NA VÉSPERA DA SUPER QUARTA, DÓLAR CAI COM FLUXO, DI DESINCLINA E BOLSAS FICAM DE LADO

Um dia antes das decisões-chave de política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, o investidor optou pela cautela em boa parte da sessão aqui e lá fora, evitando apostas mais firmes nos preços dos ativos. Do meio da tarde adiante, contudo, um fluxo de entrada de recursos fez a história mudar em parte dos mercados locais. O dólar à vista virou da alta para queda em poucos minutos, no contexto do noticiário de captações por empresas. Apostas em um comunicado mais duro por parte do BC brasileiro também vêm inflando a expectativa de ingresso futuro de dólares no País, de olho em retornos mais atrativos. Assim, a moeda americana terminou a sessão a R$ 5,0428, em queda de 0,55%. Nos juros futuros, por sua vez, a curva perdeu inclinação. Se na parte longa o dólar em queda e a aposta no conservadorismo do BC brasileiro direcionam as taxas para baixo, na curta, o esperado tom mais duro do Copom e preocupações com a inflação por causa da crise energética puxaram os retornos. Os temores com preços também compuseram o cenário desta terça-feira no exterior. A inflação ao produtor nos Estados Unidos, medida pelo PPI, superou as expectativas dos analistas e reacendeu o debate sobre qual será a estratégia do Federal Reserve amanhã – manter a discurso de que a inflação é transitória ou admitir que a pressão de preços está se disseminando. Desta forma, os juros dos Treasuries subiram na maioria, ainda que não acompanhados pelo dólar no exterior, praticamente estável. As bolsas americanas e a brasileira acompanharam esses movimentos e discussões, e o investidor aproveitou a sessão para embolsar ganhos recentes. O índice Dow Jones cedeu 0,27%, o S&P 500 perdeu 0,20% e o Nasdaq caiu 0,71%. O Ibovespa terminou a sessão aos 130.091,08 pontos, em baixa de 0,09%. Ainda assim, os ganhos no ano seguem pouco abaixo dos 10%.

CÂMBIO

Um dia antes dos esperados resultados das reuniões de política monetária no Brasil e no exterior, a liquidez se reduziu no mercado doméstico e o dólar acabou tendo um dia volátil. Subiu a R$ 5,10 pela manhã e nos negócios da tarde passou a cair, testando mínimas a R$ 5,03, refletindo entrada de fluxo e também um movimento de agentes se antecipando a entradas futuras, por conta de captações externas de empresas, como a Light hoje, ou potenciais aportes de estrangeiros com o Banco Central elevando os juros agora e sinalizando nova alta em agosto. Nesse ambiente, o real acabou indo na contramão de outras moedas emergentes, que perderam força ante o dólar de forma generalizada.

No fechamento, o dólar à vista terminou a terça-feira em queda de 0,55%, a R$ 5,0428. No mercado futuro, o dólar para julho cedia 0,35%, a R$ 5,0520 às 17h. O volume de negócios, na casa dos US$ 10 bilhões, ficou novamente abaixo da média recente (US$ 15 bilhões).

O diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme, ressalta que mais cedo o dólar subiu ante o real, com a moeda americana ganhando força após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O indicador subiu 0,8% em maio, acima do esperado por Wall Street. Com isso, as taxas longas dos juros americanos passaram a subir, ajudando o dólar a se fortalecer e enfraquecendo as moedas de emergentes. “Foi uma pressão externa.”

Nehme avalia que o dólar pode romper o piso de R$ 5,00 esta semana “de forma sustentável” caso o Banco Central não decepcione e entregue ao menos uma alta de 0,75 ponto porcentual na Selic, além de possíveis novas elevações para a frente. Neste cenário de juro em alta, a melhora do real pode ser sustentável, com chance de a divisa dos EUA operar entre R$ 4,60 e R$ 4,80, avalia o economista. Para o diretor da NGO, o Brasil pode atrair o investidor estrangeiro mais especulativo para operações de ‘carry trade’, quando tomam recursos em país de juro zero para aportar em outro com taxa maior.

