POWELL INDICA QUE FED SEGUE ESTIMULATIVO, INVESTIDOR TOMA RISCO EM BOLSA E DÓLAR CAI

As declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, logo após o banco central americano manter a política monetária inalterada, deixaram claro que estratégia estimulativa continuará, o que, na prática, significa manter a farta liquidez global por mais tempo. Powell foi claro: o Fed não está “nem próximo de considerar elevação de juros”. E sinalizou: “Ainda temos caminho a trilhar, na melhora do mercado de trabalho até nossa meta”. Os investidores reagiram “comprando” risco, o que gerou enfraquecimento do dólar e melhora das bolsas, com o Ibovespa superando os 126 mil pontos. O real foi destaque entre as moedas, ainda que o dólar tenha perdido valor globalmente. No entanto, a divisa brasileira sofre a influência de fatores locais, como o fluxo de entrada de recursos para IPOs, além da perspectiva, cada vez mais forte entre diversas instituições e analistas, de que a Selic suba 1 ponto porcentual na próxima semana e que o ciclo de ajuste monetário termine com a taxa básica já num nível restritivo, de até 8%. Com isso, mesmo após o dólar terminar o dia com desvalorização de 1,31% no mercado à vista, a R$ 5,1099, os juros futuros oscilaram entre a estabilidade e leve alta. A curva, que vinha renovando picos ao longo da semana e chegou a ganhar inclinação, ficou inerte diante do otimismo global e consolida, cada vez mais, uma elevação da Selic para 5,25%, dos atuais 4,25%, com chances minoritárias de tocar em 5,5%. Enquanto isso, o Ibovespa, que vinha patinando nos últimos dias, refletindo a possibilidade de a renda fixa tirar atratividade da variável e com o efeito negativo da Selic maior sobre alguns setores, hoje tirou um pouco do atraso. O principal índice foi bem além dos pares americanos, que fecharam mistos em meio à temporada de balanços por lá, e encerrou com alta de 1,34%, aos 126.285,59 pontos. A perspectiva de que o Fed continuará estimulando a economia teve reflexo importante em papéis ligados a commodities, como Petrobras, Vale, que divulga balanço ainda hoje, e siderúrgicas. Mas bancos também estiveram na ponta positiva, após dados positivos do Santander.

MERCADOS INTERNACIONAIS

A manutenção do tom “dovish” pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na coletiva de imprensa que se seguiu à decisão de política monetária da instituição impactou especialmente o dólar, que devolveu os ganhos de mais cedo sobre outras moedas fortes e se firmou em campo negativo nesta tarde. Powell reforçou que o BC americano deve manter uma postura acomodatícia tendo em vista alcançar progressos em seus objetivos para emprego e estabilidade nos preços e destacou que o Fed não está “nem próximo de considerar elevação de juros”. As bolsas de Nova York responderam com algum fôlego, mas seguiram sem direção única, reagindo também à temporada de balanços. Já os títulos públicos dos EUA foram pouco impactados e chegaram ao fim da tarde sem direção única.

Na coletiva, Powell destacou que “a inflação não está toda disseminada” por todos os setores da economia, mas centrada em certas áreas”. Ele ressaltou que o Fed ainda não tem confiança sobre o momento em que os índices de preços ao consumidor voltarão à meta média de 2% e pontuou que “progresso substancial” rumo às metas de inflação e emprego ainda não foi atingido.

Junto da decisão de política monetária, o Fed anunciou o estabelecimento de dois programas de acordos de recompra de ativos (repo). Um deles, um instrumento doméstico permanente (SRF, na sigla em inglês), e o outro um instrumento de repo para autoridades monetárias do exterior e internacionais (FIMA, na sigla em inglês).

