IMPASSE NA AGENDA ECONÔMICA NA CÂMARA PUXA REALIZAÇÃO DE ATIVOS LOCAIS

Cenário

O mercado doméstico viu espaço para uma realização de lucros recentes diante da liquidez minguada devido ao feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos, que fechou a praça de Nova York. Como pano de fundo local está ainda o imbróglio em torno da carregada agenda econômica na Câmara. O projeto de lei que restabelece o desempate em favor da União (o chamado "voto de qualidade") no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) tranca a pauta da Casa por ter o carimbo de urgência constitucional. Só depois dele apreciado é que os deputados poderão se debruçar sobre as mudanças feitas pelos senadores no arcabouço fiscal e, então, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Com pauta demais e prazo de menos, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e seus aliados entraram em campo para acelerar as negociações. Mas é crescente a aposta entre observadores de que a reforma tributária, o principal item da agenda de Lira, só vá a Plenário na semana que vem. Nos bastidores já se fala em adiar para amanhã a votação do PL do Carf. O investidor, contudo, optou pela cautela, enquanto aguarda o resultado da articulação dos deputados. Os juros subiram em toda a curva, com alta mais pronunciada nos contratos de prazo intermediário. O DI para janeiro de 2026, que ontem fechou pela primeira vez em um dígito desde agosto de 2021 (9,981% no ajuste), hoje passou para 10,11%. O dólar à vista subiu aos R$ 4,8405, valorização de 0,67%. E o Ibovespa recuou para os 119.076,37 pontos, queda de 0,50%. No exterior, o destaque foi a alta firme do petróleo Brent em Londres. O barril subiu 2,14%, a US$ 76,25, à medida que os investidores se concentraram em digerir notícias sobre possível aperto na oferta do óleo.

•JUROS

•CÂMBIO

•BOLSA

•MERCADOS INTERNACIONAIS

JUROS

Após três sessões de queda consecutiva, o mercado de juros passou hoje por uma realização moderada de lucros, amparada nos percalços da tramitação das pautas econômicas na Câmara, que se desenrola num ritmo mais lento do que o esperado, ameaçando a votação da reforma tributária nesta semana. O ajuste em alta nas taxas, porém, se deu num ambiente de fraca liquidez, atribuída à ausência dos mercados em Nova York em função do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos. Já a sabatina dos indicados a compor a diretoria do Banco Central, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi absorvida sem maiores reações nos ativos.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou com taxa de 12,800%, de 12,778% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 10,64% para 10,73%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,11%, de 10,00% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2029 avançou a 10,45%, de 10,35%. O DI para janeiro de 2026, que ontem terminou com taxa em um dígito, hoje voltou para 10,11%, de 9,98% ontem no ajuste.

Sem a referência de Wall Street, a liquidez minguou, com o mercado de DI girando em torno de um terço do volume de contratos da média diária dos últimos 30 dias, o que reduz a legitimidade do movimento de realização, uma vez que operações muitas vezes pontuais podem ter efeito amplificado. De todo modo, sem NY para interferir e com os impasses nas matérias econômicas na Câmara, houve espaço para recompor parte dos prêmios devolvidos - ontem algumas taxas haviam fechado abaixo de dois dígitos.

"Num dia de feriado em NY que reduz a liquidez, alguns pontos que podem adiar as votações acabam pesando", afirmou o economista-chefe do PicPay, Marco Antônio Caruso, citando por exemplo a falta de consenso sobre o relatório do projeto de lei do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) que pode comprometer a votação prevista para hoje. "Não é nem pelo texto em si, mas sim porque está travando a pauta. Temos pouco mais de uma semana antes do recesso", comentou.

Em paralelo, o governo também tem dificuldades para fechar um consenso em torno da reforma tributária, dadas as resistências dos governadores que estão em Brasília tratando diretamente com os deputados. Domingos Sávio (PL-MG) afirmou que seu partido vai tentar adiar a análise do texto. Segundo ele, se a proposta for para votação no plenário nos próximos dias, a legenda vai apresentar requerimento para retirada de pauta. "Nós temos divergências profundas ou pelo menos ressalvas em todos os ambientes, no comércio, nos serviços, no agro, na área municipalista e nos Estados", justificou.

