FUGA GLOBAL DO RISCO E NOTICIÁRIO SOBRE COMBUSTÍVEIS PUXAM PIORA DE JUROS E DÓLAR

Se a Bolsa brasileira voltou a relevar o tombo de Wall Street e a piora do noticiário doméstico, o mesmo não ocorreu com os juros futuros e com o câmbio. A fuga global do risco e a realização de lucros ante os ganhos acumulados na semana explicam apenas uma parte da deterioração destes ativos nesta sexta-feira. Sobretudo no caso da curva de juros, desagradou bastante a ideia de zeragem dos impostos federais dos combustíveis e da energia sem a compensação de arrecadação. A leitura é de que a medida pode até ser desinflacionária no curto prazo, mas é ruim do ponto de vista fiscal para os próximos anos. Não por acaso, os DIs longos foram os que mais acumularam prêmios hoje, apagando completamente a queda acumulada na semana até então. Enquanto isso, o dólar não chegou a tanto e ainda terminou a semana com desvalorização de 1,05%, num movimento marcado pela desmontagem de posições contra o real e pelo fluxo de recursos para a renda variável e fixa no Brasil. Mas hoje, em meio ao aumento da desconfiança com a questão fiscal, que já era alvo de preocupações diante da pressão de servidores por reajustes salariais, a moeda dos EUA terminou com avanço de 0,72%, a R$ 5,4553. O Ibovespa, no entanto, tentou relevar as questões domésticas e a forte piora de Nova York. Não que o desempenho de hoje, uma queda de 0,15%, aos 108.941,68 pontos, tenha sido bom. Mas foi o suficiente para não impedir o ganho de 1,88% da Bolsa na semana, a segunda no território positivo, muito em função das commodities. E tudo isso num dia em que Dow Jones, S&P 500 e, sobretudo, Nasdaq voltaram a recuar. No caso do índice que reúne as empresas de tecnologia, o tombo na semana foi de mais de 7%, influenciado pela possibilidade de alta de juros nos EUA e também por resultados corporativos que não agradaram, como os da Netflix.

•JUROS

•CÂMBIO

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•BOLSA

JUROS

A proposta de zeragem dos impostos federais dos combustíveis e da energia sem a compensação da arrecadação fez disparar os prêmios da curva de juros doméstica nesta sexta-feira, em especial dos vencimentos intermediários adiante. Isso porque, embora tenha efeito desinflacionário no curto prazo, o custo bilionário da medida prejudicaria os cofres públicos nos próximos anos. E operadores comentaram que o movimento só não foi mais brusco hoje porque as taxas americanas cederam.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 passou de 11,892% no ajuste de ontem para 11,875% (regular) e 11,885% (estendida). O janeiro 2025 subiu de 11,063% a 11,185% (regular) e 11,17% (estendida). O janeiro 2027 avançou de 11,097% a 11,30% (regular) e 11,305%(estendida).

O diferencial negativo entre as taxas do janeiro 2023 e do janeiro 2027 passou de 8,15 pontos na sexta-feira passada a 5,75 pontos hoje. Na prática, isso significa que a curva se aplanou mais, com a ponta curta perdendo um pouco de prêmio e a longa ganhando.

Depois de quase uma semana ao sabor do humor dos demais mercados – notadamente dólar e Treasuries -, hoje foram os juros que operaram mais descolados. Os agentes acompanharam com afinco os desdobramentos do plano do governo e do Congresso para zerar impostos federais de combustíveis e energia.

A ideia inicial seria a zeragem das alíquotas de PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol. A isenção poderia chegar também às contas de luz. O impacto no bolso do consumidor no caso do litro do combustível seria pequeno (entre R$ 0,18 e R$ 0,20), mas o rombo às contas públicas, bilionário.