Para a Pantheon Macroeconomics, houve progresso na economia americana, mas não o suficiente para que a autoridade monetária dê início ao processo de retirada de estímulos. “As mudanças no comunicado são poucas, mas a sessão de políticas claramente tem a intenção de esclarecer que as conversas sobre o ‘tapering’ estão em andamento”, avalia. Por sua vez, o ING vê sinais de que o Fed deve iniciar o seu processo de retirada de estímulos em breve, o que pode incluir “mercados precificando” uma alta de juros em 2022.

Pouco antes da decisão, o dólar ampliou seus ganhos ante rivais. No entanto, com as declarações de Powell, o ativo passou ao terreno negativo, e o índice DXY, que mede o dólar ante seis moedas de economias desenvolvidas, fechou em baixa de 0,12%. No fim da tarde, o euro avançava a US$ 1,1846, a libra subia a US$ 1,3905 e o dólar se valorizava a 109,92 ienes.

Entretanto, para o ING, o Fed “deve pelo menos permitir que o bom momento recente do dólar continue”. “Como o Fed dificilmente se tornará um fator negativo para o dólar, caberá à recuperação global mudar a maré no mercado de câmbio” afirma o banco. “Por enquanto, os mercados permanecem relutantes em reavaliar uma retomada perfeita, e os recentes solavancos no sentimento chinês podem muito bem ter causado outro golpe nos fluxos de portfólio já decrescentes para os mercados emergentes, que é outro fator que deve colocar um piso o dólar no curto prazo”, projeta o banco holandês.

A postura do Fed deu algum impulso às bolsas. Os balanços afetaram especialmente o setor de tecnologia, com Alphabet (+3,18%) subindo após publicarem resultados ontem, enquanto a Apple (-1,22%) e Microsoft (-0,11%) recuaram seguindo a divulgação. Com os números apresentados hoje, a Spotify sofreu uma queda de 5,74%. Em outros setores, o destaque foi a Boeing, que subiu 4,18%, após informar que teve o primeiro lucro trimestral em mais de um ano. Já a Pfizer avançou 3,31%. Na contramão, McDonald’s cedeu 1,96%, com números que não agradaram investidores, assim como a Visa, que publicou balanço ontem após o fechamento do mercado e recuou 1,59% hoje. Ao final, o Dow Jones teve baixa de 0,36%, o S&P 500 caiu 0,02% e o Nasdaq avançou 0,70%.

Na renda fixa, a reação à decisão foi tímida, mas os juros longos foram pressionados perto do final da sessão, e operavam em queda ao final da tarde. O retorno da T-note de 2 anos subia a 0,207%, o da T-note de 10 anos caía a 1,226% e o da T-bond de 30 anos recuava a 1,882%.

Na Europa, as bolsas fecharam com alta generalizada, com destaque para o CAC 40, que avançou 1,18% em Paris. Impulsionado pela queda nos estoques dos EUA, o petróleo subiu e ajudou no movimento. O WTI para setembro fechou em alta de 1,03% (US$ 0,74), a US$ US$ 72,39. O Brent para outubro, por sua vez, fechou com ganho de 0,48% (US$ 0,35), a US$ 73,83. (Matheus Andrade – [email protected])

CÂMBIO

O tom ameno do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e a perspectiva de uma alta mais pronunciada dos juros no Brasil, com bancos e consultorias já prevendo Selic na casa de 8% em 2022, levaram o dólar a encerrar o pregão desta quarta-feira, dia 28, em queda firme.

A avaliação é a de que a manutenção por mais tempo de estímulos monetários nos Estados Unidos e o impacto, por ora, reduzido da cepa Delta sobre a recuperação da economia global podem aumentar o apetite por ativos de risco – o que favorece a Bolsa brasileira e torna mais confortáveis as operações de carry trade. O grande bode na sala ainda é a indefinição em torno da reforma do Imposto de Renda, que gera temores de remessas antecipadas de lucros e dividendos e inibe o investimento estrangeiro direto.

