{“main-title”:{“component”:”hc_title”,”id”:”main-title”,”title”:”IPCA-15 E PCE REFORÇAM ATUAÇÃO HAWK DE BCS, BOLSA CAI E LEILÃO TRAZ DÓLAR A R$ 5,66″,”subtitle”:””,”title_content”:{“component”:”hc_title_image”,”id”:”title-image”,”image”:””,”full_screen”:false,”full_screen_height”:””,”parallax”:false,”bleed”:””,”ken_burn”:””,”overlay”:””,”breadcrumbs”:false,”white”:true,”position”:””}},”section_5ZtkF”:{“component”:”hc_section”,”id”:”section_5ZtkF”,”section_width”:””,”animation”:””,”animation_time”:””,”timeline_animation”:””,”timeline_delay”:””,”timeline_order”:””,”vertical_row”:””,”box_middle”:””,”css_classes”:””,”custom_css_classes”:””,”custom_css_styles”:””,”section_content”:[{“component”:”hc_column”,”id”:”column_vtfQF”,”column_width”:”col-md-12″,”animation”:””,”animation_time”:””,”timeline_animation”:””,”timeline_delay”:””,”timeline_order”:””,”css_classes”:””,”custom_css_classes”:””,”custom_css_styles”:””,”main_content”:[{“component”:”hc_wp_editor”,”id”:”Xhugf”,”css_classes”:””,”custom_css_classes”:””,”custom_css_styles”:””,”editor_content”:”
O incômodo com a inflação pelo IPCA-15 provocou alta dos juros futuros, enquanto o dólar definiu baixa após nova atuação do Banco Central e a Bolsa operou no negativo, descolada de Nova York, em uma sessão de volume baixo, a última antes do Natal. O indicador do IBGE confirmou a expectativa de desaceleração, com taxa de 0,78%, abaixo do consenso do mercado. Mas a composição dele desagradou pela pressão em serviços e aumento do espalhamento da alta de preços na economia. Na curva a termo, o movimento para cima também foi induzido por ajustes técnicos. Seja como for, o mercado definiu aumento da aposta em alta de 1,50 ponto porcentual da Selic pelo Copom em fevereiro subiu para 57%, contra 43% de 1,25 pp, desempatando o quadro visto ao longo da semana. Na Bolsa, a perspectiva de que o Banco Central mantenha o ritmo de aperto monetário, somada às preocupações com crescimento anêmico no ano que vem e aumento de gastos do governo em ano eleitoral, pressionou para a baixa. Após ensaiar alta nos minutos iniciais da sessão, de olho no apetite a risco no exterior, cedeu aos fundamentos, num ambiente de liquidez reduzida – giro de apenas R$ 15,8 bilhões, fechando no nível dos 104 mil pontos (104.891,32 mil pontos, em queda de 0,33%). Já o dólar, que começou o dia alinhado ao comportamento no exterior ante moedas emergentes e ligadas a commodities, virou e foi até a máxima do dia acima de R$ 5,71, sob pressão da demanda sazonal de fim de ano. O Banco Central respondeu com novo leilão à vista de dólares, o segundo do dia, o que fez a cotação descer e, depois, rondar a estabilidade. No fechamento, o dólar saiu a R$ 5,6631 (-0,08%). No acumulado da semana, o Ibovespa perdeu 2,15% e o dólar, 0,39%. Já as bolsas americanas encerram em alta, a terceira consecutiva, com ganhos semanais expressivos de entre 3,5% e 4,5%, mais ou menos, dos índices S&P 500 e Dow Jones. O estímulo foi dado pela percepção de que a Ômicron aparenta ter menor letalidade e pode ser combatida com as vacinas já existentes. Por sua vez, o principal dado do dia no exterior, o índice de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos, acima do esperado, reforça as expectativas de aperto monetário no próximo ano, com potencial alta de juros a partir de março.
- JUROS
- MERCADOS INTERNACIONAIS
- CÂMBIO
- BOLSA
JUROS
Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira em alta na maioria dos vértices, em meio à divulgação do IPCA-15 de dezembro, com surpresas desagradáveis em sua composição, e a movimentos técnicos típicos de fim de ano. A aposta em elevação da Selic em 1,50 ponto porcentual se ampliou à casa dos 57% hoje (contra 43% de 1,25 pp), depois de passar a semana toda com o mercado dividido entre essas duas dimensões.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subiu de 11,389% no ajuste de ontem a 11,59% (regular) e 11,640% (estendida). O janeiro 2025 foi de 10,442% a 10,58% (regular) e 10,640% (estendida, na máxima). E o janeiro 2027 avançou de 10,381% a 10,53% (regular, na máxima) e 10,560% (estendida).
