COMMODITIES E OTIMISMO COM ECONOMIA DO BRASIL GARANTEM GANHO A ATIVOS LOCAIS NO MÊS

Cenário

Julho termina com ganhos firmes dos ativos brasileiros, com a abertura do terceiro trimestre repetindo a tendência de rali vista no segundo trimestre. Ao cenário positivo para commodities, devido a sinais de aperto da oferta de alguns mercados e otimismo com a demanda de outros, somaram-se estímulos econômicos à China, que costumam apoiar adicionalmente os preços dos materiais básicos. O petróleo Brent, por exemplo, saltou 13%, enquanto o minério de ferro em Dalian subiu 4%. Internamente, o mês foi marcado pela aprovação na Câmara da reforma tributária, pelo upgrade da nota do Brasil pela Fitch e por renovados sinais de desinflação. Tudo isso encorajou o mercado a projetar um ciclo consistente de queda da Selic, a ser iniciado na quarta-feira, o que também aumentou as apostas de um bom desempenho da economia local. Na cena política, apesar de o Congresso ter ficado em recesso nas últimas duas semanas, o governo e o Centrão estão próximos de selar, com a reforma ministerial, os termos de uma união mais duradoura, o que traz viés positivo para a pauta econômica no Parlamento. Assim, o Ibovespa encerrou o mês com elevação de 3,27%, aos 121.942,98 pontos. No dia, marcado pelo otimismo com a China, a alta foi de 1,46%. O alívio nos DIs foi sustentado também pelo comportamento dos Treasuries. No balanço do mês, porém, a curva teve expressivo aumento da inclinação, com a ponta curta perdendo até quase 30 pontos e as longas, em torno de 15 pontos. Por fim, no câmbio, o dólar à vista terminou o mês cotado a R$ 4,7295, queda de 1,25% em julho e marginal de 0,03% na sessão. Operadores ressaltam que a despeito do ciclo de afrouxamento monetário brasileiro começar enquanto o Federal Reserve mantém as taxas - e podendo até voltar a elevá-las -, o real segue atrativo dado o nível ainda alto da Selic e perspectiva fiscal mais benigna. Lá fora, no mês, de olho em uma possível pausa do aperto do Federal Reserve, as bolsas de Nova York subiram (Dow Jones +3,35%, S&P 500 +3,11% e Nasdaq +4,05%), houve ganho de inclinação da curva dos Treasuries e o índice DXY cedeu 1,03%.

•BOLSA

•JUROS

•CÂMBIO

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

À frente de Nova York na última sessão do mês, onde os três principais índices flutuaram em torno da estabilidade e fecharam em leve viés positivo, o Ibovespa chegou a retomar os 122 mil pontos no intradia, sem conseguir sustentar a marca no fechamento. Ainda assim, acumulou ganho de 3,27% em julho, após avanço de 9% no mês anterior. Hoje, oscilou dos 120.187,87 aos 122.148,81 pontos, e encerrou a segunda-feira em alta de 1,46%, aos 121.942,98 pontos, com giro a R$ 21,9 bilhões nesta abertura de semana. No ano, o Ibovespa ganha 11,13%.

Na moeda americana, o Ibovespa fechou julho de 2022 a 19.937,90 pontos. Em 2023, em dólar, após ter chegado ao final do primeiro trimestre aos 20.100.65 pontos, o Ibovespa foi a 21.355,22 pontos no fechamento de maio e, no fim de junho, chegou aos 24.654,87 pontos, refletindo não apenas o avanço nominal do índice da B3 no mês, de 9%, mas também a apreciação do real frente ao dólar. Agora, com o dólar em queda de 1,25% ante o real em julho, e ganho pouco acima de 3% para o Ibovespa, o índice da B3, na moeda americana, subiu a 25.783,48 pontos.

Na agenda da semana, além da decisão do Copom sobre a Selic na quarta-feira - com avanço das apostas de que pode vir um corte de meio ponto porcentual já nesta reunião -, destaque para a Câmara, que retoma os trabalhos nesta terça-feira, 1º, após duas semanas de recesso, em meio às negociações para o embarque do Centrão no governo e com foco nas prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A agenda econômica que concentrará as atenções dos deputados inclui a análise das mudanças feitas pelo Senado no novo arcabouço fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem.

