CHANCE DE SELIC AINDA MENOR AJUDA BOLSA E PUXA DÓLAR EM DIA DE EXTERIOR VOLÁTIL

O exterior, em meio a dia de declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, até trouxe alguma volatilidade aos ativos domésticos nesta quarta-feira, mas os movimentos foram definidos principalmente pela expectativa em torno do comunicado que acompanhará a decisão do Copom, logo mais. Há praticamente consenso, entre analistas e conforme precificam as taxas de juros, de que o Banco Central reduzirá a Selic em 0,75 ponto porcentual, a 2,25% ao ano. Os agentes, contudo, trabalham com a perspectiva de que a autoridade monetária venha a deixar a porta aberta para novo afrouxamento, diante dos indicadores de atividade fracos, como o de Serviços, hoje, e sem preocupações com a inflação. Em meio a isso, os DIs longos tiveram queda e os curtos terminaram indicando possibilidade próxima a 60% de a taxa básica diminuir em 0,25 ponto na reunião de agosto, para 2% ao ano. Essa possibilidade teve efeito distinto na Bolsa e no câmbio. Enquanto o mercado acionário brasileiro experimentou alta consistente, puxado por empresas de varejo que se beneficiariam da queda de juros e pela busca de retorno do investidor, o real voltou a se enfraquecer diante do dólar, com a renda fixa brasileira se tornando menos atrativa para o estrangeiro. Os ganhos de 2,16% do Ibovespa, aos 95.547,29 pontos, tiveram influência positiva do vencimento de opções sobre ações, mas acabaram limitados pela queda na maioria das bolsas em Nova York. Por lá, os principais índices chegaram a subir durante o discurso de Powell, que pediu a manutenção do apoio à economia e disse que o BC americano tem mais recursos disponíveis para medidas adicionais. Mas novas tensões geopolíticas, receios de uma segunda onda de covid-19 e a queda do petróleo seguraram o Dow Jones e o S&P500, que caíram. Já o dólar, depois de um dia bastante volátil diante do real, terminou com alta de 0,51% no mercado à vista, cotado a R$ 5,2608, no sexto pregão seguido de alta, período no qual subiu 8%.

 

 

JUROS

O mercado de juros encerrou esse dia “D” da política monetária no Brasil com taxas curtas de lado e as demais, em baixa, com a curva, ao contrário de ontem, perdendo inclinação. Consolidadas as apostas de queda da Selic hoje para 2,25% e de que o Copom deixará a porta aberta para voltar a reduzir a taxa em agosto, o mercado operou em compasso de espera pelo comunicado e, assim, a ponta curta oscilou marginalmente. Isso abriu espaço para uma correção nos vencimentos longos, que ontem subiram em função do aumento das apostas no corte da Selic e da pressão no câmbio. Hoje, o dólar passou a avançar no meio da sessão, mas muito em função das expectativas para a Selic e, ainda assim em níveis considerados comportados. Desse modo, não interferiu no ajuste da curva.

 

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2020, o primeiro a vencer após o Copom de hoje, novamente foi o mais líquido, fechando com taxa de 2,247%, de 2,262% ontem. O DI para janeiro de 2021 fechou com taxa em 2,095%, de 2,094% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 5,773% para 5,66% (mínima). A do DI para janeiro de 2027 também fechou na mínima, a 6,62%, de 6,742% ontem.

 

Considerando as reuniões de hoje e a de agosto, a precificação de corte da Selic na curva subiu de 90 para 95 pontos-base. Há 70% de chance de queda de 0,75 ponto porcentual na taxa nesta quarta-feira e 30% de probabilidade de redução de 0,50 ponto. “Mas temos 27 pontos para corte em agosto”, disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong Banco de Investimentos, lembrando que a precificação da curva não é perfeita. Com isso, a chance de corte de 0,25 ponto na Selic em agosto, que ontem estava entre 50% e 60%, hoje, diz, “está mais perto de 60%”. Na pesquisa Projeções Broadcast, 52 entre 54 instituições preveem corte da Selic em 0,75 ponto neste Copom, com duas aguardando redução menor, de 0,50 ponto.