A repórter Adriana Fernandes ouviu de um integrante da equipe econômica as simulações dos dois cenários: zerando apenas o PIS/Cofins dos combustíveis, a perda de arrecadação é de R$ 50 bilhões; se a medida se estender à energia elétrica, chega a ao menos R$ 57 bilhões. Tudo sem compensação arrecadatória.

Ao longo do dia de hoje, os repórteres Iander Porcella e Daniel Weterman ouviram de políticos de todos os matizes ideológicos admitirem que a medida, se for adiante, deve passar no Congresso. A pressão de ser um ano eleitoral é muito forte e, a despeito de ser eleitoreira, a proposta pode ser interpretada pela população como uma resposta à alta dos preços de combustíveis e energia. “Se apresentar, acho que aprova, mas as consequências nas contas públicas serão enormes”, ponderou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (sem partido-AM).

No curto prazo, o projeto seria desinflacionário, com potencial de retirada de quase 0,9 ponto porcentual no IPCA de 2022, conforme mostrou o repórter Cícero Cotrim. Fica, contudo, o impacto para as contas públicas nos anos adiante. Daí, o comportamento da curva hoje, com a alta nos vencimentos mais longos.

“A Selic na casa de 12%, o que em tese trará a inflação para a meta em 2023. Então o prêmio tem de ir para algum lugar”, destaca o operador da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não estaria se opondo à PEC, desde que a contrapartida seja o congelamento dos salários dos servidores. Mas Nepomuceno avalia que só isso não será capaz de deter a articulação dos funcionários públicos por reajustes. “A gente percebe que o governo entrou um pouco no populismo, que isso consegue voto. Mas é muito ruim para o fiscal, porque ainda tem a pressão do funcionalismo”, afirma o operador.

A curva brasileira ainda foi beneficiada hoje pelo comportamento dos Treasuries. Depois do susto na terça-feira, com salto até perto de 1,9%, o rendimento da T-note de 10 anos ‘acalmou’ e estava em 1,75% no fim da tarde de hoje.

Na próxima semana, as atenções do mercado estarão todas voltadas à decisão de política monetária do Federal Reserve. A expectativa é de um sinal mais claro quanto ao início da alta de juros – que o mercado precifica em março.

Internamente, a agenda está cheia. Somente na quarta-feira, tem IPCA-15, setor externo e divulgação do Plano Anual de Financiamento (PAF) pelo Tesouro. (Mateus Fagundes – [email protected])

18:31

 Operação   Último 

CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 10.03

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 9.15

Over Selic (%a.a) 9.15

CÂMBIO

Após duas sessões de queda, em que acumulou desvalorização de 2,65% e esboçou fechar abaixo de R$ 5,40, o dólar à vista encerrou o pregão desta sexta-feira (21) em alta firme, na casa de R$ 5,45. Com pares do real entre divisas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, em rota ascendente, o tombo da moeda brasileira hoje foi atribuído a um movimento natural de correção e realização de lucros. A falta de firmeza do Ibovespa ao longo da tarde, na esteira do aprofundamento das perdas das bolsa em Nova York, e a cautela com a questão fiscal doméstica teriam sido os gatinhos para um ajuste de posições.

Investidores digerem a informação de que o governo Jair Bolsonaro negocia uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para zerar tributos (PIS-Cofins) para combustíveis e energia elétrica, aliviando pressões inflacionárias em ano eleitoral. Se a proposta vingar, haveria uma forte perda de arrecadação neste ano, levando a deterioração das contas públicas. Senadores e deputados teriam admitido apoio à PEC, embora classifiquem a medida como eleitoreira, segundo apuração do Broadcast.

O estrategista-chefe do Modal Mais, Felipe Sichel, calcula que, segundo o Orçamento anual, a PEC dos combustíveis traria uma perda de arrecadação de R$ 68,6 bilhões, levando o déficit do resultado primário de R$ 79,4 bilhões para R$ 147,6 bilhões. “O movimento intensifica a incerteza fiscal e pode, portanto, levar ao aumento das expectativas de inflação em vértices mais longos”, afirma, em nota.

