JUROS DEVOLVEM PRÊMIOS COM PRIMÁRIO POSITIVO E NOTÍCIA SOBRE REFORMA TRIBUTÁRIA

Blog, Cenário
O noticiário da segunda metade do dia foi profícuo para o mercado de juros futuros e as taxas intermediárias e longas devolveram os prêmios acumulados durante a sessão e terminaram em queda, desinclinando levemente a curva. Esse comportamento teve como catalisadores o resultado primário do Governo Central positivo e perto do teto das estimativas, além do possível fatiamento da reforma tributária, que pode fazer com que pelo menos uma parte realmente saia do papel. Enquanto isso, tanto aqui quanto no exterior, o dólar teve oscilações curtas e não se distanciou da estabilidade, firmando queda apenas perto do fechamento, para terminar no menor nível desde 20 de janeiro. Ante o real, a moeda dos EUA acabou com queda de 0,47%, a R$ 5,3365. O viés de baixa, apesar da cautela dos investidores diante da alta dos yields dos T-notes, veio de relatos de fluxo externo vindo para o Brasil em uma semana com empresas abrindo capital, captações externas e, amanhã, a privatização da Cedae. Na renda variável, as bolsas de Nova York voltaram a subir, com o S&P 500 renovando pico histórico de fechamento, diante de resultados corporativos positivos, como o do Facebook, ontem. Além disso, o PIB americano, mesmo que um pouco abaixo do consenso, foi considerado robusto, reforçando as expectativas favoráveis para o restante do ano. O Ibovespa, contudo, descolou dos pares e cedeu 0,82%, aos 120.065,75 pontos, num processo de correção após ter avançado mais do que os demais índices na véspera. Até porque, analistas relatam falta de um novo gatilho à Bolsa, dividida entre o noticiário corporativo doméstico, em geral positivo, e as preocupações com pandemia e CPI da Covid, além das questões fiscais.
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JUROS Os juros futuros tiveram alívio no período da tarde, promovido por uma série de fatores, com destaque para o resultado do governo central perto do teto das estimativas, informação de fatiamento da reforma tributária e menor pressão dos Treasuries. As taxas de médio e longo prazo zeraram a alta para encerrar com viés de baixa, enquanto a ponta curta se manteve por toda a sessão perto dos ajustes de ontem. Também na segunda etapa já não havia mais a influência do leilão do Tesouro, que ajudava a pressionar a curva pela manhã. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 4,61%, de 4,637% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 7,716% para 7,68%. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 8,34%, de 8,374% ontem. No exterior, o retorno da T-Note de dez anos, que mais cedo bateu em 1,67%, desceu a 1,64% no meio da tarde. A alta das taxas intermediárias e longas, que rondava 10 pontos-base na etapa matutina, começou a perder força logo após o leilão de prefixados, que teve aumento da oferta de LTN (13,5 milhões para 19 milhões) e de NTN-F (500 mil para 800 mil) ante a semana passada. O DV01 (risco para o mercado) ficou em R$ 3,6 milhões, ante R$ 1,9 milhão na última quinta-feira, segundo a Renascença DTVM. Profissionais nas mesas de renda fixa afirmam que a demanda pelos papéis foi grande, dado que boa parte foi vendida com taxas abaixo do consenso. Sem a pressão do Tesouro, houve espaço para repercussão positiva da agenda e noticiário, especialmente a dos dados do governo central de março. O superávit de R$ 2,1 bilhões foi o melhor número para o mês desde 2014, vindo perto do teto das estimativas que iam de déficit de R$ 26,2 bilhões a superávit de R$ 2,8 bilhões, com mediana negativa de R$ 5 bilhões. "O fiscal é o que mercado mais teme e tem surpreendido positivamente todo mês", diz um gestor. Numa análise dos fundamentos, contudo, a percepção é de que o aumento das restrições em função da pandemia em abril deve frear novos resultados favoráveis. Para a equipe do BTG Pactual digital, os dados de hoje espelham uma dinâmica anterior às novas medidas mais restritivas de isolamento social, não sendo impactadas ainda pelas novas