DÓLAR E DIS AMPLIAM QUEDA A DESPEITO DE PIORA EM NY APÓS NOTÍCIA SOBRE TAXAR RICOS

Blog, Cenário
A piora vista nas bolsas americanas à tarde, devido a notícias sobre tributação de ganho de capital, contaminou o Ibovespa, mas não abalou o forte desempenho do real e a queda firme dos juros futuros. Em meio a relatos de entrada de recursos no País, investidores aproveitaram o aparente fim do impasse sobre o Orçamento, restando apenas a sanção do presidente Jair Bolsonaro, ainda hoje, para desmontar posições defensivas contra a moeda brasileira, que teve a melhor performance do dia dentro de uma cesta de 34 divisas. O dólar terminou a sessão perto das mínimas e com recuo de 1,73%, a R$ 5,4546 no mercado à vista, o menor nível desde 24 de fevereiro, depois de comentários nas mesas sobre até R$ 20 bilhões em vetos no orçamento, sendo boa parte em emendas. Com o câmbio descomprimido e os yields dos T-notes comportados, a curva de juros perdeu bastante inclinação, com as taxas dos DIs fechando nas mínimas e as de longo prazo devolvendo perto de 20 pontos em prêmios. Na visão dos agentes, com a sanção do projeto que permite uma série de gastos da pandemia fora do teto, a questão orçamentária deve ser página virada e deixa espaço para que a discussão sobre reformas seja retomada no Congresso. Nada disso, contudo, conseguiu sustentar o Ibovespa, que cedeu 0,58%, aos 119.371,48 pontos, a despeito de, em alguns momentos, ter se firmado em território positivo, de olho nos ganhos dos pares ontem, quando o mercado local estava fechado. Prevaleceu, no entanto, a deterioração do clima em Nova York, após a imprensa americana noticiar que o presidente dos EUA, Joe Biden, pretende propor um aumento do imposto sobre ganhos de capital da parcela mais rica da população. O mercado não gostou e os principais índices acionários de Wall Street, mistos até então, firmaram-se em queda e assim seguiram até o fechamento. O primeiro dia da Cúpula do Clima foi apenas monitorado e não chegou a fazer preço, nem lá fora nem aqui, ainda que o discurso de Bolsonaro tenha recebido elogios do enviado especial do clima americano, John Kerry.
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CÂMBIO Contrariando o clima de cautela observado na Bolsa e no mercado de moedas internacional, o real teve hoje dia de fortalecimento e o melhor desempenho mundial, considerando uma cesta de 34 moedas mais líquidas. Entrada de capital estrangeiro e desmonte de posições contra a moeda brasileira no mercado futuro explicam a melhora, ressaltam profissionais das mesas de câmbio. Este movimentos é estimulado pelo fim da novela sobre o orçamento de 2021, que deve ser sancionado hoje por Jair Bolsonaro com veto parcial, e leva o câmbio a corrigir exageros recentes. Com isso, a divisa dos EUA caiu a R$ 5,44 na mínima do dia, o menor nível intradia desde 25 de fevereiro. No fechamento, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 1,73%, a R$ 5,4546, enquanto subiu em emergentes como México e África do Sul. No mercado futuro, o dólar para maio cedia 2%, cotado em R$ 5,4585 às 17h, em pregão de volume forte, acima de US$ 16 bilhões. Apesar do orçamento ter deixado R$ 125 bilhões em recursos fora do teto e do alerta hoje da agência Moody's de que isso é negativo para o perfil de crédito para o Brasil, a visão entre participantes do mercado é que o impasse chega ao fim e abre caminho para a agenda de reformas, incluindo as microeconômicas, prosseguir. "A saga do orçamento parece ter chegado ao fim", afirma o economista para América Latina da consultoria inglesa Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia. Abadia destaca que é preciso agora monitorar os próximos número da pandemia, para ver se mais pressão para gastos públicos virão. O economista espera uma atividade econômica mais aquecida na segunda metade do ano, com o avanço da vacinação, mas este cenário também depende da evolução da pandemia, além