Com uma oscilação de cerca de sete centavos entre a mínima (R$ 5,4052) e a máxima (R$ 5,4739), o dólar à vista encerrou o pregão R$ 5,4553, em alta de 0,72%. Apesar do avanço de hoje, a moeda termina a semana com queda de 1,05% e já acumula perdas de 2,16% no mês.

A recuperação do real ao longo dos últimos dias foi atribuída a um movimento forte de entrada de recursos de estrangeiros para ativos domésticos, sobretudo ações, e ao desmonte de posições defensivas de investidores estrangeiros no segmento futuro.

Uma leitura é a de que o mercado já assimilou a perspectiva de três ou quatro altas do juros americanos ao longo deste ano e agora busca retornos em países cujos ativos estavam depreciados, caso do Brasil. A expectativa é que o Fed sinalize a intenção de subir os juros em março no comunicado de sua decisão de política monetária na quarta-feira (26).

Também se comentou durante a semana suposto efeito benéfico para o real de declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforçou a intenção de ter o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como companheiro de chapa. Em tese, uma aliança de Lula com setores mais distante da tradicional pauta econômica petista diminuiria os temores de uma guinada na política econômica em eventual governo Lula.

Apesar do alívio recente, o head de câmbio da Valor Investimentos, Fernando Giavarina, ressalta que o ambiente ainda é conturbado. Ele lembra que a volatilidade ao longo da semana foi expressiva, com o dólar rodando entre 5,57 e R$ 5,37, considerando as máximas e mínimas intraday. “Houve fluxo estrangeiro para a Bolsa, mas o cenário ainda continua muito desafiador para a moeda. Temos as questões das eleições internas e a subida de juros no exterior”, diz Giavarina. “Podemos ter janelas de oportunidade para o dólar cair mais um pouco, mas é difícil vermos quedas mais significativas nos próximos meses”.

A economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, observa, em relatório, que “o maior crescimento esperado da China” aumentou o fluxo de capitais e trouxe um alívio para as taxas de câmbio de países emergentes nesta semana, tendo o real sido o mais beneficiado.

O banco central chinês (PBoC, na sigla em inglês) informou hoje que cortou também as taxas de empréstimos em linha de crédito permanente (SLFs) em 10 pontos-base a partir de 17 de janeiro. Nos últimos dias, o PBoC já havia anunciado redução das taxas de empréstimos de médio prazo (MLF) de um ano – o primeiro desde abril de 2020 -, e também a taxa de juros de contratos de recompra (repos) reversa de 7 dias, além cortes em suas taxas de juros de referência (LPRs) para empréstimos de curto e longo prazos.

Embora veja as “condicionantes” das contas externas e os termos de troca favoráveis a uma apreciação do real, o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, observa que a instabilidade política e fiscal sugerem que “o câmbio no patamar de R$ 5,40 seja mais comprador que vendedor”. Ele atribui a rápida descida do dólar para patamar inferior a R$ 5,50 ao longo da semana à reversão de posições compradas e ao fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa, em meio à valorização das commodities. (Antonio Perez – [email protected])

18:31

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.45530 0.7163 5.47390 5.40520

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5468.000 0.63495 5485.500 5413.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5500.000 0.91743 5500.000 5465.000

MERCADOS INTERNACIONAIS

Wall Street fechou no vermelho nesta sexta-feira, com o Nasdaq tendo acumulado queda de 7% na semana. As ações da Netflix tombaram 21,79%, após divulgação de balanços, e foram acompanhadas por suas parceiras de setor. Investidores especulam sobre o que virá nos balanços das grandes empresas de tecnologia, que saem nos próximos dias. A fuga das bolsas foi acompanhada de um aumento na demanda por Treasuries, levando os rendimentos para baixo às vésperas da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que tem início na próxima terça-feira. O dólar, porém, não fixou sentido único, mas o euro ganhou força após a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, admitir no Fórum Econômico Mundial que os formuladores de política subestimaram a ameaça da inflação. Entre as commodities, o petróleo caiu com a realização de lucros após altas recentes.

