DÓLAR CAI AO MENOR VALOR DO MÊS E ALIVIA DI, EM DIA DE APETITE GLOBAL PARA O RISCO

A predisposição à tomada de risco marcou o início da semana, com reflexos locais na elevação do real e das ações bem como de alívio na curva futura de juros. Comentários de dirigentes do Federal Reserve forneceram o combustível para o movimento, com essas autoridades sinalizando que o aperto nos Estados Unidos já foi concluído e que agora é o momento de colher os efeitos da restrição monetária. As falas de hoje contrastam com as de dirigentes que vieram a público no fim da semana passada defender mais juros para debelar ameaças inflacionárias. Sinais de abrandamento da atividade americana também entraram no radar. Foi assim que o apetite ao risco voltou à carga nos mercados globais. A percepção de momento que a guerra entre Israel e Hamas não tem escalado também ajuda a manter acesas apostas menos conservadoras no mercado. Neste ambiente, o dólar à vista desceu a R$ 5,0372 (-1,01%), cedendo à menor cotação de fechamento de outubro. Isso ajudou a tirar pressão dos juros futuros, a despeito da elevação dos rendimentos dos Treasuries. Aliás, hoje as taxas dos títulos americanos sobem não devido às perspectivas da política monetária nos Estados Unidos mas sim por um movimento técnico de saída de recursos dessas papéis paras as bolsas. Nos índices americanos, os ganhos foram liderados pelo Nasdaq (+1,20%). No Brasil, o Ibovespa quase zerou as perdas do mês, chegando ao término da sessão aos 116.533,85 (alta diária de 0,67% e baixa de 0,03% em outubro).

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•BOLSA

CÂMBIO

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 16, em queda firme, abaixo da linha de R$ 5,04, em dia marcado por apetite ao risco e enfraquecimento global da moeda americana. Dados abaixo do esperado da economia dos EUA e declarações de dirigentes do Federal Reserve cristalizaram a aposta de que a taxa básica americana não será elevada em novembro. O rand sul-africano, o real e o peso mexicano lideraram os ganhos entre divisas emergentes, que se beneficiaram da valorização de commodities metálicas, em especial o minério de ferro, na esteira de estímulos monetários na China.

A busca por ativos mais arriscados também se fiou na redução dos temores de um alastramento da guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas para outros países do Oriente Médio, em especial o Irã – acontecimento que poderia abalar a oferta mundial de petróleo e provocar nova onda inflacionária. Após ganhos da ordem de 5% na sexta-feira, as cotações do óleo recuaram hoje e voltaram a se situar abaixo de US$ 90 o barril.

Em queda desde o início dos negócios, o dólar aprofundou o ritmo de baixa à tarde e registrou mínima a R$ 5,0342 nos últimos minutos do pregão, em sintonia com o exterior. No fim da sessão, a divisa recuava 1,01%, cotada a R$ 5,0372 – menor valor de fechamento em duas semanas. A moeda ainda acumula uma leve valorização no mês (+0,21%). Como é de costume na abertura da semana, a liquidez foi moderada.

Lá fora, o índice DXY também registrou mínima perto do fechamento do mercado doméstico, aos 106,184 pontos, com perdas mais fortes do dólar em relação ao euro e a libra esterlina. As taxas dos Treasuries voltaram a subir, mas o retorno da T-note de 10 anos se manteve longe do nível psicológico de 4,80%, oscilando entre 4,61% e 4,72%.

O sócio e head de câmbio da Nexgen Capital, Felipe Izac, afirma que uma combinação de fatores levou à percepção de que o BC americano não vai promover elevação dos juros em novembro. “Vários dirigentes do Fed vêm trazendo uma visão menos hawkish nos últimos dias. O núcleo da inflação ao consumidor [CPI] veio na semana passada como esperado e hoje saiu dado de atividade industrial nos EUA abaixo da expectativa”, afirma Izac.

Divulgado pela manhã, o índice Empire State de atividade industrial, elaborado pelo Fed de Nova York, caiu de 1,9 em setembro a -4,6 em outubro, enquanto analistas previam queda menor, a -3,0.

O presidente da distrital do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, engrossou o coro dos dirigentes do BC americano que veem a manutenção dos juros como a melhor estratégia para o momento, embora tenha repetido o alerta de que não é possível descartar novas altas, caso a inflação surpreenda para cima. Com direito a voto nas reuniões deste ano, ele também afirmou que assina embaixo na mensagem de “juros mais altos mais tempo”.

Izac, da Nexgen Capital, lembra que o dólar experimentou uma forte onda de valorização em setembro e na primeira semana de outubro, quando havia temores de um aperto monetário mais forte nos EUA, dada a inflação elevada e a atividade aquecida. “O dólar chegou a bater máxima acima de R$ 5,20, em uma reação exagerada do mercado. Agora a moeda devolve esses ganhos com a mudança do discurso do Fed”, diz.