parcelas do auxílio emergencial. "Dessa forma, esperamos uma deterioração dos dados fiscais a partir de abril", cita. Para Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama, a tendência é não se repetir diante da perda de fôlego da recuperação e maior necessidade de gastos no enfrentamento da pandemia. Na mesma linha, o Tesouro afirmou que o superávit de R$ 24,443 bilhões registrado no primeiro trimestre é relacionado ao fato de o Orçamento de 2021 ainda não ter sido aprovado. "Houve economia de despesas com a antevigência do Orçamento", afirmou o secretário Bruno Funchal. Outras boas notícias do dia foram a informação do líder Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), de que a reforma tributária será fatiada em quatro partes, e declarações otimistas em relação a fluxo de investimentos para o País dadas pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, a respeito dos leilões no setor. Na leitura do mercado, a divisão da proposta tributária eleva as chances de aprovação, até porque a decisão teria sido tomada em consenso entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e lideranças dos partidos. Nesse contexto, o investidor aproveitou a oportunidade para aplicar diante dos prêmios robustos da curva, mas também sem grandes posições, já que as incertezas persistem. A CPI da Covid se mantém como a nuvem negra em cima do governo e o dia ainda talvez reserve o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em torno da retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, que pode resultar em prejuízo de centenas de bilhões para os cofres públicos. Na avaliação de um profissional, o cenário não dá conforto para ficar aplicado em juros, mesmo com o nível de inclinação elevado, "talvez um pouco na ponta curta pois os dados de inflação têm vindo melhores". O IGP-M de abril desacelerou a 1,51%, ante 2,94% em março, mas ficou acima da mediana das estimativas (1,33%). "Temos uma melhora rápida nos índices de preços, principalmente por conta de combustíveis, mas ainda não vemos revisões para baixo no IPCA do ano", explicou. (Denise Abarca - [email protected]) 17:33 Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 3.24 Capital de Giro (%a.a) 6.54 Hot Money (%a.m) 0.64 CDI Over (%a.a) 2.65 Over Selic (%a.a) 2.65 Volta MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York chegaram a perder fôlego durante o pregão, mas fecharam com ganhos e recorde histórico do S&P 500. A temporada de balanços continuou a influenciar os negócios, com destaque para a alta forte do Facebook, que divulgou resultados após o fechamento de ontem. Embora levemente abaixo da mediana das expectativa dos analistas, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre foi considerado robusto, com perspectiva de manutenção do quadro ao longo deste ano, o que levou para cima o retorno dos Treasuries de vencimentos mais longos. No câmbio, o dólar chegou a subir, mas perdeu impulso e oscilou perto da estabilidade ante uma cesta de outras moedas principais. Entre as commodities, os sinais de força da economia americana abriram espaço para avanço de quase 2% nos contratos do petróleo. O setor de serviços de comunicação foi o destaque nas bolsas de Nova York hoje, apoiado pela alta de 7,30% da ação do Facebook. Resultados em geral positivos dos balanços têm apoiado o humor dos investidores, que destacam o avanço da vacinação contra covid-19 nos EUA, a qual deve permitir maior retomada gradual da atividade. Entre outras ações em foco, Apple chegou a subir após balanço forte, mas terminou em baixa de 0,07%, com alguns analistas citando o risco de certa perda de fôlego no futuro próximo para a empresa, enquanto outros elevaram o preço-alvo do papel. O setor financeiro também teve desempenho positivo entre as ações hoje. Nesse quadro, o mercado acionário chegou a operar no vermelho à tarde, mas terminou com ganhos: o Dow Jones fechou em alta de 0,71%, em 34.060,36 pontos, o S&P 500 avançou 0,68%, a 4.211,47 pontos, e o Nasdaq subiu 0,22%, a 14.082,55 pontos. O S&P 500 