OTIMISMO PERDE FORÇA APÓS PFIZER CORTAR META DE VACINA E NOTÍCIA SOBRE GASTOS NO PAÍS

Blog, Cenário
O otimismo global sofreu um pequeno abalo na reta final de negócios, mas o suficiente para colocar o S&P 500 no território negativo, reduzir a queda do dólar, diminuir sensivelmente a baixa dos juros futuros e cortar em mais da metade o avanço registrado pelo Ibovespa. Lá fora, a Pfizer reduziu a meta de lançamento da vacina contra a covid-19 diante de obstáculos na cadeia de suprimentos, esfriando a euforia recente com a imunização de parte da população global para breve. Além disso, internamente, o tradicional "jeitinho brasileiro" ajudou a piorar a percepção dos investidores. Após a decisão da véspera do TCU, que autorizou um "vazamento" maior de gastos de 2020 para 2021 diante da pandemia, o Broadcast revelou que a ala política do governo e o Congresso querem pegar o precedente para transformar a exceção em regra e fazer o mesmo para os anos seguintes. Com esse novo quadro, o dólar futuro para dezembro ainda terminou em baixa, um pouco mais contida, de 1,27%, a R$ 5,1530. A moeda americana no mercado à vista, que já tinha fechado quando essas notícias foram publicadas, encerrou com desvalorização de 1,94% no mercado à vista, a R$ 5,1401, no menor nível desde julho. Até então, prevalecia a perspectiva de que a liquidez global continuasse farta, diante da retomada do diálogo entre republicanos e democratas por um novo pacote de estímulos nos EUA, o que fez o dólar tombar ao redor do mundo, registrando mínimas em anos diante outras divisas fortes. No caso dos juros futuros, as taxas longas terminaram a sessão regular com baixa superior a 30 pontos, mas desaceleram a queda no pregão estendido para cerca de 20 pontos. Mesmo porque, em um cenário composto por câmbio mais acomodado, apetite por emergentes e, até então, mensagens de equilíbrio fiscal, os agentes seguiram enxugando prêmios e desinclinando a curva. O Ibovespa, que também se aproveitava desse quadro positivo e chegou a beliscar os 113 mil pontos, a despeito do PIB abaixo da mediana das estimativas no terceiro trimestre, encerrou o dia com alta bem mais modesta, de 0,37%, aos 112.291,59 pontos. Em Wall Street, a desaceleração não foi suficiente para impedir um novo recorde do Nasdaq. Até porque, o setor de tecnologia é um dos que menos sofrem com a continuidade das restrições à atividade. Mas o Dow Jones desacelerou a alta para apenas 0,29%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,06%.  
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  MERCADOS INTERNACIONAIS O diálogo entre a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, com o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, sobre um possível novo pacote fiscal ajudou a sustentar os negócios em Wall Street nesta tarde, embora preocupações a respeito da covid-19 tenham limitado os ganhos e estimulado a demanda pelos Treasuries. Minutos antes do encerramento do pregão, a notícia de que a Pfizer espera enviar metade das vacinas contra covid-19 originalmente planejadas para este ano devido a problemas na cadeia de suprimentos fez as bolsas de Nova York perderem força, jogando o S&P 500 no vermelho. Ainda assim, o Nasdaq conseguir renovar mais uma vez seu recorde histórico de fechamento. O dólar continuou como um dos principais prejudicados pelos prospectos de mais estímulos, mas o euro e a libra perderam força diante da indefinição do acordo comercial pós-Brexit. Já o petróleo subiu quase 1% depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmaram que os cortes na produção da commodity seguirão no ano que vem, mesmo que em ritmo menos acelerado.   Pelosi e McConnell tiveram uma conversa por telefone em que reforçaram compromisso em aprovar uma legislação de alívio o mais rápido possível, de acordo com Drew Hammill, assessor da deputada. Os parlamentares discutiram proposta para o plano de financiamento do governo, que precisa ser finalizada até 11 de dezembro, sob risco de que haja um shutdown - quando as agências governamentais param de funcionar por falta de recurso. O presidente americano, Donald Trump, disse que pretender apoiar qualquer projeto que seja costurado no Congresso.   