PANDEMIA AZEDA HUMOR GLOBAL E BOLSAS TÊM QUEDA FIRME, ENQUANTO JUROS SOBEM

Os temores de uma nova onda de covid na Europa e a incessante piora do quadro pandêmico no Brasil impuseram aversão aos ativos locais, com Bolsa em queda, alinhada aos pares em Wall Street em dia de tombo do petróleo, e curva de juros ganhando inclinação, a despeito do alívio nos yields dos Treasuries. Os índices acionários ao redor do globo reagiram à perspectiva de repique na atividade, caso o recrudescimento da pandemia ganhe corpo no Velho Continente. Não por acaso, as cotações do petróleo cederam ao redor de 6% e, junto com a forte baixa de ações ligadas ao setor de viagens e lazer, pressionaram as bolsas em Nova York. Espécie de termômetro do medo dos investidores, o índice de volatilidade VIX saltou mais de 10%. No Brasil, o Ibovespa cedeu 1,49%, aos 113.261,80 pontos, com recuo de Petrobras, Vale e bancos. Enquanto isso, mesmo com uma ata do Copom considerada ‘hawkish’, os juros de longo prazo subiram ainda mais do que os curtos, diante das preocupações com o cenário fiscal conforme os números da pandemia no Brasil pioram e na medida em que gastos para lidar com esse quadro podem ser necessários. No câmbio, o real tentou se firmar como exceção positiva nesta terça-feira, mas acabou sucumbindo na reta final e fechou praticamente estável, com leve queda de 0,04%, a R$ 5,5157. Até porque o dólar avançou de forma consistente ante a maioria das demais divisas, diante da leitura de que o avanço da vacinação nos EUA pode minimizar os impactos, no país, da piora da pandemia ao redor do mundo e com o presidente do Fed, Jerome Powell, caracterizando a recuperação econômica americana como incompleta.

MERCADOS INTERNACIONAIS

O agravamento da pandemia de coronavírus, sobretudo na Europa, castigou ativos de risco no exterior nesta terça-feira. Com restrições à mobilidade prorrogadas em vários países, ações ligadas ao setor de viagens e lazer despencaram em Wall Street e contribuíram para o fechamento no vermelho das bolsas de Nova York. Termômetro do medo nos negócios americanos, o índice VIX saltou mais de 10%, enquanto o petróleo desabou 6%, diante de incertezas quanto à recuperação do consumo da commodity. O quadro aumentou a busca pela segurança dos Treasuries e, como consequência, os juros longos cederam. O dólar também foi amparado pela cautela generalizada e se fortaleceu ante rivais, depois que o presidente do Federal Reserve (Fed) caracterizou a recuperação econômica nos Estados Unidos como incompleta, em audiência no Congresso junto com a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

Dados compilados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que os casos de covid-19 estão em alta na maioria das regiões do globo. Na última semana, houve aumento de 8% no volume de infecções no mundo, a quinta semana consecutiva em que há aumento semanal. A situação é particularmente delicada na Europa, onde a disseminação de variantes levou a uma elevação de 12% nos registros. Alemanha, França e Holanda foram alguns dos países que, diante da conjuntura, decidiram estender os bloqueios à movimentação, para tentar conter a covid-19.

Nos mercados financeiros, o recrudescimento da pandemia já suscita questionamentos a respeito do ritmo acelerado da recuperação global que vinha sendo precificado pela maior parte dos investidores. “Quero ver mais dados confirmando a forte retomada, porque acho que chegamos o mais longe possível sem começar a ver as evidências”, afirmou o diretor de investimentos da Exencial Wealth Advisors, Tim Courtney.

O presidente do Fed, Jerome Powell, inclusive, comentou que considera incompleto o processo de recuperação. Em audiência na Câmara dos Representantes, o dirigente afirmou que não acredita que o repique na inflação será duradouro. A chefe do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, por sua vez, especulou a possibilidade de elevar impostos para financiar a resposta à crise.

