Depois dos recordes recentes, o investidor não teve disposição para sustentar as compras em Wall Street e as bolsas por lá fecharam mistas, em novo dia de liquidez pequena e com alguma realização de lucros. Até porque, o noticiário sobre a variante Ômicron da Covid-19, com recorde de casos de coronavírus no mundo, inspirou alguma cautela, ainda que as principais economias do hemisfério norte não tenham adotado, por ora, medidas restritivas mais duras.
E se a bolsa brasileira já operava em queda quando os mercados globais subiam, o recuo de Nova York apenas consolidou a baixa final e mais pronunciada de 0,65%, aos 104.864,17 pontos. Por aqui, além das forças externas, que incluem o recuo de 3% do minério de ferro exercendo pressão baixista sobre Vale e siderúrgicas, as incertezas sobre as contas públicas vão ganhando corpo. Mais auditores fiscais entregaram seus cargos de chefia em reação ao aumento que o governo federal prometeu exclusivamente para policiais, deixando todo o resto do funcionalismo com os salários congelados. Diversas categorias de servidores, aliás, estão se mobilizando para pressionar a União, o que reforça as preocupações sobre uma disparada dos gastos em ano eleitoral. Mesmo assim, os juros futuros de curto prazo tiveram pequeno avanço, enquanto os longos cederam, num contexto de cautela externa e poucos negócios. O dólar oscilou em margens bastante curtas diante do real e terminou praticamente estável, a R$ 5,6401 no mercado à vista, com leve valorização de 0,02%.
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- BOLSA
- JUROS
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MERCADOS INTERNACIONAIS
A baixa liquidez nas operações e o noticiário misto sobre a Ômicron pesaram nos ativos internacionais nesta sessão. Em Nova York, o S&P 500, que havia renovado recorde histórico intraday, fechou no vermelho, acompanhado pelo Nasdaq. Os juros dos Treasuries, por sua vez, tampouco tiveram sinal único. Os casos de covid-19 no mundo alcançaram um novo recorde diário ontem, informou a Bloomberg. Nos Estados Unidos, a administração revogou restrições de viagem para países africanos e elevou o risco de alerta para a Argentina. Neste cenário, o índice DXY do dólar subiu, enquanto o petróleo avançou.
Operadores digerem as notícias sobre a cepa Ômicron. Apesar do novo recorde mundial de infecções no dia de ontem, as mortes pela doença não aumentaram significativamente, observou a Bloomberg. Os EUA, principal economia do mundo, têm agido com certo otimismo: o presidente Joe Biden anunciou a revogação das restrições de viagens para países africanos, incluindo a África do Sul, que haviam sido impostas há cerca de um mês, em resposta à então nova variante do coronavírus. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) encurtou o tempo de isolamento para pacientes com a covid-19, de dez para cinco dias, como divulgado ontem. Hoje, o órgão elevou para 'alto' o alerta de risco de viagem para a Argentina.
Os índices acionários em Wall Street acompanharam as informações com movimento volátil, contando ainda com a baixa liquidez desta última semana do ano. Depois de renovar recorde intraday, o S&P 500 caiu 0,10%, a 4.786,35 pontos, e o Nasdaq recuou 0,56%, a 15.781,72 pontos. Os papéis de tecnologia que haviam impulsionado os índices na sessão anterior, estiveram entre as principais perdas do dia, com Apple (-0,58%), Microsoft (-0,35%) e Tesla (-0,50%) em queda. Já o Dow Jones subiu 0,26%, a 36.398,21 pontos.
Mesmo com a percepção mais positiva dos EUA sobre os riscos da Ômicron, os ativos considerados seguros garantiram algum avanço, entre eles parte dos retornos dos Treasuries. Na renda fixa, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,752%, o da de 10 anos ficou estável a 1,482% e o do T-bond de 30 anos tinha alta para 1,903%, no fim da tarde em Nova York. O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais, fechou em alta de 0,11%, a 96,202 pontos. O euro caía a US$ 1,1313 e a libra, a US$ 1,3436, no horário citado.