O Wells Fargo ressalta que o tempo está se esgotando para que haja um entendimento, mas ponderou que os desdobramentos recentes das discussões foram positivos, sobretudo a decisão de usar como base a proposta de pacote de US$ 908 bilhões. "As chances de um eventual acordo aumentaram agora que os dois lados diminuíram uma grande parte das diferenças entre si", analisa, em relatório enviado a clientes.   Em meio ao vaivém do debate fiscal nos EUA, investidores operam sob a premissa de que, em algum momento, o entendimento será firmado. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,29%, a os 29969,52 pontos; o S&P 500 caiu 0,06%, para 3666,72 pontos, e o Nasdaq avançou 0,23%, a 12377,18 pontos. As ações da Pfizer caíram 1,74% e as da Boeing saltaram 5,96%, depois que a Ryanair anunciou a primeira grande compra de aviões do modelo MAX 737 após dois acidentes que levaram autoridades do mundo inteiro a proibirem as operações da aeronave.   As oportunidades de compras nos mercados acionários, contudo, não desestimularam a busca por Treasuries e, com isso, os juros caíram. No fim da tarde na Costa Leste americana, o rendimento da T-note de 2 anos cedia a 0,152%, o da T-note de 10 anos baixava a 0,912% e o da T-bond de 30 anos recuava a 1,653%. Segundo o BBH, as atenções estão voltadas, agora, aos yields da T-note de 10 anos. "Achamos que um rompimento significativo da marca de 1% provavelmente levará a uma ação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano)", prevê. Depois de o Fed ter revelado na ata da última reunião de política monetária que deve ampliar a compra de títulos, o mercado passou a especular quando isso poderá ocorrer, provocando movimentações nos retornos dos Treasuries.   Há grande preocupação com a escalada da covid-19 nos EUA. Ontem, o número de pessoas internadas com a doença no país ultrapassou a marca de 100 mil pela primeira vez desde o início da pandemia. Segundo a Universidade Johns Hopkings, foram contabilizadas mais de 274 mil mortes pelo vírus em território americano.   No mercado cambial, o dólar é pressionado pela percepção de que mais estímulos fiscais e monetários estão no horizonte. O índice DXY,que mede a variação da divisa americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,44%, a 90,714 pontos. Por volta das 18h, o euro avançava a US$ 1,2144 e a libra subia a US$ 1,3451. As duas moedas perderam força em meio ao noticiário sobre o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Vários veículos da mídia britânica revelaram hoje que as negociações por um acordo comercial ficaram mais complicadas nos últimos dias.   Com o dólar fraco, o petróleo teve uma sessão positiva: na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para janeiro ganhou 0,80%, a US$ 45,64, e o do Brent para fevereiro se valorizou 0,95%, a US$ 48,71. Após reunião, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmaram que aumentarão a produção da commodity em 500 mil barris por dia a partir de janeiro. Ainda assim, os países seguirão fazendo cortes na oferta, agora de 7,2 bilhões de bpd.(André Marinho - [email protected])   Volta   CÂMBIO O dólar teve novo dia de forte queda ante o real, fechando pela primeira vez abaixo de R$ 5,20 desde o pregão de 31 de julho. O cenário externo positivo foi o principal fator a contribuir para a queda, com os participantes do mercado mais otimistas com a possibilidade de aprovação de um pacote de estímulo fiscal em Washington. A moeda americana registrou mínimas em anos ante divisas como franco suíço, euro e dólar canadense e caiu de forma generalizada nos emergentes.   A expectativa pelo pacote fiscal americano provocou nova rodada de fluxo para os mercados emergentes, com Brasil incluído, e levou os investidores a seguirem reduzindo apostas contra o real no mercado futuro e de derivativos. A moeda brasileira foi a com melhor desempenho internacional hoje, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas. Na mínima do dia, o dólar caiu a R$ 5,12. No fechamento, a moeda no balcão terminou em queda de 1,94%, cotada em R$ 5,1401, o menor valor desde 22 de julho, quando terminou em R$ 5,11.   No mercado futuro, o dólar para janeiro desacelerou o ritmo de queda no final da tarde, com a notícia de que a Pfizer pretende reduzir pela metade os envios de doses da vacina em relação ao que tinha inicialmente planejado. Às 18h10, recuava 1,11%, a R$ 5,1620, com giro de negócios em US$ 17,2 bilhões.   