Em termos de liquidez, o volume negociado no janeiro 2023 foi o maior da semana (1 milhão de contratos). Os agentes atribuíram o movimento à grande agenda diária e semanal, o IPCA-15, que mexeu nas apostas quanto ao futuro da política monetária. Os demais contratos, por sua vez, tiveram quantidades de transações bem mais tímidas, refletindo em parte ajustes técnicos do fim do ano. ‘Do miolo [da curva] adiante, o que teve foi operação salva-balanço’, brinca um estrategista carioca, que pediu para não ser identificado.
Voltando ao IPCA-15, a despeito de ter havido desaceleração na margem (de 1,17% em novembro a 0,78% em dezembro) e em 12 meses (de 10,73% a 10,42%) e de os resultados ficarem abaixo das medianas do Projeções Broadcast (0,82% e 10,47%, respectivamente), a composição do índice trouxe incômodo aos agentes.
A difusão do índice aumentou de 65,7% a 69,2%, a inflação de serviços avançou de 0,33% a 0,70% e a de serviços subjacentes saltou de 0,50% a 0,66%. As contas são da Greenbay Investimentos.
O MUFG Brasil estima que o IPCA feche o mês dezembro em 0,65%, devido aos menores preços dos combustíveis em dezembro, na esteira da redução dos combustíveis pela Petrobras. ‘No entanto, essa desaceleração da inflação do IPCA é moderada uma vez que podemos ver alguma pressão vinda de passagens aéreas e da inflação de alimentos’, diz o banco. A estimativa da inflação fechada para 2021 é de 10%. Para 2022, é esperada uma desaceleração para níveis em torno de 4%, ‘principalmente por conta da política monetária mais agressiva do Banco Central, que pode fazer a taxa Selic atingir 12,25% no próximo ano e contribuir para orientar a expectativa de inflação’.
Para o economista-chefe de Mercados Emergentes da Capital Economics, William Jackson, a tendência é de queda da inflação nos próximos meses, à medida que os preços de alimentos e combustíveis sigam descendo. ‘Mas com a taxa de inflação ainda bem acima da meta – e provavelmente deve permanecer bem acima no próximo ano – o Banco Central deve elevar novamente a Selic em 150 pontos-base em fevereiro, para 10,75%. Isso provavelmente será seguido por mais 75 pontos-base de aumento no primeiro semestre de 2022’, afirma, em relatório.
As aberturas do índice pausaram a avaliação, corrente ao longo da semana, de desinflação forte e disseminada, tese que colocou de novo em jogo a aposta de elevação da Selic em 1,25 pp, a despeito da comunicação muito dura do Banco Central.
Segundo o modelo de precificação da curva montado pelo professor Alexandre Cabral, a aposta de elevação da Selic em 150 pontos-base em janeiro teve uma expansão hoje para 57%, contra 43% de 125 pontos. No restante da semana, havia divisão de 50%-50%.
Na próxima semana, a agenda doméstica traz dados fiscais de novembro do Governo Central (quarta-feira) e do Setor Público Consolidado (quinta-feira), IGP-M de dezembro (quarta-feira) e de desemprego (terça-feira). (Mateus Fagundes – [email protected])
18:26
Operação Último
CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 9.16
Capital de Giro (%a.a) 6.76
Hot Money (%a.m) 0.63
CDI Over (%a.a) 9.15
Over Selic (%a.a) 9.15
MERCADOS INTERNACIONAIS
A leitura do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em novembro acima do esperado por analistas deve manter a pressão para que o Federal Reserve (Fed) acelere o aperto monetário no próximo ano. Além de inflação, dados sobre emprego, renda e consumo nos EUA também foram divulgados hoje. Após as publicações, a aposta do mercado por um primeiro aumento de juros pelo Fed já em março de 2022 aumentou de 52,8% ontem para 56,5%, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Os rendimentos dos Treasuries avançaram, enquanto o dólar operou em baixa ante a maioria das moedas. As bolsas de Nova York tiveram o terceiro dia consecutivo de ganhos, mesmo movimento do petróleo, com foco dos investidores em sinais de que a variante ômicron do coronavírus apresenta menor severidade que a delta.