No mercado futuro, o petróleo WTI para fevereiro subiu 0,54% (US$ 0,41), a US$ 75,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para o mês seguinte avançou 0,58% (US$ 0,45), a US$ 78,67 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). A estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) divulgou hoje sua intenção de interromper a exportação de petróleo a partir de 2023, com o intuito de concentrar seus esforços no mercado interno. Para 2024, a meta da Pemex é produzir 2 milhões de barris por dia, conforme comunicado, reforçando a produção de fertilizantes, a modernização de centros processadores de gás e a 'recuperação' do mercado de combustíveis.
Ainda entre emergentes, a perspectiva positiva de que a Argentina será capaz de fechar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) garantiu impulso de cerca de 10% para os preços dos bônus da dívida do país, segundo analistas citados em reportagem da Dow Jones Newswires. Recentemente, o FMI admitiu que o pacote anterior, fornecido à Argentina em 2018, fracassou em cumprir seus objetivos, e alguns analistas avaliam que o quadro delicado na economia local pode impulsionar a busca por um novo pacto em breve. (Ilana Cardial - [email protected])
Volta
BOLSA
Em mais uma sessão de giro muito enfraquecido nesta reta final de ano, o Ibovespa devolveu os ganhos do dia anterior, quando especialmente as ações do setor de varejo reagiram a leituras preliminares positivas sobre as vendas de Natal, nos Estados Unidos como no Brasil - por lá, o S&P 500 renovou ontem máxima histórica e, hoje, teve leve ajuste negativo. Nesta terça-feira prevaleceu desde cedo na B3 a queda de 3% no minério de ferro na China (Qingdao), com Vale acentuando as perdas do dia anterior (hoje, 2,72% no fechamento) e retração de até 1,93% (Usiminas PNA) nas ações de siderurgia, à exceção de CSN ON (+0,12%). O dia foi de moderada acomodação no grande setor financeiro (BB ON -0,58%), que havia avançado ontem.
'Os futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian recuaram pelo segundo pregão consecutivo, após dados decepcionantes da produção de aço chinesa. A produção de aço bruto em meados de dezembro caiu 2,3% em relação aos 10 primeiros dias do mês - o que gera incertezas sobre a demanda no começo do ano que vem, ainda mais com as restrições ambientais por conta das Olimpíadas de Inverno', observa em nota o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, destacando também as preocupações em torno da variante Ômicron, da Covid-19.
'Diante do aumento das infecções pela variante em diversos países, o mundo registrou, nesta terça-feira, 28, o recorde de casos diários de Covid-19 desde o início da pandemia. Foram contabilizados 1,45 milhão de novos casos em um único dia ao redor do planeta', acrescenta.
Neste contexto cauteloso, o Ibovespa fechou hoje abaixo dos 105 mil pontos, em queda de 0,65%, aos 104.864,17, tendo oscilado entre mínima de 104.503,32 pontos e máxima de 105.652,11 pontos, saindo de abertura a 105.554,65 pontos. Ainda mais fraco do que o de ontem, o giro financeiro ficou em R$ 16,3 bilhões nesta terça-feira. Faltando duas sessões para o fechamento de 2021, o índice avança 2,89% no mês, mas cede 0,03% na semana e 11,89% no ano.
As duas quinzenas de dezembro tiveram sentidos opostos: a relativa recuperação observada na primeira parte do mês, quando saiu de 100,7 mil pontos no fechamento do dia 1º para 107,4 mil no encerramento do dia 15 deu lugar a uma retração desde os 108,3 mil pontos vistos no dia seguinte, 16, quando a referência da B3 atingiu o melhor nível de fechamento deste dezembro e o maior desde 25 de outubro (108,7 mil pontos).