Para a equipe da Levante Investimentos, em termos econômicos, esta semana é a mais importante da gestão Lula III até o momento, considerando que nos próximos dias, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende "aprovar três pautas essenciais ao governo", o projeto de lei (PL) que retoma o voto de qualidade no Carf, o arcabouço fiscal e a reforma tributária. "O objetivo é audacioso e um grande esforço de mobilização já está em curso desde o domingo", destacaram.

O avanço das taxas hoje não é visto como mudança de tendência, que segue sendo de alívio nos prêmios de risco na medida em que o cenário para preços e expectativas futuras for permitindo. "A reforma tributária em si ajuda a desatar um nó, mas a melhora que temos visto nas últimas semanas está muito mais relacionada ao quadro para a inflação e a relatos de que os falcões do Copom estariam com postura mais dovish", afirmou o gerente da Mesa de Reais da CM Capital, Jefferson Lima.

A próxima reunião do Copom, em agosto, já deve contar com os votos dos dois indicados pelo presidente Lula para as diretorias do Banco Central, Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton Aquino dos Santos (Fiscalização). Ambos já foram aprovados pela CAE do Senado e aguardam a votação do plenário.

As declarações dos indicados durante a sabatina não chegaram a influenciar as taxas. Em comentário, as repórteres Thaís Barcellos e Célia Froufe chamam a atenção para o fato de que nenhum deles chegou a ser colocado contra a parede em nenhum momento das perguntas dos senadores. Nem a oposição trouxe colocações incômodas e incisivas nem a base se juntou ao coro dos heterodoxos do governo para questioná-lo a respeito da Selic elevada. Durante a sabatina, Galípolo disse que o mercado vê com bons olhos o esforço que foi feito até aqui pelas autoridades competentes e que permite os juros cederem ao longo do tempo.

No leilão de NTN-B, o Tesouro trouxe lote grande de papel, de 1,85 milhão, concentrado no vencimento mais curto, 15/8/2028, com 1,25 milhão. A instituição acabou vendendo 1,603 milhão, com lotes sendo absorvidos integralmente somente nos vértices de 2040 e 2060, com 300 mil cada. Para 2028, o Tesouro colocou 1,003 milhão. O risco para o mercado em DV01 foi elevado, de US$ 1,1 milhão, e as taxas saíram dentro do consenso.

"Já virou rotina falar em menor taxa do ano. E isso vale para os 3 vencimentos", afirmou o especialista em renda fixa Alexandre Cabral. (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

Após ensaiar uma queda pela manhã, o dólar à vista virou para o lado positivo no início da tarde e encerrou a sessão desta terça-feira, 4, em alta de 0,67%, cotado a R$ 4,8405, com máxima a R$ 4,8468. Segundo operadores, houve um movimento mais forte de realização de lucros e recomposição de posições defensivas na segunda etapa de negócios, em meio ao desconforto com o andamento das pautas econômicas na Câmara dos Deputados.

Com ausência de negócios nas bolsas de Nova York e no mercado de Treasuries, em razão do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, a liquidez foi bastante reduzida, o que deixou a formação da taxa de câmbio muito sujeita à influência de operações pontuais. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para agosto movimentou menos de US$ 7 bilhões.

A pauta da Câmara está trancada em razão de impasse em torno da votação do projeto de lei que trata do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), medida relevante para que o governo consiga ampliar a arrecadação e cumprir as metas fiscais. Teme-se que haja atraso na aprovação final do novo arcabouço fiscal pela Casa, após mudanças no texto realizadas no Senado, e adiamento para a próxima semana da votação da reforma tributária, inicialmente prometida para esta semana pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O Congresso Nacional entra em recesso parlamentar no próximo dia 18 e retoma os trabalhos em agosto.

Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o ambiente de liquidez fraca exacerba os efeitos de movimentações de realização de lucros e busca por proteção que têm como pano de fundo as negociações para aprovação de projetos na Câmara. "Existe uma pressão para aprovar pautas com rapidez. O temor que é a votação do arcabouço atrase e que a tributária emperre na Câmara", afirma Galhardo, para quem é preciso esperar o pregão de amanhã, quando a liquidez deve ser mais robusta, para saber se a pressão compradora pode se tornar uma tendência.