Apesar de ter reportado lucro acima do esperado no quarto trimestre de 2021, os papéis da Netflix chegaram a ceder 25% durante o pregão. A companhia projeta desaceleração no número de assinantes para os três primeiros meses do ano. A ação da concorrente Disney caiu 6,92%%. Tesla (-5,35%), Meta (-4,23%), Apple (-1,28%) e Amazon (-6,01%), que publicam seus resultados nas próximas semanas, também recuaram. No fechamento, o Dow Jones cedeu 1,30%, o S&P 500 caiu 1,89% e o Nasdaq teve baixa de 2,72%. Na semana, os índices acumularam perdas de 4,58%, 5,68% e 7,55%, respectivamente.

O Danske Bank destaca que a menor busca por risco é acompanhada por uma queda nos juros dos Treasuries, no que parece ser uma relação “tradicional” entre as ações e os títulos. O banco afirma que o medo do menor estímulo pelo Federal Reserve e de um crescimento reduzido está pesando sobre o sentimento dos operadores. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 1,003%, o da T-note de 10 anos cedia a 1,757% e o do T-bond de 30 anos tinha baixa de 2,063%.

Acionistas se preparam para a decisão monetária do Fed no próximo dia 26. Hoje, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, destacou que “inflação é uma preocupação válida de política” econômica, em meio aos gargalos de oferta. A afirmação foi feita na edição virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos.

No evento, Christine Lagarde disse que os formuladores de política subestimaram a recuperação econômica e a inflação. A presidente do BCE defendeu que a inflação não está fora de controle na Europa, no momento, e que as condições para aperto monetário ainda não foram atendidas. A fala de Lagarde deu impulso ao euro, que subia a US$ 1,1344, no horário citado. A libra caía a US$ 1,3556, enquanto o índice DXY do dólar caiu 0,10%, a 95,642 pontos.

Também em Davos, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, demonstrou preocupação com a desaceleração da economia chinesa, em meio ao avanço da covid-19 e falta de expansão do consumo interno no país. Ela também pontuou a necessidade de bancos centrais ao redor do mundo agirem de forma uníssona para elevar os juros básicos e de adotarem políticas flexíveis, dadas as incertezas no cenário.

Entre as commodities, o petróleo recuou nesta sessão, com a realização de lucros após as altas registradas nesta semana. As projeções seguem sendo de um mercado com oferta apertada do óleo neste ano. O petróleo WTI com entrega prevista para março caiu 0,48% (US$ 0,41), a US$ 85,14 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para o mesmo mês recuou 0,55% (US$ 0,49), a US$ 87,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, os contratos mais líquidos acumularam ganho de 1,55% e 2,13%, respectivamente.

As questões políticas na região da Ucrânia continuam no radar. Rússia e Estados Unidos concordaram em manter um diálogo para evitar uma crise geopolítica, segundo o noticiário internacional. A Casa Branca reforçou que qualquer invasão russa trará “consequências severas” à Moscou. (Ilana Cardial – [email protected])

BOLSA

O Ibovespa perdeu fôlego ao longo da tarde, sem conseguir terminar a sessão acima dos 109 mil pontos, nível reconquistado no dia anterior, até aqui o melhor desde 20 de outubro. Em mais uma tarde bem negativa em Nova York, com perdas que chegaram a 2,72% (Nasdaq) no fechamento, a referência da B3, em dia de vencimento de opções sobre ações, cedeu 0,15%, a 108.941,68 pontos, entre mínima de 108.367,73 e máxima de 109.785,76 pontos. Com giro a R$ 30,1 bilhões, a sexta-feira contou com poucos catalisadores para os negócios, o que não impediu que o Ibovespa acumulasse o segundo ganho semanal, vindo de alta de 4,10% na semana anterior.