O sócio da Armor Capital, Alfredo Menezes, destaca que tem entrado fluxo no Brasil, com o País, que estava com preços mais descontados, acompanhando a onda que tem beneficiado os demais emergentes. Mas pelas conversas que ele tem tido com gestores, é basicamente um dinheiro de curto prazo. "Para entrar 'real money' é preciso das reformas andando", afirma ele, ressaltando que tem preocupado as quedas mensais no Investimento Externo Direto, que é de mais longo prazo, com fluxos caindo pela metade. Menezes nota ainda que fundos estão reduzindo apostas contra o real no mercado de derivativos, em montante que chega a US$ 8 bilhões.   De qualquer forma, o dinheiro de curto prazo para a Bolsa e também para a renda fixa tem suprido a demanda extra por dólar este mês, para remessas de recursos ao exterior. Dezembro é um mês tradicional de maior demanda por dólar e uma das mostras hoje é que o dólar casado, a diferença entre as cotações do mercado à vista e futuro, operou negativo, um indício da demanda por demanda por dólar pronto.   Na visão de um diretor de tesouraria, o ambiente favorável aos emergentes encontrou o Brasil com um ambiente político menos ruidoso e ainda apresentando indicadores da atividade melhor que seus pares. O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre teve avanço de 7,7%, menos que o esperado, mas deve garantir que a economia brasileira encolha na casa dos 4% este ano, melhor que outros países da América Latina, com contrações previstas de 8% a 10%, destaca a consultoria inglesa Capital Economics.   "Outro dia, mais um dia de baixa em 2020 para o dólar", destaca o analista de mercados do banco Western Union, Joe Manimbo. Ele ressalta que a moeda americana testou as mínimas em dois anos e meio ante o euro, o dólar australiano, o dólar da Nova Zelândia e o canadense. Ante o franco suíço, caiu para as mínimas desde o começo de 2015. Nos emergentes, o peso mexicano foi as máximas perante o dólar desde março. A possibilidade de vacinação da população mundial antes que o mercado esperava e o renovado otimismo com o pacote fiscal americano alimentaram a busca por ativos de risco, ressalta ele. Em Nova York, Nasdaq e S&P 500 bateram recorde histórico durante os negócios e o Ibovespa superou os 113 mil pontos.   A expectativa agora, destaca Manimbo, é para a divulgação do relatório mensal de emprego dos EUA, nesta sexta-feira. O documento, conhecido como payroll pode mostrar os efeitos da aceleração de casos de covid-19 na atividade em novembro. O Bank of America projeta criação de 150 mil vagas em novembro, abaixo dos 638 mil postos de outubro, refletindo os efeitos da segunda onda de covid. (Altamiro Silva Junior - [email protected])   cgi     18:32   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.14010 -1.9402 5.23000 5.12220 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 5153.000 -1.27407 5232.000 5122.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5150.000 -1.71756 5150.000 5136.000     JUROS Os juros mantiveram nesta quinta-feira o ritmo intenso de queda visto nas sessões anteriores, mas na etapa estendida houve piora de humor generalizada nos mercados e as taxas passaram a subir ante os níveis de encerramento da jornada regular. Com espaço grande para realização de lucros, reagiram negativamente à notícia, no fim da tarde, de que a Pfizer reduziu a meta de lançamento de vacinas para covid-19 ante obstáculos em suprimentos. E, internamente, também pesou no fim do dia a informação publicada pelo Broadcast, apurada junto a fontes, de que o Congresso quer usar decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) para mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e levar gastos de 2021 para 2022.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,025% a etapa regular, de 3,074% ontem no ajuste, mas foi a 3,05% na estendida. A do DI para janeiro de 2023 fechou a 4,485% (regular) e 4,525% a estendida, de 4,645% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 6,11% (regular) e 6,19% (estendida), de 6,394% ontem no ajuste, e o DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 6,90% (regular) e 7,01% (estendida), de 7,234% ontem.   