“O que a gente viu na ata da última reunião [do Copom], todos os itens que foram colocados como condicionantes para que se comece a baixar os juros foram atendidos, basicamente, ao longo desse ano. O IPCA-15 veio negativo duas vezes, o que mostra uma inflexão, já, na inflação”, diz Piter Carvalho, economista-chefe da Valor Investimentos, mencionando avanço, ainda que parcial, de reformas no Congresso e também do arcabouço fiscal, o que contribui para maior previsibilidade.

Nesta segunda-feira, o dia foi de retomada bem distribuída pelas ações de maior peso no Ibovespa, com destaque para a forte recuperação em Petrobras (ON +5,26%, PN +4,54%), após a definição na última sexta-feira de alteração na política de dividendos da empresa - no mês, a ON acumulou ganho de 5,17% e a PN, de 5,35%. Vale ON subiu hoje 2,26% e, em julho, acumulou recuperação de 7,69%, ainda cedendo 20,48% no ano.

Na ponta do índice nesta abertura de semana, Carrefour Brasil (+8,29%), Dexco (+6,76%) e BRF (+6,20%). No lado oposto, Hypera (-1,68%), CVC (-1,65%) e Rede D'Or (-1,10%).

Na agenda externa, o bom desempenho das ações de commodities na sessão (IMAT +2,48%) foi inspirado por pequena recuperação do PMI industrial da China em julho, mas ainda em terreno de contração, a 49,3, após leitura a 49,0 no mês anterior - de um mês para o outro, houve avanço na rubrica referente a novas encomendas, o que sinaliza uma melhora, ainda que marginal, na demanda doméstica chinesa, observa em nota a Monte Bravo Investimentos. “As expectativas dos empresários do setor subiram pela primeira vez, após cinco meses de queda, e também indica mais confiança na economia”, acrescenta a casa. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 121942.98 1.46095

Máxima 122148.81 +1.63

Mínima 120187.87 0.00

Volume (R$ Bilhões) 2.18B

Volume (US$ Bilhões) 4.61B

17:30

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 122655 1.59447

Máxima 122845 +1.75

Mínima 121190 +0.38

JUROS

Os juros estiveram em queda nesta última sessão de julho, e que também abre a semana do Copom, embalados pelas expectativas em torno da atuação da política monetária aqui e no exterior, que elevaram o apetite por ativos de risco, resultando em desinclinação para a curva a termo. Mesmo com as mesas de renda fixa dando mais peso à possibilidade de corte de 0,5 ponto porcentual da Selic na quarta-feira (2), as taxas longas recuaram ainda mais do que as curtas, refletindo o otimismo do investidor com o Brasil e com a ajuda do comportamento de baixa dos rendimentos dos Treasuries. No balanço do mês, porém, a curva teve expressivo aumento da inclinação, com a ponta curta perdendo até quase 30 pontos e as longas, em torno de 15 pontos.

Às 17h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caía de 12,611% no ajuste de sexta-feira para 12,585%, e a do DI para janeiro de 2025 cedia a 10,60%, de 10,64%. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 10,13%, de 10,20% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2029 tinha taxa de 10,50%, de 10,60%.

O movimento de "risk on", que trouxe ganhos firmes para commodities e para o Ibovespa, colocou a curva doméstica no chamado "bull flattening", com recuo das taxas longas em ritmo acima das demais, ainda que a maioria das apostas do mercado, ao menos na precificação da curva, aponte para um afrouxamento mais agressivo da Selic na abertura do ciclo. "Mesmo que o Copom opte por reduzir a Selic em 0,5 ponto, e não em 0,25 ponto, a taxa ainda continua muito atrativa para o fluxo estrangeiro", afirma a economista-chefe do TC, Marianna Costa.