Nesse ambiente, o índice VIX disparou 10,22%, a 20,81 pontos. O Dow Jones fechou em baixa de 0,94%, a 32.422,93 pontos, o S&P 500 perdeu 0,77%, a 3.910,43 pontos, e o Nasdaq recuou 1,12%, a 13.277,70 pontos. American Airlines (-6,55%), United (-6,81%) e Carnival Corporation (-7,86%) foram algumas das empresas que lideraram as perdas, em meio à deterioração dos prospectos para o turismo.

Os American Depositary Receipts (ADRs) da AstraZeneca baixaram 3,52%, após queda de 1,76% nas ações em Londres, na esteira de questionamentos dos dados divulgados ontem pela farmacêutica de suas pesquisas nos EUA sobre a vacina para a covid-19. A empresa prometeu divulgar uma revisão do estudo em 48 horas, depois que especialistas independentes chamaram atenção para possíveis distorções.

Na renda fixa, os juros longos dos Treasuries acentuaram a queda durante a tarde. Próximo do fechamento em NY, o rendimento da T-note de 2 anos cedia a 0,141%, o da T-note de 10 anos, a 1,628%, e o da T-bond de 30 anos, a 2,328%. A ponta curta chegou a flertar com o território positivo, em reação a um leilão de US$ 60 bilhões em títulos de 2 anos do Tesouro. A operação teve yield de 0,152% e demanda acima da média, de acordo com a BMO.

O dólar emergiu como um dos principais beneficiários da aversão ao risco global. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, encerrou em alta de 0,65%, a 92,336 pontos, com euro recuando a US$ 1,1846 e libra cedendo a US$ 1,3749. O analista Joe Manimbo, do Western Union, alerta que a moeda comum tem sido prejudicada pela percepção de que o continente europeu enfrenta um horizonte econômico de incertezas. Em meio à imunização lenta, a União Europeia restringiu ainda mais as exportações de vacinas, eliminando a isenção de 90 países, segundo reportagem da Bloomberg.

O dólar fortalecido intensificou a onda de vendas no mercado de petróleo, cujas cotações desabaram cerca de 6%. Na Nymex, o barril do WTI para maio derreteu 6,17%, a US$ 57,76, enquanto, na ICE, o do Brent para o mesmo mês perdeu 5,93%, a US$ 60,79. “Aumentamos as preocupações com as vacinas e os bloqueios, atrasando a esperada recuperação da demanda em alguns meses”, disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do banco nórdico SEB. (André Marinho – [email protected], com informações da Dow Jones Newswires).

BOLSA

Em dia negativo em Nova York e especialmente para os futuros de petróleo, em meio à apreciação do dólar no exterior e a receios sobre os efeitos econômicos da terceira onda de Covid na Europa, o Ibovespa chegou a ensaiar recuperação, aos 115 mil pontos, mas acabou se firmando em baixa ainda no meio da tarde, e passou a renovar mínimas na hora final dos negócios. Assim, no encerramento, o índice da B3 mostrava perda de 1,49%, aos 113.261,80 pontos, entre mínima de 113.061,89 (-1,67%) e máxima de 115.598,66 pontos, com giro a R$ 31,9 bilhões. Na semana, cede 2,55%, com ganhos no mês limitados a 2,93% – no ano, perde 4,84%.

Há exatamente um ano, em 23 de março de 2020 o Ibovespa atingia o menor nível de fechamento do ciclo da pandemia, a 63.569,62 pontos – de lá para cá, a recuperação é de 78,17%. O recrudescimento da pandemia neste março de 2021, na Europa e no Brasil, coloca para o segundo semestre a expectativa de retomada da economia, em meio a renovações de lockdown, aqui e lá fora.