Nas sessões seguintes, de 17 (-1,04%) e 20 de dezembro (-2,03%), o Ibovespa registraria a pior sequência do mês em curso, reagindo a uma combinação mais cautelosa quanto ao tom restritivo que os BCs vêm assumindo na orientação da política monetária, em momento no qual a variante Ômicron tem obscurecido a percepção sobre o ritmo de recuperação global nesta virada para 2022. O quadro externo, menos favorável, se acresce às incertezas que acompanharam os ativos brasileiros no segundo semestre, quando se acentuaram as dúvidas quanto à direção e sustentabilidade da política fiscal a caminho de ano eleitoral, o que se refletiu com particular intensidade no câmbio e na curva de juros, mas também na Bolsa.
Para piorar, 2021 chega ao fim com auditores fiscais entregando cargos de chefia, insatisfeitos com o aumento seletivo concedido a policiais federais - demandas salariais no funcionalismo, caso venham a ganhar corpo e serem mal conduzidas, têm potencial para agravar a volatilidade em período no qual costuma comparecer - os anos eleitorais. Assim, mesmo com os descontos acumulados na B3 desde julho, quando iniciou sequência de cinco perdas mensais, o Ibovespa não encontrou fôlego para um rali de fim de ano, diferentemente de 2020, quando havia sido abatido no começo da pandemia (-8,43% em fevereiro e -29,90% em março), mas teve força para uma recuperação entre abril e julho, retomada com intensidade nos dois últimos meses daquele ano (+15,90% em novembro e +9,30% em dezembro).
Agora, com as incertezas sobre a situação fiscal transitando de 2021 para 2022 o ganho inferior a 3% no Ibovespa neste finzinho de mês não é comparável à perda de quase 25 mil pontos observada entre o fechamento de junho (126.801,66) e o de novembro (101.915,45), uma variação negativa de 19,62% no intervalo.
'A princípio, (o presidente Jair) Bolsonaro falou em reajuste salarial para todo o funcionalismo, depois mudou o discurso, com a equipe econômica dizendo que isso não seria possível. A partir disso, houve uma série de mobilizações, com entrega de cargos. Ontem, a contagem do Sindifisco estava em 738 auditores que entregaram cargos de chefia em protesto contra o governo, o que corresponde a 93% dos delegados (da Receita) no país', diz Heloïse Sanchez, da equipe de análise da Terra Investimentos. 'Amanhã, haverá uma assembleia conjunta dos servidores federais, em que devem deliberar sobre mobilização por aumento salarial, algo que está entrando no radar, com diversas consequências (possíveis), contribuindo hoje para trazer o Ibovespa um pouco mais pra baixo', acrescenta.
Conforme relato do jornal O Globo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria alertado em mensagens ao presidente Bolsonaro e a grupos de ministros e da equipe econômica que aumentos para o funcionalismo, no momento atual, poderiam 'quebrar' o país. 'Se aumentarmos os salários e a doença (Covid-19) voltar, QUEBRAMOS!', teria alertado o ministro, em caixa alta e com exclamação.
Com o petróleo em alta moderada na sessão, Petrobras ON (+0,06%) e PN (+0,10%) foram a exceção levemente positiva do dia entre as ações de maior liquidez. Na ponta do Ibovespa, Cielo subiu 4,13%, à frente de Yduqs (+3,94%) e de CVC (+3,13%). No lado oposto, Assaí cedeu 3,96%, Lojas Americanas, 3,15%, e Intermédica, 2,99%.