Na avaliação do Citi, o avanço anual de 4,7% em novembro no núcleo do PCE, acima do consenso de 4,5% do mercado, manterá os dirigentes do Fed focados em se proteger contra a alta dos preços, aumentando as taxas de juros em junho, em seu cenário base, mas com risco de elevação nas taxas de março. Para o banco, os gastos reais estáveis em novembro não são preocupantes após o forte mês de outubro, mas pode ser um sinal de ventos desfavoráveis para os gastos do consumidor, que diminuirão ao longo de 2022.
O movimento hoje foi de ganho para ativos de risco. O Dow Jones avançou 0,55%, o S&P 500 subiu 0,62% e o Nasdaq ganhou 0,85%. Na semana, houve avanço de 0,15%, 1,22% e 3,12%, respectivamente. A LPL Research aponta que houve força particular nos setores de consumo discricionário e de tecnologia, que impulsionaram o Nasdaq a um avanço semanal ainda maior do que o do S&P 500. A análise lembra que o avanço se consolidou mesmo em meio a preocupações com os efeitos da ômicron na economia. Um dos destaques foi a Tesla, que se viu envolvida nos últimos dias com os anúncios de vendas de ações pela CEO da empresa, Elon Musk, e subiu 5,76%.
Na Europa, os principais índices avançaram, com destaque para o DAX, que subiu 1,04% em Frankfurt. Apesar do número recorde de casos da covid-19 sendo registrados em diversos países, como Reino Unido e Espanha, estudos na Escócia e na África do Sul apontam que a ômicron vem causando quadros menos graves da doença.
Na avaliação da Western Union, as preocupações com a gravidade da ômicron estão diminuindo, o que está estimulando a demanda por moedas e classes de ativos mais arriscadas, ao mesmo tempo em que pesa sobre portos seguros como o dólar, o iene e títulos soberanos. Hoje, uma das poucas moedas que se desvalorizou ante o dólar foi justamente o iene, com o ativo americano subindo a 114,43 ienes no fim da tarde. O movimento ajudou o índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais, a ter um recuo mais leve, de 0,06%. Mais uma vez, o destaque do dia foi a lira turca, que chegou a avançar mais de 10% ante a moeda americana, e era cotada a 11,3846, ainda repercutindo o anúncio de medidas cambiais pelo governo local.
Nos Treasuries, o dia foi de alta nos rendimentos, e no fim da tarde o juro da T-note de 2 anos subia a 0,687%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,493% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 1,907%.
Para o TD Securities, os mercados de petróleo permanecem intensamente focados no impacto potencial do vírus na demanda, ‘mas estudos recentes sobre a variante ofereceram algum otimismo, gerando apetite pelo risco positivo em direção ao feriado’. Assim, o WTI para fevereiro subiu 1,42% (US$ 1,03), a US$ 73,79, e o Brent para igual mês avançou 2,07% (US$ 1,56), a US$ 76,85.(Matheus Andrade – [email protected])
CÂMBIO
Depois de uma oferta hostil no mercado à vista, quando o Banco Central vendeu integralmente US$ 965 milhões, o dólar spot se manteve comportado ao redor dos R$ 5,66 ora oscilando em leve alta, ora em leve baixa. No meio do dia, um fluxo comprador levou a moeda para a faixa dos R$ 5,7182, na máxima intraday e foi o gatilho para a autoridade monetária entrar suprindo a demanda.
Assim, na última sessão integral antes do Natal, o dólar à vista encerrou em baixa de 0,08%, cotado a R$ 5,6631, acumulando perda de 0,39% na semana, mas avanço de 0,49% no mês. No futuro para janeiro, às 18h14, a moeda estava em R$ 5,6830, alta de 0,35%.
‘Pelo que acompanhamos, aqui houve uma saída de recursos concentrada no fim da manhã desta quinta-feira, com o dólar casado bem pressionado’, disse Sérgio Zanini, gestor e sócio da Galapagos Capital. ‘Esse movimento não deveria estar previamente mapeado pelo Banco Central, mas percebendo a pressão, [a instituição] resolveu atuar’.
