TRANSIÇÃO A BIDEN, YELLEN E VACINA LEVAM DOW JONES A RECORDE E IBOVESPA A 109 MIL PTS

Blog, Cenário
Se as notícias positivas sobre vacinas contra a covid-19 já traziam otimismo aos investidores, esse sentimento ganhou ainda mais força hoje, após três importantes Estados americanos oficializaram a vitória de Joe Biden, tornando a situação praticamente irreversível, e o atual líder da Casa Branca, Donald Trump, dar, a contragosto, o sinal verde para o início da transição. Com incertezas a menos no horizonte e a perspectiva de que Janet Yellen, favorável à ampliação de gastos fiscais, seja indicada como secretária do Tesouro americano, o resultado foi a disparada do apetite por risco. Não por acaso, todos os principais índices acionários ao redor do globo subiram e o Dow Jones renovou máxima histórica, acima dos 30 mil pontos. O petróleo, por sua vez, voltou aos níveis de março. Esse quadro formado por bolsas e commodities em alta, aliado à entrada de recursos estrangeiros, não poderia ser melhor para o Ibovespa, que conduzido pelos fortes ganhos de ações ligadas a matérias-primas, como Vale e Petrobras, saltou mais de 2 mil pontos de uma só vez, ao subir 2,24%, aos 109.786,30 pontos - maior nível desde 21 de fevereiro. Tamanho otimismo se sobrepôs à cautela com a questão fiscal que vem prevalecendo, nos últimos dias, nos mercados de câmbio e de juros futuros, ainda que as preocupações com as contas públicas limitem a performance desses ativos. Assim, o dólar terminou em baixa de 1,06% no mercado de balcão, a R$ 5,3753. Além do fiscal, os agentes ponderam preocupações com a demanda forte pela moeda no curto prazo, após a Petrobras anunciar a intenção de recomprar US$ 2 bilhões em bônus em meados de dezembro, num período sazonal de maior pressão sobre o câmbio. Enquanto, no mercado de DIs, as taxas longas cederam com o otimismo externo, as curtas ficaram perto da estabilidade, após passarem o dia em leve alta com o IPCA-15 de novembro acima da mediana das estimativas reforçando o alerta em relação ao comportamento dos preços e ao futuro da política monetária. Tal avanço, contudo, foi limitado justamente pela queda do dólar, um dos vilões da atual inflação. Seja como for, a curva a termo perdeu inclinação.      
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  MERCADOS INTERNACIONAIS Já não restam muitas dúvidas de que Joe Biden será o próximo presidente dos Estados Unidos, depois que mais três importantes Estados oficializaram a vitória do democrata e o atual líder da Casa Branca, Donald Trump, deu o sinal verde para o início da transição, mesmo relutante. Com a perspectiva de que Janet Yellen leve ao Departamento do Tesouro sua defesa por mais gastos fiscais, investidores difundiram ordens de compra pelas bolsas de Nova York, que terminaram a terça-feira em alta de mais de 1%, com o Dow Jones acima da marca de 30 mil pontos pela primeira vez na história. Aplicações seguras, como Treasuries, ouro e dólar, perderam atratividade e, em seu lugar, emergiram ativos com maior risco embutido. Tanto que o petróleo voltou aos níveis de março, impulsionado pela expectativa de que uma vacina eficaz contra o coronavírus estimule a recuperação da demanda.   Entre ontem e hoje, Michigan, Pensilvânia e Nevada certificaram o triunfo de Biden e, dessa forma, impuseram quase intransponível obstáculo na batalha de Trump para reverter o resultado do pleito de 3 de novembro. O republicano tem repetido que a votação não foi legitima por conta de fraude nas urnas, embora não tenha apresentado provas nas Cortes. Ontem, ele voltou a dizer que acredita que vencerá, mas decidiu autorizar o órgão responsável pela transição a iniciar o processo.   