 

Há casas com apostas ainda mais agressivas, como a Persevera Asset Management, que acredita em corte de 1 ponto hoje na Selic. “Se não cortar hoje [100 pontos-base], deixará a porta aberta, e o ciclo de queda não será encerrado”, afirma Guilherme Abbud, sócio-fundador e diretor de investimentos da gestora, que estima a taxa em zero no fim de 2020.

 

É elevadíssima a expectativa pela sinalização do comunicado em relação aos próximos passos, com o mercado apostando muitas fichas na continuidade do ciclo. De um lado, os dados ruins de atividade – hoje a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) mostrou retração de 11,7% no volume dos serviços prestados em abril ante março, a mais acentuada da série histórica – validam a ideia de continuidade dos cortes em agosto. De outro, os efeitos nocivos para o câmbio de se colocar a Selic em 2% e um provável aumento da inclinação da curva são os principais argumentos dos que acreditam que o Copom pode não ser tão “dovish” quanto se pensa.

 

Mesmo com as atenções voltadas ao Copom, houve espaço para a queda da ponta longa. “A curva estava aberta demais ontem”, disse Vitor Carvalho, sócio-gestor da Laic-HFM, acrescentando ainda que declarações do ministro Paulo Guedes sobre as reformas, como as de hoje, normalmente acabam encorajando a busca por risco. “Estamos terminando as medidas emergenciais e retornaremos às reformas econômicas nas próximas semanas. Vamos continuar reformando o País em uma direção liberal”, disse o ministro.

 

Além disso, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, em entrevista ao UOL, reiterou que uma “virada” na política econômica não ocorreria com Guedes no governo, tipo de fala que sempre agrada ao mercado. O secretário também reforçou que o órgão não está tendo problema para financiar a dívida pública e que o foco tem sido no curto prazo porque a curva longa de juros está alta.

 

Com isso, a expectativa é de que o leilão de prefixados de amanhã seja novamente concentrado nos papéis de curtos, nas LTN, que têm tido grande demanda. “Percebe-se que não tem doador na ponta longa pelos volumes que o Tesouro tem colocado, com muito papel principalmente na LTN abril de 2021”, destaca um gestor. (Denise Abarca – [email protected])

 

 

Operação

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.21

Capital de Giro (%a.a) 7.02

Hot Money (%a.m) 0.82

CDI Over (%a.a) 2.90

Over Selic (%a.a) 2.90

 

 

BOLSA

Em recuperação pelo segundo dia, o Ibovespa fechou hoje no maior nível das últimas cinco sessões, buscando se reaproximar do fechamento de 9 de junho (96.746,55 pontos), o segundo mais alto desde 6 de março (97.996,77 pontos) – no último dia 9, iniciou uma série de quatro perdas, após sequência de sete altas, a mais longa desde fevereiro de 2018. Nesta quarta-feira de vencimento de opções e futuros sobre o Ibovespa, o índice encerrou em alta de 2,16%, aos 95.547,29 pontos, em dia que se mostrou misto nas bolsas do exterior, em parte contidas por tensões fronteiriças na Ásia – entre China e Índia, e entre as Coreias – bem como pela cautela sobre segunda onda de covid-19 e o efeito que poderá ter na retomada econômica. Na máxima, o índice foi hoje aos 96.611,40 pontos, com ganhos superiores a 3%, saindo de mínima a 93.531,17 pontos na sessão. O giro financeiro totalizou R$ 69,4 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções e futuros sobre o índice.