ainda renovou recorde histórico de fechamento. Entre os Treasuries, os retornos longos subiram, após o avanço de 6,4% do PIB dos EUA no primeiro trimestre. Ainda que a leitura anualizada tenha ficado um pouco abaixo da previsão de 6,5% dos analistas, a percepção de força na retomada americana prevaleceu, com a vacinação contra a covid-19, o impulso do consumo e os estímulos do governo. O BBVA destacou também o investimento privado, no dado de hoje, projetando que o PIB do país no segundo trimestre deve crescer perto de 10%. Nesta tarde, a vice-presidente Kamala Harris defendeu o plano de investimentos em infraestrutura da Casa Branca, enfatizando seu potencial para gerar empregos. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,160%, o da T-note de 10 anos subia a 1,641% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 2,300%. No câmbio, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,01%, a 90,614 pontos, bem perto da estabilidade. A Western Union comenta que o dólar está nos níveis mais baixos em alguns meses ante algumas das divisas principais e atribui o movimento ao Federal Reserve (Fed), que ontem reafirmou sua postura dovish na política monetária. No horário citado, o dólar subia a 108,88 ienes, o euro avançava a US$ 1,2131, quase estável, e a libra avançava a US$ 1,3949. Entre as commodities, o petróleo WTI para junho fechou em alta de 1,80%, em U$S$ 65,01 o barril, na Nymex, e o Brent para julho avançou 1,90%, a US$ 68,05 o barril, na ICE. Dados positivos dos EUA de hoje apoiaram o óleo. Em análise dos dados do PIB americano, o CIBC diz que os fundamentos da demanda pelo petróleo melhoram, com a perspectiva de recuperação. O banco comenta ainda que a regulação do governo de Joe Biden poderia limitar a tendência de crescimento de longo prazo na oferta americana. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta CÂMBIO O dólar operou a maior parte do dia com oscilações contidas, firmando queda apenas perto do fechamento, para encerrar no menor nível desde 20 de janeiro. A moeda americana operou volátil, alternando altas influenciadas pelo exterior, em dia de pressão nos juros longos americanos, e baixas com relatos de fluxo externo vindo para o Brasil, refletindo a semana com empresas abrindo capital, como a Boa Safra Sementes e a Caixa Seguridade, captações externas e amanhã a privatização da fluminense Cedae. Houve ainda movimento forte de redução de apostas contra o real no mercado futuro, com estrangeiros e fundos nacionais cortando em US$ 1,6 bilhão apenas no pregão de ontem. No fechamento, o dólar à vista encerrou a quinta-feira com queda de 0,47%, a R$ 5,3365. No mercado futuro, o dólar para maio, que vence amanhã e tem liquidação na segunda-feira, cedia 0,18% às 17h, a R$ 5,3375, mas chegou na mínima a cair a R$ 5,32. Desde meados de abril o real engatou melhora em ritmo mais intenso que seus pares, saindo de níveis acima de R$ 5,60 para R$ 5,33 hoje, destaca a analista de moedas e emergentes do Commerzbank, Melanie Fischinger. Até então, ao contrário, o real vinha sendo em 2021 uma das piores moedas de emergentes. Enquanto divisas pares do Brasil voltaram a patamares de antes de pandemia, ou ao menos a números próximos, o real ainda está bem distante, cita Fischinger. A aprovação do Orçamento de 2021 sem romper o teto, a sinalização esta semana de avanço da reforma tributária, mesmo que fatiada, e da administrativa, além da perspectiva de elevação dos juros pelo Banco Central estão contribuindo para retirar pressão do câmbio, avalia a analista. "Mas permanecemos céticos", observa, citando que gastos foram deixados fora do teto no Orçamento e que a dívida do Brasil segue elevada e acima dos pares, além do que novas pressões para mais gastos podem surgir. "Até que os investidores estejam convencidos de que haverá prioridade na consolidação das finanças nacionais e na implementação de reformas, o real terá dificuldade de apreciação", comenta a analista do Commerzbank. Hoje o Tesouro divulgou que houve superávit primário em março, R$ 2,1 