O aval do presidente ecoou de maneira positiva em Wall Street, onde as bolsas nova-iorquinas tiveram uma sessão de fortes ganhos. O índice Dow Jones fechou com avanço de 1,54%, a 30046,24 pontos, acima da inédita marca de 30 mil pontos. O S&P 500 se elevou 1,62%, a 3635,44 pontos. O Nasdaq subiu 1,31%, a 12036,79 pontos. O setor financeiro apareceu como destaque, com Wells Fargo em alta de 8,78%, acompanhado por Citigroup (+7,05%) e JPMorgan (+4,62%).   "Embora os mercados já tivessem precificado a vitória do Biden há muito tempo e estivessem subindo desde então, a ação de ontem assegurou que não haverá nenhuma contenda constitucional e que uma transição pacífica de poder - algo que até este ano era considerado garantido nos mais de 200 anos de história dos EUA - ocorrerá", explicou a BK Asset Management.   Na renda fixa, os Treasuries foram menos demandados e, como consequência, os juros subiram: no fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 10 anos aumentava a 0,882% e o da T-bond de 30 anos saltava a 1604%. Para o Julius Baer, se Yellen for confirmada como a primeira mulher secretária do Tesouro da história, ela deve implementar sua visão de que é importante aquecer a demanda. "Nesse sentido, espera-se mais gastos do governo com infraestrutura pública, educação e saúde. Com ênfase na política fiscal e não na repressão financeira, a curva de juros do Tesouro está se inclinando, enquanto o mercado de crédito viu um aperto ainda maior dos spreads", explicou o banco, em relatório.   Em entrevista ao The Wall Street Journal, o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em Nova York, John Williams, defendeu a importância de uma agenda fiscal ativa para garantir renda às pessoas. O dirigente elogiou a escolha de Yellen e disse que a autoridade monetária teve sucesso em manter as condições financeiras relaxadas durante a crise. "Um dos nossos objetivos foi diminuir os juros de longo prazo, e conseguimos isso", afirmou.   Diante da saída de investimentos seguros, o dólar perdeu força, com o índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, em baixa de 0,30%, a 92,226 pontos. No fim da tarde, o euro avançava a US$ 1,1879 e a libra subia a US$ 1,3348. Ante emergentes, o dólar saltava a 7,9873 liras turcas, em meio a medidas do Banco Central da Turquia para desencorajar a dolarização da economia.   Ainda no câmbio, a moeda americana avançava a 1,3004 dólares canadenses e a 20,0281 pesos mexicanos, sustentados pelo salto nos preços do petróleo. O barril do WTI com entrega agendada para janeiro fechou em alta de 4,29%, a US$ 44,92, e do o do Brent para o mesmo mês ganhou 3,90%, a US$ 47,86, na Intercontinental Exchange (ICE). (André Marinho - [email protected])   BOLSA   O Ibovespa pulou de 107 mil para 109 mil pontos nesta terça-feira, bem perto da linha psicológica dos 110 mil que, até há pouco tempo, era vista como referência positiva para o índice no fechamento do ano - e que hoje ficou ao alcance da mão. Desde o início do mês, com a eleição de Biden nos EUA, a proximidade de diversas opções de vacina e o retorno do estrangeiro à B3, cresceram as apostas de que o índice chegue a 120 mil pontos neste fim de ano, revertendo assim as perdas de 2020 - em 2019, encerrou aos 115.645,34, com ganho de 31,58% no período, o maior desde 2016.   Com o desempenho desta terça-feira, quando fechou em alta de 2,24%, aos 109.786,30 pontos, o Ibovespa limita a retração no ano a 5,07%, com avanço de 16,85% acumulado até aqui em novembro, de longe o melhor do ciclo de recuperação iniciado em abril, então a 10,25%. Nesta sessão, destaque para as ações de bancos (Bradesco PN +4,49%), commodities (Vale ON +4,92%, Petrobras ON +5,34%), siderurgia (Usiminas +6,12%) e especialmente shoppings, com Multiplan (+7,16%) e BR Malls (+7,07%) na ponta do Ibovespa. No lado oposto, PetroRio cedeu 2,60% e Raia Drogasil, 2,36%. Hoje, o Ibovespa abriu aos 107.377,95, com mínima do dia a 107.360,58 pontos. Na semana, avança 3,53%.   