Durante a maior parte do dia, na contramão do avanço do dólar no exterior, decorrente da aversão ao risco pandêmico, a acomodação da moeda americana abaixo de R$ 5,50, a R$ 5,46 na mínima do dia, contribuía para moderar o ajuste do Ibovespa – em dia de ata do Copom ‘hawkish’, na esteira da decisão da semana passada, quando o BC surpreendeu ao elevar a Selic a 2,75% ao ano. Com o agravamento da aversão a risco desde o exterior, o dólar à vista acabou por mudar de sinal no fim de tarde para fechar o dia quase estável, em leve baixa de 0,04%, a R$ 5,5157.

Com perdas acima de 6% nos futuros de petróleo, Petrobras PN fechou hoje em queda de 3,06% e a ON, de 2,30%, com Vale ON em baixa de 2,31%, as três nas mínimas da sessão no encerramento, em dia de fortalecimento do dólar no exterior ante referências como euro, iene e libra (DXY). Apesar da ata ‘hawkish’ do Copom, as ações de bancos também tiveram tarde negativa, com perdas de até 3,61% (BB ON). Na ponta do Ibovespa, Azul cedeu 6,80%, à frente de Gerdau PN (-4,36%) e CSN (-4,29%). Na face oposta, IRB subiu 5,91%, CVC, 5,56%, e Marfrig, 3,98%.

Pesou a percepção de que a pandemia, a lentidão da vacinação e a falta de coordenação da União com Estados e municípios na reação ao colapso hospitalar mantêm elevado grau de incerteza sobre a economia doméstica, agravada pela prorrogação de lockdown em países como a Alemanha e, aqui, pelo relato de que o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo enviou ao governador João Doria proposta para estender a fase emergencial no Estado por mais 15 dias.

No exterior, sinal de que o governo americano poderá vir a ter de elevar impostos em meio ao esforço fiscal para dar sustentação à economia contribuiu para firmar os índices de ações em Nova York em terreno negativo nesta tarde, em renovação de mínimas que se refletiram também no desempenho do Ibovespa.

Em audiência no Congresso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou o compromisso com a máxima geração de emprego e a meta de inflação de 2%, enquanto a secretária do Tesouro, Janet Yellen, “evitou confirmar que o governo aumentará os impostos cobrados de grandes empresas e pessoas que recebem mais de US$ 400 mil por ano, mas destacou a necessidade de elevar receitas”, observa em nota Heloïse Sanchez, analista da Terra Investimentos.

“Yellen não desmentiu. Isso sugere que haverá mesmo aumento de impostos, o que explica esta queda de quase 1% para o Dow Jones, em dia em que passada a ata do Copom, pela manhã, o mercado acompanhou o exterior, a partir do Powell e da Yellen no Congresso americano”, observa Jefferson Laatus, estrategista do Grupo Laatus.

Aqui, “o Banco Central manteve a principal mensagem do comunicado do Copom divulgado na semana passada e reforçou as preocupações com a inflação à frente”, aponta em nota o banco MUFG Brasil. “Tanto o cenário básico quanto a expectativa de mercado para a inflação neste ano estão se aproximando do teto da meta, e há um risco crescente de contaminação da expectativa de inflação para o próximo ano. Nesse contexto, o Banco Central decidiu adotar uma postura mais agressiva para melhor orientar as expectativas de inflação”, acrescenta o Mitsubishi, que prevê novo aumento de 0,75 ponto em maio, seguido por três altas de 0,50 e duas de 0,25 no restante do ano, que levariam a Selic a 5,5% no fim de 2021.

