SEM VACINA OU AJUSTE FISCAL, ATIVOS LOCAIS SUCUMBEM E IGNORAM OTIMISMO COM YELLEN

Blog, Cenário
Os ativos locais se descolaram completamente do comportamento otimista dos mercados em grande parte do mundo. Enquanto lá fora os investidores reagiram positivamente à expectativa de expansão fiscal nos EUA, ratificada por Janet Yellen durante sabatina no Senado americano, por aqui pesou a dura realidade: contas públicas deterioradas para arcar com uma eventual extensão do auxílio emergencial, discutida ainda assim, e dificuldades do governo em importar não apenas as vacinas da Índia, mas também em comprar insumos para fabricar os imunizantes no Brasil. Ou seja, as perspectivas para uma vacinação em massa que impeça novos estragos econômicos não é das melhores e também não há recursos para minimizar os impactos da segunda onda de covid. Como resultado, o Ibovespa chegou a perder os 120 mil pontos na mínima do dia, o real teve a pior performance dentro de uma cesta de 34 moedas e a curva de juros voltou a ganhar inclinação, ainda que pequena nesta véspera de Copom. No caso da Bolsa, com Vale e siderúrgicas em queda firme, o dia só não foi pior porque a alta do petróleo conduziu os ganhos de Petrobras, limitando a queda do principal índice acionário local a 0,50%, aos 120.636,39 pontos. Enquanto isso, no câmbio, os agentes seguiram atentos à disputa pela presidência da Câmara, que pode definir em que bases pode ocorrer uma eventual continuidade do auxílio emergencial. Hoje, aliás, a Defensoria Pública da União (DPU) em Manaus entrou com um pedido na Justiça Federal para que o governo retome em até dez dias o pagamento do auxílio emergencial no Estado, criando ainda mais ruído. Para completar, a volta da discussão para recriar um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da antiga CPMF, também não ajudou. Com isso, depois de bater em R$ 5,36, o dólar terminou com alta de 0,77% no mercado à vista, a R$ 5,3456. A combinação de ruídos políticos e fiscais com câmbio pressionado puxou os juros futuros para cima, em meio à expectativa em relação ao comunicado do Copom amanhã, quando alguns agentes acreditam que a autoridade monetária já poderá pôr fim ao forward guidance. Em Wall Street, nesta véspera da posse de Biden, a defesa do pacote de US$ 1,9 trilhão por Yellen e a promessa de "agir com grandeza" na área fiscal impulsionaram as bolsas e a maior parte das commodities, incluindo o petróleo.  
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  BOLSA Apesar do dia positivo em Nova York após o feriado de ontem por Luther King, o Ibovespa, assim como dólar e juros, refletiu hoje a cautela dos investidores em relação ao cenário doméstico, ainda afligido por incertezas sobre a situação fiscal e o encaminhamento da vacinação, em meio a dúvidas quanto à disponibilidade de insumos para a imunização em massa por aqui - dificuldades que podem atrasar o cronograma da vacina e, por consequência, a retomada da economia. Assim, o índice da B3 fechou nesta terça-feira em baixa de 0,50%, a 120.636,39 pontos, com mínima a 119.257,03 e máxima a 122.120,24 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 29,8 bilhões. No ano, o índice tem ganho de 1,36%, com avanço de 0,24% nesta semana.   "A preocupação fiscal não irá embora até que se tenha, ao menos, a definição para a presidência da Câmara, no início de fevereiro. Também no começo do mês teremos o início da temporada de balanços, com os resultados de bancos, que serão sinais importantes sobre a economia. Há a preocupação sobre a efetividade da vacinação: ainda há calafrios em relação a isso, ao cronograma, se conseguiremos ser tão efetivos como outros países para começar a virar a página da pandemia e iniciar a recuperação econômica", diz Leonardo Milane, economista e sócio da VLG Investimentos.   "Assim como na semana passada, tivemos hoje uma realização normal. Eventual extensão do auxílio emergencial causa estresse especialmente nos juros, com o receio de piora fiscal, em situação que já é bem delicada. Não ajudaram também rumores de que a China venha a buscar uma diversificação maior no fornecimento de minério de ferro, o que afeta diretamente a Vale (ON -0,27%)", aponta Pedro Lang, head de renda variável da Valor Investimentos, acrescentando que o setor de siderurgia responde por 15% a 16% do Ibovespa.   Maior perda do Ibovespa na sessão, CSN fechou em queda de 5,71%, seguida por Usiminas (-4,71%) e Hapvida (-3,12%). Gerdau PN (-2,95%) e Gerdau Metalúrgica PN (-2,52%) também tiveram ajuste negativo nesta terça-feira. No lado oposto, BTG subiu 3,12%, à frente de Suzano (+3,03%) e Totvs (+2,50%). Entre as blue chips, destaque para Petrobras (PN +2,21% e ON +1,25%), enquanto os grandes bancos, segmento de maior peso no índice, registraram perdas em bloco, entre 1,19% (Itaú PN) e 2,16% (Santander) na sessão.   "A queda do minério do ferro (-1,57% em Qingdao, China) provocada pela pressão das margens nas siderúrgicas, que devem reduzir o consumo da commodity, ajuda a explicar o movimento de queda do Ibovespa, que retornou exatamente para a faixa de 120 mil pontos", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Em vista da tendência de alta principal, o retorno para o patamar, que foi o último topo rompido e por onde passa a média móvel exponencial de 21 dias, deve abrir caminho para uma recuperação no curtíssimo prazo (do Ibovespa)."   Nesta terça-feira, como pano de fundo para a cautela do mercado, não agradou a retomada do auxílio emergencial na retórica dos candidatos à presidência da Câmara, apesar da promessa de que eventual solução para a continuidade do benefício respeitará o teto de gastos - uma ressalva que ainda não se sabe, na prática, como seria viabilizada. Dessa forma, o dia foi de bolsa em baixa, dólar em alta e juros longos para cima, na véspera da decisão de política monetária do Copom, que pode retirar o "forward guidance" de seu comunicado, amanhã.   Por outro lado, o apetite do investidor estrangeiro por ações brasileiras, visto desde novembro, contribui para limitar o escopo das correções na B3. De acordo com dados divulgados hoje, o estrangeiro ingressou com R$ 883,243 milhões em 15 de janeiro, encerrando a semana com fluxo positivo de R$ 8,084 bilhões - o intervalo entre os dias 11 e 15 foi marcado por três sessões de baixa, que colocaram em 3,78% as perdas do Ibovespa no período. Em janeiro, o fluxo líquido de ingresso estrangeiro chega a R$ 18,846 bilhões, o que já o torna, em termos nominais, o melhor primeiro mês do ano desde 1994, quando o levantamento mensal começou a ser disponibilizado. (Luís Eduardo Leal e Felipe Laurence - [email protected])     18:24   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 120636.39 -0.4992 Máxima 122120.24 +0.72 Mínima 119257.03 -1.64 Volume (R$ Bilhões) 2.97B Volume (US$ Bilhões) 5.62B         18:29   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 120475 -0.62278 Máxima 122435 +0.99 Mínima 119250 -1.63           CÂMBIO O real operou hoje descolado de outras emergentes e ficou com o pior desempenho do dia ante o dólar, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas. A moeda americana bateu em R$ 5,36 na máxima do dia, com os participantes do mercado preocupados com o lento processo de vacinação no Brasil, agora ameaçado pela falta de insumos para fabricar os medicamentos, a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial e a volta da discussão sobre recriar um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da antiga CPMF.   No mercado de balcão, o dólar spot fechou o dia cotado em R$ 5,3456, com valorização de 0,77%. No mercado futuro, o dólar para fevereiro subia 1,13%, a R$ 5,3620 às 18h10. O giro estava em US$ 12 bilhões, abaixo da média da semana passada, mas acima do fraco volume de ontem, feriado nos Estados Unidos.   A terça-feira foi marcada por uma série de notícias que pressionaram o câmbio e fizeram o risco-País, medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, superar os 170 pontos, no maior nível desde novembro do ano passado. Os estrategistas do Citigroup em Nova York dizem que as vacinas aprovadas até agora no Brasil são suficientes apenas para 1,5% da população brasileira e incertezas permanecem sobre o processo, que é essencial para a retomada da atividade com mais força.   Nos Estados Unidos, onde a vacinação ganha fôlego, as internações hospitalares caíram nos últimos 12 dias, observam os analistas do Goldman Sachs. Com isso, abre-se espaço para uma reabertura mais rápida das atividades, o que melhora a perspectiva para a economia, comentam nesta terça-feira.   Pela manhã, a Justiça do Amazonas pediu que o governo pague o auxílio emergencial por mais dois meses na região, o que trouxe de volta nas mesas de operação a preocupação com aumento dos gastos fiscais. O lento início do processo de vacinação no Brasil e o crescimento de casos de covid, que não dá sinais de perder o fôlego, faz o mercado se perguntar o que virá primeiro, se a prorrogação do coronavoucher ou a vacinação em massa, destacam os estrategistas do Rabobank, Mauricio Une e Gabriel Santos, em relatório.   "A incerteza aqui não dá trégua, é com a vacina, com o fiscal, com a presidência da Câmara", comenta um operador de câmbio. A perda de popularidade do presidente, como mostrada ontem em pesquisa da XP, pode levar a adoção de medidas populistas, que podem ser vistas como negativas pelo mercado, escreve o estrategista-chefe e sócio da TAG Investimentos, Dan Kawa em sua análise diária.   