A perspectiva de mais elevações de juros no Brasil aliada a um visão de atividade econômica mais aquecida em 2021 tem aumentado o otimismo com o real. Pesquisa do Bank of America com gestores de América Latina mostra que cresceu a fatia de investidores, de menos de 5%, em maio, para cerca de 25%, este mês, que veem o dólar entre R$ 4,50 e R$ 4,80 ao final de 2021. A maioria destes gestores, que há poucos meses alertava dos riscos de dólar acima de R$ 6,00, agora veem ao menos a moeda americana abaixo dos R$ 5,10 ao final do ano.

Há até um pequeno porcentual (cerca de 4%) de gestores ouvidos pelo BofA que já veem o dólar abaixo de R$ 4,50, patamar considerado o preço justo do câmbio no Brasil pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), quando se leva em consideração os fundamentos das contas externas, que têm tido melhora expressiva este ano. A avaliação dos ouvidos na pesquisa do BofA é que o real é a moeda que pode ter o melhor desempenho na América Latina nos próximos seis meses, superando pares como o peso do México e do Chile.

Para o Fed, a pesquisa do BofA mostra que a maioria espera que o “tapering”, o processo de redução de compras mensais de ativos, só seja anunciado em agosto, no simpósio anual de Jackson Hole, ou na reunião do FOMC de setembro.

Na visão da do estrategista-chefe do canadense TD Bank, Jim O’Sullivan, o Fed não deve fazer anúncios de mudanças amanhã, mas pode sinalizar que as conversas sobre o “tapering” ganharam força, mas ainda vai precisar de progressos adicionais na economia para o movimento começar de fato. O comunicado deve ser levemente menos dovish que o de abril, ressalta o economista, em relatório. Já as projeções para a inflação devem subir. Em conjunto, estes movimentos tendem a valorizar o dólar. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

JUROS

A curva de juros voltou a perder inclinação, com nova alta das taxas curtas e queda nas longas nesta véspera da Super Quarta, que terá decisão do Copom e do Federal Reserve como destaques da agenda. A expectativa de uma postura mais conservadora do Banco Central – seja endurecendo o tom do comunicado, seja surpreendendo com um aperto na Selic de 1 ponto porcentual – continuou permeando os negócios e adicionando prêmios nos vértices até 2023, com efeito de queda nas demais taxas, alinhadas ainda à valorização do câmbio e melhora na percepção fiscal. A sinalização da Aneel, de que o reajuste bandeira vermelha 2 deve ultrapassar os 20%, ajudou a manter a ponta curta sob pressão, ao sugerir mais riscos inflacionários num momento em que as expectativas para os preços já estão bem deterioradas.

Em mais um dia de volume forte na ponta curta, a taxa do contrato e Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 5,38%, de 5,344% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 fechou a sessão regular em 6,99%, de 6,974% ontem. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa em 7,97% (8,005% ontem) e a do DI para janeiro de 2027 recuou para 8,40%, de 8,484%. O diferencial entre os vértices de janeiro de 2027 e janeiro de 2022 caiu hoje para 302 pontos-base, menor nível desde os 280 pontos de 19/3/2020, ante 315 pontos ontem.

Enquanto a retirada do termo “parcial” na referência ao processo de normalização da Selic parece ser consenso, vem crescendo desde a semana passada o debate sobre a possibilidade de o Copom aplicar uma dose de 1 ponto de alta na Selic como forma de ancorar as expectativas, sobretudo de 2022 que é o que mais conta agora, apesar de já ter encomendado mais 0,75 ponto na reunião passada. “Seria até positivo uma alta de 1 ponto, que caracterizaria um choque monetário não antecipado, com impacto na recuperação da credibilidade da convergência das expectativas à meta de 2022 e no recuo do juro médio e longo no mercado futuro do DI”, afirma o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho.

