BOLSA VIRA E REAL PERDE FÔLEGO À TARDE COM PRESSÃO ANTES DE BCS

O otimismo que marcava o segmento de ações e câmbio no mercado doméstico se esvaiu ao longo da tarde desta segunda-feira, à medida que ampliou a pressão vendedora antes das decisões de política monetária da semana e sob impacto também de uma liquidez estreita. Brasil e Estados Unidos decidem juros na quarta-feira, enquanto Inglaterra anuncia na quinta e Japão, na sexta. O foco, claro, é maior no Banco Central brasileiro, que deve reduzir a Selic em 0,50 ponto, mas o investidor não deixa de monitorar o compasso monetário global, com as principais economias ainda em luta contra a inflação resistente. Neste sentido, temendo-se um saldo mais hawkish na semana, a realização de lucros veio. O Ibovespa terminou o dia em 118.288,21 pontos, recuo de 0,40%, na contramão do viés de alta de Nova York (S&P 500 +0,07%, Dow Jones +0,02%). A queda do índice brasileiro só não foi maior porque Petrobras (ON +1,25% e PN +0,71%) manteve-se em alta, apoiada na aceleração do petróleo lá fora. A perspectiva de aperto da oferta fez o barril do Brent flertar com o nível de US$ 95, o que ajudou também na valorização da maioria dos metais básicos. Assim, moedas de países exportadores de commodities conseguiram algum fôlego. Depois de perder o piso dos R$ 4,85, o dólar à vista terminou o dia cotado em R$ 4,8561 (-0,31%), menor valor desde 29 de agosto. Nos juros futuros, o dia foi de quase estabilidade, com as taxas se alternando ora com viés de alta, ora de baixa.

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BOLSA

O Ibovespa perdeu força à tarde e não conseguiu sustentar a linha dos 119 mil pontos, vista até o início da tarde, e que havia sido retomada na última quinta-feira, mas cedida ainda na sexta, em fechamento negativo como o de hoje. Ao fim desta segunda-feira, o índice da B3 mostrava baixa de 0,40%, aos 118.288,21 pontos, em sessão na qual oscilou dos 118.122,66 (-0,53%) aos 119.485,90, saindo de abertura aos 118.758,67 pontos. O giro financeiro se manteve fraco, aos R$ 19,2 bilhões. No mês, o Ibovespa sobe 2,20% e, no ano, avança 7,79%.

Em semana de deliberações sobre juros no Brasil e também nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão, os índices de Nova York fecharam o dia em variações contidas, perto da estabilidade: Dow Jones +0,02%, S&P 500 +0,07% e Nasdaq +0,01%. Em São Paulo, com a piora ao longo da tarde na B3, poucas ações de maior liquidez e peso conseguiram se distanciar do sinal negativo, com destaque para Petrobras (ON +1,25%, PN +0,71%) e Santander Brasil (Unit +1,84%). Vale ON caiu 1,18%.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta e o Brent chegou a se aproximar da marca de US$ 95, em novo pico no ano, o que contribuiu para que as ações da Petrobras se desgarrassem da cautela que prevaleceu na sessão. Na ponta do Ibovespa, Braskem (+5,84%), Yduqs (+4,74%), BRF (+4,35%) e Magazine Luiza (+4,03%), com Vamos (-5,66%), Totvs (-4,10%), Via (-3,95%) e Carrefour Brasil (-3,43%) no lado oposto.

“A cautela deu o tom hoje, com as decisões sobre juros, especialmente a Selic, para a qual se espera um corte de meio ponto porcentual, na quarta-feira. Mesmo com o aumento da projeção de crescimento no ano, de 2,5% para 3,2% [em revisão de estimativa divulgada à tarde pelo Ministério da Fazenda], a Bolsa operou em boa parte do dia perto do zero a zero, sem grandes oscilações”, diz Rafael Gamba, assessor da Blue3 Investimentos, acrescentando que a lateralização também se impôs aos DIs futuros, em leve oscilação nesta abertura de semana.

Na mesma quarta-feira, haverá a decisão do comitê de política monetária do Federal Reserve, para a qual a expectativa de consenso é de que os juros serão mantidos na faixa atual, de 5,25% a 5,50%.

“Contudo, parte do mercado parece estar acreditando que essa manutenção será temporária, uma pausa; para a reunião seguinte, está precificado que teremos mais um aumento, com pouco mais de 30% de probabilidade: valor minoritário, mas relevante”, aponta em nota a Guide Investimentos.