O deputado Domingos Sávio (PL-MG) afirmou que seu partido vai tentar adiar a análise da reforma tributária. Durante almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Sávio disse que, se a proposta for para votação no plenário nos próximos dias, a legenda vai apresentar um requerimento para retirada de pauta. Já o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), defendeu um debate mais aprofundado sobre a reforma tributária ante de apreciação em plenário, uma vez que há muitas dúvidas por parte de Estados e municípios. O Republicanos compõe o segundo maior bloco partidário da Câmara, junto com MDB, PSDB e Podemos.

Mais cedo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a indicação de Gabriel Galípolo para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, além de Ailton Aquino para a diretora de Fiscalização, mas sem impacto relevante nos preços dos ativos. Os nomes ainda precisam passar pelo plenário da Casa.

No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas - operou em leve alta ao longo do dia, graças à fraqueza do euro. As atenções estão voltadas para a divulgação amanhã da ata do encontro de política monetária do Federal Reserve em junho, quando o BC americano optou por uma pausa no ciclo de alta de juros, mantendo a taxa básica na faixa entre 5,00% e 5,25%. Projeções e declarações recentes de integrantes do Fed sugerem que pode haver elevações adicionais dos FedFunds, com provável alta de 25 pontos-base na reunião deste mês (25 e 26). (Antonio Perez - [email protected])

18:03

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.84050 0.6676 4.84680 4.78380

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4866.000 0.73491 4873.500 4807.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4852.400      

BOLSA

O dia foi de variações contidas para o Ibovespa, em viés moderadamente negativo. Sem contar com catalisadores domésticos, em sessão de agenda fraca aqui e sem a referência de Nova York no feriado da Independência dos Estados Unidos, o índice da B3 fechou em baixa de 0,50%, aos 119.076,37 pontos, entre mínima de 118.830,47 (-0,70%) e máxima de 119.677,86, quase correspondente à abertura, aos 119.672,95.

Muito fraco, o giro ficou em R$ 12,7 bilhões na sessão. Na semana e no mês, o Ibovespa avança 0,84% e, no ano, ganha 8,51%.

Com alta na casa de 2% para o petróleo nesta terça-feira, o leve avanço de Petrobras (ON +0,24%, PN +0,23%) foi o contraponto às perdas - em geral também discretas - em outros carros-chefes da B3, como o setor metálico (Vale ON -0,50%, Gerdau PN -0,19%) e o financeiro (Santander Unit -2,04%, Bradesco ON -1,01%). Na ponta do Ibovespa, destaque para Pão de Açúcar (+9,94%), MRV (+6,96%) e Braskem (+5,35%), com Rede D´Or (-3,67%), Hapvida (-2,26%), Santander (-2,04%) e Magazine Luiza (-2,03%) no lado oposto.

"Ainda que sem muita ênfase, tivemos um dia de correção para o Ibovespa, que tem flertado com os 120 mil pontos, mas sem conseguir se sustentar acima desse nível. E hoje foi uma sessão sem liquidez internacional, com o feriado nos Estados Unidos", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

No ambiente doméstico, apesar da leitura um pouco acima do esperado para a produção industrial em maio, divulgada de manhã pelo IBGE, alguns pontos de atenção para os investidores contribuíram para o comportamento defensivo ao longo desta terça-feira. "Em Brasília, há muita discussão neste pequeno período que falta para o recesso de meio de ano, e muitas matérias de interesse econômico à espera de votação, como a do Carf, que está 'empatando' outras pautas - além do arcabouço fiscal, que voltou para a Câmara, e a reforma tributária", diz Spiess.

Ele destaca que a relativa "pacificação" do mercado nas últimas semanas, com retirada de prêmios e fechamento da curva de juros, decorreu de melhor ancoragem das projeções para a inflação, com base também na expectativa suscitada pela futura passagem do arcabouço fiscal - e, em um segundo momento, a aprovação de reforma tributária. "É preciso virar essa página do arcabouço e passar para a reforma tributária", acrescenta o analista, chamando atenção para a correlação que prevaleceu nesta terça-feira de baixo volume, com alta do dólar, queda da Bolsa e avanço dos DIs futuros.

Diante da resistência ao projeto de lei do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), líderes partidários consideram que a matéria não deve ser analisada hoje em plenário, como previsto inicialmente. A mudança no calendário pode atrasar a votação de outras pautas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal, reportam de Brasília os jornalistas Giordanna Neves e Iander Porcella, do Broadcast.