Nos DIs curtos, a precificação de Selic para o Copom de amanhã apontava 25% de probabilidade de aperto de 1 ponto e 75% de chance de aumento de 0,75 ponto.

Após os dados do varejo e serviços de abril e o IPCA de maio terem puxado revisões altistas para o IPCA, a crise hídrica que vai puxar para cima os preços administrados também começa a entrar nas contas do mercado. Diante da seca histórica nos principais reservatórios, será preciso aumentar os valores das bandeiras tarifárias pelo maior uso de usinas térmicas. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, novos valores devem ser definidos até o final de junho e o valor deve superar o que foi previsto na proposta de revisão da agência. “Com certeza esse valor ainda deve superar um pouco os R$ 7, os 20%”, disse, sobre a bandeira vermelha 2.

“É mais um fator de desconforto, dado que a inflação mais alta de 2021 aumenta a inércia para 2022”, disse o estrategista-chefe da Renascença DTVM, Sérgio Goldenstein. Segundo ele, a ponta longa está com comportamento melhor, reagindo à perspectiva de um BC hawkish e dando sequência à redução de prêmios devido à melhora do quadro fiscal.

As apostas na alta de inflação continuam estimulando a demanda pelas NTN-B, mesmo com as taxas de inflação implícita cada vez mais elevadas. Hoje foi dia de leilão do papel, que teve a oferta de 2,3 milhões quase toda vendida (2.293.650). Apenas o lote de 300 mil do vencimento de 2030 não foi colocado integralmente (293.650), com boa demanda do papel mais longo, de 2055 (750 mil). A Renascença lembra que esta terça-feira marca o rebalanceamento das carteiras da indústria de fundos IMA-B, com a segunda etapa da migração da NTN-B 2026 do IMA-B 5+ para o IMA-B 5 e “que tem venda de NTN-B 2022 e 23 com compra de B24 e B26 como destaque”. Nos últimos dias, de acordo com a instituição, algumas casas vinham se antecipando ao movimento e “vendendo em volume considerável os papéis curtinhos”. (Denise Abarca – [email protected])

17:27

DI DE 1 DIA   DI DE 1 DIA   DI DE 1 DIA

5.395 6.990 7.635

17:26

Operação   Último

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 4.13

Capital de Giro (%a.a) 6.43

Hot Money (%a.m) 0.62

CDI Over (%a.a) 3.40

Over Selic (%a.a) 3.40

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York terminaram em baixa, com pouco fôlego um dia após o S&P 500 e o Nasdaq baterem recordes históricos de fechamento. Não houve sinal único entre os setores do mercado acionário americano, com energia puxando as altas, após o petróleo voltar a subir e os contratos da commodity atingirem os níveis mais altos desde o início da pandemia da covid-19. Entre os Treasuries, os juros subiram na maioria, após o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA superar a expectativa e reforçar o debate sobre a trajetória da política monetária no país, um dia antes do anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve, que também atualizará projeções para a economia e os juros. No câmbio, o dólar teve alta modesta ante outras moedas principais, também à espera do Fed e em meio ao impasse político ainda existente na busca por um pacote de gastos em infraestrutura nos EUA.

O mercado de ações de Nova York abriu sem sinal único, mas o tom negativo logo predominou. Havia espaço para realização de lucros, um dia após os recordes de S&P 500 e Nasdaq. Este último liderou as perdas de hoje, com os setores de tecnologia e serviços de comunicação em queda. Já o financeiro subiu e o de energia puxou as altas, em jornada positiva do petróleo. Entre ações em foco, Boeing subiu 0,57%, após EUA e União Europeia suspenderem a disputa comercial entre esta empresa e a Airbus, cancelando por cinco anos todas as tarifas já autorizadas pela Organização Mundial de Comércio (OMC) no imbróglio.