“Para a reunião de novembro, ainda enxergamos a decisão em aberto, mas os últimos dados de mercado de trabalho e do PIB americano, que foi revisado para baixo, nos fazem apostar que o ciclo [de elevação dos juros] tenha de fato chegado ao fim. Esperamos que o Fed mantenha a sinalização de que os próximos passos vão depender dos dados”, observa Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 118288.21 -0.39519

Máxima 119485.90 +0.61

Mínima 118122.66 -0.53

Volume (R$ Bilhões) 1.91B

Volume (US$ Bilhões) 3.94B

17:28

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 119425 -0.47087

Máxima 120580 +0.49

Mínima 119155 -0.70

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York oscilaram sem muito ímpeto nesta segunda-feira e fecharam o pregão com ganhos marginais, à medida que investidores se posicionam para a decisão do Federal Reserve (Fed) esta semana. O contínuo avanço do petróleo, com o Brent perto de US$ 95, põe em dúvida o alívio na inflação, mas investidores ainda precificam chance quase universal de manutenção dos juros do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira. Em clima de espera, os retornos dos Treasuries ficaram mistos, enquanto o dólar não firmou direção única ante rivais, no aguardo também de reuniões monetárias no Reino Unido, no Japão e na China.

As bolsas de Nova York, apesar de terem recuperado parte do fôlego durante a tarde, perderam força e terminaram o dia em tímida alta. Investidores aguardam a decisão do Fed desta quarta e, mesmo que o levantamento do CME aponte 99% de chance de manutenção dos juros nesta semana e não precifique mais elevações nas taxas neste ciclo, analistas seguem levantando a possibilidade de uma última alta nas taxas dos Fed Funds antes do fim do ano.

Segundo análise do Bank of America, a chance deve ser de mais um aumento de 25 pontos-base em novembro, em decisão acirrada. Para esta semana, a projeção do banco é que o presidente do BC americano, Jerome Powell, seja “equilibrado” durante coletiva de imprensa, em tom semelhante ao de Jackson Hole. Já o gráfico de pontos deverá indicar cortes de juros em ritmo mais lento em 2024, segundo o BofA.

A ferramenta do CME Group também passou a apontar chance majoritária (54,3%) que a primeira redução das taxas da autoridade monetária deverá ocorrer em junho, e não mais em maio, como era registrado na semana passada.

Neste ambiente, o índice Dow Jones subiu 0,02%, o S&P 500 avançou 0,07% e o Nasdaq teve alta de 0,01%. A ação da Apple subiu 1,69%, diante do otimismo com a demanda pelo iPhone 15, lançado na semana passada.

Investidores também levantam preocupações sobre as pressões inflacionárias da energia, com o WTI e o Brent se consolidando acima de US$ 90 o barril. Na visão do Citi, os preços mais altos no setor de energia e a resiliência da economia americana deverão alertar dirigentes do Fed, com preocupações sobre a inflação. Entretanto, a Capital Economics destaca que, mesmo se o Brent chegar ao fim do ano a US$ 95 o barril, a inflação das principais economias deverá seguir desacelerando, visto que é provável “que esta situação seja esmagada por outras forças desinflacionárias”.

Hoje, o contrato do WTI para outubro fechou em alta de 0,65%, em US$ 91,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 0,39%, a US$ 94,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Ambos os contratos rondam os níveis máximos desde novembro de 2022.

Já os retornos dos Treasuries permaneceram mistos, à espera do Fed. Mas a Convera alerta que, diante dos dados mais fortes que o esperado dos Estados Unidos na semana passada, o cenário geral deve ser de alta para os yields, destacando a força do rendimento da T-note de 2 anos acima de 5%. No fim da tarde, o juro da T-ntoe de 2 anos subia a 5,045%, o da T-note de 10 anos caía a 4,318% e o do T-nond de 30 anos tinha queda a 4,394%.

O mesmo movimento foi visto no dólar, que ficou sem direção ante moedas fortes. Entretanto, o Brown Brothers Harriman (BBH) destaca que a expectativa é que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) repita a mensagem dovish feita pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, na semana passada. Isso, junto a dados firmes dos Estados Unidos e um possível posicionamento hawkish do Fed, poderá contribuir com a força do dólar.