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, “mesmo nos aspectos que poderiam ser considerados ‘dove’, a autoridade (monetária) encontrou uma saída ‘hawk'”. “Como, por exemplo, no tocante à atividade e à pandemia que, apesar de afetar fortemente o crescimento do primeiro semestre, deverá ter reversão rápida e robusta no segundo semestre”, aponta em nota. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:21

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 113261.80 -1.49337

Máxima 115598.66 +0.54

Mínima 113061.89 -1.67

Volume (R$ Bilhões) 3.19B

Volume (US$ Bilhões) 5.80B

17:31

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 113395 -1.77148

Máxima 115715 +0.24

Mínima 113040 -2.08

JUROS

Mesmo considerada mais “hawkish” do que o esperado pelos analistas, a ata do Copom não conseguiu reduzir a inclinação da curva de juros nesta terça-feira. As taxas curtas, que antes da ata já embutiam um ciclo de aperto monetário expressivo, fecharam com viés de alta e as longas tiveram avanço consistente, mesmo com queda firme dos rendimentos dos Treasuries. O desenho da curva é atribuído ao aumento das preocupações com o cenário fiscal conforme vão piorando os números da Covid no Brasil, na medida em que, segundo a leitura da ata, a pandemia parece preocupar o BC mais pelo lado fiscal do que pelo lado da atividade.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a etapa regular em 4,675%, de 4,615% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 7,735% para 7,91%. O DI para janeiro de janeiro de 2027 fechou com taxa de 8,43%, de 8,224%.

A inclinação da curva medida pelo diferencial entre os contratos para janeiro de 2022 e janeiro de 2027, que na quinta-feira pós-Copom fechou em 333 pontos, vem subindo consecutivamente para terminar hoje em 375 pontos. Logo após a decisão do Copom, profissionais da área de renda fixa alertavam para o fato de que a desinclinação da curva tinha uma sustentação frágil em meio aos crescentes riscos fiscais e políticos, mesmo com o Copom sinalizando postura mais agressiva.

Na ata, o Copom já antecipou que, sem alterações no atual balanço de riscos, pretende subir a Selic novamente em 0,75 ponto porcentual na reunião de 4 e 5 de maio. Cita uma estratégia de ajuste mais célere como forma de evitar colocar em xeque a meta de inflação de 2021 e garantir o cumprimento em 2022. Com respeito à pandemia, avaliou que os riscos fiscais de curto prazo seguem elevados devido ao agravamento, o que coloca um viés de alta nas suas projeções para a inflação. Ao mesmo tempo, uma eventual “reversão econômica” causada pelo recrudescimento da pandemia deve levar a uma queda da atividade “bem menos profunda” que a observada em 2020.

“A leitura do mercado é a de que o BC está operando o risco fiscal e não somente a inflação. E quando olhamos para as contas públicas o cenário é desanimador”, afirma o trader de renda fixa da Sicredi Asset Danilo Alencar. Ele lembra que o calendário para as reformas está “cada vez mais curto”, com a proximidade do período eleitoral.

Para o Itaú Unibanco, a ata apresentou um tom “claramente altista para os próximos movimentos de juros”. “As autoridades continuam otimistas com a recuperação da economia, apesar da grave piora da situação da pandemia no país, e indicam que, a despeito da taxa de desemprego elevada, enxergam redução mais rápida do que a que era prevista para o hiato do produto”, afirmam os economistas do banco.

E o noticiário da pandemia segue alarmante, hoje com recorde no número de mortes (1.021) em 24 horas em São Paulo e relatos de que o Centro de Contingência ao Coronavírus do Estado vai propor ao governado João Doria a prorrogação da fase emergencial por mais 15 dias. O sistema de saúde no Brasil se mantém em estado crítico, com esgotamento nos leitos de UTI disponíveis e falta de equipamentos e oxigênio. Nesta terça, o Ministério da Saúde mudou novamente o cronograma de entrega vacinas e espera, agora, receber cerca de 9 milhões de doses a menos em abril do modelo AstraZeneca/Oxford, envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesse contexto, cresce a pressão por mais medidas fiscais para atenuar o choque, como por exemplo valor maior do que os R$ 250 do tíquete médio para o auxilio emergencial.

Um gestor destaca ainda que os fatores de risco estão se impondo num mercado com condição técnica muito ruim. “Existe o Brasil do dólar e da Bolsa. E o outro, do mercado de juros”, afirma, destacando que a curva tem ‘fras’ (Forward Rate Agreement, em inglês) de quase 9,5%.