O cenário otimista ganhou empuxo com o início formal da transição de poder na maior economia do mundo e a indicação de Janet Yellen como futura secretária do Tesouro, bem-vinda no mercado pelo apoio da ex-presidente do Fed a estímulos fiscais. Nesta terça-feira, o giro voltou a ficar mais forte na B3, o que tem denotado a presença de estrangeiros na ponta compradora em novembro, mês em que o volume diário ficou acima de R$ 50 bilhões em duas ocasiões. Hoje, voltou a R$ 36,9 bilhões, após ter ficado abaixo do limiar de R$ 30 bilhões nas duas sessões anteriores.   Na sexta-feira, 20, quando o fluxo foi de R$ 24,4 bilhões, os estrangeiros interromperam a série de ingressos líquidos que permanecia invicta desde o início do mês - naquele dia, o Ibovespa fechou em baixa de 0,59%, a 106.042,48. Hoje, com máxima a 109.956,18 pontos (+2,40%), renovada perto do fim da sessão, o índice atingiu o maior nível intradia desde 26 de fevereiro, a quarta-feira de cinzas em que se iniciou a queda livre ocasionada pela pandemia, com perda de 7% no fechamento daquele dia, após encerramento aos 113.681,42 pontos na sexta pré-carnaval. Em Nova York, o Dow Jones tocou hoje pela primeira vez a marca de 30 mil pontos, sustentada também no fechamento.   "Desde a eleição americana há um fluxo voltando para emergentes, especialmente de fundos passivos, como não se via faz tempo. Houve uma ausência longa dos estrangeiros nos mercados emergentes, o que se evidencia em suas moedas - todas sofreram, não apenas o real. Agora, para sustentarmos esse interesse ao longo do tempo, precisamos endereçar minimamente a questão fiscal: a agenda não pode ficar parada", aponta Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset. Ele observa que emergentes como México, Rússia e mesmo Turquia têm mostrado fundamentos melhores quanto à relação dívida/PIB. "Se não houver imobilismo na agenda fiscal, acho que poderemos continuar contando com o benefício da dúvida até o fim do ano."   Pelo lado positivo, Orefice destaca a indicação de Yellen para o Tesouro americano como muito favorável à recuperação global. "Espera-se um pacote entre US$ 1 tri e US$ 3 trilhões e, como Yellen é pró-liquidez, pode se esperar algo mais perto desse topo", diz Orefice, ressalvando que, com o Senado provavelmente ainda com maioria republicana, o volume final dependerá de negociação.   Na B3, a forte presença do investidor estrangeiro em novembro, com R$ 26 bilhões de ingresso líquido, e a continuidade no movimento de rotação de carteiras, com a busca por ações mais descontadas, como as de bancos e shoppings, dão "consistência" ao movimento de recuperação, observa Márcio Gomes, analista da Necton Investimentos.   "Como dizia (Benjamin) Graham, referência do Buffett, o mercado é maníaco-depressivo, vai da depressão à euforia. Há agora euforia amparada em fluxo, o que fica evidente na evolução de certos papéis, como Petrobras ON, que sobe 41% no mês", aponta Gomes. "Há apetite por risco, o mercado está bem otimista com a escolha da Yellen, que reforça muito a expectativa por novos estímulos", acrescenta. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:22   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 109786.30 2.24195 Máxima 109956.18 +2.40 Mínima 107360.58 -0.02 Volume (R$ Bilhões) 3.68B Volume (US$ Bilhões) 6.82B         18:30   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 110270 2.62448 Máxima 110330 +2.68 Mínima 107590 +0.13     CÂMBIO O dólar teve dia de queda hoje e fechou perto da mínima da sessão, a R$ 5,37. Mas o mercado de câmbio foi menos contaminado pela euforia vista nas bolsas, com o Ibovespa encostando em 110 mil pontos e o Dow Jones superando os 30 mil pontos pela primeira vez na história. Operadores destacam que o risco fiscal segue como principal limitador de uma valorização mais consistente do real mas, nesta reta final de novembro, há ainda a preocupação com a demanda forte por dólar pela frente, sensação agravada esta semana com o anúncio feito pela Petrobras de que pretende recomprar ao redor de US$ 2 bilhões em bônus em meados de dezembro. Este movimento deve ocorrer em um cenário já sazonalmente marcado pelo aumento de remessas para as matrizes lá fora e ainda a necessidade de os bancos desfazerem o excesso de hedge no exterior (overhedge).   