NY DÁ O TOM PARA RECUPERAÇÃO DO IBOVESPA E DÓLAR FORTE, ENQUANTO DIS CEDEM POR ATA

A recuperação mais firme dos setores de serviços de comunicação e de tecnologia nesta tarde deu força aos mercados acionários em Nova York e impulsionou o Ibovespa, após dois dias consecutivos de perdas acima de 1%. No entanto, mesmo com a aceleração de seus pares, com Nasdaq ganhando 1,71%, o principal índice à vista da B3 encerrou em leve alta de 0,31%, a 97.293,54 pontos, em um dia de giro fraco. Durante audiência na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ressaltou ser necessário mais apoio governamental para ajudar na retomada da demanda. A indicação foi corroborada pelo Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que foi direto ao falar sobre a necessidade de aprovação do novo pacote fiscal pelo Congresso. Em meio às declarações, os juros dos Treasuries ficaram sem sinal único, mas o dólar avançou ante as moedas principais. Frente ao real, a moeda americana tentou novamente encostar nos R$ 5,50 no começo da tarde, ainda também influenciada também por novas críticas de Donald Trump à China durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Mesmo com a redução do ímpeto, o real amargou o pior desempenho desta terça-feira no mercado de moedas, ao lado do peso mexicano. O dólar à vista fechou em alta de 1,27%, a R$ 5,4691, a maior cotação desde 31 de julho. Essa força da divisa americana arrefeceu o ritmo de queda dos juros futuros, que vinham devolvendo prêmio desde a manhã, após a leitura de que a ata do Copom deixou a percepção mais clara de manutenção da taxa Selic no piso histórico de 2% por um período mais longo. Ainda assim, as taxas fecharam em queda ao longo de toda a curva, com ênfase nos vencimentos intermediários dos papéis.

 

MERCADOS INTERNACIONAIS

Os setores de serviços de comunicação e tecnologia ganharam força à tarde, o que levou as bolsas de Nova York a fechar em alta, com o índice Nasdaq em destaque. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e outros dirigentes do banco central americano renovaram promessas de apoio à economia no quadro atual, porém também mencionaram que mais apoio fiscal continua a ser necessário. Em meio às declarações, os juros dos Treasuries ficaram sem sinal único, mas o dólar avançou ante outras moedas principais, neste caso também diante da fraqueza da libra. A moeda britânica foi pressionada em meio à disseminação da covid-19 no Reino Unido, que levou o premiê Boris Johnson a alertar nesta tarde para os riscos de retrocesso no controle da pandemia no país. Entre as commodities, o petróleo registrou ganhos, corrigindo em parte a queda forte da sessão anterior.

 

Em sessão volátil, o mercado acionário americano ganhou força nas horas finais do dia, com as chamadas “giant techs” novamente em destaque. Com isso, ficou em segundo plano a continuidade da fraqueza do setor bancário, ainda pressionado após revelações nesta semana de transações com dinheiro suspeito por grandes bancos europeus e americanos em anos anteriores. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,52%, em 27.288,18 pontos, o S&P 500 subiu 1,05%, a 3.315,57 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,71%, a 10.963,64 pontos.

 

A Capital Economics projeta quadro de volatilidade para as ações no curto prazo, ao citar risco de novas restrições à circulação com o avanço da covid-19 nos EUA e na Europa. A vaga por preencher na Suprema Corte dos EUA ainda tira mais do foco um possível novo pacote fiscal, com os partidos também de olho nas eleições, lembra a consultoria.

 

O presidente do Fed considerou ser provável que mais apoio fiscal seja necessário nos EUA. Powell ainda insistiu na necessidade de reabrir a economia de modo sustentável, com o vírus sob controle. Já o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, comentou que, sem apoio fiscal, há o risco de um período de crescimento fraco ou mesmo recessão. Tom Barkin (Richmond) destacou incertezas no cenário, na pandemia, nas negociações sobre um novo pacote fiscal e na própria política americana, na polarizada disputa pela presidência deste ano. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, defendeu um novo pacote fiscal do Congresso, mas continua o impasse entre governo e oposição sobre o tema. A TD Securities alerta que a falta de novas medidas aumenta preocupações sobre o impulso da retomada americana.

