ATIVOS LOCAIS GANHAM FÔLEGO NA RETA FINAL, DE OLHO EM MEDIDAS FISCAIS E EXTERIOR

Cenário

Em uma semana cheia de indicadores importantes pela frente, aqui e lá fora, o investidor aproveitou a segunda-feira de agenda vazia para pegar alguns poucos catalisadores positivos e tomar risco nas bolsas, tanto na brasileira quanto nas de Nova York. Um dos gatilhos veio do outro lado do mundo, mais especificamente da China, onde autoridades anunciaram medidas de estímulo ao mercado acionário local. Tal quadro favoreceu as empresas ligadas a commodities, como Vale e Petrobras, o que ajudou no desempenho do Ibovespa desde o começo do pregão, em linha com o desempenho dos pares em Wall Street, onde os investidores começam a trabalhar em cima das expectativas do payroll de agosto, do PIB e do PCE, mais para o fim da semana. Nos minutos finais de negócios, contudo, os ativos brasileiros ganharam ainda mais tração, depois que o governo anunciou que editará ainda hoje uma Medida Provisória que prevê a taxação sobre fundos exclusivos, com previsão de arrecadar R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026. Além disso, a Fazenda encaminhou ao Congresso o Projeto de Lei para tributar offshores, com potencial de garantir outros cerca de R$ 7 bilhões por ano entre 2024 e 2026. Às vésperas da votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, essas medidas são consideradas fundamentais para o governo cumprir a meta de zerar o déficit primário no próximo ano. E como a questão fiscal está no cerne das preocupações com a economia brasileira, o encaminhamento de alguma solução recolocou o Ibovespa acima dos 117 mil pontos, com alta de 1,11%, praticamente o dobro do avanço anotado em Nova York. Mas o real e os juros futuros também se aproveitaram deste "otimismo tardio" no fim do dia. No caso do câmbio, o dólar passou praticamente toda a sessão em alta diante da divisa brasileira, mas as sucessivas máximas da bolsa e a melhora de percepção fiscal garantiram um fechamento perto do zero a zero, com a moeda americana em leve queda de 0,01%, valendo R$ 4,8753 no mercado à vista. No caso dos DIs, que devolveram os prêmios acumulados durante o dia e terminaram de lado, houve combinação favorável de notícias relacionadas à política fiscal com declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sinalizando melhora, ainda que lenta, do quadro inflacionário.

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

Com giro reduzido nesta abertura de semana, o Ibovespa acentuou ganhos em direção ao fechamento do dia e retomou a linha dos 117 mil pontos, vindo de baixas em torno de 1% nas duas sessões anteriores. Hoje, com foco em medidas de estímulo anunciadas na China, a referência da B3 oscilou dos 115.835,71, mínima semelhante à abertura (115.838,36), até os 117.252,99 (+1,22%), da máxima no fim da tarde, com giro a R$ 17,6 bilhões no fechamento.

Assim, o índice encerrou em alta de 1,11%, aos 117.120,98 pontos, ainda cedendo 3,95% no mês, que termina na quinta-feira. No ano, com a retração de agosto - que, caso venha a se confirmar, será o primeiro recuo mensal desde a queda de 2,91% em março -, o índice limita a alta acumulada em 2023 a 6,73%.

"O mercado acompanhou o noticiário sobre medidas de estímulo na China, o que apoia o cenário para commodities, em alta hoje", diz Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos. "O exterior foi o principal 'driver' para a alta do Ibovespa na sessão, mas também contribuíram, no boletim Focus desta segunda-feira, projeções melhores para o PIB", acrescenta.

Na B3, o dia foi também de recuperação para as ações do setor financeiro, com ganhos nas de grandes bancos que chegaram a 3,39% (Itaú PN) e a 3,24% (Bradesco PN) no fechamento da sessão - no mês, as perdas no segmento ainda chegam a 9,23% (Bradesco ON), entre as maiores instituições, à exceção de BB (com a ON em avanço de 1,71% neste agosto).

No setor de commodities, destaque nesta segunda-feira para Vale (ON +1,43%), que ainda acumula perda de 6,64% em agosto. Petrobras ON e PN subiram hoje, respectivamente, 1,03% e 1,13%. Na ponta do Ibovespa na sessão, Minerva (+4,21%), Marfrig (+3,54%) e Itaú (+3,39%), com Pão de Açúcar (-6,78%), Via (-6,45%) e Méliuz (-4,28%) no lado oposto.

No exterior, a agenda da semana reserva leitura de julho sobre o PCE, métrica de inflação ao consumidor nos Estados Unidos acompanhada de perto pelo Federal Reserve, na quinta-feira, e no dia seguinte, sexta, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho americano, o payroll de agosto. Nesta segunda-feira, os mercados iniciaram o dia em tom favorável, após ter havido, na sexta, alguma volatilidade em torno das observações do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole, observa em nota a Guide Investimentos.