No exterior, "o nível esticado de preços em que os principais índices acionários nos EUA e na zona do euro encerraram o primeiro semestre, principalmente diante dos PMIs industriais de junho - mais fracos -, tende a [favorecer] maior cautela em julho, ao deixar os índices propícios a correções", aponta em nota a Guide Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:02

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 119076.37 -0.49837

Máxima 119677.86 0.00

Mínima 118830.47 -0.70

Volume (R$ Bilhões) 1.26B

Volume (US$ Bilhões) 2.63B

18:09

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 120900 -0.59609

Máxima 121560 -0.05

Mínima 120510 -0.92

MERCADOS INTERNACIONAIS

O avanço de 2% do petróleo foi o destaque de uma sessão marcada por volume de negócios exíguo nos mercados internacionais, com os negócios fechados nos Estados Unidos por causa do feriado da independência. O quadro forneceu espaço para a recomposição das perdas da véspera, à medida que restrições na oferta se sobrepõem às perspectivas incertas da demanda. Mas sem a referência de Nova York, investidores já se posicionam para a retomada da movimentada agenda internacional amanhã, quando o Federal Reserve (Fed) divulga ata referente à decisão mais recente. Assim, em compasso de espera, o dólar apresentou sinal misto ante pares rivais, em alta ante o euro, mas em baixa ante a libra e alguns emergentes.

Enquanto os fogos de artifício colorem os céus americanos em comemoração pela independência, os negócios no restante do mundo exibiram dificuldades para firmar um direcionamento consistente. As preocupações sobre o impacto do aperto monetário global nas principais economias do planeta ainda ditam os humores nas mesas de operações, o que manteve o sinal negativo em prevalência nas bolsas europeias. Londres recuou 0,10%, Frankfurt cedeu 0,26% e Madri perdeu 0,58%.

Durante a madrugada, o banco central da Austrália manteve juros em 4,10% ao ano após o inesperado aumento do mês passado. No entanto, sinalizou que espera "algum aperto adicional" e juntou-se ao grupo de BCs de economias desenvolvidas que esperam novas altas das taxas básicas. Para operadores, o temor é de que esse movimento sincronizado deflagre uma recessão nos países ricos. "Espero que os dados econômicos se deteriorem e, em última análise, é daí que vem o risco negativo para os mercados de ações", afirma o diretor de investimentos da Abrdn, James Athey, em entrevista à Dow Jones.

Apesar disso, o petróleo acumulou ganhos superiores a 2% hoje, um dia após Rússia e Arábia Saudita anunciarem mais restrições à oferta da commodity. Em jornada mais curta, o barril do Brent para setembro fechou em alta de 2,14%, a US$ 76,25, enquanto o WTI negociado no pregão eletrônico avançou 2,06%, a US$ 71,23.

A expectativa agora é de que os próximos dias tragam novidades quanto ao pulso da atividade. Amanhã, a ata do Fed indicará o nível de divergência na decisão de pausar o aperto monetário no mês passado. A autoridade monetária já revelou que espera pelo menos novas duas altas de juros à frente. Na sexta-feira, o relatório de empregos (payroll) dos EUA servirá de indício para a resiliência dos salários e, portanto, da inflação no país. "Embora dados mais fortes do que o esperado possam impulsionar a perspectiva de outro aumento da taxa do Fed após julho e sustentar o dólar no curto prazo, a probabilidade de que a economia dos EUA desacelere no final do ano continuará a colorir as perspectivas para o dólar", diz o Rabobank.

Nesse ambiente de espera, a moeda americana ficou sem direção única hoje. No fim da tarde, o índice DXY - que mede o dólar ante seis rivais fortes, avançava 0,11%, a 103,106 pontos. A libra, contudo, subia a US$ 1,2714, depois da informação de que as hipotecas no Reino Unido alcançaram patamar mais alta desde o ano passado - um desdobramento que apoia as perspectivas por mais aperto monetário do Banco da Inglaterra (BoE). (André Marinho - [email protected])

Gostou do post? Compartilhe:
Receba nossos conteúdos por e-mail
Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Copyright © 2023 Broker Brasil. Todos os direitos reservados

Abrir bate-papo
Olá!
Podemos ajudá-lo?