 

Em meio às declarações, os juros dos Treasuries não tiveram sinal único, próximos da estabilidade. No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 0,125% e o da T-note de 10 anos recuava a 0,670% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 1,425%.

 

No câmbio, o dólar ganhou força, também diante da fraqueza da libra. Premiê do Reino Unido, Boris Johnson alertou para o fato de que a covid-19 se espalha “novamente de maneira exponencial” pelo país, e citou as pioras recentes em França e Espanha nessa frente. Johnson disse que pretende fazer “o que for preciso” e mencionou a possibilidade de um lockdown nacional, o que ele busca evitar. O BK Asset Management destaca que a força do dólar pressionou divisas como o dólar australiano e o canadense e considerou os comentários do Powell de hoje como “relativamente neutros”. No fim da tarde em Nova York, o dólar tinha alta a 104,98 ienes, o euro recuava a US$ 1,1712 e a libra caía a US$ 1,2731. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, avançou 0,35%, a 93,988 pontos.

 

Entre as commodities, o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,66%, a US$ 39,80 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês subiu 0,68%, a US$ 41,72 o barril, recuperando-se das quedas de cerca de 4% do dia anterior. (Gabriel Bueno da Costa – [email protected])

Volta

 

BOLSA

 

Com Nova York também revertendo a terreno positivo no meio da tarde, o Ibovespa conseguiu neutralizar as leves perdas observadas mais cedo e fechar o dia em alta, após duas quedas consecutivas, de 1,32% e 1,81%, nas sessões anteriores. Nesta terça-feira, o índice de referência da B3 fechou em alta de 0,31%, a 97.293,54 pontos, tendo oscilado entre mínima de 96.390,28 e máxima de 97.684,16 pontos, saindo de 96.994,52 pontos na abertura. O giro financeiro, enfraquecido, totalizou R$ 20,1 bilhões na sessão.

 

Apesar da perda de força em direção ao encerramento, a recuperação observada nesta tarde chegou a ser puxada pelo setor de siderurgia, em especial CSN (+3,39%), na ponta do Ibovespa no fechamento, logo abaixo de MRV (+3,73%) e IRB (+6,28%). As ações de commodities e de bancos também ensaiaram desempenho positivo, mas também limitaram ou devolveram ganhos perto do fim, com Petrobras ON em baixa de 0,05% e a PN, de 0,48%, enquanto Vale ON conseguiu sustentar leve alta de 0,12% no encerramento.

 

O setor de bancos fechou no azul, à exceção de BB ON (-0,19%), com destaque para Bradesco ON (+1,03%). No lado oposto do Ibovespa, B2W, que havia sido a maior alta do dia anterior, fechou hoje em baixa de 3,80%, seguida por Embraer (-2,83%), entre as maiores perdedoras pelo segundo dia seguido, Suzano (-2,39%) e JBS (-2,13%).

 

Conforme observa Cristiane Fensterseifer, analista de ações da Spiti, após a aversão a risco global ter afetado ontem em especial “nomes de beta mais alto, mais arriscados”, como Gol, Azul e CVC, as três empresas tiveram desempenho misto nesta terça-feira, com CVC em baixa de 1,94% e Gol, de 1,20%, enquanto Azul conseguiu leve recuperação, em alta de 1,04% no fechamento desta terça-feira. “Os riscos que provocaram as vendas (ontem) vieram de um possível novo lockdown no Reino Unido, com a escalada de novos casos de coronavírus, enquanto Madri limitou o deslocamento de 850 mil moradores, só permitindo que eles saiam de casa para trabalhar, ir ao médico ou levar filhos à escola”, aponta a analista.