Hoje, desde cedo, prevaleceu o bom humor após as medidas anunciadas na China, que resultaram em ganhos na casa de 1%, na sessão, nas principais praças da Ásia e Europa que tiveram negócios nesta segunda-feira, com feriado em Londres nesta abertura de semana, o que limitou a liquidez no continente. "Na China, o governo anunciou uma redução da taxa cobrada em negociações de ações, impulsionando os índices asiáticos", aponta a Guide.

Aqui, o Ibovespa abriu hoje de forma um pouco mais "lateral", mas "deu uma puxada forte" no fim do dia, enquanto o dólar oscilava em torno de R$ 4,87, "à beira da estabilidade" no fechamento da sessão, diz Gabriela Sporch, analista da Toro Investimentos. Com poucos "drivers" disponíveis nesta abertura de semana, os negócios tendem a ganhar dinamismo à medida que a agenda progredir, acrescenta a analista.

Com o mercado ainda atento à situação fiscal, os investidores tomaram nota, perto do fim da sessão, do anúncio feito pelo governo de que editará, ainda hoje, Medida Provisória para tributar fundos exclusivos - a previsão é de que venha a arrecadar R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 117120.98 1.10826

Máxima 117252.99 +1.22

Mínima 115835.71 -0.00

Volume (R$ Bilhões) 1.76B

Volume (US$ Bilhões) 3.60B

17:35

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 119000 1.1088

Máxima 119135 +1.22

Mínima 117570 -0.11

CÂMBIO

Após passar a maior parte do dia em alta, o dólar perdeu fôlego na última hora de negócios e, em meio a máximas do Ibovespa, encerrou a sessão praticamente estável. A troca de sinal moeda americana no mercado doméstico coincidiu com a divulgação de detalhes das medidas do governo para tributar fundos exclusivos e offshores, duas ações consideradas essenciais para o cumprimento da meta de zerar o déficit primário de 2024. Com máxima a R$ 4,9116 à tarde, a moeda fechou cotada a R$ 4,8753 (-0,01%). A mínima, logo após a abertura, foi a R$ 4,8656. No mês, o dólar ainda acumula alta de 3,08% - o que reduz a desvalorização no ano para 7,66%.

Operadores afirmam que o dia foi de ajustes e operações pontuais de realização de lucros, após a baixa de 1,86% da divisa na semana passada. Na expectativa pela agenda pesada aqui e lá fora nos próximos dias, os investidores adotaram uma postura cautelosa, o que resultou em pregão de liquidez bem reduzida. Principal referência do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para setembro movimentou menos de US$ 8 bilhões.

Passado o efeito da aprovação final do arcabouço fiscal na Câmara do Deputados na semana passada, as atenções se voltaram à tramitação do Orçamento e do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 - que precisa ser concluída até 31 de agosto. Na reta final do pregão, o Planalto informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje Medida Provisória para tributar os fundos exclusivos e um projeto de lei com taxação para trusts e offshores.

Segundo o ministério da Fazenda, a MP dos fundos exclusivos tem potencial de arrecadar R$ 3,21 bilhões em 2023, compensando as perdas com a mudança da tabela do Imposto de Renda. Para 2024, a expectativa é de arrecadação de R$ 13,28 bilhões. Já o PL de offshore, enviado com urgência constitucional para a Câmara dos Deputados, teria, segundo a Fazenda, potencial de arrecadar R$ 7,05 bilhões no ano que vem.

"As medidas parecem que agradaram ao mercado, que reagiu bem. A aprovação do arcabouço mostra que o governo provavelmente conseguirá aprovar projetos nas próximas votações. O sentimento de melhora de risco pode continuar apoiando o real", afirma o analista Elson Gusmão, da corretora Ourominas, que vê a taxa de câmbio no curto prazo oscilando em uma banda entre R$ 4,85 e R$ 4,95.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, afirma que a apreciação do real na semana passada refletiu o avanço da agenda econômica no Congresso, com aprovação do arcabouço fiscal na Câmara e do projeto da lei do Carf na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "Esse conjunto de fatores contribuiu para um maior risk-on. As expectativas de que as projeções de resultados primários do Governo Central para 2024 sejam revisadas positivamente à frente, incorporando novas receitas a serem aprovadas, preponderaram sobre a moeda", afirma Damico.

No exterior, o índice DXY operava à tarde praticamente estável, em nível elevado, no limiar dos 104,000 pontos. O dólar tinha comportamento misto na comparação com divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Entre os pares do real, peso chileno e mexicano se fortaleceram, ao passo que peso colombiano e rand sul-africano recuaram ante a moeda americana.