Nos Estados Unidos, o destaque do dia foi o discurso da próxima secretária do Tesouro, Janet Yellen, no Senado. "Os EUA não vão lutar por dólar fraco para ganhar vantagem competitiva", declarou a ex-presidente do Federal Reserve. "O dólar e outras moedas devem ser determinados pelos mercados", ressaltou.   Em meio ao discurso de Yellen, o dólar ganhou força e chegou a zerar a queda ante o peso mexicano, mas o movimento não se sustentou, pois a dirigente falou da necessidade de mais estímulos extraordinários, pedindo aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão. Isso ajudará a inundar o mercado de mais dólares, contribuindo para manter a moeda fraca, destaca um gestor de multimercados. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:29   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.34560 0.771 5.36310 5.24400 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5360.000 1.113 5370.500 5243.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5277.000 18/01     JUROS A curva de juros fechou a terça-feira com ganho de inclinação, influenciada por uma série de fatores que passam pela piora do risco fiscal e político, fluxo de saída no câmbio, IGP-M elevado e compasso de espera pelo comunicado do Copom amanhã. Embora nenhum destes isoladamente tenha sido determinante para justificar a alta das taxas de longo prazo, o conjunto justificou uma postura cautelosa do investidor, apesar do bom humor no retorno dos mercados em Wall Street após feriado ontem. Na véspera de decisão da política monetária, a aposta quase consensual se mantinha na manutenção da Selic em 2%, com os agentes atribuindo grandes chances de retirada da orientação futura (forward guidance), e, assim, as taxas curtas terminaram estáveis.   O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou com taxa de 3,240% (regular) e 3,255% (estendida), de 3,266% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxas de 4,995% (regular) e 5,025% (estendida), de 4,986% ontem. A do DI para janeiro de 2025 subiu de 6,455% para 6,49% (regular) e 6,54% (estendida) e a do DI para janeiro de 2027, de 7,084% para 7,12% (regular) e 7,19% (estendida).   "O fluxo de saída no câmbio deu uma contaminada nos juros, mas não que não tivesse outros motivos para subir", disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno. Houve melhora no volume de contratos negociados em relação a ontem, mas ainda assim continua abaixo da média diária dos últimos 30 dias, diante de um cenário local cheio de indefinições. Uma delas é disputa pelo comando da Câmara, cujo vencedor terá o poder de organizar as prioridades na pauta de votação. "Isso vai definir o rumos da economia nos próximos meses", lembrou Nepomuceno.   Caso o deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, vença, a expectativa é de relançamento da CPMF. O imposto, defendido pela Economia, é extremamente impopular e pode dificultar ainda mais a governabilidade, já abalada em meio a severidade da pandemia - além de Manaus, já há relatos de colapso também em municípios do Pará por falta de oxigênio nos hospitais -, e lenta evolução no processo de vacinação contra Covid do Brasil.   Nesse contexto, os agentes temem pelo futuro das matérias sobre contas públicas e o retorno do pagamento do auxilio emergencial. Também candidato à presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse que Paulo Guedes deve fazer uma proposta por nova rodada do benefício neste início do ano. Segundo ele, cabe a Guedes e sua equipe apresentarem algo que seja feito dentro do teto de gastos, mas o mercado desconfia de que isso seja possível.   O economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, vê oportunidade de vendas na ponta curta da curva, que, segundo ele, continua “esticada para cima”, para quem aposta em alta moderada da Selic em 2021 inferior à 3,5%. "A elevação dos juros futuros da semana passada já deve ter considerado a retirada do forward guidance", disse. Para a instituição, a Selic deve passar a subir só em maio.   Maio também é a previsão para o início do aperto da taxa básica do economista-chefe do ING para a América Latina, Gustavo Rangel. Para ele, o Copom deve retirar forward guidance amanhã, mas "exigirá habilidades retóricas inteligentes" por parte dos diretores para reduzir o impacto sobre a curva a termo. "As autoridades tentarão introduzir uma inclinação hawkish sem gerar expectativas no mercado de um ciclo de aperto antecipado e estendido", disse, em relatório, acrescentando, no entanto, que o comunicado deve indicar que o fim do forward guidance não 'implica mecanicamente em alta de juros'.   