 

Mais cedo, o presidente da CVC, Leonel Andrade, afirmou, durante live promovida pelo jornal O Tempo, que os preços do turismo estão 25% a 30% mais baixos do que no ano passado e “só teremos um ano cheio no turismo novamente em 2023”.

 

Além dos sinais de retomada da pandemia nesta virada de verão para outono no Hemisfério Norte, incertezas relacionadas à situação fiscal no Brasil, a denúncia de lavagem de dinheiro em grandes bancos globais e a proximidade da eleição americana contribuem para moderar o apetite por risco, limitando o potencial de recuperação do Ibovespa, que caminha até aqui para novo mês de perdas – em setembro, cede 2,09%, após recuo de 3,44% em agosto, quando foi interrompida a reação iniciada em abril. As perdas no ano chegam agora a 15,87% – na semana, o índice cede 1,01%.

 

“O Ibovespa segue sem uma definição clara, mesmo com o resultado de ontem, no qual a Bolsa perdeu o suporte de 97 mil pontos. Mas como o índice permanece muito próximo desse ponto, não temos ainda um rompimento confirmado”, diz Fernando Góes, analista gráfico da Clear Corretora. “Caso o Ibovespa fique abaixo do patamar registrado ontem, de 96 mil pontos, podemos começar a pensar no novo suporte de 92 mil pontos. Caso faça o movimento de subida, precisará ultrapassar os 103 mil pontos para retomar a tendência de alta”, acrescenta o analista, para quem “os indicadores técnicos ainda mostram movimento mais propenso à compra do que venda”. Segundo Góes, há uma “falta de velocidade nesta queda”, na medida em que se veem “setores intercalando altas e quedas”, com o mercado ainda “lateralizado”.

 

Pelo lado dos fundamentos, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) disse hoje que o Brasil respondeu à crise da covid-19 com “uma grande expansão fiscal”, maior do que outros emergentes e comparável a alguns desenvolvidos. Em relatório, o IIF observa que a expansão fiscal é positiva para a recuperação no curto prazo, mas traz dois desafios: o de recuar nos gastos emergenciais para cumprir a regra fiscal; e o financiamento de um grande déficit fiscal no momento em que todos os países têm emitido muitos bônus.

 

Em discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a apontar para uma “campanha de desinformação”, direcionada ao competitivo agronegócio brasileiro, como fator oculto na atenção internacional aos incêndios e desmatamento em biomas do País, como o Pantanal e a Amazônia. Apesar da importância da questão, o assunto permanece como pano de fundo para os investidores, mais suscetíveis ao endividamento público e à situação econômica em meio à pandemia.

 

Em Nova York, a reação inicialmente fria ao testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso, no sentido de que “mais estímulos fiscais e monetários serão necessários para a economia”, deu lugar a uma relativa animação liderada pelas ações de tecnologia, o que contribuiu para romper uma sequência de quatro quedas, aponta em nota Edward Moya, analista de mercado financeiro da OANDA em Nova York. A virada em NY contribuiu para que o Ibovespa se firmasse em terreno positivo até o fim da sessão, após ter hesitado entre leves ganhos e perdas, bem perto da estabilidade. Em Nova York, o Nasdaq fechou o dia em alta de 1,71% e o S&P 500, de 1,05%.

 

 

17:21

 

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 97293.54 0.31222

Máxima 97684.16 +0.71

Mínima 96390.28 -0.62

Volume (R$ Bilhões) 2.00B

Volume (US$ Bilhões) 3.69B

 

 

 

 

17:30

 

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 97125 0.17017

Máxima 97800 +0.87

Mínima 96415 -0.56

 

 

 

CÂMBIO

O dólar chegou novamente a encostar em R$ 5,50 no começo da tarde, em movimento influenciado principalmente pelo mercado externo, após as novas críticas de Donald Trump à China na Assembleia Geral das Nações Unidas e discursos de dirigentes do Federal Reserve alertando para o cenário altamente incerto. No final da tarde, o ritmo de alta da moeda americana perdeu fôlego, acompanhando a melhora das bolsas americanas, com ações de tecnologia se recuperando das perdas recentes. Mesmo assim, o real, junto com o peso mexicano, amargou o pior desempenho desta terça-feira no mercado internacional, considerando as 34 divisas mais líquidas.