Segundo apurou o Broadcast, a ala política do governo e o Congresso articulam usar a decisão do TCU que autorizou um "vazamento" maior de gastos de 2020 para 2021 como precedente para adotar a prática também em anos seguintes. Segundo uma fonte que participa das discussões, "agora há respaldo que antes não havia" para tornar a prática recorrente. O argumento é justamente o precedente aberto pela corte de contas.   Ao longo do dia, o otimismo com o lançamento das vacinas contra Covid e expectativa de definição do pacote fiscal nos EUA -, e mais sinais de responsabilidade fiscal vindos do governo brasileiro ampararam o recuo das taxas. No fim da tarde, porém a notícia da Pfizer foi um balde de água fria e todos os mercados pioraram.   A decepção inicial com o headline do PIB do terceiro trimestre, de 7,7%, abaixo da mediana das estimativas (8,8%), foi relevada mais tarde pelas revisões em alta de dados anteriores e, juntamente com declarações do ministro Paulo Guedes, a leitura é de que se a atividade mantiver o ritmo haverá condições de suprir ao menos em parte o efeito do fim do auxilio emergencial, preservando as contas fiscais em 2021.   Outro destaque foi o leilão do Tesouro, com oferta bem menor de títulos prefixados e dobrando o lote de LFT em relação à operação anterior, tudo absorvido integralmente pelo mercado. Nesse contexto, a ponta longa foi destaque, com recuo acima de 30 pontos-base, a curva perdeu mais inclinação, que no caso dos vencimentos de janeiro de 2022 e janeiro de 2027, voltou a ficar abaixo de 400 pontos-base pela primeira vez desde 10 de novembro.   "Temos um 'risk on' no mundo com as vacinas e, por aqui, sinais de que não vai ter extensão do auxílio", resumiu a gestora de renda fixa da MAG Investimentos, Patricia Pereira. Ela lembra ainda que o leilão do Tesouro foi "bom" em termos de demanda e de taxas, na esteira da emissão externa ontem bem-sucedida. O Tesouro ofertou 20 milhões de LTN e 450 mil NTN-F, contra 32 milhões de LTN e 1,8 milhão de NTN-F no leilão da semana passada. Ainda, elevou o lote de LFT para até 1 milhão, de até 500 mil no último certame.   O mercado de juros vem de um rali forte desde a semana passada, interrompido pontualmente na última segunda-feira por uma breve realização de lucros, mas já retomado no dia seguinte. O DI para janeiro de 2027 saiu de 7,83% no dia 23 para fechar hoje em 7,01%, perdendo cerca de 80 pontos-base em dez dias. O spread em relação ao vencimento de janeiro de 2022, que dá ideia do comportamento da inclinação, caiu de 441 pontos no dia 23 para 396 pontos hoje, o mais baixo desde 10/11/2020, quando ficou em 387 pontos.   Esse movimento tem sido, em boa medida, amparado por fluxo para mercados emergentes, diante o aumento do apetite pelo risco global e aposta de recursos abundantes por um bom período. "A segunda onda não assusta o mercado e a liquidez elevada manda", resumiu o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, em relatório. Esse fluxo põe o dólar em queda livre e favorece também o fechamento da curva.   O estrategista de Mercados da Harrison Investimentos, Renan Sujii, lembra que de um mês para cá houve indicadores melhores da economia que animaram o mercado e, mesmo com a aproximação da segunda onda de Covid, a perspectiva é de impacto menor. "Dá realmente para pensar que não vamos precisar do auxílio em 2021, apesar de ainda haver muitas incertezas", disse.   Para o ministro Guedes, o que se vê no Brasil não é uma segunda onda de Covid, mas sim um "repique". "A economia bateu no fundo do poço e está voltando, há bons sinais de que está voltando em 'V'", disse. Ele ressaltou que o governo está retirando gradualmente os estímulos que mantiveram o consumo e que a arrecadação vai crescer "rápido e sem aumento de impostos". E, segundo Guedes, apesar disso os juros tendem a seguir em níveis baixos. "Juros baixos vieram para ficar." (Denise Abarca - [email protected])     18:33   Operação   Último CDB Prefixado dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.07 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     BOLSA O Ibovespa conseguiu andar, mas ainda não se firmar, na casa dos 113 mil pontos no terceiro dia consecutivo de valorização. Quase no fim da sessão, a notícia de que a farmacêutica Pfizer pretende reduzir pela metade os envios de doses da vacina em relação ao que tinha inicialmente planejado por problemas em suprimentos, fez o índice Bovespa desacelerar o ritmo para fechar aos 112.291,59 pontos e alta de 0,37%. O giro financeiro foi de R$ 39,6 bilhões.   