A Convera, por sua vez, avalia que o dólar vem se beneficiando com a resiliência da economia dos EUA e com as taxas de juros mais altas e, “para que o dólar continue atrativo para os investidores nessas valorizações e num contexto em que a Fed provavelmente terminará o seu ciclo de aperto, as especulações de redução das taxas teriam de permanecer moderadas”, avalia. No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 147,63 ienes, o euro avançava a US$ 1,0687 e a libra tinha queda a US$ 1,2378. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,11%, a 105,202 pontos.(Natália Coelho – [email protected])

CÂMBIO

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 18, em queda moderada no mercado doméstico de câmbio, alinhado ao sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior, em semana marcada por decisão de política monetária aqui e nos Estados Unidos, na chamada “super quarta”, dia 20. Em pregão morno e de oscilação de pouco mais de três centavos entre a mínima (R$ 4,8418) e a máxima (R$ 4,8789), a divisa fechou a R$ 4,8561, recuo de 0,31%.

Foi o quarto pregão consecutivo de baixa do dólar à vista, período em que acumulou desvalorização de 1,95%. A recuperação do real nas últimas sessões se deu em meio à melhora do quadro para commodities, na esteira de medidas do governo chinês para estimula à atividade econômica. Antes da “super quarta”, o Banco do Povo da China (PBoC) anuncia, na terça-feira, 18, à noite, a nova taxa de juros de referência de 1 e 5 anos. Embora não seja esperada alteração neste momento, há expectativa de que possa haver novos estímulos monetários à frente.

“A manutenção dos juros referenciais de empréstimos (LPR) amanhã pela China estaria bem precificada nos mercados, mas trabalhamos com um cenário, de menor probabilidade, de surpresa de alguma queda de 10 a 15 pontos”, afirma o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, que vê a queda do dólar hoje como um movimento “pontual”, embalado pelo exterior.

Na quarta-feira, é dado como certo que o Federal Reserve vai manter a taxa básica inalterada, na faixa entre 5,25% e, 5,50%, ao passo que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar nova redução da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 12,75% ao mês. As atenções estarão voltadas para os sinais dos BCs sobre os próximos passos da política monetária. Especula-se que o Fed pode deixar a porta aberta para uma elevação residual da taxa básica americana neste ano. Por aqui, as especulações giram em torno da possibilidade de o BC acelerar o ritmo de corte da Selic nos próximos meses.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, observa que as leituras de inflação ao consumidor e ao atacado em agosto nos EUA, divulgadas na semana passada, mostram “aberturas favoráveis”, com os índices sendo puxados principalmente por preços de combustíveis. “Isso dá espaço para manutenção da taxa e eleva a probabilidade de os juros ficarem estáveis nas próximas reuniões do Fed, já que a tendência de desaceleração da inflação segue preservada”, afirma Damico, que atribui a valorização do real nos últimos dias também a dados positivos da atividade doméstica, que mostra arrefecimento da inflação com atividade “resiliente”, o que diminui “a probabilidade de um futuro recessivo”.

Para Velho, da JF Trust, não é possível descartar novas pressões inflacionárias nos EUA, uma vez que o avanço dos preços dos combustíveis nos EUA, em razão da escalada das cotações internacionais do petróleo, pode contaminar a dinâmica de formação de preços. Esse quadro mantém no radar apostas, embora minoritárias, de uma elevação de 25 pontos-base dos Fed Funds em novembro, após manutenção nesta semana. Por aqui, Velho vê “probabilidade elevada” de aceleração do ritmo de corte da Selic de 0,50 ponto para 0,75 ponto porcentual em dezembro ou na primeira reunião do Copom em 2024, quando o BC já vai mirar o IPCA de 2025.

Reportagem de Daniel Tozzi Mendes e Marianna Gualter mostra que todas as 69 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast esperam redução de 0,50 ponto da taxa na quarta-feira. Desse universo, 12 (18%) preveem ao menos uma redução de 0,75 ponto porcentual neste ano. É o caso do Itaú Unibanco, que projetava três cortes de 0,50 ponto até o fim de 2023, mas passou a prever redução de 0,75 ponto em dezembro.

Para analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, o real continua bem posicionado mesmo com a perspectiva de redução progressiva Selic e eventual alta residual dos Fed Funds ainda neste ano, dado que a renda fixa brasileira continuará a oferecer remuneração expressiva aos investidores internacionais. “Continuaremos com uma das taxas mais atrativas do mundo. E isso vai continuar trazendo recursos para investimento e especulação de curto prazo, fazendo com que o dólar se mantenha na faixa entre R$ 4,80 e 4,95”, afirma. (Antonio Perez – [email protected])

17:28

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.85610 -0.31 4.87890 4.84180

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4862.000 -0.37906 4888.000 4850.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4946.000 13/09    

JUROS

Os juros passaram o dia rondando a estabilidade, ora com viés de alta, ora de baixa, sem se afastarem dos ajustes da sexta-feira. A lateralidade das taxas foi determinada por pressões opostas, com a valorização do câmbio e a melhora marginal das expectativas de IPCA na Focus de um lado, e o avanço do petróleo e a volatilidade dos Treasuries de outro. No pano de fundo, esteve a espera pelas decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve, na quarta-feira, o que limita a montagem de posições firmes.