À espera do Fed, o real já se fortalecia pela manhã, com operadores relatando entrada de recursos externos – via captações externas e para ofertas de ações na B3 – e as projeções de Selic cada vez mais gorda, começando com uma alta de 1 ponto porcentual na semana que vem, para 5,25% ao ano. O Banco Fibra, por exemplo, passou a projetar taxa básica a 7,5% neste ano (nível considerado neutro pelo banco) e de 8,5% em 2022.

Ao redor da estabilidade no meio da tarde, a moeda americana chegou a trabalhar momentaneamente em terreno positivo, assim que saiu o comunicado do Fed. Mas logo em seguida voltou a recuar e aprofundou as perdas em meio a declarações de Powell, consideradas ainda mais amenas que o tom do comunicado do BC americano.

Com máxima de R$ 5,1925 e mínima de R$ 5,1059 (na reta final da sessão), o dólar à vista encerrou o pregão em queda de 1,31%, a R$ 5,1099 – menor valor desde 14 de julho, quando fechou a R$ 5,0841.

O real, que costuma apanhar mais em dias negativos no exterior, hoje liderou o ranking das valorizações entre moedas emergentes. O índice DXY – termômetro do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes – virou de mão e passou a cair após fala de Powell.

Como esperado, o Fed manteve a taxa de juros entre 0% e 0,25% e a compra mensal de bônus (US$ 80 bilhões em Treasuries e US$ 40 bilhões em títulos imobiliários). Tanto no comunicado quanto na coletiva de Powell, repetiu-se a avaliação de que as pressões inflacionárias são transitórias e que o quadro para a economia americana, a despeito da recuperação, ainda é desafiador. Falta chão para que os níveis de atividade e emprego pré-pandemia sejam retomados e, até lá, o Fed vai continuar dando sustentação à economia.

Na coletiva, Powell afirmou que a alta atual dos preços “não deve deixar marca permanente no processo de inflação” e que não há decisão sobre o momento de início da redução de compra de ativos (‘tapering’), ponto de divergência entre dirigentes do Fed.

Para o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, a ausência de alterações no discurso do Fed foi um “não evento” muito positivo e o real tende a ser beneficiado. “Com fluxo positivo e alta de 100 basis points da Selic em agosto, o dólar deve cair mais”, diz Weigt, ressaltando que a moeda brasileira ainda está atrasada em relação a outras divisas emergentes e de exportadores de commodities, apesar do momento favorável dos termos de troca do país.

Weigt também vê o processo de alta da Selic para níveis perto de 7% como um atrativo para os exportadores internalizarem recursos, devido ao aumento do custo de oportunidade. Uma apreciação maior do real depende, contudo, do andamento da reforma tributária, que diminuirá a incerteza do investidor estrangeiro. “Se a reforma tributária tiver um bom encaminhamento”, o dólar pode ir para R$ 4,90 novamente ou até para baixo disso”, afirma.

O head da mesa de câmbio e operações PJ da Wise Inestimentos, Gustavo Gomiero, vê um quadro benigno para a economia, com baixa letalidade da variação Delta, e ambiente político mais propício para aprovação de reformas, como a tributária e administrativa, na volta do recesso parlamentar. “A perspectiva é para estabilidade e até queda do dólar no curto prazo”, afirma Gomeiro, ressaltando que o comunicado do Fed trouxe “alívio” para os investidores.

Na B3, o dólar futuro para agosto recuava 1,19%, a R$ 5,1095, com giro forte (acima de US$ 16 bilhões), após dois pregões de liquidez reduzida. (Antonio Perez – [email protected])

17:43

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.10990 -1.3056 5.19250 5.10590

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5112.000 -1.14098 5193.500 5106.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5132.000 -1.25072 5200.000 5128.000

JUROS

Os juros futuros encerraram a sessão regular com taxas perto da estabilidade, após uma sequência de fechamentos em alta que levou as taxas curtas a renovarem os picos do ano esta semana. Os juros operaram levemente pressionados para cima ao longo do dia, mas na última hora de negócios houve alívio após o comunicado do Federal Reserve e a entrevista do presidente da instituição, Jerome Powell, terem reforçado a ideia de que a política monetária nos Estados Unidos seguirá bastante estimulativa. O miolo da curva ainda preservou um viés de alta, atribuído à expectativa de aperto maior na Selic e preocupações com a inflação, que têm consolidado as apostas de elevação da taxa em 1 ponto porcentual no Copom da semana que vem, ou até 1,25 ponto nas apostas minoritárias.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 6,245%, de 6,239% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 passou de 7,645% para 7,68%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 8,45%, de 8,425% ontem, e a taxa do DI para janeiro de 2027 ficou estável em 8,76%.