do cenário fiscal e do ambiente político. "Os mercados estão monitorando de perto cada movimento para avaliar a determinação do governo de ajustar as contas fiscais." Mas ao mesmo no pregão desta quinta, predominou a visão otimista com as reformas, além de ajuste em relação a ontem, quando foi feriado local e o dólar caiu no exterior. Nos negócios da tarde, o dólar aprofundou o ritmo de queda, em meio a perspectiva de veto de Bolsonaro maior do que o inicialmente esperado, de R$ 10 bilhões, ressaltam operadores. Nesse ambiente, abril tem sido marcado pela volta de aportes externos no Brasil e também por maior fluxo comercial, influenciado pela venda da safra agrícola a preços mais altos, destaca um gestor de multimercados. O real, ressalta este profissional, estava muito atrasado em relação a outras moedas e vem recuperando algum terreno. O ambiente de taxas mais comportadas de retornos (yields) dos juros longos americanos também ajuda. Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o fluxo cambial está positivo no mês em US$ 747 milhões até o dia 16. Pelo comércio exterior entraram US$ 1,4 bilhões no período, de forma líquida. Mais recentemente, o canal financeiro também tem atraído mais capital. Na B3, por exemplo, no último dia 19, houve entradas de R$ 2,2 bilhões. Além do fluxos, tem havido desmonte de posições contra o real no mercado futuro. Investidores estrangeiros reduziram o total de suas apostas compradas - que ganham com a alta da moeda americana - de US$ 32,1 bilhões para US$ 31,5 bilhões nos últimos cinco dias até terça-feira, incluindo posições em dólar futuro, minicontratos de dólar futuro, swap e cupom cambial (DDI), de acordo com números da B3 monitorados pela corretora Commcor. Os fundos nacionais diminuíram suas posições compradas nestes mesmos ativos de US$ 10,5 bilhões para U$ 9,6 bilhões, dos quais o corte de US$ 480 milhões foi apenas na terça-feira, um dia após o acordo fechado entre Planalto e Congresso para viabilizar o orçamento. Neste dia, estrangeiros cortaram em US$ 306 milhões suas apostas compradas. (Altamiro Silva Junior - [email protected]) JUROS O retorno do feriado foi positivo no mercado de juros, com taxas em queda desde cedo, assegurada pelo ambiente externo favorável e, internamente, na ausência de novidades negativas, a saída de cena do impasse em torno do Orçamento voltou a servir de argumento para devolução de prêmios, dada a avaliação de que pode abrir espaço agora para a discussão das reformas. O texto, no entanto, ainda não havia sido sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro até o fim da tarde. O dólar abaixo de R$ 5,50 e o rendimento da T-Note de dez anos rodando perto de 1,55% encorajou ordens de venda, em dia de leilão do Tesouro. A instituição reduziu o volume da oferta de prefixados, o que também ajudou a não adicionar risco ao mercado. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 4,63%, de 4,702% no ajuste de terça-feira, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 7,986% para 7,77%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 8,42%, de 8,634%. As taxas terminaram a sessão regular nas mínimas, renovadas no fechamento dos negócios, na medida em que o dólar desceu à casa dos R$ 5,44 e os juros dos Treasuries passaram a recuar. "Temos hoje um 'catch up' do mercado, pois ontem o dia lá fora foi marginalmente positivo para as moedas emergentes e hoje esse ambiente, ao menos para o real, permanece", afirmou o estrategista de renda fixa do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, lembrando ainda que a T-Note de dez anos está em torno de 1,55%, distante da marca de 1,70% atingida semanas atrás. André Alírio, operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos, credita parte da redução da inclinação da curva nesta quinta-feira ao otimismo dos agentes com a recuperação da economia internacional - embora se saiba que isso se dará forma desigual entre os