A pressão no mercado à vista ainda foi referente à necessidade de empresas que precisam remeter dinheiro para fora para pagar dívida ou dividendos, no caso de companhias listadas em bolsas no exterior.
Zanini acredita que, pelo bom comportamento da moeda durante a tarde, a autoridade monetária conseguiu suprir o mercado, que parecia ‘estar furado’ pela manhã. De fato, o dólar abriu em queda e chegou a operar na mínima a R$ 5,6284, em linha com o enfraquecimento da divisa no mercado externo onde, durante toda a sessão, deu espaço para que moedas de países emergentes se valorizassem. Inclusive, nesse contexto, a divisa da Turquia deu continuidade ao movimento de recuperação que veio com o anúncio nesta semana de medidas cambiais e durante a sessão o dólar chegou a recuar para baixo da cotação de 11 liras turcas.
‘Em dezembro, houve uma distorção grande do comportamento do real em relação aos seus pares’, notou o gestor da Galápagos.
Dada a pressão doméstica, o BC vem vendendo dólares à vista. No primeiro leilão no início desta tarde vendeu US$ 190 milhões com taxa de corte de R$ 5,6795 e aceitou três propostas. O dólar recuou pontualmente para R$ 5,68, mas em seguida voltou aos R$ 5,70. Foi então que a autoridade monetária ofertou US$ 775 milhões com taxa de corte de R$ 5,6750 e aceitou oito propostas. Depois disso, a cotação ficou rondando os R$ 5,66. Esse total de US$ 965 milhões de hoje se somam aos US$ 3,872 bilhões vendidos desde o dia 10 de dezembro.
Durante o dia, dados divulgados tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil tiveram influências pontuais ou bem amenas na taxa de câmbio. Pela manhã, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,78% em dezembro, chegando a 10,42% no ano, mas a dispersão da alta dos preços levou à percepção de uma política monetária seguindo mais dura. Nos Estados Unidos, a leitura do índice de gastos com consumo (PCE) americano em novembro acima do esperado por analistas deve manter a pressão para que o Federal Reserve (Fed) acelere o aperto monetário no próximo ano.
Já para a próxima semana, última do ano e de liquidez ainda mais reduzida, Zanini diz que é possível haver volatilidade, a depender do volume antecipado pelos bancos para zerar o overhedge. ‘Semana que vem vamos saber se os bancos anteciparam [e quanto] a zeragem do overhedge. A depender pode trazer pressão para a formação da última Ptax do ano’, ressaltou.(Simone Cavalcanti – [email protected])
18:26
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 5.66310 -0.0812 5.71820 5.62840
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL 5684.000 0.37969 5726.000 5636.000
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5717.000 0.15767 5751.000 5691.000
BOLSA
O Ibovespa encerra seu último pregão antes do feriado de Natal com giro baixo e sem fôlego para acompanhar o tom positivo das Bolsas americanas, que subiram escoradas na percepção de que a economia global não será tão abalada pela variante ômicron do coronavírus. Até o momento, a nova cepa aparenta ter baixa letalidade e pode ser combatida com as vacinas já existentes.
Por aqui, preocupações com crescimento anêmico no ano que vem, inflação elevada e temores de aumento de gastos em ano eleitoral mantêm os investidores na defensiva. A aprovação do Orçamento de 2022 com uma brecha para reajuste de policiais federais levou diversas categorias de servidores a também pleitear aumento salarial, em um ‘efeito cascata’ que ameaça soterrar o pouco que resta da credibilidade fiscal do governo Jair Bolsonaro.
O IPCA-15 de dezembro até veio abaixo das estimativas, com alta de 0,78%, enquanto a mediana de Projeções Broadcast era de 0,82%. A aceleração dos preços no setor de serviços e o aumento do índice de difusão, contudo, não autorizam leituras mais assertivas de arrefecimento dos índices de preços.
Com o IPCA ainda pressionado e a ausência de uma ancoragem mais forte das expectativas de inflação, a perspectiva é a de que o Banco Central mantenha o ritmo de aperto monetário, com alta da taxa básica em 1,50 ponto porcentual em fevereiro, e leve a Selic para um nível ao redor de 12% no fim do ciclo – o que aumenta bastante o custo de oportunidade para investimentos em renda variável.