Ao mesmo tempo, no exterior, prevalece a avaliação de que o espaço para novas altas de juros pelos bancos centrais das economias principais vai ficando apertado, diante do risco de recessão. Hoje, o índice dos gerentes de compras (PMI, em inglês) da indústria, apurado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, em inglês) de Chicago, ficou em 42,8 em julho, abaixo da estimativa dos analistas, de 43, o que reforçou a aposta de manutenção do juro pelo Federal Reserve na reunião de setembro. Além disso, os bancos nos Estados Unidos, de maneira geral, esperam apertar ainda mais os padrões de empréstimos em todas as categorias até o fim de 2023, mostrou o levantamento do Federal Reserve.

"A evolução do cenário econômico no Brasil e no mundo nos últimos meses dão respaldo à uma política monetária menos restritiva do que a atual", afirmam, em nota, Rodolfo Margato e Alexandre Maluf, economistas da XP.

No Brasil, a curva dos DIs indicava, no meio da tarde, 70% de chance de corte de 0,5 ponto na Selic na quarta-feira e 30% de chance de uma redução de 0,25 ponto. Para o fim de 2023, a curva projetava Selic em 11,50% e no fim de 2024, entre 9,00% e 9,25%. Nos departamentos econômicos, o cenário das estimativas para esta reunião é inverso, com maioria - 62 entre 88 casas ouvidas pelo Projeções Broadcast - acreditando em corte de 0,25, mas boa parte considerando 0,5 ponto também plausível.

A melhora nos preços de abertura do IPCA, sobretudo serviços e núcleos, e do câmbio são o principal argumento dos que defendem um início com corte mais firme. A ala que espera 0,25 ponto cita que a convergência do IPCA às metas ainda não se concluiu, ainda que reconheçam a trajetória descendente. Hoje, no Boletim Focus, a mediana para 2023 caiu de 4,90% para 4,84%, um pouco mais perto do teto de 4,75%, mas a de 2024, horizonte central da política monetária, oscilou marginalmente, de 3,90% para 3,89%, ainda distante da meta de 3%. Para 2025, as medianas permaneceram em 3,50%.

O que parece ser consenso é que a decisão não será unânime, com diretores considerados "falcões", como Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução), de um lado, e os novos membros do colegiado de outro. Será a primeira participação do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, e do diretor de Fiscalização, Ailton Aquino, no Copom, ambos indicados pelo governo Lula, que vem defendendo com veemência uma redução contundente da Selic.

Antes do BC brasileiro, o Banco Central do Chile decidiu na sexta-feira por uma redução expressiva na sua taxa. Por unanimidade, cortou os juros em 100 pontos-base (pb), para 10,25% ao ano, contrariando a aposta de diminuição de 75 pontos-base do mercado. Hoje, o Banco Central da Colômbia manteve sua taxa a 13,25%, em uma decisão unânime. (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 31, praticamente estável em relação ao real. Com mínima a R$ 4,7135 logo após a abertura e máxima a R$ 4,7601 no fim da manhã, a moeda fechou cotada a R$ 4,7295, recuo de 0,03%. A sessão foi marcada pela disputa técnica em torno da formação da última taxa Ptax de julho e pela rolagem de posições no segmento futuro.

Apesar da arrancada do Ibovespa, o clima de cautela marcou o mercado de câmbio, com investidores optando por ajustes finos à espera da magnitude do corte da taxa Selic que deve ser anunciado na quarta-feira, 2. Mesmo com fôlego curto do real hoje, o dólar à vista encerra o mês com queda de 1,25%, dada a valorização as commodities e o otimismo com o Brasil. No ano, a moeda americana acumula perdas de 10,43%.

"Possíveis zeragens de posições e rolagem de contratos futuros ditaram o rumo do dólar hoje", afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, ressaltando que houve uma pressão vendedora no mercado futuro à tarde que tirou fôlego do dólar à vista. "A disputa da Ptax não gerou tanta volatilidade como de costume. Tivemos compras de importadores e muitas empresas fazendo remessas de fim de mês para matrizes que levaram o dólar a subir mais pela manhã", observa o analista Elson Gusmão, da corretora Ourominas.