'Neste intervalo entre Natal e Ano Novo, há uma falta de liquidez e, na ausência de novidades, ocorre troca de posições, com movimentos bastante marcados pela falta de liquidez', diz Flávio de Oliveira, head de renda variável da Zahl Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])
18:27
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 104864.17 -0.65391
Máxima 105652.11 +0.09
Mínima 104503.32 -1.00
Volume (R$ Bilhões) 1.62B
Volume (US$ Bilhões) 2.88B
18:27
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 106025 -0.78604
Máxima 107155 +0.27
Mínima 105620 -1.17
JUROS
Os juros futuros fecharam a sessão regular com viés de alta na ponta curta e em leve queda na longa, configurando mais um dia de perda de inclinação para a curva, a despeito do cenário fiscal no Brasil novamente em alerta, num contexto de liquidez reduzida pelas festas de fim de ano. Os desdobramentos da disseminação da cepa Ômicron, principalmente no Hemisfério Norte, são monitorados de perto pelos investidores, mas sem pânico na medida em que a nova onda não é acompanhada por aumento de mortes. Ao mesmo tempo, pode impor maior cautela por parte dos bancos centrais no processo de retirada de estímulos à economia, o que em tese deixa os prêmios do trecho longo mais atrativos num contexto manutenção da Selic em níveis elevados vis-à-vis as taxas no exterior. O clima ameno nos mercados internacionais nesta terça-feira e o dólar relativamente comportado também ajudam a explicar o desenho da curva.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subiu de 11,645% no ajuste de ontem para 11,67% (sessão regular e estendida) e a do DI para janeiro de 2025 ficou perto da estabilidade, ao passar de 10,582% para 10,59% (regular). Na estendida, caiu a 10,545%. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxas de 10,50% (regular) e 10,48% (estendida), de 10,531%.
'O ambiente externo ajuda a manter certa calmaria aos ativos locais, apesar dos ruídos internos ligados à tensão no funcionalismo, em especial entre os auditores da Receita', destacou o economista Silvio Campos Neto, no serviço on-line da Tendências Consultoria, referindo-se à debandada de servidores em protesto contra cortes no orçamento do órgão e reajustes salariais apenas à categoria de policiais federais trazidos no Orçamento de 2022.
O analista de Investimentos Renan Sujii vê a ponta curta pressionada pelas apostas de alta da Selic e o movimento da longa na contramão dos riscos fiscais que o noticiário sobre o funcionalismo aponta. 'O mercado ainda não precificou, mas é um impacto importante, com ameaça de paralisação das atividades', disse. 'No início de 2022, no pós-festas, o cenário pode se complicar', afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em mensagem ao presidente Jair Bolsonaro e a outros ministros, alertou sobre os riscos à economia de um efeito cascata de reajuste ao funcionalismo, usando como metáfora o acidente de Brumadinho. 'Pequenos vazamentos sucessivos até explodir barragem e morrerem todos na lama.' A informação é do colunista Lauro Jardim, de O Globo.
Aparentemente, as más notícias internas tem sido contrabalançadas pelo exterior mais favorável, a despeito do aumento de casos de Covid em boa medida causados pela variante Ômicron. 'A reação do mercado tem sido suavizada porque não há incremento nas mortes, mas, de todo modo, com o aumento das restrições, o processo de retirada dos estímulos de liquidez pelos bancos centrais pode ser mais paulatino', avalia Sujii.
Nas reuniões recentes, as autoridades monetárias mundo afora citavam a cepa como um risco a ser acompanhado, mas nem por isso trouxeram um discurso dovish. A questão é que nos últimos dias, com as festas de fim de ano, a situação piorou muito. Milhares de voos foram cancelados por falta de tripulação, países retomaram restrições e os casos globais diários de coronavírus atingiram ontem um recorde.
Um gestor cita acredita que o recuo da ponta longa nos últimos dias pode estar relacionado à ausência dos leilões do Tesouro desde a semana passada. 'Não deixa de ser uma pressão tomadora a menos', afirmou. As operações serão retomadas na terça-feira, dia 4, com ofertas de NTN-B e LFT.
