A alta global do dólar acabou respingando também na moeda brasileira, o que conferiu ao real o pior desempenho dentro de uma cesta de 34 divisas mais líquidas. No exterior, inclusive, o índice DXY, que mede o dólar em relação aos principais pares, atingiu o maior nível desde dezembro de 2020 no pregão de hoje. A moeda americana foi impulsionada pela percepção de que a atividade por lá seguirá mais aquecida do que em outros países, sobretudo em relação à Europa, diante das dificuldades da União Europeia na estratégia de vacinação, processo que tem tido mais sucesso nos Estados Unidos. Internamente, por sua vez, os investidores preservam alguma cautela com o cenário político, em meio às negociações entre Executivo e Legislativo para o andamento da agenda de reformas. Nesse ambiente, o dólar à vista terminou o dia com valorização de 1,47% ante o real, a R$ 5,4493. Tal movimento puxou os juros futuros para cima, em dia de noticiário e agenda esvaziados no Brasil, com as taxas dos DIs fechando perto das máximas, trazendo alguma inclinação à curva. Já o Ibovespa oscilou em margens mais estreitas nesta quinta e, após três pregões de ganhos, passou por um ajuste, ao cair 0,39%, aos 119.260,82 pontos. O desempenho foi conduzido pela queda de siderúrgicas e de Vale, em dia em que a mineradora fechou um acordo de R$ 37,7 bilhões pela tragédia de Brumadinho. Como contraponto, Bradesco foi destaque de alta, ao apresentar balanço que agradou. No mercado acionário americano, no entanto, as bolsas fecharam em alta e os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram as máximas históricas de fechamento, com foco em dados macroeconômicos e balanços positivos, enquanto os investidores monitoram as discussões sobre o pacote fiscal nos EUA.
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