‘O headline do IPCA veio bom. Quando você olha nos detalhes, vê que a parte de serviços e a difusão aumentaram. Isso pressionou os juros e contribuiu para a performance ruim da Bolsa’, afirma o CIO da Legend, Rodrigo Santin, acrescentando que movimentos de ajustes de carteira em meio à liquidez baixa também ‘pressionaram o índice acionário um pouco para baixo’.
Em tal ambiente, nem mesmo a surpresa positiva com o Caged, que revelou criação de 324.112 postos de trabalho formais em novembro, bem acima da mediana de Projeções Broadcast (216.500), deu alento ao mercado acionário local.
O Ibovespa até ensaiou uma alta na abertura dos negócios, escorado no clima externo de apetite ao risco. Mas logo virou para o campo negativo e perdeu a linha dos 105 mil pontos ainda pela manhã, descendo até a mínima aos 104.637,08 pontos no início da tarde.
Com giro de apenas R$ 15,8 bilhões, o Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (23) em queda de 0,33%, aos 104.891,32 mil pontos. Isso levou o índice a uma baixa de 2,15% na semana, depois de ter já perdido 0,52% na semana anterior. Mesmo assim, o Ibovespa ainda mantém uma valorização acumulada de 2,92% em dezembro – um resultado que não permite, contudo, falar em rali de fim de ano.
Para o head de renda variável da Venice Investimentos, Celso Fonseca, o ‘principal fator’ para a falta de fôlego do índice é o ‘cenário fiscal um pouco pior’, que acaba ofuscando dados positivos, como a geração de empregos revelada pelo Caged. ‘A questão fiscal é o que tem pesado mais para que a Bolsa fique no campo negativo nesses últimos dias’, diz Fonseca. ‘Lá fora, as bolsas respondem bem aos estudos que mostram menor letalidade da Ômicron em relação a outras variante do coronavírus’.
Iniciada ontem, a debandada de auditores fiscais da Receita Federal já soma 635 renúncias a cargos de chefia e de comissão, segundo informou o sindicato da categoria. Hoje, 44 conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) entregaram pedido de afastamento. A saída em massa se dá em protesto ao fato de o Orçamento de 2022 reservar R$ 1,7 bilhão para reajuste apenas de policiais federais, segundo pleito do presidente Jair Bolsonaro. Servidores do Banco Central e da Advocacia-Geral da União também estariam se mobilizando.
‘Tem um ruído fiscal com esse caso de servidores entregando cargos. No ano que vem, vai ter muita pressão para reajuste de servidor público, o que pesa no orçamento. Isso não ajuda a Bolsa’, diz Santin, da Legend.
Entre as blue chips, as ações da Petrobras fecharam em leve alta (PN subiu 0,60% e ON, 0,73%), em dia valorização do barril do Petróleo. O Brent subia para fevereiro subiu 2,07%, a US$ 76,85 o barril. A petroleira informou que finalizou a venda para a PetroRecôncavo da totalidade de sua participação em 12 campos terrestres de exploração e produção (Polo Remanso), localizados no Estado da Bahia.
Os papéis dos bancos tiveram comportamento misto, em meio à perspectiva de alta da Selic e a um movimento de rotação de carteira. As ações PN do Itaú chegaram a figurar, em partes o pregão, no grupo das dez maiores valorização da carteira teórica, mas diminuíram o ritmo e fecharam com alta de apenas 0,52%. Bradesco PN subiu 0,31%, mas ON caiu 0,12%%.
Na contramão, o setor metálico pesou no desempenho do índice, apesar da alta superior a 2% do minério de ferro na China. A ação ON da Vale caiu 0,96%. Entre as siderúrgicas, amargaram queda forte as ON da Gerdau (-1,93%).
No time das maiores altas na carteira teórica, destaque para Marfrig ON (+4,17%), Embraer ON (+3,18%) e BRF ON (1,98%). Já as três maiores baixas foram da ON de Meliuz (-6,34%), da unit da GetNet (-5,91%) – que ontem havia liderado as altas com avanço de 23,40% – e da ON da Hapvida (-4,16%). (Antonio Perez – [email protected])
18:22
Índice Bovespa Pontos Var. %
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Máxima 105453.25 +0.20
Mínima 104637.08 -0.58
Volume (R$ Bilhões) 1.59B
Volume (US$ Bilhões) 2.80B
18:26
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
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