A terça-feira foi dia de leilão de NTN-B, com a oferta de 1,550 milhão de títulos vendida integralmente. O papel segue bastante atrativo ao investidor em meio ao aumento da pressão inflacionária e avanço nas taxas de inflação implícita. A percepção foi de que o Tesouro venderia até mais se aumentasse o lote, especialmente dos curtos, porque é um papel de demanda elevada. "É um título que dá muita segurança ao investidor", disse Nepomuceno. (Denise Abarca - [email protected])     18:29   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     MERCADOS INTERNACIONAIS A defesa contundente da indicada ao Tesouro americano, Janet Yellen, do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão anunciado pelo presidente eleito Joe Biden na semana passada deu impulso adicional às bolsas de Nova York e ao petróleo, que fecharam em alta. Durante audiência no Comitê de Finanças do Senado, a ex-presidente do Federal Reserve (Fed) confirmou sua intenção de "agir com grandeza" na área fiscal para vencer a crise da covid-19, mantendo o dólar no vermelho ante rivais. Os juros dos Treasuries, por sua vez, apresentaram alguma instabilidade neste último dia de mandato de Donald Trump. Joe Biden toma posse como novo líder da Casa Branca amanhã à tarde, em cerimônia que deve atrair os olhos do mundo inteiro.   "Economistas nem sempre concordam, mas há um consenso agora: sem mais ação fiscal, corremos risco de recessão prolongada. É preciso fazer mais para apoiar a economia americana", afirmou Yellen nesta tarde a senadores, agradando agentes do mercado. Ela ainda não teve a indicação aprovada pelo parlamento: senadores que não se pronunciaram nesta terça-feira poderão enviar perguntas por escrito para Yellen até amanhã, às 18 horas de Brasília. Só então haverá nova convocação do Comitê de Finanças do Senado para votar o nome de Yellen no comando do Tesouro. Se aprovado, ainda terá de ser avalizado pelo plenário do Senado.   Na avaliação da Stifel Economics, Yellen agrada ao mercado por ser um "rosto conhecido". Ela presidiu o Fed de 2014 a 2018, antecedendo o atual dirigente da autoridade monetária, Jerome Powell. Além disso, diz o TD Securities, a perspectiva de mais estímulo fiscal deve ampliar a recuperação econômica dos Estados Unidos paulatinamente à imunização do país contra a covid-19. Em relatório enviado hoje a clientes, o economista-chefe da Capital Economics, Paul Asworth, afirma que os EUA devem crescer 6,5% em 2021 com tal pacote fiscal "de grande escala" - o analista, porém, espera enxugamento pelo Congresso para cerca de US$ 1 trilhão. Como vem mostrando o Broadcast, investidores não acreditam que o Plano de Resgate da América, como foi batizado, será aprovado na íntegra.   Seja como for, em clima de apetite por risco nesta sessão, em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,38%, acompanhado pelo S&P 500 (+0,81%) e pelo Nasdaq (+1,53%). A General Motors saltou 9,75%, após anunciar parceria com a Microsoft na fabricação de carros autônomos. Houve ainda algum impulso vindo do petróleo, com o papel da Chevron se fortalecendo em 2,63%. O barril de petróleo WTI para março terminou o dia em alta de 1,18%, a US$ 52,98, enquanto o barril de Brent para o mesmo mês subiu 2,10%, a US$ 55,90, de olho na perspectiva de crescimento global na esteira dos EUA.   Também de olho na iminência de mais liquidez, o Dollar Index (DXY) terminou o dia em baixa de 0,30%, a 90,498 pontos. A moeda americana avançou a 103,875 ienes, enquanto o euro subiu a US$ 1,2125 e a libra esterlina se valorizou a US$ 1,3635. Na renda fixa, depois de alguma oscilação, os juros dos Treasuries ficaram sem direção definida. A aposta predominante, porém, é a de que os estímulos da dupla Biden-Yellen devem impulsionar a inflação e refletirem nos retornos dos títulos públicos. No horário do fim dos negócios em Nova York, o juro da T-note de dois anos subia a 0,133%, mas o da T-note de dez anos caía a 1,087%. Já o retorno do T-bond de 30 anos cedia a 1,833%.   Com o otimismo para a posse de Biden e de seu secretariado dando o tom, falas delicadas de Yellen nesta terça-feira acabaram em segundo plano. A indicada para o Tesouro acenou para uma reforma tributária progressiva, com reversão de incentivos fiscais e mais taxação para corporações e classes altas, bem como reiterou críticas à China, a quem atribuiu práticas "abusivas, injustas e ilegais" - fatores sempre pouco caros ao mercado.   Na Europa, as bolsas se descolaram de Wall Street e fecharam em queda, atentas à disseminação descontrolada da covid-19 e à possibilidade de aperto ainda maior de restrições para conter a doença. O índice Dax, de Frankfurt terminou o dia em queda de 0,24%, acompanhado pelo CAC 40, de Paris (-0,33%), e pelo FTSE 100, da Bolsa de Londres (-0,11%). Por lá, já neste fim de tarde, após o fechamento dos mercados, repercutiu fala do economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andy Haldane, de que o programa de relaxamento quantitativo (QE) deve ser reduzido gradualmente. (Por Eduardo Gayer - [email protected])          
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