Durante toda a sessão o otimismo externo, que segue pautado pela expectativa de mais injeção de liquidez, e mantém os principais índices do mercado acionário americano nas máximas históricas, deu novamente a tônica para o desempenho do índice brasileiro. E, ainda sob sinais vindos do exterior, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de diminuir os cortes na produção da commodity, mas ainda com redução da oferta, elevou os preços dos contratos futuros do produto e impulsionou as ações da Petrobras. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, aquém do projetado, resfriou, de certa maneira, o ânimos dos investidores.   "O cenário de liquidez ilimitada por parte dos bancos centrais em um cenário de juro negativo em várias praças, a expectativa de reabertura das economias, apesar dos números de covid aumentando, mas com os governos iniciando a imunização, fazem o dinheiro ir em direção à renda variável. As bolsas no exterior acabam favorecidas e no Brasil, que ficou muito para trás, não é diferente", afirma Nicolas Takeo, gerente de análise na corretora Singulare, complementando que um dos gatilhos para essa nova onda de alta dos índices acionários é a expectativa pela aprovação do novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos.   Na sessão de hoje ações ligadas à tese da reabertura da economia, como Embraer, Gol, Azul e CVC avançaram. No entanto, Takeo ressalta que, esse avanço não necessariamente tem respaldo sólido em fundamentos. "Ainda há desafios grandes para frente". Ainda assim, Embraer ON figurou durante a etapa vespertina no topo das altas do Ibovespa para encerra o dia com ganhos de 11,05%, seguida pelas preferenciais de Gol, em alta de 8,79%. Os papéis ordinários de CVC subiram 7,55% e Azul PN, 4,34%.   Na avaliação de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o PIB frustrou as expectativas ao avançar 7,7%. Ele previa uma alta de 8,9% enquanto o mercado tinha 8,8%. "Hoje a Bolsa sobe por algo setorial, pois houve surpresas positivas e específicas dentro do PIB", diz. "Mas o PIB em si reduziu marginalmente o otimismo de recuperação que o mercado já tinha colocado na conta", afirma, ressaltando que uma surpresa altista do produto poderia chancelar as boas expectativas e ter feito o Ibovespa andar mais.   Para ele, por enquanto, a expectativa segue sendo de manutenção do avanço do mercado acionário, mas uma recuperação em velocidade não explosiva, um crescimento consolidado gradativo. Já Takeo alerta para o fato de que os investidores ainda estão atentos à incógnita de como a economia brasileira vai se comportar com a retirada do auxílio emergencial.   O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou hoje qualquer frustração com o crescimento aquém das expectativas do PIB no terceiro trimestre. "O sinal mais importante é de que a economia está voltando. Não há frustração. A informação objetiva que sai disso dai é que Brasil está crescendo forte", afirmou o ministro durante participação em encontro promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).   Após dias de negociação, a Opep+ firmou um acordo que abriu caminho para uma flexibilização gradual dos cortes de produção nos próximos meses. Fez um pequeno aumento de 500.000 barris por dia em janeiro. Dessa forma, a redução na oferta cairá de 7,7 milhões de bpd para 7,2 milhões.   O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,80% (US$ 0,36), a US$ 45,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro avançou 0,95% (US$ 0,46) na Intercontinental Exchange (ICE), cotado a US$ 48,71 o barril. Isso impulsionou as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras que encerraram o pregão em alta de 2,82% e de 2,03%, respectivamente. (Simone Cavalcanti - [email protected])     18:32   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 112291.59 0.3692 Máxima 113377.33 +1.34 Mínima 111873.88 -0.00 Volume (R$ Bilhões) 3.95B Volume (US$ Bilhões) 7.66B         18:33   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 112420 0.36604 Máxima 113450 +1.29 Mínima 111765 -0.22              
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