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2014 e no teto das estimativas. Contudo, o órgão calcula que a dívida bruta deve fechar o ano em 87,2% do PIB, bem acima da média dos emergentes. Na batalha por mais gastos públicos até agora em 2021, o Congresso está vencendo o governo, ressalta relatório da consultoria TS Lombard. Há ainda ruídos em Brasília que vêm sendo monitorados pelas mesas de câmbio, mas hoje sem efeitos nas cotações. Entre eles, as discussões sobre a constitucionalidade da autonomia do Banco Central e no Supremo sobre o censo do IBGE. Neste ambiente, o economista e sócio da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, estima suporte para o dólar em R$ 5,33. O fluxo externo tem ajudado, além do sinal do Federal Reserve que nem começou a discutir a retirada dos estímulos extraordinários e do novo pacote fiscal de Joe Biden, fatores que beneficiam moedas de emergentes. Após operar volátil e sem muitas oscilações durante boa parte do pregão, o dólar firmou queda só na reta final dos negócios. Nas mesas de câmbio, operadores comentaram que começou uma pressão dos vendidos já de olho amanhã na disputa pelo referencial Ptax de abril. Segundo um gestor, há quantidade expressiva de contratos vendidos a R$ 5,30 e R$ 5,40 que vencem nesta sexta-feira e estes investidores pressionam por mais quedas. A disputa pelo referencial, usado em contratos futuros e balanços corporativos, promete ser forte, disse este profissional. No mercado futuro, ontem houve forte redução de posição comprada em dólar na B3, que ganham com a valorização da divisa americana. Estrangeiros diminuíram em US$ 900 milhões, considerando dólar futuro, minicontratos de dólar futuro e cupom cambial (DDI), segundo dados da B3 monitorados pela corretora Commcor. Fundos nacionais reduziram estas mesmas posições em US$ 716 milhões. (Altamiro Silva Junior - [email protected]) Volta BOLSA As bolsas de Nova York melhoraram à tarde, à espera dos resultados da Amazon após o fechamento desta quinta-feira, enquanto o Ibovespa, embora tenha recuperado a linha de 120 mil depois de tocar os 119,7 mil pontos na mínima do dia, não conseguiu acompanhar o humor de Wall Street. Assim, o índice da B3 devolveu parte da recuperação de ontem, quando havia subido 1,39% após perda de 1% no dia precedente. Hoje, ainda em zigue-zague na semana, fechou em baixa de 0,82%, aos 120.065,75 pontos, entre piso de 119.702,87 e pico de 121.497,86 pontos na sessão, com giro financeiro a R$ 31,6 bilhões. Nas últimas quatro sessões, acumula agora perda de 0,39%, com ganhos no mês a 2,94% - no ano, sobe apenas 0,88%. Sem fôlego para romper de forma sustentada a resistência dos 121 mil pontos, mas também distante do suporte de 117,5 mil pontos, o Ibovespa tem se mantido em faixa relativamente estreita, tendo atingido os 119.003,27 pontos no pior momento da semana, na mínima intradia de anteontem, e chegado a 121.497,86 pontos na máxima do intervalo, hoje. Nas últimas sete sessões, foi para os 119 mil pontos nas respectivas mínimas, e nas últimas quatro conseguiu tocar e superar os 121 mil pontos nos melhores momentos. O cenário externo continua favorecido pela temporada positiva de resultados corporativos, especialmente os das grandes empresas de tecnologia, bem como pela política monetária afrouxada e os estímulos fiscais nos Estados Unidos, em visão de retomada econômica reforçada pela expansão de 6,4% do PIB americano. Aqui, apesar do alívio recente observado no câmbio - hoje, ainda em ajuste de baixa, a R$ 5,3365 no fechamento -, uma série de incertezas tem impedido o Ibovespa de rasgar para cima, mesmo permanecendo atrasado no ano em comparação a outras referências. "O mercado continua a operar muito em cima do ritmo de vacinação e de dados de crescimento econômico - o PIB americano foi positivo hoje para os mercados, que continuam muito correlacionados aos juros de 10 anos nos Estados Unidos", diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group. "A reunião do Fed ontem também tranquilizou os mercados, e