No exterior, o índice DXY operou em alta hoje, com máxima aos 101,903 pontos à tarde. O dólar também subiu na comparação com divisas latino-americanas pares do real. Do outro lado da gangorra, moedas de países desenvolvidos exportadores de commodities, como o dólar australiano, subiram, em meio a medidas de estímulo à economia na China.

O peso chileno foi destaque negativo, com baixa de mais de 1% ante o dólar. Na sexta-feira à noite, o Banco Central do Chile surpreendeu ao reduzir sua taxa básica em 1 ponto porcentual, para 10,25%, dado que a maioria dos analistas esperava corte de 0,75 ponto. Já o Banco Central da Colômbia anunciou hoje à tarde manutenção da taxa básica em 13,25% ao ano.

Divisas latino-americanas de países com juros elevados, as chamadas moedas de carrego, acumulam ganhos expressivos neste ano e podem sofrer com ajuste de posições de investidores estrangeiros em meio ao afrouxamento da política monetária na região. Analistas observa que, por ora, o real permanece bem posicionado. Mesmo com queda da taxa Selic ao longo deste segundo semestre, o País vai oferecer ainda juros reais elevados e há uma diminuição da percepção de risco fiscal, referendada na semana passada com a elevação do rating brasileiro pela Fitch.

A curva de juros futuros doméstica mostra 70% de chances de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza a Selic em 0,50 ponto porcentual nesta semana, enquanto a maioria dos economistas projeta queda menor, de 0,25 ponto.

"Os investidores estão tranquilos com as apostas de queda dos juros. Ainda teremos um juro real bastante interessante para operações de carry trade", afirma Galhardo, da Treviso Corretora, que não vê, contudo, espaço para uma rodada mais forte de apreciação do real e projeta taxa de câmbio oscilando em uma banda entre R$ 4,70 e R$ 4,90 no curto prazo.

É grande a expectativa em torno do comunicado do Copom, que pode apresentar grau maior de divergência com a chegada de novos integrantes. Será a primeira reunião com a presença do ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo, que assumiu a diretoria de Política Monetária, e do novo diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, também indicado pelo governo do presidente Lula.

"O mercado está muito atento a qual vai ser a magnitude do corte da taxa Selic, porque pode haver novos ruídos entre o BC e o governo", afirma Gusmão, da Ourominas, ressaltando que autoridades pregam abertamente por uma redução mais expressiva da Selic. (Antonio Perez - [email protected])

17:30

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.72950 -0.0275 4.76010 4.71350

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4741.500 0.10556 4747.000 4714.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4756.500 -0.22026 4788.500 4742.000

MERCADOS INTERNACIONAIS

Novas medidas de impulso econômico na China e sinais de que o Federal Reserve (Fed) pode ter chegado ao fim de seu aperto monetário diante de sinais da desaceleração do crescimento americano deram fôlego às commodities, mas os mercados acionários de Nova York tiveram pregão contido, operando perto da estabilidade. A conjuntura incerta foi mencionada em relatório do Fed sobre o setor bancário, que prevê mais aperto de crédito adiante. O cenário também pressionou os juros dos Treasuries, enquanto o dólar subia, com euro prejudicado por preocupações com a economia local após divulgação do Produto Interno Bruto (PIB). O iene, por sua vez, cedeu depois que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) interveio no mercado de títulos. Já os pesos colombiano e chileno cediam ante a moeda americana, após decisões dos BCs locais, enquanto o peso argentino teve alívio no câmbio paralelo, após detalhes sobre o acordo da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, pela sigla em inglês) da China orientou governos locais para aliviar restrições à economia, um dia após índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do país indicarem que a economia perdeu força em julho.

A Capital Economics avalia que a China corre risco de entrar em recessão, o que deve incentivar ainda mais as autoridades a pensarem em novos estímulos. A expectativa por mais medidas deu fôlego às commodities, com o petróleo também reagindo às perspectivas de maior demanda. De acordo relatório do Goldman Sachs, a projeção é que a procura pela commodity atinja um recorde histórico em julho, levando o banco a revisar para cima sua estimativa de demanda.

