxima 127488.56 +0.54

Mínima 126491.48 -0.25

Volume (R$ Bilhões) 2.32B

Volume (US$ Bilhões) 4.69B

18:16

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 127150 -0.11783

Máxima 127860 +0.44

Mínima 126780 -0.41

MERCADOS INTERNACIONAIS

O mercado reforçou aposta por relaxamento monetário do Federal Reserve (Fed) a partir de março após o relatório Jolts sugerir arrefecimento do mercado de trabalho, a poucos dias da divulgação do payroll. A expectativa de fim do aperto monetário pelos Bcs pesou nos retornos dos Treasuries e dos bônus europeus, com o rendimento do título alemão de 10 anos atingindo o valor mais baixo desde junho e pesando sobre o euro, que se desvalorizou contra o dólar. A valorização da moeda americana impôs pressão sobre os preços do petróleo, que caíram hoje depois de fortes oscilações, e pressionaram as ações de petrolíferas, com o setor de energia guiando a queda do S&P 500 entre os 11 setores do índice.

O Jolts apontou para o alívio no mercado de trabalho, embora o os dados do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA tenham indicado uma resiliência econômica. Neste quadro, prevaleceu a ideia de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim e de que os EUA conseguirão um pouso suave. Segundo a Capital Economics, o relatório Jolts de hoje faz o Fed “ter a certeza de que as pressões inflacionárias estão acabando”.

Depois dos dados de hoje, a ferramenta do CME Group aumentou a probabilidade de cortes de juros já na reunião de março, com a chance de redução chegando a 65,8% próximo das 18h. Neste cenário, os retornos dos Treasuries caíram hoje, depois de darem um respiro curto no movimento de queda ontem, e o juro da T-note de 10 anos voltou a ficar abaixo de 4,2%, nos níveis mais mínimos em três meses. Hoje, analistas da Capital Economics pontuaram em webinar que os retornos vão continuar caindo, e daqui a um ano o rendimento da T-note de 10 anos deve estar no máximo em 3,75%. No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos cedia a 4,578%. Já o da T-note de 10 anos baixava a 4,186% e o do T-bond de 30 anos caía a 4,303%, depois de terem atingido os maiores níveis desde setembro nas mínimas do dia.

No cenário europeu, os juros dos bônus de 10 anos também registraram forte queda hoje, com o Bund alemão de 10 anos ficando em 2,245%, o valor mais baixo desde junho, depois do PMI de serviços da zona do euro sustentar a tese de que o bloco vai muito provavelmente enfrentar uma recessão, como avalia o analista da Oanda Craig Erlam. Essa expectativa de crescimento baixo no bloco também pesou sobre o euro, que se enfraqueceu contra o dólar.

A analista sênior de Mercados do City Index, Fiona Cincotta, explica que, mesmo em meio à queda dos juros dos Treasuries e à precificação de corte de juros, o dólar deve permanecer estável, visto que “o mercado está levando em conta a rapidez com que o dólar se desvalorizou recentemente”. Ela diz que, dada a velocidade do declínio, é esperado um período de consolidação da moeda, porque o dólar “raramente cai em linha reta”. No fim da tarde de Nova York, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,33%, aos 104,050 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caía a 147,20 ienes, o euro recuava a US$ 1,0797 e a libra tinha queda a US$ 1,2593.

O dólar forte hoje contribuiu para a queda dos preços do petróleo, que oscilou bastante durante o dia, na esteira de falas de autoridades no encontro do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que reforçaram apoio à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar a produção em 2,2 milhões da barris de petróleo por dia. Também circulou a notícia de que a Arábia Saudita reduziu o preço do petróleo Arab Light para clientes asiáticos em janeiro, pela primeira vez em sete meses. Embora em queda hoje, o CEO do deVere Group, Nigel Green, aposta que eventualmente o anúncio dos cortes pelo cartel fará os preços subirem, passada a reação inicial de preocupação com a capacidade do grupo de cumprir com a promessa. O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 0,98% (US$ 0,72), a US$ 72,32 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,06% (US$ 0,83), a US$ 77,20 o barril.

A desvalorização do petróleo, por sua vez, se transmitiu ao setor de energia do S&P 500, que teve a maior queda dentre os 11 setores do índice e contribuiu para Dow Jones e S&P 500 fecharem no vermelho, enquanto o setor de tecnologia se beneficiava da probabilidade de cortes precoces pelo Fed, com o Nasdaq acumulando pequenos ganhos. Entre os destaques, a Chevron caiu 1,40%, enquanto a Exxon Mobil cedeu 1,96%. No fechamento de hoje, o índice Dow Jones caiu 0,22%, aos 36.124,56 pontos, o S&P 500 recuou 0,06%, aos 4.567,18 pontos e o Nasdaq fechou em alta de 0,31%, aos 14.229,91 pontos.

Entre as criptomoedas, o bitcoin acumulou grande alta hoje e era negociado acima de US$ 43 mil hoje, segundo a Coindesk, atingindo seu maior valor desde abril de 2022 após a Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) indicar que a empresa BlackRock recebeu US$ 100 mil em investimento inicial para o fundo negociado em bolsa (ETF) da criptomoeda à vista.