A LPL Financial diz que, após manter visão positiva sobre o setor de tecnologia durante vários anos, agora acredita que setores como o financeiro e o industrial podem se sair melhor no restante de 2021 em Nova York, apoiados pela retomada econômica conforme a pandemia seja controlada. Hoje, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,27%, em 34.299,33 pontos, o S&P 500 caiu 0,20%, a 4.246,59 pontos, e o Nasdaq recuou 0,71%, a 14.072,86 pontos.

Entre os Treasuries, os juros subiram em geral, após a inflação ao produtor de maio dos EUA superar a previsão, na máxima anual desde o início da série histórica em 2010 na leitura de maio, e reavivar o debate sobre a trajetória dos preços do país. Conforme discutido em reportagem especial publicada às 15h49, analistas veem pressões disseminadas nos custos de insumos e avaliam que a questão pode não se resolver tão rápido quanto esperado pelos dirigentes do Fed. Houve ainda um leilão de US$ 24 bilhões em T-bonds de 20 anos, com yield de 2,120% e demanda acima da média recente, segundo o BMO Capital, mas a operação influiu apenas marginalmente no mercado de bônus. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos operava estável, em 0,157%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,498% e o do T-bond de 30 anos subia a 2,193%.

O Fed anuncia amanhã decisão de juros e há amplo consenso no mercado por manutenção da política. Há, porém, expectativas sobre ajustes na comunicação e mudanças nas projeções atualizadas, com apostas de que o BC americano poderá começar a sinalizar o início de uma redução gradual em suas compras de bônus, diante do avanço recente dos preços, embora os dirigentes venham insistindo que o movimento deverá ser temporário. A Stifel afirma que o Fed “pode enviar a mensagem que quiser” amanhã, mas diz que a reação do mercado mostrará se os investidores continuam a “comprar essa mensagem” do BC. Para a corretora, o avanço continuado da inflação apoia o argumento daqueles favoráveis ao início da retirada de acomodação monetária.

No câmbio, com ajustes à espera do Fed, o dólar teve alta apenas marginal: o índice DXY, que mede a divisa ante uma cesta de outras fortes, subiu 0,02%, a 90,536. No horário citado, o dólar recuava a 110,07 ienes, o euro subia a US$ 1,2129 e a libra tinha baixa a US$ 1,4084.

Entre as commodities, o petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,75%, em US$ 72,12 o barril, na Nymex, e o Brent para agosto subiu 1,55%, a US$ 73,99 o barril, na ICE, ambos nos valores mais altos desde o início da pandemia, com mais otimismo sobre a retomada na demanda global. A Capital Economics vê ainda as atividades de perfuração e produção do óleo “bem atrás da recuperação nos preços”, com companhias de xisto endividadas e concentradas em melhorar seus balanços, deixando em segundo plano novos investimentos para reforçar a produção. Já o Commerzbank vê potencial de alta “claro, mas não ilimitado” para o petróleo e alerta para o elevado número de apostas especulativas nesse mercado, o que o banco diz ser “uma causa de preocupação”. (Gabriel Bueno da Costa – [email protected])

Volta

BOLSA

Em leve baixa nesta terça-feira, o Ibovespa conseguiu sustentar assim como ontem a linha de 130 mil pontos, tendo permanecido na estreita faixa de 129 a 130 mil em todos os fechamentos de junho a partir do dia 2, após encerrar maio aos 126,2 mil pontos. Nesta véspera de decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, com giro enfraquecido a R$ 26,7 bilhões, o índice da B3 fechou em baixa de 0,09%, a 130.091,08 pontos, entre mínima de 129.304,07 e máxima de 130.435,51 pontos na sessão. Na semana, avança 0,50%, colocando os ganhos da primeira quinzena do mês a 3,07% e os do ano a 9,30%.