os ativos de risco reagiram bem. Os juros de 10 anos dos Estados Unidos, a taxa mais importante do mundo, saíram de 0,90% no início do ano para 1,75%, em fins de março, e aliviaram em abril, a 1,53% na mínima vista em 23 de abril, antes de voltar a subir de novo, mais lentamente", acrescenta Miraglia. "Vinham se mantendo ultimamente de lado, entre 1,55% e 1,60%, em cenário mais benigno para emergentes. Depois desta última reunião do Fed, estamos entrando em dinâmica um pouco nova, onde os juros longos nos Estados Unidos estão com viés um pouco mais de alta. Se voltar para nível de 1,75% ou acima, nos yields de 10 anos, será mais desafiador para emergentes, com impacto em câmbio e curva de juros." Previsto para começar hoje, o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolve o ICMS calculado na base do PIS e da Cofins - uma conta bilionária em disputa que coloca de um lado o setor privado e, de outro, o governo - é outra questão delicada que tem sido acompanhada com interesse pelo mercado, acrescenta o economista, pelo "impacto fiscal relevante". Assim, o índice da B3 segue dividido entre o noticiário corporativo doméstico, em geral positivo, e as preocupações com a pandemia, a CPI da Covid e a economia, especialmente a situação fiscal e a inflação - hoje, embora em desaceleração, a 1,51% em abril, o IGP-M foi o maior para o mês desde 1995. Dessa forma, desde meados de abril o Ibovespa tem orbitado em torno dos 120 mil, sem grandes quedas, sem grandes avanços. Os ganhos que haviam se distribuído bem ontem por empresas e setores deram lugar hoje a um ajuste também linear, em que os bancos, em especial, devolveram parte do entusiasmo do dia anterior com o balanço do Santander, o primeiro da temporada trimestral no segmento. Em geral, o dia foi negativo também para outros setores de peso no Ibovespa, como commodities (Petrobras ON -2,00%, PN -1,34%) e siderurgia (CSN -2,20%). Na ponta do índice, Lojas Americanas fechou em baixa de 5,17%, à frente de Embraer (-4,31%) e de Santander (-3,87%). No lado oposto, B2W subiu 7,69% - em reação oposta a de Americanas sobre a mesma notícia, sobre combinação operacional entre as empresas -, enquanto Ecorodovias avançou 4,55% e Sabesp, 4,36%. "De manhã, a B3 chegou a seguir Nova York, em leve alta, mas o mercado aqui passou a recuar com a notícia de que os ex-ministros da Saúde seriam convocados para depoimentos na CPI da Covid já na semana que vem, chegando a cair cerca de 1%, antes de limitar perdas. Grande parte desse descolamento vem da CPI da Covid", diz Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office. Parte do desconforto do mercado com a CPI é o viés político, fechado no governo federal com a confirmação da relatoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário do Planalto, em uma comissão controlada pela oposição, o que tende a dificultar ainda mais a agenda "propositiva" da equipe econômica, associada a reformas. "O bom sinal é que o Ibovespa tem segurado os 120 mil pontos mesmo com as notícias ruins. Com notícia boa, tende a andar mais, considerando que o exterior está positivo, onde 90% das empresas têm reportado resultados acima do esperado nos Estados Unidos, com Fed ainda 'dovish' e os estímulos do Biden", diz Rodrigo Friedrich, head de renda variável da Renova Invest, que aguarda uma boa safra de balanços de bancos, depois dos números de ontem do Santander - possivelmente um prenúncio de resultados de outros segmentos vinculados à economia doméstica, como os de varejo e administradoras de shoppings, que podem começar a surpreender nos próximos meses, avalia o gestor, com a reabertura gradual da economia. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:22 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 120065.75 -0.81516 Máxima 121497.86 +0.37 Mínima 119702.87 -1.11 Volume (R$ Bilhões) 3.16B Volume (US$ Bilhões) 5.89B 17:34 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 120285 -1.38149 Máxima 122035 +0.05 Mínima 120090 -1.54
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