No fechamento, o dólar à vista encerrou em queda de 1,06%, cotado em R$ 5,3753. No mercado futuro, o dólar que vence em dezembro cedia 1,23%, aos R$ 5,3740 às 18h10. O giro de negócios hoje foi um dos mais fracos das últimas semanas, não chegando a US$ 10 bilhões (US$ 9,4 bilhões no horário acima).   O mercado vai precisar de ao menos US$ 20 bilhões em dezembro, considerando o desmonte do overhedge (US$ 15,5 bilhões) e as remessas, estimadas em US$ 5 bilhões pela gestora Armor Capital. Isso fora a operação da Petrobras. Neste ambiente, traders contam que alguns bancos já vêm antecipando compras de dólar, o que ajuda a limitar o recuo da moeda americana. Com risco fiscal em alta, cotações na casa dos R$ 5,30 são para comprar a moeda, afirma um ex-diretor do Banco Central, que ressalta ainda que o governo subestimou o efeito da disparada da divisa americana na inflação.   Com o aumento da procura por dólar, o leilão de rolagem de linha do Banco Central hoje ajudou a aliviar a pressão pela moeda, ressaltam operadores. A instituição vendeu a oferta total de US$ 1,26 bilhão em leilão de linha, que é a venda de dólares com compromisso de recompra. A operação foi realizada para a rolagem do vencimento de 2 de dezembro. Com a venda, o dólar saiu das máximas do dia, a R$ 5,42. Além deste leilão, houve a tradicional rolagem diária de swap, de US$ 600 milhões.   O dólar operou toda a terça-feira em queda, com o real acompanhando as demais moedas emergentes, mas com o fiscal no radar. O sinal verde do governo de Donald Trump para o início da transição de governo nos Estados Unidos contribuiu para a redução da incerteza política e estimula a busca por risco, enfraquecendo o dólar, ressalta o diretor em Nova York da BK Asset Management, Boris Schlossberg. Além disso, houve mais notícias positivas sobre vacinas contra o coronavírus e os mercados gostaram da possível nomeação da ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, para o comando do Tesouro americano no governo de Joe Biden. "Yellen recentemente defendeu publicamente mais estímulos fiscais", comentam os estrategistas do Rabobank.   Com o aumento da procura por ativos de risco, os emergentes tiveram fluxo perto de US$ 20 bilhões este mês, para os mercados de bolsas e renda fixa, estima a consultoria inglesa Capital Economics. É o maior valor desde 2014 e a avaliação da consultoria é que o ritmo tende a seguir forte pela frente.   O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, destaca que o risco fiscal é um limitador importante para a melhora do câmbio e o governo precisa demonstrar mais atividade para os projetos andarem no Congresso. Se persistir o quadro de indefinição sobre o ajuste fiscal, esse fluxo recente que entrou no Brasil sairá rapidamente, diz ele. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:30   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.37530 -1.062 5.42860 5.37420 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5373.500 -1.24058 5429.000 5371.000 DOLAR COMERCIAL 5386.500 -1.19233 5428.000 5382.500     JUROS A curva de juros perdeu inclinação nesta terça-feira, com as taxas de curto prazo terminando estáveis, após passarem o dia com viés de alta, e as demais, em leve queda. Os vértices até meados de 2022 estiveram sob influência do IPCA-15 acima da mediana das estimativas, que também elevou discretamente na curva a precificação de alta da Selic no Copom de dezembro, movimento limitado, porém, pela queda do dólar, que tem sido visto como um dos vilões da inflação. As demais taxas tiveram alívio nos prêmios em função do apetite pelo risco no exterior, que favoreceu o real, mesmo sem novidades do front fiscal. No leilão de NTN-B, o Tesouro ofertou quantidade pouco menor (até 1,1 milhão) do que na última operação (até 1,35 milhão), vendida integralmente.