Na B3, destaque nesta terça-feira para Sul América (+4,84%), PetroRio (+3,61%) e Ecorodovias (+3,31%), na ponta do Ibovespa na sessão. No lado oposto, Banco Inter cedeu 2,73%, Azul, 2,66%, e Hering, 2,54%. Entre as blue chips, o dia foi positivo para Petrobras (PN +0,97%, ON +0,72%), com o Brent negociado a US$ 74 por barril, enquanto Vale ON fechou em baixa de 1,95%, a R$ 111,50. O dia foi majoritariamente negativo para as ações de grandes bancos, à exceção de Bradesco PN (+0,07%). As siderúrgicas também cederam terreno, com destaque para CSN ON (-1,37%).

Além do avanço nas cotações da commodity, fatores intrínsecos à Petrobras mantiveram as ações da empresa na contracorrente das blue chips nesta sessão. “Ao longo da semana, a estatal anunciou duas notícias que animaram os analistas, e que reforçam os planos de redução de alavancagem, assim como maior fluxo de caixa – ou seja, mesmo com a mudança recente da diretoria, a estratégia de desalavancagem não está em risco, e aproxima a empresa da meta de pagar maiores dividendos aos acionistas”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Sem dados domésticos que contribuíssem para orientar os negócios na B3 nesta terça-feira, a expectativa se volta para a “super quarta”, desta vez com atenção maior para o Copom do que para a própria sinalização de política monetária do Federal Reserve.

“O mercado hoje já está bem dividido na precificação de juros futuros, entre alta de 0,75 ponto e alguma probabilidade de alta de 1 ponto porcentual na Selic, amanhã. Os juros futuros indicam alguma possibilidade de a taxa subir 1 ponto, e agora o mercado já incorporou bastante no preço que seja retirada (no comunicado do Copom) a referência a ajuste parcial, e (o BC) comece a falar no ajuste que for necessário para trazer as expectativas de inflação de 2022 de volta para o centro da meta”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group.

“Se vier 1 ponto porcentual de alta, a reação do mercado já está em parte acontecendo, ontem e hoje. Se vier mesmo, não será uma grande surpresa, porque já está sendo incorporado nos preços”, acrescenta. “A reunião do Fed, amanhã, também é bastante relevante – se vai dar algum sinal sobre redução de estímulos. A economia americana está crescendo muito fortemente, e a inflação também subiu nos Estados Unidos. É uma composição de fatores, com Copom e Fed”, conclui o economista.

“A possibilidade de aumento de 1 ponto porcentual na Selic, e não de 0,75 ponto, cresce no mercado, porque se sente a necessidade de um ajuste mais rápido na taxa de juros nominal, para um patamar que seja adequado e confortável para reduzir o risco de que a inflação do ano que vem supere não só a meta como o intervalo adicional da meta”, diz Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

“Hoje as projeções de mercado, em função do IPCA pesado e, agora, provável repercussão adicional no IPCA de aumento de energia – questões relativas à crise hídrica e a algum começo de repasse de custos na indústria e também nos serviços, na medida em que a vacinação vier – estendem um estado de alerta no mercado, que faz pressionar o Banco Central a acelerar esse ajuste”, acrescenta o economista-chefe da Acrefi.

“Se o BC mantiver o aumento de 0,75 ponto, mas mudar o comunicado, como a maioria espera, e não falar mais de ‘normalização parcial’, enfim, assumir que pode chegar aos 6,5% (para a taxa de juros de referência), de preferência este ano, isso pode ajudar a estabilizar as expectativas de mercado”, conclui Tingas, observando que, ainda assim, não se define a Selic para o ano que vem, uma vez que a inflação ainda está “pressionada” e “incerta”. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:27

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 130091.08 -0.08976

Máxima 130435.51 +0.17

Mínima 129304.07 -0.69

Volume (R$ Bilhões) 2.67B

Volume (US$ Bilhões) 5.25B

17:27

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 130090 -0.096

Máxima 130335 +0.09

Mínima 129240 -0.75




4 comments

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