 

No mercado à vista, o dólar subiu 1,27%, para R$ 5,4691, se mantendo no nível mais alto desde 31 de julho, quando encerou em R$ 5,48. No mercado futuro, o dólar para outubro era negociado em R$ 5,4760, com ganho de 1,11% às 17h. O volume de negócios estava em US$ 17 bilhões, acima da média recente, que tem sido de US$ 11 bilhões.

 

Após uma manhã de instabilidade, o dólar firmou alta nos negócios da tarde. O discurso de Jair Bolsonaro na ONU foi monitorado pelas mesas de câmbio, mas não afetou as cotações. O presidente brasileiro defendeu sua política ambiental e a forma como o governo lidou para combater os efeitos da pandemia do coronavírus.

 

Já Trump engrossou as críticas dirigidas a Pequim, voltando a responsabilizar o país asiático pela pandemia e usou o termo “vírus chinês” para se referir ao coronavírus. “A maior parte do discurso foi sobre a China, o que ajuda a piorar a perspectiva para a relação dos dois países”, destaca o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. Neste ambiente, moedas de emergentes e exportadores de commodities foram penalizadas.

 

Já o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, voltou a falar da necessidade de mais estímulos fiscais para dar fôlego à economia americana e alertou para a incerteza sobre a retomada.

 

A agenda doméstica foi fraca nesta terça-feira, com destaque ficando para divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento ajudou a trazer alguma pressão para o câmbio mais cedo, na medida em que sinalizou juros baixos pela frente, sem menção a taxas subindo. “A política monetária no Brasil vai permanecer flexível por um tempo mais longo do que os mercados esperam”, avalia o economista-chefe de mercados emergentes da consultoria Capital Economics, William Jackson, destacando que a pressão recente de preços de alguns alimentos é temporária e não assusta o Banco Central. Para ele, os juros só devem subir no Brasil em 2022, o que ajudará a manter o real pressionado, acima de R$ 5,00.

 

Na movimentação técnica de investidores, chamou atenção das mesas que mesmo ontem, em dia marcado por estresse nos mercados, sobretudo nos negócios da manhã, investidores estrangeiros reduziram posições compradas em dólar futuro, ou seja, que apostam na valorização da moeda americana. Na sessão de ontem, cortaram estas apostas em 12.335 contratos, o equivalente a US$ 617 milhões, de acordo com dados da B3 monitorados pela corretora Renascença. Com isso, o saldo de posição comprada dos estrangeiros caiu para 45 mil contratos em dólar futuro, o menor nível desde 31 de julho (31 mil). (Altamiro Silva Junior – [email protected])

 

 

17:30

 

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.46910 1.2703 5.49660 5.38360

Dólar Comercial (BM&F) 5.3714 0

DOLAR COMERCIAL 5485.500 1.28323 5497.000 5384.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5425.500 -0.48606 5425.500 5425.500

 

 

 

JUROS

Os juros futuros fecharam a terça-feira em queda ao longo de toda a curva, mas mais pronunciada nos vértices intermediários, com boa parte do alívio sendo patrocinado pela leitura da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento manteve o tom “dovish” já visto no comunicado da reunião da semana passada ao reforçar o forward guidance de que a taxa Selic deve permanecer inalterada por um período prolongado. Com isso, as apostas para um aperto na Selic já este ano arrefeceram um pouco. A melhora do humor externo contribuiu para o recuo das taxas, que era maior pela manhã, perdendo força à tarde na medida em que o dólar voltou a subir e a renovar máximas perto dos R$ 5,50.