Embora a formação da taxa de câmbio esteja sendo ditada predominantemente pelo ambiente externo, investidores monitoram o andamento dos projetos do governo para aumentar a arrecadação e, assim, cumprir a meta fiscal de déficit zero em 2024. Há riscos de que a votação do projeto de lei sobre taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore), prevista inicialmente para esta semana, seja adiada.

À tarde, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,460 bilhões na 2ª semana de outubro de 2023, levando o superávit no mês a US$ 3,935 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 75,189 bilhões. (Antonio Perez – [email protected])

17:30

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.03720 -1.0082 5.07200 5.03420

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5046.000 -1.00059 5084.000 5044.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5074.000 -0.16724 5093.000 5074.000

JUROS

Os juros futuros devolveram prêmios nesta segunda-feira, especialmente nos vencimentos longos, mais sensíveis ao cenário internacional, configurando perda de inclinação para a curva. A despeito do avanço dos rendimentos dos Treasuries e da tensão geopolítica, os ativos de risco foram favorecidos pela leitura de que conflito Israel-Hamas não tomará maiores proporções, o que puxou também o dólar e o petróleo para baixo. Internamente, ficou no radar a movimentação em Brasília com relação ao projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda, mas a percepção é de que tende a ficar para a próxima semana.

Às 17h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,930%, de 10,988% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 caía de 10,80% para 10,71%. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 10,89% (10,99% no ajuste anterior) e a do DI para janeiro de 2029 recuava a 11,33%, de 11,45%.

As taxas percorreram toda a sessão em queda, com o investidor buscando parte dos prêmios fortemente embutidos na sexta-feira quando a tensão na Faixa de Gaza escalou para níveis ainda mais preocupantes, com Israel colocando prazos apertados para a desocupação da área norte da região. Apesar do posicionamento dos tanques nas áreas fronteiriças, a invasão por terra, por ora, não se concretizou, o que deu certo alívio aos ativos.

“Não se espera que o conflito vá escalar e evoluir depois da fala de Biden. A expectativa é de que a estratégia de Israel será mais cuidadosa”, afirma o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ontem que seria um “grande erro” Israel ocupar Gaza.

Para o economista-chefe-adjunto da Capital Economics, Jonas Goltermann, o nervosismo do mercado parece ter se estabilizado, mas é improvável que a incerteza nesta frente desapareça totalmente tão cedo. “Embora os preços do petróleo tenham caído hoje, ainda estão bem acima dos níveis de há duas semanas, refletindo os riscos para o abastecimento no caso de o conflito se agravar e envolver o Irã”, apontou.

As taxas renovaram mínimas à tarde, nos vencimentos de longo prazo, acompanhando o maior alívio no câmbio, quando o dólar furou a marca de R$ 5,05, e ignorando a pressão dos Treasuries, por sua vez atribuída à migração de recursos para as ações. No fim da tarde, a taxa da T-Note de 2 anos voltava a romper 5,10%, mas o yield da T-Note de 10 anos, que na máxima atingiu 4,72%, desacelerava a 4,70%.

A melhora do apetite ao risco esteve relacionada ainda a um dado de atividade nos Estados Unidos com queda maior do queda prevista e à fala de mais um dirigente do Federal Reserve – o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, com direito a voto – indicando que o ciclo de aperto monetário terminou.

No âmbito doméstico, o Banco Central divulgou a pesquisa Focus, mas que não foi capaz de mexer com os preços, mesmo com a queda na mediana das previsões de IPCA para 2023 (4,83% para 4,75%), agora no teto da meta. Além do fato de o movimento ser esperado após a surpresa positiva com o IPCA de setembro na semana passada, o que teria maior potencial de influenciar a curva seriam alterações nas expectativas para 2024 e 2025, horizonte para os quais estão voltadas as ações da política monetária. Mas estas se mantiveram em 3,88% e 3,5%, respectivamente.

Com relação à Selic, as medianas do Boletim Focus para o final de 2023 (11,75%) e, principalmente, final de 2024 (9,00%), estão mais otimistas do que a precificação da curva, que aponta taxa terminal ainda em dois dígitos. Para o Citi, o hiato do produto mais apertado, a rigidez das expectativas de inflação e a taxa de juro global mais elevada provavelmente reduzirão a extensão do ciclo de flexibilização. “Vemos agora o Copom mantendo doses de 50 pontos-base durante 2024, fechando o ciclo de corte com uma taxa Selic estimada em 10% em junho, acima do consenso de 9%. Consequentemente, não vemos mais a taxa Selic voltando para um dígito tão cedo”, escreve, em relatório, o economista-chefe do banco no Brasil, Leonardo Porto.