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 terminou em 3,41% a sessão regular e a estendida em 3,40%, de 3,426% ontem no ajuste. O DI para janeiro para 2023 encerrou em 5,23% (regular) e 5,19% (estendida), de 5,246% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 7,065% para 7,00% (regular) e 7,01% (estendida). O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxas de 7,76% (regular) e 7,74% (estendida), de 7,834% ontem. O spread entre os vértices para janeiro de 2022 e janeiro de 2027 diminuiu, de 440 pontos-base ontem para 434 pontos.   "Temos o exterior favorável e o real 'performando' bem, o que ajuda os vencimentos de médio e longo prazos, enquanto na ponta curta é o efeito do IPCA-15", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.   O IPCA-15 de novembro desacelerou de 0,94% em outubro para 0,81%, mas ficou acima da mediana esperada (0,72%), com a taxa em 12 meses saltando a 4,22%, contra meta de inflação de 4% este ano. A leitura dos preços na abertura do indicador foi ruim, com surpresa negativa de preços de serviços e avanço no índice de difusão. Todo esse contexto provocou nova rodada de revisões em alta para o IPCA este ano e 2021, mas que ainda não chegam a ameaçar as metas. Na curva, a precificação para a Selic no encontro do Copom de dezembro, que ontem era de 6,95 pontos-base, estava em 7,3 pontos no meio da tarde, ou seja, a probabilidade de aperto de 0,25 ponto porcentual subia de 27,8% para 29%. Os cálculos são do Banco Mizuho.   Além da inflação permanecer ainda dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), apostas mais firmes numa retomada da alta da Selic no curto prazo esbarram também na natureza da pressão inflacionária, que não é de demanda e sim de oferta, provocada em boa medida pela fraqueza do câmbio, que por sua vez, sofre grande influência do risco fiscal. Hoje, no entanto, o otimismo em relação ao desenvolvimento das vacinas contra Covid e o início da transição de governo nos Estados Unidos, com anúncio de nomes da equipe do futuro presidente Joe Biden que agradaram, o dólar teve recuo generalizado.   Nesse contexto, há percepção de que as medidas de ajuste fiscal tendem a ter um impacto mais efetivo sobre o câmbio e a inflação do que uma alta da Selic, que também teria consequências nocivas para a dívida pública e retomada da atividade. O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse hoje que "não podemos pensar em rodar economia com juros aumentados". "Não podemos pensar em dívida de 100% do PIB com juros aumentando", disse.   Ante as críticas de que tudo estaria travado em Brasília, lideranças do governo e integrantes da equipe econômica buscaram ao longo do dia intensificar as negociações com parlamentares para tentar ainda este ano uma solução para criar o novo programa social do governo, que precisará envolver medidas de corte de gastos. A ideia é que a proposta seja levada esta semana ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo apurou o Broadcast/Estadão, já há consenso para incluir no parecer do relator da PEC emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC), os "gatilhos" de contenção de despesas obrigatórias para manter a sustentabilidade do teto de gastos. (Denise Abarca - [email protected])     18:30   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.93 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90            
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