Depois de uma manhã marcada pelo forte estresse externo, os ativos de risco amorteceram as perdas e entregaram, no fechamento, baixas bem menos pronunciadas que as da abertura. Em Nova York, a ação da Apple disparou nos minutos finais e subiu para US$ 110,08 (3,03%), depois que o Citigroup elevou o preço-alvo da ação de US$ 112,50 para US$ 125. Esse movimento ajudou os papéis de tecnologia a reduzirem a queda e permitiu ao índice Nasdaq terminar com desvalorização de apenas 0,13%. Dow Jones e S&P 500 também encerraram bem longe dos piores momentos da sessão, com recuo respectivo de 1,84% e 1,16%. No Brasil, dois motivos conduziram a uma tímida melhora antes de Nova York, no meio da tarde ainda. O primeiro é a ausência de bancos brasileiros nas reportagens que citam transações suspeitas de algumas das maiores instituições financeiras do mundo. Analistas pontuaram ao Broadcast que a legislação e a supervisão bancária brasileira já são mais duras, o que mitiga os impactos de médio e longo prazo do escândalo no País. Em segundo lugar, hoje foi dia de vencimento de opções sobre ações, o que provocou um estresse adicional no mercado. Passada essa operação, os ajustes vieram aos ativos brasileiros. Ainda que reduzindo as perdas, o Ibovespa terminou com queda de 1,32%, aos 96.990,72 pontos. É o menor nível de fechamento desde 3 de julho. No câmbio, o dólar saiu das máximas perto dos R$ 5,50 para fechar em R$ 5,4005, ainda com valorização de 0,43%. No caso dos juros futuros, vértices da curva longa que subiram mais de 20 pontos-base nas máximas terminaram com avanço de menos de 10 pontos. Nesse mercado, aliás, os investidores já se preparam à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que o Banco Central divulga amanhã cedo.
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