O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Mauricio Moura, enfatizou nesta tarde, durante live da autoridade monetária, que o Copom não tem um alvo pré-definido para a Selic ao fim do ciclo. “O orçamento monetário para queda da Selic vai depender de vários fatores, como a atividade, expectativas de inflação e o balanço de riscos do Copom. O Copom vai seguir reduzindo Selic enquanto achar que há espaço e no ritmo que julgar mais adequado”, afirmou.

Ainda que em segundo plano, a movimentação no Congresso com relação ao projeto de lei dos fundos exclusivos e offshores foi monitorada. Havia esperança de que pudesse ser votada ainda esta semana a proposta, que tem papel importante nos planos do governo para elevar a arrecadação e ajudar no cumprimento das metas estabelecidas no novo arcabouço fiscal. Porém, é possível que o texto vá a plenário apenas após o retorno do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao Brasil, em 20 de outubro. (Denise Abarca – [email protected])

Volta

MERCADOS INTERNACIONAIS

O reforço de dirigentes do Federal Reserve (Fed) de que o ciclo de aperto monetário dos Estados Unidos deve ter terminado divergiu de comentários feitos por integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) na semana passada, mostrando divergência entre as autoridades do Fed. Entretanto, os posicionamentos de hoje ajudaram as bolsas de Nova York a recuperarem parte das perdas dos últimos dias, deixando uma possível escalada da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas em segundo plano. Assim, o petróleo perdeu o ímpeto de alta recente e fechou o pregão em queda, em correção após encerrar a sessão de sexta-feira com avanço de 5%. O apetite por risco nos mercados acionários, por sua vez, ajudou a elevar os juros dos Treasuries e pressionou o dólar ante moedas rivais fortes.

As falas dos dirigentes Patrick Harker (Filadélfia) e Austan Goolsbee (Chicago) sobre a manutenção dos juros do Fed entram em conflito com as perspectivas de outros dirigentes que falaram na semana passada pela possível necessidade de mais elevações de juros. Na semana passada, tanto a diretora do BC americano Michelle Bowman quanto a presidente da distrital de Dallas, Lorie Logan, reforçaram a necessidade de fazer mais quanto à política monetária. Harker não descartou mais alta, a depender da inflação, mas disse que, em princípio, o ciclo de aperto pode estar concluído, na avaliação dele.

Segundo analisa a Stifel, “quando o Fed está dividido, a política se mantém estável. Não é que o Fed não saiba o que fazer, embora provavelmente não saiba, mas sim, dada a incerteza nos mercados e na economia, muitas vezes o argumento é adotar uma abordagem mais paciente e equilibrada, permitindo ao Comitê mais tempo para avaliar plenamente os dados recebidos e o estado do sistema financeiro e do consumidor”.

Entretanto, o posicionamento de hoje, junto ao índice Empire State de atividade industrial menor que o esperado, ajudou a inspirar apetite de risco nos dois lados do Atlântico. Assim, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,93%, seguido do S&P (1,06%) e do Nasdaq 1,20%). Todos os 11 subíndices do S&P 500 fecharam em alta e o destaque era a empresa Lululemon Athletics, que ganhou 10,31% após notícia de que passará a compor este índice.

Na visão da CMC Markets, as bolsas também foram ajudadas devido a “poucos sinais de que uma incursão israelense em Gaza fosse iminente”, apesar de ela alertar que ainda há possibilidade de que isso aconteça. Assim, as bolsas da Europa também foram favorecidas, com Londres em alta de 0,41%, e Frankfurt, de 0,34%.

A diminuição das tensões sobre Israel e Gaza, porém, pressionou o petróleo, segundo a CMC Markets. A Oanda também acrescenta que a commodity sofreu pressão ante “relatos de que os EUA estão prontos para aliviar as sanções ao petróleo venezuelano, um sinal de que a administração do presidente americano, Joe Biden, está ficando nervosa com as perspectivas para o fornecimento global de petróleo”. O WTI para novembro fechou em baixa de 1,17% (US$ 1,03), a US$ 86,66 o barril, e o Brent para dezembro caiu 1,36% (US$ 1,24), a US$ 89,65 o barril.

O apetite acionário ajudou a elevar os rendimentos dos Treasuries, com os títulos ficando “mais baratos nesta segunda-feira”, segundo o BMO. “A ausência de qualquer gatilho reflete a natureza nervosa do mercado de taxas dos EUA neste momento”, avalia o banco canadense. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 5,096%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,715% e o do T-bond de 30 anos, a 4,862%.