 

No mês, o Ibovespa acumula ganho de 9,32% e, na semana, de 2,97%. A partir das 14h, o Ibovespa passou a renovar máximas, em momento no qual as bolsas de Nova York se firmavam em alta, ainda que transitoriamente, e bem mais moderada do que a observada na B3. No exterior, o sentimento chegou a melhorar com novas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que sinalizou hoje que ainda levará um tempo para se começar a reduzir o volume de ativos no balanço da instituição, ampliado para disponibilizar liquidez em meio ao impacto econômico da pandemia. No Brasil, o mercado aguarda daqui a pouco corte de até 0,75 ponto porcentual na Selic, que levaria a taxa de juros de referência a nova mínima histórica, desta vez a 2,25% ao ano.

 

“Tendo as iniciativas de liquidez nos EUA e a redução da Selic por aqui, o mercado continua a ser movido pelo fluxo, com deslocamento de recursos da renda fixa para a variável em busca de rentabilidade. Se o Copom surpreender e vier com corte acima do consenso, antecipando ajuste nos juros que viria depois, o movimento para a Bolsa pode se fortalecer”, diz Ari Santos, operador de renda variável da Commcor.

 

“No exercício de opções sobre o Ibovespa hoje, prevaleceram as calls, muito mais compras do que vendas”, o que pode ser visto como expectativa de que o índice continuará subindo, observa Santos. Ele acrescenta que os preços das ações já embutem uma perspectiva ruim para os balanços do segundo trimestre, e que o mercado passa a olhar para o segundo semestre, especialmente sobre o que pode ocorrer com relação à pandemia e a reabertura das economias.

 

Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, vê com cautela o comportamento de hoje do Ibovespa no vencimento de opções. “Para mim não é sinalização de alta, acredito que entrou fluxo de compra para acerto de posição em função do vencimento do índice futuro”, diz. “Contra fluxo não há resistência. Quando terminar o fluxo hoje, o mercado tende a se ajustar à realidade”, conclui.

 

Nesta quarta-feira, Eletrobras ON (+9,99%) registrou o maior avanço dentre os componentes do Ibovespa, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizar planos de privatização da empresa ainda em 2020.

 

Em outro desdobramento bem recebido pelo mercado, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse que o programa de reformas estruturais e de responsabilidade fiscal do governo seguirá em curso enquanto Guedes permanecer como o comandante da área econômica. No domingo, Mansueto anunciou que está de saída do governo; no dia seguinte, o ministério informou que Bruno Funchal será o substituto, a partir de 31 de julho.

 

As ações de commodities fecharam o dia em terreno positivo, com Petrobras ON e PN em alta respectivamente de 0,23% e 0,33%, enquanto Vale ON avançou 1,46%. Entre os bancos, também em alta na sessão, destaque para BB (+2,99%). Logo após Eletrobras na ponta do Ibovespa, Yduqs subiu hoje 7,12% e Cyrela, 6,73%. No lado oposto, Minerva caiu hoje 3,66% e CVC, 1,52%. (Luís Eduardo Leal – [email protected], com Maria Regina Silva)

 

 

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 95547.29 2.15556

Máxima 96611.40 +3.29

Mínima 93531.17 0.00

Volume (R$ Bilhões) 6.93B

Volume (US$ Bilhões) 1.32B

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 96080 2.54002

Máxima 96445 +2.93

Mínima 93950 +0.27

 

 

CÂMBIO

O dólar teve um dia de volatilidade alta, enquanto os investidores aguardam a decisão do Banco Central sobre juros. Em sessão marcada por poucos negócios, o que acentuou as oscilações, profissionais das mesas de câmbio ressaltam que, mais do que o esperado corte de juros hoje, a expectativa é ver o que o BC sinaliza pela frente. Um novo corte pode ajudar a enfraquecer ainda mais o real. No exterior, o dia foi marcado por fortalecimento da moeda americana, ainda em meio ao temor de uma segunda onda de contágios do coronavírus.