 

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022, que ontem tinha voltado aos 3% pela primeira vez desde meados de julho, hoje fechou em 2,92%, de 3,003% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 4,44% para 4,35%. A taxa do DI para janeiro de 2025 encerrou em 6,30%, de 6,364%, e a do DI para janeiro de 2027 recuou de 7,344% para 7,26%.

 

O destaque da ata foi o parágrafo 19, em que os diretores afirmam que “as condições para a manutenção do forward guidance seguem satisfeitas”. “É uma sinalização elegante para a interrupção do corte de juros. No meu entender, a Selic a 2,0% vai até o final de 2021, passando a ser elevado apenas no início de 2022”, afirma o economista-chefe Étore Sanchez, da Ativa Investimentos.

 

Nas mesas de renda fixa, profissionais afirmam os vencimentos do miolo, como janeiro de 2023, foram os que mais reagiram por serem os que mais vinham sofrendo com a pressão dos leilões do Tesouro e dúvidas sobre a reação do Banco Central ao aumento da inflação de curto prazo. Porém, ainda assim, a curva mantém apostas minoritárias de algum aperto da Selic ainda em 2020.

 

Segundo cálculos do Haitong Banco de Investimentos, a curva projetava em torno de 20% de chance de alta de 0,25 ponto porcentual da Selic no Copom de outubro, ante 27% ontem, e para dezembro 42% de probabilidade, de 51% ontem.

 

“O BC está tentando segurar no grito a alta de juros no ano que vem. Se tivermos um pouco mais de aumento da atividade, a inflação de serviços volta a ficar pressionada e não sei se o BC vai conseguir segurar o aperto por muito tempo”, disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos, Paulo Nepomunceno, acrescentando que a autoridade monetária está se apegando ao fato de a inflação seguir bem abaixo da meta. “Mas é a meta que está muito alta para o quadro que temos”, comentou.

 

Os vencimentos mais longos tinham recuo firme de manhã, enquanto o câmbio estava bem comportado, mas o ritmo esfriou na etapa vespertina, com o dólar voltando a ficar perto dos R$ 5,50. Na percepção do mercado, este trecho não conseguirá emplacar uma melhora sustentável enquanto o governo não adotar medidas concretas que sinalizem austeridade fiscal, mas que também são impopulares num ano eleitoral. “A impressão é que o Congresso vai esperar as eleições municipais para tocar as reformas”, disse uma fonte.

 

Outro limitador de melhora nos vencimentos longos é a questão do financiamento da dívida pública. Para a MZK Investimentos, considerando que o total de vencimentos de papéis até o fim de 2020 é de pouco mais de R$ 100 bilhões, o Tesouro não precisaria continuar com ofertas tão elevadas de prefixados nos leilões restantes até dezembro. Numa simulação feita pela instituição, se o Tesouro colocar em torno de R$ 1 bilhão de LFT por semana e de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões de NTN-B nas operações quinzenais, o saldo restante para títulos prefixados poderia ficar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões em cada leilão.

 

“É uma situação de certa forma confortável, não precisaria de leilões tão grandes como vimos no dia 10 (quando ofertou 43 milhões de LTN)”, disse o gestor de renda fixa da MZK, Danilo Macari. “O problema é a virada do ano”, completou. Já no dia 1º de janeiro vencem R$ 122 bilhões em NTN-F. No primeiro semestre, o vencimento total de títulos chega a R$ 663 bilhões. (Denise Abarca – [email protected])

 

 

17:29

 

Operação   Último

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92

Capital de Giro (%a.a) 5.56

Hot Money (%a.m) 0.42

CDI Over (%a.a) 1.90

Over Selic (%a.a) 1.90

 

 

 

 

 

 




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