Se ontem o Ibovespa ficou para trás ante os demais ativos, hoje tratou de recuperar um pouco de terreno, performando melhor do que os pares em Wall Street e também acima de câmbio e juros futuros. O gatilho para os ganhos, além do avanço de parte dos papéis de bancos, de siderurgia e da Vale, com alta do minério de ferro e diante do iminente acordo sobre Brumadinho, veio da expectativa em relação à agenda de reformas em Brasília. Hoje, o governo enumerou suas prioridades junto ao Congresso, e além do Orçamento de 2021 e algumas PECs já esperadas, como a Emergencial, mencionou também a privatização da Eletrobras. Além disso, a extensão do auxílio emergencial não está na lista do governo e, ainda que os novos presidentes de Câmara e Senado defendam a medida, garantem que será feita dentro do teto de gastos. Nesse ambiente, o Ibovespa chegou a superar os 120 mil pontos na máxima do dia, mas acabou um pouco abaixo disso, ao subir 1,26%, aos 119.724,72 pontos. Em Nova York, as bolsas ganharam fôlego à tarde e fecharam na maioria com ganhos, ainda que modestos. O salto das ações da Alphabet, na esteira de balanço que agradou ao mercado, ajudou. Mas o avanço do petróleo e dos papéis ligados ao setor energético também deram sua contribuição, enquanto o mercado segue de olho nas negociações para um novo pacote de estímulos nos EUA. Enquanto isso, real e DIs, que surfaram na onda de otimismo com o novo Congresso na véspera, tiveram um pregão de ajustes. O dólar ficou volátil ante a moeda brasileira em boa parte do dia, mas firmou alta à tarde, em linha com o comportamento em relação a outras emergentes. No fim, a divisa americana subiu 0,29%, a R$ 5,3702. Os juros futuros, por sua vez, até caíram pela manhã, embalados pela perspectiva otimista com o andamento da pauta econômica. Mas diante da devolução firme de prêmios nos últimos dias, com desinclinação da curva, os investidores realizaram um pouco e trouxeram as taxas para perto dos ajustes novamente.
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