 

No mercado à vista, o dólar foi para a casa dos R$ 5,27 na máxima e, na mínima, caiu a R$ 5,18. No fechamento, terminou em R$ 5,2608, em alta de 0,51% no segmento à vista. Foi o sexto dia seguido de valorização da moeda americana, que acumula ganho de 8% no período. No mercado futuro, o dólar para julho era cotado em R$ 5,2590 às 17h.

 

“Hoje foi dia de oscilação grande, e lá fora também teve volatilidade”, afirma o responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. Ele ressalta que a expectativa pelo Copom e o temor de nova onda de coronavírus deixou o mercado sem muita âncora, fazendo os preços oscilarem mais que a média.

 

O sócio gestor da Ibiuna, Mario Torós, ex-diretor do BC, ressalta que o Brasil ainda nem terminou a primeira onda de coronavírus e quanto mais tempo demorar para ela passar, maior os efeitos na atividade econômica. Ele prevê corte de 0,75 ponto porcentual hoje na taxa básica de juros e acha que é mais provável o cenário em que o BC deixe as portas abertas para novo corte pela frente, de 0,50 ponto, levando a Selic para 1,75%, disse em Live do BTG Pactual.

 

Para Torós, se não houver uma segunda onda de infecções, o dólar pode se enfraquecer no mercado internacional, mas a tendência é que o real siga com desempenho pior que outras moedas emergentes, por conta da forte piora fiscal do Brasil.

 

Na avaliação do analista de mercado financeiro da Oanda em Nova York, Edward Moya, as perspectivas econômica para o Brasil só pioraram desde a última reunião de política monetária. Nesse ambiente, o BC deve sinalizar que provavelmente haverá mais cortes de taxas. Já no exterior, ele ressalta que as bolsas tiveram dia de ganhos em Nova York, mas a cautela persiste com a piora de casos de coronavírus nos EUA, sobretudo em estados como Flórida, Nevada, Texas e Arizona. Nesse ambiente, crescem as preocupações de excesso de oferta por petróleo e perspectiva de baixa demanda no curto e médio prazo.

 

Em meio aos juros baixos, o Brasil segue perdendo recursos externos. Embora com entradas para a Bolsa, o fluxo financeiro está negativo em junho em US$ 463 milhões até o dia 12. No acumulado do ano, a saída líquida por este canal soma US$ 33,8 bilhões.

 

Um dos eventos mais esperados do dia, o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na Câmara, acabou tendo impacto limitado nos mercados de moedas, enfraquecendo o dólar pontualmente. O dirigente declarou que o Fed ainda levará um tempo para começar a reduzir o volume de ativos em seu balanço e os juros seguirão baixos por muito tempo. O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, bateu nas mínimas do dia em meio ao discurso, mas voltou a subir em seguida. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

 

 

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.26080 0.4241 5.27170 5.18330

Dólar Comercial (BM&F) 5.1222 0

DOLAR COMERCIAL 5237.500 -0.20958 5275.500 5185.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5237.000 2.68627 5255.000 5230.000

 

 

MERCADOS INTERNACIONAIS

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou nesta tarde que a recuperação da crise “está no começo”, considerando que os Estados Unidos trilham “um bom caminho”. Durante depoimento a um comitê da Câmara dos Representantes, Powell pediu a manutenção do apoio à economia, argumentando que não é o momento para se preocupar com o quadro fiscal, e disse que o BC americano tem mais recursos disponíveis para medidas adicionais, se necessário. Em meio às declarações, os juros dos Treasuries não firmaram sinal único, com o mesmo ocorrendo nas bolsas de Nova York, que exibiram pouco fôlego após ganhos recentes. Já no câmbio o dólar avançou ante outras moedas principais, em quadro de certa cautela e euro fraco, e o petróleo caiu após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) projetar fraqueza para a demanda. Na frente do combate à pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) celebrou resultados com a dexametasona contra a covid-19, mas lembrou que havia por ora apenas “resultados iniciais positivos” e disse que aguarda mais detalhes do estudo no Reino Unido que mostrou sucesso do medicamento contra a doença em casos graves. A OMS ainda anunciou a suspensão do uso da hidroxicloroquina em seu ensaio clínico Solidariedade, após este medicamento não apresentar resultados positivos.