“Tivemos hoje um ajuste de fim de semana, com o mercado ainda apresentando performance superior à vista lá fora, refletindo fluxo de gringo que continua a comprar aqui neste começo de ano, o que contribui também para o fortalecimento do real”, diz César Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.

“O comportamento da semana foi especialmente positivo para Brasil, após ter sido muito descontado em ativos de risco no ano passado, em relação aos preços que se vê fora do país. Houve um pouco de alívio nas curvas longas americanas, após o yield de 10 anos ter chegado a bater em 1,90% nesta semana, voltando agora para baixo de 1,80%, o que ajuda mercados emergentes como o Brasil”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group.

“Achamos que há um fluxo de curto prazo, de ‘hot money’, um dinheiro que entra e sai muito rapidamente, e que veio para aproveitar uma oportunidade, dado que Brasil estava muito barato mesmo”, acrescenta Miraglia. “Com os preços que vemos agora no fechamento da semana, o balanço de risco em relação a preços no Brasil e nos Estados Unidos – que caíram muito nesta semana – já fica mais equilibrado, de forma que este fluxo deve amainar no decorrer da semana que vem”, observa o economista, destacando também o evento-chave da próxima semana: a reunião do Fed.

Na semana e no mês, o Ibovespa tem ganho de 1,88% e 3,93%, comparados a perdas de 7,55% e 11,99%, respectivamente, no Nasdaq, o índice de NY que mais tem sofrido os efeitos da perspectiva “hawkish” para a política monetária dos Estados Unidos, reforçada desde a ata do Federal Reserve divulgada no último dia 5. O índice amplo de Nova York, o S&P 500, por sua vez, retrocede 5,68% na semana e 7,73% no mês.

Assim, após acumular perda de quase 12% no ano passado, o pior desempenho desde a queda de 13,31% ao longo de 2015, o Ibovespa diminui a distância que se abriu em 2021 ante Nova York, quando os ganhos nos três índices de referência ficaram entre 19% (Dow Jones) e 27% (S&P 500).

Agora, com a recuperação na B3 e a correção em Nova York em janeiro, há uma convergência entre o EWZ (principal ETF de Brasil em Nova York) e o S&P 500 em direção a médias históricas, observa Mikail, da Western Asset, chamando atenção para retomada de segmentos como os de commodities, proteína, siderurgia e bancos neste começo de ano.

Nesta última sessão da semana, destaque para JHSF (+5,80%), à frente de Natura (+4,28%), de Locaweb (+4,17%) e de Magazine Luiza (+3,76%). No lado oposto, IRB (-5,11%), Usiminas (-4,28%) e Gerdau PN (-4,09%). Entre as blue chips, Vale ON fechou em baixa de 2,08%, com Petrobras ON e PN levemente no positivo, em alta respectivamente de 0,35% e 0,16%, enquanto as ações de grandes bancos fecharam o dia sem direção única.

Chegou a 69,23% a fatia dos que estão otimistas com a performance do Ibovespa no curtíssimo prazo, de acordo com o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Este é o maior porcentual desde as perspectivas para entre os dias 8 e 12 de novembro do ano passado, quando bateu nos 70%.

Em relação à pesquisa imediatamente anterior, os que acreditavam em ganhos somavam 57,14%. Ao mesmo tempo, houve recuo de 28,57% para 15,38% dos que responderam esperar por estabilidade. Já a parcela dos que têm expectativa de queda no período de 24 a 28 de janeiro foi levemente elevada de 14,29% para 15,38% entre uma enquete e outra. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

18:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 108941.68 -0.14694

Máxima 109785.76 +0.63

Mínima 108367.73 -0.67

Volume (R$ Bilhões) 3.00B

Volume (US$ Bilhões) 5.52B

18:31

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 109380 -0.37344

Máxima 110430 +0.58

Mínima 108895 -0.82