A queda firme do Ibovespa nesta sexta-feira, em linha com o recuo dos principais índices acionários dos EUA, apagou os ganhos da Bolsa no mês, ainda que tenha restado alguma valorização acumulada na semana. Num pregão de noticiário doméstico esvaziado, o comportamento dos investidores esteve diretamente atrelado ao visto em Nova York, onde dados mistos da economia americana e incertezas sobre o momento em que o Fed deve reduzir estímulos fizeram S&P 500, Dow Jones e Nasdaq cederem entre 0,75% e 0,86% na sessão. O movimento foi ainda mais pronunciado no Ibovespa, que perdeu 1,18%, aos 125.960,26 pontos, com os investidores ainda de olho nos desdobramento da reforma do Imposto de Renda. Assim, o índice cai 0,66% em julho, mesmo após subir 0,42% nesta semana. Com o dólar sem direção única ante as demais moedas globais, houve muita oscilação em relação ao real e, no fim, a divisa americana terminou com variação de +0,01%, a R$ 5,1154 no mercado à vista, depois de oscilar entre máxima de R$ 5,1276 e mínima de R$ 5,0744. Na semana, contudo, o dólar cedeu 2,36%, reduzindo a valorização no mês para 2,86%. O movimento de fortalecimento do real nos últimos dias é atribuído a uma série de fatores domésticos e externos, como mudanças na reforma do IR, redução das tensões políticas e postura dovish do Fed. Os juros futuros, por sua vez, de olho no câmbio relativamente comportado e com o noticiário doméstico esvaziado, devolveram um pouco dos prêmios acumulados nos últimos dias e caíram, com leve perda de inclinação da curva na semana.
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