Lá fora, sai o PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre, na quarta-feira, e o relatório do mercado de trabalho (payroll) de agosto, na sexta-feira. Ambos podem mexer com as expectativas em torno da política monetária americana, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçar no Simpósio de Jackson Hole que nova alta de juros está condicionada mais do que nunca aos indicadores econômicos. (Antonio Perez - [email protected])

17:35

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.87530 -0.0062 4.91160 4.86560

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4879.500 0.01025 4915.000 4869.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4910.000 -0.13221 4934.500 4910.000

JUROS

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) caminham para fechar o pregão em baixa, depois de passarem boa parte do dia em alta. Os comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apontando queda, ainda que lenta, da inflação de serviços e enfatizando a necessidade de mais clareza no ajuste fiscal ajudaram as taxas a devolver os ganhos e a deixar o mercado de lado, à espera de dados ou notícias capazes de ditar uma direção mais clara para as taxas.

Segundo Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, durante boa parte das últimas semanas o mercado brasileiro de juros ficou à mercê do comportamento dos Treasuries. Como as taxas dos títulos americanos subiam, as daqui também avançavam. Hoje esse movimento também aconteceu, mas apenas perto do encerramento da sessão. Ao longo do dia houve um pequeno descolamento, com queda dos juros de Treasuries e aumento nas taxas de DI.

Para Lima, esse comportamento inicial dos DIs ainda refletia dois eventos de sexta-feira: a leitura acima do previsto do IPCA-15 e os comentários feitos por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Powell disse que os juros americanos ainda poderiam subir, se fosse necessário, mas sinalizou que a instituição será mais cautelosa em suas próximas decisões sobre o tema.

"Houve uma reavaliação da posição, inclusive nas discussões sobre até onde o BC consegue diminuir [a taxa básica de juros]. Muita gente estava falando que iria abaixo de 9%. Teve uma diminuição de posições em cima disso."

No decorrer do pregão, no entanto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a comentar a política monetária com falas que deixaram o mercado mais dividido.

Por um lado, ele enfatizou que a instituição está de olho na inflação de serviços - que teve um resultado positivo no IPCA-15 de agosto e, portanto, ajudaria a reforçar o movimento de queda dos juros. Por outro, voltou a mencionar a importância do ajuste nas contas públicas para a diminuição dos juros e as dúvidas do mercado em torno da capacidade do governo para reduzir o déficit primário.

Júlio Hegedus, economista-chefe da Mirae Asset, ressaltou que a fala de Campos Neto manteve a "postura enigmática" a respeito dos próximos passos da política monetária, o que pode ter contribuído para a falta de direção do mercado. "Eles emitem sinais pelos detalhes, mas é impossível ter certeza. Sempre deixam uma zona de escape", acrescentou.

Na última hora do pregão, as taxas de DIs perderam força e passaram a cair, principalmente no miolo e na parte mais longa da curva. O movimento foi exacerbado pelo anúncio de medidas do governo para aumentar a arrecadação - o que, em tese, dá mais clareza sobre o quadro fiscal.

Segundo Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, o movimento de queda dos juros foi resultado da realização de lucros.

"No começo da manhã começou a sair recurso do Brasil. Isso fez com que as taxas aumentassem, porque o processo de saída pressionou o câmbio. Mas quem se posicionou pela manhã chega a um determinado momento em que acaba havendo realização", acrescentou.

Ele considera que os comentários de Campos Neto podem ter contribuído para este movimento, ao reforçarem o sinal de que dificilmente a queda nos juros brasileiros vai acelerar antes de haver clareza a respeito das medidas adotadas para diminuir o rombo fiscal.

Richetti, porém, ressalta que mesmo a queda dos juros no fim do dia tem pouca relevância, dado que o recuo das taxas é de baixa magnitude. "Não há movimento, tanto no Brasil quanto lá fora, de muita volatilidade. Temos lateralidade."

Essa falta de direção pode ser rompida na sexta-feira, dia em que serão publicados os dados do Produto Interno Bruto do Brasil referentes ao segundo trimestre e a respeito do mercado de trabalho dos Estados Unidos em agosto.

Por volta das 17h15, a taxa do contrato de DI para janeiro de 2024 subia a 12,410%, de 12,405% no ajuste de sexta-feira, enquanto a taxa para janeiro de 2025 avançava a 10,525%, de 10,505%, e a taxa para janeiro de 2026 tinha alta para 10,070%, de 10,060%. A taxa para janeiro de 2027 estava em 10,210%, de 10,232%, enquanto a taxa para janeiro de 2029 ia a 10,660%, de 10,723%. (Gustavo Nicoletta - [email protected])

Volta

MERCADOS INTERNACIONAIS

O apetite a risco nos mercados acionários levou as bolsas de Nova York a se manterem em alta durante todo o dia e a encerrarem o pregão no positivo, seguindo novos estímulos da China e na falta de outros drivers, em dia sem indicadores relevantes nos Estados Unidos. Analistas já olham para as expectativas do payroll americano de agosto, enquanto o mercado digeria as apostas de juros altos por mais tempo. Na renda fixa, os retornos dos Treasuries operavam perto da estabilidade. Já o dólar operava misto, favorecido ante iene, mas em queda ante libra e euro. Ante o peso argentino, o dólar blue avançava, de olho em novas medidas econômicas anunciadas na Argentina. O petróleo WTI subiu na sessão, enquanto o Brent fechou perto da estabilidade, em dia de menor liquidez devido ao feriado britânico.