O contrato do WTI para setembro fechou em alta 1,51% (US$ 1,22), a US$ 81,80 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). No mês, o contrato mais líquido do WTI acumulou alta de quase 16%. Já o Brent para setembro subiu 0,67% (US$ 0,57), a US$ 85,56 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), acumulando alta de mais de 13% no mês.

Já os mercados acionários de Nova York fecharam em alta, após passarem o dia oscilando perto da estabilidade. O fôlego foi contido mesmo após o PMI industrial do país aquém do esperado alimentar especulações de que o BC americano poderá manter os juros na faixa atual em setembro. Dois dirigentes do Fed, Neel Kashkari e Austan Goolsbee, entretanto, reforçarem a necessidade de mais dados antes de tomar qualquer decisão, a exemplo do relatório de empregos (payroll), que será divulgado nesta sexta-feira. o índice Dow Jones subiu 0,28%, o S&P 500 avançou 0,15% e o Nasdaq teve alta de 0,21%

Para a High Frequency Economics, a perspectiva da indústria americana é incerta. "A demanda mais fraca por bens e os custos de empréstimos mais altos são obstáculos para a atividade fabril. E um aperto adicional que reduza o acesso ao crédito pode ser um obstáculo no futuro".

O aperto no crédito foi mencionado pelo levantamento do BC americano sobre Práticas de Empréstimos Bancários (SLOOS, na sigla em inglês) de julho, destacando que mais restrições aos empréstimos por bancos devem ser motivados por incertezas econômicas, esperada deterioração de valores colaterais e uma deterioração esperada na qualidade de crédito do mercado imobiliário comercial e de outros empréstimos.

O cenário pesou nos retornos dos Treasuries, com o juro da T-note de 2 anos caía a 4,857%, da T-note de 10 anos cedia a 3,951% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,001%. Segundo o BMO, o dia foi de poucos eventos "dignos de nota". Ainda, as falas das autoridades do Fed indicam que os próximos dados dos EUA "serão de particular relevância para estimativas do caminho de curto prazo das taxas de juros". "Considerando que a credibilidade do Fed como um combatente da inflação permanece sob escrutínio, o desempenho do CPI e do payroll durante julho continuará sendo a questão central - e presumivelmente o insumo definidor para a direção das taxas dos EUA".

Já o dólar subiu ante moedas fortes, com o iene pressionado após o BoJ anunciar que irá intervir no mercado de títulos para estabilizar a alta nos rendimentos, ao passo que o euro caía ante a moeda americana, "sendo pressionada pelo contínuo enfraquecimento dos dados econômicos da Europa", explica a Convera. Enquanto o peso colombiano operava em queda pela manutenção de seus juros pelo BC do país, o peso chileno caía após seu BC cortar agressivamente suas taxas.

Ainda, o peso argentino avançou ante o dólar blue, principal referência da moeda americana no câmbio paralelo da Argentina, após o ministro da Economia do país esclarecer que o país não terá que recorrer às suas reservas para pagar parte da dívida do FMI, esclarecendo que o pagamento na verdade será feito por meio de empréstimo do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, na sigla em inglês) e operações de swap de yuan.

Entretanto, segundo a Oxford Economics, o acordo é uma "solução improvisada" que deve manter a Argentina até que o FMI possa renegociar o acordo com o novo governo. "As reservas estão em níveis perigosamente baixos e as probabilidades de inadimplência de curto prazo ainda são significativas, pois, em última análise, é uma decisão política, mas o acordo removeu parte do risco de inadimplência antes das eleições".

Por volta das 17h (de Brasília), a libra recuava a US$ 1,2834. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, tinha alta de 0,23%, aos 101,855 pontos. Na variação mensal, o DXY caiu 1,03%. No horário citado, o euro tinha queda a US$ 1,0997. No horário citado, o dólar avançava a 142,27 ienes, subia a 839,00 pesos chilenos e tinha alta a 3.920,50 pesos colombianos. Ainda, o dólar blue tinha queda a 550 pesos argentinos. (Natália Coelho - [email protected])

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