A reação do mercado de juros aos eventos do Fed foi, no geral, contida, ao contrário da Bolsa e do câmbio. As taxas curtas reduziram o ritmo de alta e as longas passaram a rondar os ajustes, depois que Powell renovou o compromisso de manter o apoio à recuperação à economia e afirmar que a instituição será tolerante com a inflação acima de 2% “por algum tempo”. O presidente do Fed destacou também que o “mercado de trabalho ainda tem um caminho pela frente” para melhorar e que o Fed ainda vai discutir o momento de começar a reduzir a compra de ativos. Entre outros sinais dovish, afirmou que “subir juros não é algo que esteja em nossos radares neste momento”.

A repercussão do Fed na curva foi limitada por uma série de questões listadas pela economista-chefe da Veedha, Camila Abdelmalack. “No DI, temos outros fatores. Estamos às véspera de decisão de política monetária no Brasil, tem a questão inflacionária, o risco hídrico e a questão do cenário político, que também coloca um prêmio de risco”, explicou.

Uma nova leva de instituições, como Banco Fibra, BNP Paribas e LCA, anunciou hoje revisões para cima na projeção de Selic e passaram a prever alta de 1 ponto na taxa básica na semana que vem. “O mercado de juros segue complicado pelos receios com a inflação, ampliados agora pela chegada da frente fria esta semana e que deve afetar as lavouras”, disse o gerente da Mesa de Juros da CM Capital Markets, Jefferson Lima.

O Tesouro Nacional divulgou hoje o relatório mensal da dívida em junho. A instituição encerrou o mês com R$ 1,167 trilhão no chamado “colchão da dívida”, montante 70,26% maior que o observado em junho de 2020 (R$ 685,46 bilhões). Está previsto para os próximos 12 meses o vencimento de R$ 1,183 trilhão da DPMFi.

O coordenador de operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas, disse que as perspectivas para os próximos meses são positivas. Ele ressaltou que a emissão líquida registrada no mês de junho, R$ 138,13 bilhões, foi a maior do ano. “O mês de julho foi mais volátil, com preocupações dos mercados com a variante Delta do coronavírus e com o crescimento global. O cenário interno também teve volatilidade em julho, com expectativa sobre ajustes da política monetária”, completou. (Denise Abarca – [email protected])

17:43

Operação   Último

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 4.91

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 4.15

Over Selic (%a.a) 4.15

BOLSA

Com desempenho bem positivo nos segmentos de maior peso (commodities e bancos), em meio à temporada de resultados trimestrais, o Ibovespa alçou voo no meio da tarde, passando a renovar máximas do dia após a decisão de política monetária do Federal Reserve e durante os comentários de Jerome Powell, presidente da instituição. Mesmo com sinais ainda mistos em Nova York, o índice da B3 chegou na máxima desta quarta-feira aos 126.712,08 pontos, atingindo o maior nível intradia desde 16 de julho (128.010,15 pontos). Hoje, saiu de mínima na sessão a 124.542,47 pontos, com abertura a 124.615,48 pontos, para encerrar o dia no maior nível de encerramento desde o dia 15 de julho (127.467,88), em alta de 1,34%, aos 126.285,59 pontos.