 

“Estamos em recuperação. O consumo e o emprego estão melhorando e vamos continuar a ver este movimento”, previu Powell no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, dizendo que a recessão atual “é profunda, mas poderá não ser longa”. Além de reafirmar o compromisso com o apoio do Fed, o presidente do BC recomendou que os deputados e demais políticos em Washington deixem em segundo plano agora as preocupações com a questão fiscal, preferindo garantir o apoio necessário para que a crise seja a menor possível. “Quanto mais fizermos agora, melhor será a retomada”, enfatizou.

 

O Goldman Sachs avalia em relatório que o número de novas mortes pela covid-19 tem recuado, mas ainda com crescimento nos casos globais. Segundo o banco, esse movimento de alta reflete as primeiras “ondas” de casos em países nos quais a doença chegou depois, não tanto uma segunda “onda” nos países já mais afetados, considerando que um padrão similar ocorre nos Estados americanos. O Wells Fargo, por sua vez, aponta que, após um impulso inicial na atividade com a reabertura em várias nações, os próximos avanços na economia podem ser “mais desafiadores”, citando a fraqueza ainda vista no setor de varejo das nações avançadas.

 

Durante as declarações de Powell, as bolsas de Nova York chegaram a acelerar ganhos no meio da tarde, mas depois perderam impulso, terminando sem sinal único após três dias de ganhos. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,65%, em 26.119,61 pontos, o Nasdaq subiu 0,15%, a 9.910,53 pontos, e o S&P 500 recuou 0,36%, a 3.113,49 pontos.

 

Os retornos dos Treasuries, por sua vez, não tiveram sinal único, em meio a declarações de Powell e com certa busca por segurança entre investidores. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,209% e o da T-note de 10 anos recuava a 0,733%.

 

Também com a relativa cautela, o dólar subiu ante outras moedas principais. No fim da tarde em Nova York, a moeda americana caía a 106,98 ienes, o euro recuava a US$ 1,1237 e a libra tinha baixa a US$ 1,2543. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, subiu 0,21%, a 97,158 pontos.

 

Entre as commodities, o petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,14%, a US$ 38,21 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês caiu 0,61%, a US$ 40,71 o barril, na ICE. A previsão modesta para a oferta feita pela Opep pressionou os contratos. O óleo chegou a reduzir perdas após o relatório semanal de estoques dos EUA, que mostrou queda na produção no país, mas ainda assim caiu.

 

Já a OMS anunciou que deve interromper o uso da hidroxicloroquina em seu ensaio clínico Solidariedade, após o medicamento não mostrar bons resultados neste estudo nem em outro, do Reino Unido. Por outro lado, a entidade celebrou o fato de que no país europeu a dexametasona mostrou resultados positivos para pacientes graves da doença, reduzindo a mortalidade em um quinto para os pacientes que estavam apenas no oxigênio e em um terço para aqueles que já estavam com respirador. A OMS explicou, porém, que os resultados são preliminares e que aguarda agora mais dados e a revisão da pesquisa britânica por outros cientistas.

 

A entidade ainda citou o Brasil. Diretor executivo da OMS, Michael Ryan disse que o quadro da pandemia no País ainda é “muito severo”, mas com aumento dos casos “não tão exponencial quanto antes”. Ryan considerou que há “sinais de estabilização”, mas advertiu que, a julgar pela experiência de outros países, novos saltos ainda podem ocorrer. Ele também pediu “extrema cautela” do Brasil neste momento em relação à covid-19. (Gabriel Bueno da Costa – [email protected])

 

 

 

 

 




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