Às 17h10, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,435%, de 10,419% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026, em 10,09%, de 10,06% no último ajuste. A do DI para janeiro de 2027 passava de 10,31% para 10,34% e a do DI para janeiro de 2029, de 10,88% para 10,89%. O DI para janeiro de 2031 projetava taxa de 21%, ante 11,20% no último ajuste.

A segunda-feira não teve um condutor forte para os negócios capaz de dissipar a cautela antes das decisões dos bancos centrais, traduzida até mesmo no volume de contratos negociados, abaixo da média padrão. A taxa câmbio nos R$ 4,85 é boa notícia para o quadro de inflação, mas, por outro lado, os preços do petróleo voltaram a subir, mantendo latente risco de novos reajustes nos combustíveis. Ainda, há dúvidas ainda sobre eventuais impactos dos estragos da passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, que matou milhares de animais, sobre preços de alimentos.

No exterior, a curva dos Treasuries não mostrou comportamento uniforme nos vencimentos longos, refletindo também o compasso de espera pelo Fed. Os rendimentos dos títulos curtos sustentaram-se em alta, com o retorno da T-Note de 5 anos acima dos 5%, diante da percepção de que, ainda que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos possa ter acabado, os juros nos EUA ficarão elevados por muito tempo.

No mapeamento para esta quarta-feira, o mercado parece relativamente tranquilo para o Copom, mas apreensivo com o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês). Não pela decisão em si, mas pela sinalização futura, especialmente vinda dos “dot plots”. Nos dois casos, há consenso em torno da queda de 50 pontos-base para a Selic e manutenção da taxa dos fed funds entre 5,25% e 5,50%, respectivamente. Para o Copom, a percepção geral é de que os diretores reforcem a indicação de manutenção da atual dose para a próxima reunião, mas há grande expectativa pelas pistas do banco central americano sobre se o ciclo acabou ou não. Após a reunião, haverá entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell.

“Embora seja esperada a manutenção dos juros desta vez, o discurso deverá continuar duro, sem descartar mais alguma elevação dos juros e defendendo a manutenção das taxas elevadas por um longo período”, escreve Silvio Campos Neto, economista da Tendências.

Para o Copom, a perspectiva é de que o colegiado siga, via linguagem, tentando evitar a todo custo uma migração das apostas para doses maiores de corte, de 75 pontos, na reunião seguinte, como fez no encontro de agosto. Para tanto, deve fazer referência às expectativas de inflação ainda desancoradas, ao cenário externo nebuloso e também aos riscos fiscais.

O gestor de renda fixa da Sicredi Asset, Cassio Andrade Xavier, afirma que as condições para a aceleração do ritmo de cortes para 75 pontos em novembro ainda não estão “na mesa”, mas se os diretores derem brecha o mercado vai reforçar tal aposta. “É difícil que os DIs janeiro de 2026 e janeiro de 2027 voltem a testar as mínimas sem que se vislumbre uma ampliação de ritmo de queda, mas também estão longe das máximas desde que se percebeu que o ciclo ia começar. Estão em níveis justos para o atua cenário. Se subirem 15 ou 20 pontos, dá para ficar aplicado”, diz.

A queda nas estimativas de inflação no Boletim Focus de hoje ainda é tímida se considerado o quanto elas têm de “andar” para voltar às metas, mas não deixa de ser um bom sinal após semanas de estagnação e até leve avanço, ainda mais levando-se em conta que foram acompanhadas de melhora nas projeções de PIB. Para 2023, a mediana de IPCA caiu de 4,93% para 4,86% e, para 2024, de 3,89% para 3,86%. “Para 2025 e 2026 as medianas permanecem em 3,50%, acima da meta do Banco Central, patamar que dificulta a aceleração dos cortes da Selic”, destaca Luiza Benamor, analista da Tendências. Para o PIB, a expectativa para 2023 subiu de 2,64% para 2,89% e, para 2024, de 1,47% para 1,50%. As medianas para Selic foram mantidas em 11,75% e 9,00% para o fim de 2023 e fim de 2024. (Denise Abarca – [email protected])