Ontem, a China anunciou que iria cortar pela metade os impostos sobre transações do mercado de ações, na mais nova medida anunciada para ajudar a aumentar a confiança de investidores e segurar a desaceleração da sua economia. Em julho, o lucro industrial no país caiu 15,5% na comparação anual, informou o governo. "A medida é uma tentativa de abordar a queda nos preços das ações chinesas este ano, uma vez que os investidores se desfizeram das ações no meio do agravamento das notícias econômicas e de grandes recuperações noutras regiões", avalia o Swissquote.

Entretanto, o estímulo ajudou a dar fôlego às bolsas de Nova York, que também prestavam atenção no noticiário corporativo. Em destaque, a 3M subiu 5,25%, após notícia de que a empresa chegou a um acordo para resolver mais de 300 mil queixas judiciais. Já a ADR da XPeng em Nova York avançou 5,25%, com a notícia de que comprará o negócio de veículos inteligentes da DiDi Global. Nesse ritmo, o índice Dow Jones subiu 0,62%, o S&P 500 avançou 0,63% e o Nasdaq teve alta de 0,84%.

Investidores ainda ajustavam carteira após o Simpósio de Jackson Hole na semana passada que, segundo a Wagner Investimentos, favoreceu a mudança na aposta da trajetória monetária dos EUA, levando agora a uma aposta de mais uma elevação de juros em novembro, conforme aponta a ferramenta FedWatch do CME Group. No fim da tarde, a possibilidade de alta de 0,25 ponto porcentual nas taxas até novembro era de 47,9%.

Segundo Gustavo Cruz, estrategista chefe da RB Investimentos, o mercado passa a olhar agora para a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre dos EUA e para o novo relatório de empregos (payroll) americano. Neste cenário, os retornos dos Treasuries oscilaram perto da estabilidade.

Segundo avalia o BMO, a combinação de uma economia ainda resiliente e uma maior emissão de títulos do Tesouro deixou os rendimentos das T-notes de 10 anos na faixa de 4,25%, "à medida que a angústia por uma recessão e as preocupações do setor financeiro foram substituídas por um otimismo suave e uma convicção crescente na capacidade do Fed de manter a política mais restritiva por mais tempo". Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 5,058%, o da T-note de 10 anos baixava a 4,202% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,278%

O dólar também operava misto ante moedas fortes e emergentes. Segundo análise do Brown Brothers Harriman, Powell "enfatizou que a política do Fed depende totalmente dos dados e, neste momento, os dados dizem que o Fed precisa aumentar novamente [os juros]. O relatório payroll de sexta-feira é obviamente fundamental, uma vez que os diferenciais das taxas de juro a 2 anos continuam a mover-se a favor do dólar". Por volta das 17h (de Brasília), o dólar subia a 146,49 ienes, o euro tinha alta a US$ 1,0820 e a libra avançava a US$ 1,2608. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta marginal de 0,02%, a 104,058 pontos.

Nas Argentina, o dólar blue subia ante o peso, após o ministro da Economia, Sergio Massa, anunciar pacote que deverá prever a concessão de 400 bilhões de pesos em empréstimos, além de seis meses de redução de impostos para trabalhadores autônomos. Massa também espera investir US$ 770 milhões para financiar exportações, utilizando recursos do Banco Nación e do Banco de Inversión y Comercio Exterior (Bice). Segundo o jornal El Cronista, o dólar blue avançou 1,10%, a 738 pesos argentinos.

O petróleo, por sua vez, fechou misto, com o WTI acima de US$ 80 pela primeira vez em uma semana. Na visão da Mizuho, a commodity “está presa numa batalha entre os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e Arábia Saudita e a deterioração da demanda chinesa”, conforme destaca a Dow Jones Newswires. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 0,33% (US$ 0,27), a US$ 80,10 o barril. O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,09% (US$ 0,08), a US$ 83,87 o barril.

Também hoje, o ministro do Comércio da China, Weng Wentao, e a secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, concordaram em criar um grupo de trabalho conjunto para discutir questões comerciais. Segundo comunicado divulgado pela China, os países estão trabalhando em conjunto para desenvolver o comércio e o investimento bilateral. (Natália Coelho - [email protected])

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