“Após a preocupação nos últimos dias quanto a intervenção regulatória do governo chinês em setores como educação e tecnologia, houve melhora nos mercados da Ásia, depois da publicação de artigo em jornal estatal que ajudou a aliviar temores, contribuindo hoje, desde cedo, para o desempenho de emergentes como o Brasil”, diz Scott Hodgson, gestor de renda variável na Galapagos Capital. “Aqui, a maioria das ações tem respondido bem aos resultados trimestrais e ao ‘guidance’ dado pelas empresas. E o mercado gostou de ouvir Powell, de que a economia (dos EUA) tem feito progressos, mas não substanciais”, acrescenta o gestor, referindo-se também a vagas ainda não preenchidas no mercado de trabalho americano.

Entre as ações dos maiores bancos, os ganhos ficaram hoje entre 1,04% (Unit do Santander) e 3,25% (Itaú PN) no fechamento – após resultados muito positivos para o Santander Brasil no segundo trimestre, que foram contrabalançados pela notícia de que o presidente, Sergio Rial, deixará o cargo no fim do ano. Na semana, o Ibovespa ganha 0,99%, limitando as perdas do mês a 0,41% – no ano, avança 6,11%. O giro financeiro desta quarta-feira subiu para R$ 35,3 bilhões, o mais alto desde o último dia 14 (R$ 42,8 bi), quando houve vencimento de opções sobre o índice.

“Uma proxy para o setor, o resultado do Santander, bem forte, recorde, na abertura dos resultados trimestrais de bancos, reforça a expectativa para outras empresas, como Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, em setor que tem estado mais atrasado na Bolsa em função da taxação de dividendos e do fim dos juros sobre capital próprio, na reforma tributária. Abre-se uma avenida para as ações de bancos voltarem a performar”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos

Além de bancos, dia também positivo para as ações de commodities, especialmente para Vale ON (+2,73%), com expectativa para o balanço da mineradora, após o encerramento de hoje. Na ponta do Ibovespa, WEG fechou hoje em alta de 8,17%, à frente de Itaú PN (+3,25%) e de BRF (+3,20%). Na face oposta, Natura cedeu 6,38%, CSN, 2,79%, e BTG Pactual, 2,05%. Petrobras PN e ON fecharam o dia respectivamente em alta de 2,06% e 1,83%.

Logo após a decisão do Federal Reserve, o Ibovespa seguia um pouco abaixo dos 126 mil pontos, com sinais divergentes nos índices de ações em Nova York, em meio à leitura do comunicado do BC americano. “Nenhuma surpresa na decisão do Fed, com juros dos Treasuries inclusive caindo na sessão. Na última reunião, foi na ata que veio a informação sobre a possibilidade de discussão sobre a retirada de estímulos, sobre uma estratégia de saída”, diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha.

“O FOMC (comitê de política monetária do Fed) trouxe comunicado ‘dovish’, ressaltando que o aumento da inflação permaneceu como resultado de fatores transitórios – e deve manter as compras mensais de títulos inalteradas até que perceba maiores progressos da economia”, diz Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office. “O Fed continua preso a uma armadilha de liquidez que só deve ser, de fato, discutida em agosto, começando de maneira muito branda”, acrescenta.

“Powell deixou claro que ainda há muito progresso a ser feito para volta do pleno emprego. Além disso, reforçou que os dados de inflação continuam a ser transitórios e que todos os focos de inflação têm explicações”, observa o analista.

O presidente do Fed ressaltou também que a “economia americana ainda está longe de atingir as metas, em especial do lado do emprego, reforçando mais uma vez a necessidade da manutenção dos estímulos”, aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. “Powell também disse que espera que a inflação permaneça acima da meta nos próximos meses, mas que não é o suficiente para fazer com que o Fed mude sua postura (de estímulos) até agora.” (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:32

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 126285.59 1.34302

Máxima 126712.08 +1.69

Mínima 124542.47 -0.06

Volume (R$ Bilhões) 3.52B

Volume (US$ Bilhões) 6.84B

17:43

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 126530 1.42685

Máxima 127055 +1.85

Mínima 125215 +0.37