O tombo dos índices acionários em Nova York, entre ontem e a manhã de hoje, foi tão profundo que acabou atraindo compras e as perdas diminuíram sensivelmente à tarde, justamente nos papéis que mais vinham sofrendo, como o das big techs. Esse abrandamento da aversão ao risco em Wall Street abriu espaço para o Ibovespa apagar as perdas vistas até o começo da tarde e terminar com ganho de 0,52%, aos 101.241,73 pontos, mesmo diante do fim de semana prolongado no Brasil, devido ao Dia da Independência na segunda-feira. A semana foi de perdas na B3, mas limitadas a 0,88% pela melhora do ambiente doméstico, com sinais de que reformas, como a Administrativa, podem andar ainda neste ano. Tal fato, aliás, fez os juros futuros sustentarem o viés de baixa nesta sexta-feira, a despeito do avanço do dólar e do exterior negativo. A percepção entre os agentes é de que o risco político diminuiu nesta semana, o que abre espaço para o andamento das reformas em um momento de fragilidade fiscal. A inclinação da curva persiste, mas já está menor ante o fim da semana anterior. Por outro lado, o real, ativo brasileiro que melhor performou nesta semana, passou por um ajuste nesta sexta-feira e nem mesmo o alívio externo foi capaz de estancar as perdas da divisa brasileira. Assim, depois de três pregões consecutivos em queda diante da moeda local, o dólar à vista subiu 0,21%%, a R$ 5,3071. Na semana, contudo, a divisa americana ainda cedeu 2%, reduzindo a valorização no ano para 29,3%.
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