A agenda de indicadores, com a Nota de Crédito do Banco Central e a Pnad Contínua, não chegou a pesar nos negócios. A taxa de desemprego no trimestre até outubro ficou em 12,1%, abaixo da mediana das estimativas, de 12,3%, e perto do piso do intervalo (12,0%). Houve queda ante o trimestre até setembro (12,6%), mas qualitativamente a Pnad foi considerada ruim, dado que o aumento da ocupação, puxado pela informalidade, não é acompanhado de melhora da renda. “A inflação incomoda o bolso do brasileiro. Por mais que vejamos pessoas ocupadas daqui para frente, há inúmeros indícios de que são ocupações de pior qualidade”, avalia o economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores. (Denise Abarca - [email protected])
18:27
Operação Último
CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 9.15
Capital de Giro (%a.a) 6.76
Hot Money (%a.m) 0.63
CDI Over (%a.a) 9.15
Over Selic (%a.a) 9.15
CÂMBIO
Em um dia de movimentação parca, após oscilar entre pequenas altas e quedas durante todo o pregão, o dólar encerrou esta terça-feira próximo da estabilidade, em alta de 0,02%, aos R$ 5,6401. Em uma semana marcada pela baixa liquidez nos negócios, o dólar tem pressão de baixa, por um lado, com as bolsas globais emplacando um rali de fim de ano nos últimos dias e alguma minimização dos riscos com a Ômicron que pesaram nos negócios na semana passada. Por outro, contudo, o câmbio tem pressões internas, com as incertezas fiscais e políticas para o próximo ano.
Entre a máxima e a mínima do dia, o dólar oscilou R$ 0,04. No pico, tocou os R$ 5,6629, em alta de 0,42%. No menor patamar, que também coincidiu com a abertura, foi negociado a R$ 5,6224.
'O câmbio já entrou em um movimento de fim de ano, vai perdendo volume. A tendência é ficar mesmo de lado. É difícil ter um movimento mais sustentado nessa época', aponta o estrategista-chefe do Modalmais, Felipe Sichel. Para ele, apesar de o dólar não estar forte lá fora, o real também não encontra fundamentos para subir aqui.
Para Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba, o mercado já se volta para as pressões sobre o câmbio em 2022, ano de eleições e que promete bastante instabilidade na moeda. 'Já vamos tendo perspectivas para cenário futuro, de 2022. Temos questão fiscal, que já está no radar, com a pressão para reajuste dos servidores, todo o cenário político, já vamos começar janeiro com bastante variação de valores', aponta.
Após pressão por parte de várias categorias do funcionalismo federal, destacadamente os auditores fiscais, por reajuste salarial, os servidores devem fazer uma assembleia amanhã para decidir sobre os próximos passos da mobilização, de acordo com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate). A pressão - que surgiu após o presidente Jair Bolsonaro sinalizar com reajuste apenas para policiais federais - preocupa a equipe econômica, que tem receio de um efeito em cascata.
Schroeder destaca ainda que, com a formação da Ptax do último mês do ano, na quinta-feira, o câmbio pode apresentar alguma volatilidade. Também internamente, os dados de desemprego, que vieram abaixo da mediana das expectativas, mas indicaram uma deterioração da qualidade do emprego e renda no país, tiveram pouco impacto na variação da moeda.
Lá fora, o dólar opera misto ante pares emergentes e tem leve alta frente a moedas fortes. O índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de divisas fortes, avançava 0,10% às 17h. Já frente emergentes, tinha queda ante peso chileno e mexicano e subia em relação ao rand sul africano, lira turca e rublo russo.
Apesar de entender que ainda não há riscos mais graves, o investidor monitora globalmente o avanço e os impactos da variante Ômicron, após o cancelamento de milhares de voos nos últimos dias e o número recorde de casos globais. Até o momento, contudo, a percepção é de que há indícios suficientes para acreditar que a crise será menor do que a ocorrida com a variante Delta.
No segmento futuro, às 18h15, o dólar para janeiro operava em queda de 0,12%, a R$ 5,6260. (Bárbara Nascimento - [email protected])
18:27
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 5.64010 0.016 5.66290 5.62240
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
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