O mercado tem ainda ao longo da semana o Relatório de Inflação e o IPCA-15 de março, na quinta-feira, para ajustar seus cenários. Pesquisa do Projeções Broadcast mostra mediana das estimativas para o indicador em 0,96%, que seria o dobro do de fevereiro (0,48%). (Denise Abarca – [email protected])

CÂMBIO

Descolado de seus pares emergentes, onde ainda reverbera a aversão ao risco por conta da troca abrupta do presidente do banco central turco, o real se valorizou frente ao dólar na sessão de hoje e a cotação chegou a voltar ao nível de sexta-feira, quando ainda havia reflexos mais positivos sobre a decisão de arrocho monetário, levando a taxa Selic a 2,75% ao ano. No entanto, bem próximo ao fechamento, o dólar virou e passou a oscilar em terreno positivo, pontualmente, com o movimento ocorrendo em sintonia com a piora do Ibovespa e indicando uma saída de recursos, segundo Durval Corrêa, assessor financeiro da Via Brasil Serviços Empresariais. Assim, o dólar fechou em queda de 0,04%, cotado a R$ 5,5157.

O racional para o dia, entretanto, prevaleceu. De acordo com especialistas em câmbio, para além do impacto direto na moeda local pela mensagem mais dura contida na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o câmbio reage à queda dos juros dos treasuries americanos, principalmente na ponta longa de vencimento de dez anos.

Para Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual digital, o câmbio mais tranquilo é mais reflexo com os yields somando à política de leilões que o Banco Central vem fazendo. Na sessão de negócios de hoje, as taxas dos títulos de dez anos do governo americano chegaram a cair mais de 3%.

Frasson explica que esta semana dois dados do mercado imobiliário vieram muito abaixo das expectativas, como as vendas de casas novas, mostrando que a economia americana não está se recuperando tão forte como parecia nos dados de janeiro. “E isso deu força para o discurso que os integrantes do Fed vem fazendo”, notou o economista do BTG Pactual digital.

No exterior, as principais moedas de emergentes pares do real tiverem um dia de desvalorização, com o rublo da Rússia encabeçando as perdas. Às 17h10, o dólar subia 2,10% ante o rublo, 1,69% ante o peso chileno, 1,54% ante a lira turca e 1,40% ante o peso mexicano. “Moedas que mais caem mais são de BCs mais politizados”, notou um gestor, fazendo uma comparação com o Banco Central brasileiro, que agora têm autonomia de “fato e de direto”. “Um BC autônomo deixa o risco na política monetária mais escasso”, afirmou.

Para Alexandre Almeida, economista da CM Capital, o dólar segue na sessão de hoje precificando uma melhora no ‘carry trade’ após a ata do Copom contratar juros básicos maiores ou apertos com mais intensidade.

Almeida nota ainda que, muito embora o câmbio tenha reagido mais positivamente hoje, o contexto atual com a pandemia praticamente em descontrole no Brasil e os riscos fiscais – reformas por fazer, pressão por mais gastos para auxílio, e um governo federal ainda sem orçamento no ano corrente – deixam a cautela no ar, impedindo uma queda mais acentuada do dólar. “O cenário corrente de preocupação com a pandemia e com a atividade econômica acaba impactando nas expectativas futuras”, afirma.

Do lado oposto, diz Almeida, está o sinal de que o Banco Central está a postos para atuar em cenários de exageros. “BC entrou não muito forte na primeira semana deste mês, mas mostrou que segue atento”.

O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco-País, avançava até o fechamento deste cenário para a marca de 203.45 pontos ante 199,25 pontos na véspera, de acordo com cotações da IHS Markit. (Simone Cavalcanti – [email protected])

17:31

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.51570 -0.0399 5.54960 5.46620

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL 5514.500 0.09075 5552.500 5464.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5496.500 -0.62376 5516.500 5495.000




3 comments

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