Já o dólar caiu ante moedas fortes, seguindo as expectativas de Fed menos hawkish. Entretanto, conforme avalia a CMC Markets, a libra também foi beneficiada pelo comentários do economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill. Ele reiterou comentários de que as taxas teriam de permanecer mais altas por mais tempo para acompanhar as tendências atuais de inflação. O dólar subia a 149,52 ienes, o euro avançava a US$ 1,0562 e a libra tinha alta a US$ 1,2215. (Natália Coelho – [email protected])

BOLSA

Com ganhos que chegaram a 1,20% (Nasdaq) no fechamento das bolsas de Nova York nesta segunda-feira, o Ibovespa iniciou a semana recuperando parte da perda de 1,11% da sessão anterior, quando havia refletido o aumento da percepção de risco sobre o conflito no Oriente Médio. Hoje, com o câmbio mostrando também descompressão parcial, o índice da B3 subiu 0,67%, aos 116.533,85 pontos, tendo oscilado entre 115.759,93, da abertura, e máxima de 116.905,38 pontos na sessão. No mês, o Ibovespa ainda busca zerar perda, agora em 0,03% para outubro, e no ano avança 6,20%. O giro neste começo de semana ficou restrito a R$ 17,1 bilhões.

O dia foi de recuperação em geral bem distribuída pelas ações de maior peso e liquidez, com destaque para bancos como Bradesco (ON +1,10%, PN +1,04%) e BB (ON +2,03%) e para o setor metálico, como Vale (ON +1,07%) e Gerdau (PN +0,94%). Mesmo com o sinal negativo do petróleo na sessão – embora com o Brent em nível ainda alto, não distante de US$ 90 por barril -, Petrobras ON e PN fecharam em alta, respectivamente, de 0,99% e 1,10%. Na ponta do Ibovespa, Pão de Açúcar (+8,67%), Gol (+6,55%) e Azul (+4,55%). No lado oposto, Natura (-2,75%), Suzano (-2,03%) e Eneva (-1,94%).

“Na última sexta, houve uma queda dos principais ativos, à exceção de Petrobras naquela sessão, e hoje veio uma recuperação, com Petrobras também mostrando força na sessão de hoje, especialmente à tarde [quando se firmou em alta]. E Vale, que tem permanecido de lado nos últimos seis meses, avançou hoje com o preço do minério, por conta dos estímulos anunciados pelo governo chinês, dos maiores desde 2020 – o que reforça a expectativa de aquecimento para o setor de infraestrutura por lá, algo favorável para a curva de demanda do minério e de outros metais”, diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Ele destaca também a convergência, aos poucos, do dólar para a região dos R$ 5, após ter chegado a testar, recentemente, a marca dos R$ 5,20. Nesta segunda-feira, a moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5,0372, em baixa de 1,01%.

O Ibovespa, por sua vez, tem permanecido lateralizado desde o início de junho, observa o operador, oscilando em geral na faixa dos 115 mil aos 118 mil. “Na semana, há dados importantes tanto sobre a economia chinesa (PIB) como sobre a americana, o que pode contribuir como direcional, de alta ou baixa, para o índice”, acrescenta. “Até lá, deve prevalecer rotação entre ativos de mesma categoria, sem grandes movimentos quando se olha o agregado.”

Ainda que o petróleo tenha se acomodado na sessão em patamar um pouco mais baixo, refletindo sinais de que os Estados Unidos podem flexibilizar restrições impostas à Venezuela, com consequências para a oferta global, o segmento de energia permanece como um ponto de atenção, em meio à tendência de alta forte não apenas para Petrobras, mas também para outros ativos do setor listados na B3, observa Lourenço.

No cenário macro, outro desdobramento positivo nesta segunda-feira, doméstico, foi novo sinal emitido pelo Boletim Focus quanto à ancoragem de expectativas para a inflação no Brasil – agora a 4,75% para o IPCA em 2023, ante expectativa anterior, de 4,86% para o ano – , com efeitos favoráveis para a curva de juros na sessão, destaca Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos.

No quadro externo, ele menciona o início positivo da temporada de balanços do terceiro trimestre nos EUA, com números de grandes bancos na última sexta-feira, como JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup – nesta semana, são aguardados os resultados trimestrais de Tesla, Netflix, Morgan Stanley e Bank of America.

Na geopolítica, Esteves observa que os Estados Unidos têm trabalhado para evitar que o conflito se estenda além de Israel e da Faixa de Gaza, envolvendo outras partes, como o Irã. Ontem, em entrevista ao programa 60 Minutes, o presidente americano, Joe Biden, sugeriu moderação ou mesmo contenção a Israel, após a reação inicial com os bombardeios em Gaza. Ainda que Biden tenha reafirmado ser legítimo que Israel neutralize o Hamas, deixou claro que seria um “erro” reocupar o território palestino, de onde os israelenses saíram em 2005. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 116533.85 0.67364

Máxima 116905.38 +0.99

Mínima 115759.93 +0.01

Volume (R$ Bilhões) 1.70B

Volume (US$ Bilhões) 3.37B

17:30

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 116650 0.66882

Máxima 117035 +1.00

Mínima 116090 +0.19