países - e parte à melhora na percepção de risco fiscal pós-Orçamento. "Em que medida isso vai vir e quanto tempo vai durar o alívio é uma incógnita", afirmou. Hoje é a data limite para a sanção do Orçamento, que deve sair em edição extra do Diário Oficial, e a demora na publicação suscita otimismo de que o valor dos vetos possa ser maior do que os R$ 10 bilhões conhecidos. O acordo entre Executivo e Legislativo deixou R$ 125,8 bilhões de despesas relacionadas à pandemia fora da regra do teto de gastos, mas tornou o Orçamento agora "exequível" na avaliação do Ministério da Economia. Para a equipe econômica, o mais importante é que o acerto deu instrumentos para o governo bloquear despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos) quando o limite do teto de gastos for ultrapassado e não foi preciso acionar novamente o estado de calamidade. "Embora não tenha sido a ideal, foi a solução menos pior dentro do que estava sendo ventilado, com alguma margem de manobra para o governo respeitar o teto. O assunto agora sai da pauta e dá espaço para a discussão das reformas", disse Rostagno. Um evento que trazia receio pela manhã, mas transcorreu sem sobressaltos, foi a participação de Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima. Diante da pressão internacional sobre o governo em função do desmatamento ilegal na Amazônia, temia-se algum tom de confronto no discurso, mas ele seguiu o script e repetiu de forma sucinta a carta enviada há alguns dias ao governo dos Estados Unidos. Nos aspectos mais técnicos, o Tesouro ofertou hoje, e vendeu tudo, 13,5 milhões de LTN, sendo 11 milhões concentradas nos prazos mais curtos (5 milhões em 2022 e 6 milhões em 2023), bem menor do que os 21 milhões da semana passada. E mesmo tendo elevado a oferta de NTN-F de 200 mil para 350 mil (vendeu 300 mil), o DV01 (risco) total dos prefixados caiu para R$ 350 milhões, de R$ 580 milhões na operação anterior, segundo a Renascença. A instituição lembra que, no próximo dia 17, três eventos trarão impacto ao mercado de títulos: vencimento de cerca de R$ 80 bilhões da NTN-B 15/5/2021, pagamento de cupom de NTN-B anos ímpares estimado em R$ 13,8 bilhões e rebalanceamento dos fundos IMA-B. (Denise Abarca - [email protected]) 17:25 DI DE 1 DIA   DI DE 1 DIA   DI DE 1 DIA 4.615 6.195 7.185 BOLSA Com a piora em Nova York à tarde, em queda que chegou a superar 1% após quarta-feira positiva, o Ibovespa abandonou a tentativa de ajuste aos ganhos de ontem em Wall Street, mesmo com a acentuada correção no dólar, que tenderia a favorecer o apetite por ações. Assim, cedeu hoje a linha de 120 mil pontos acima da qual havia se sustentado nos últimos cinco fechamentos, tendo chegado a 121,1 mil no de 16 de abril. Nesta quinta-feira pós-feriado de Tiradentes, o índice da B3 encerrou em baixa pelo terceiro dia, agora de 0,58%, aos 119.371,48 pontos, entre mínima de 119.203,20 e máxima de 120.994,84, com abertura a 120.064,36 pontos. O giro financeiro foi de R$ 35,5 bilhões e, na semana, o Ibovespa acumula perda de 1,44%, limitando o ganho do mês a 2,35% - no ano, ainda sobe 0,30%. "Os juros futuros e o câmbio vinham embutindo mais prêmio de risco pelo Orçamento e o fiscal do que a Bolsa, que estava subindo mesmo em dias de câmbio mais pressionado. Houve então a deixa dada hoje por Nova York, que piorou quando veio o sinal sobre aumento de tributação em ganhos de capital para as pessoas de renda mais alta nos Estados Unidos, firmando o Ibovespa abaixo de 120 mil, mais alinhado agora com o que vinha sendo visto no câmbio e também nos juros", diz Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset. Com poucos catalisadores econômicos para os negócios - em dia de discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, recebido de forma mista -, os investidores optaram mais uma vez pela cautela, à espera da sanção do Orçamento de 2021, com vetos que devem somar R$ 20 bilhões, fator que tem mobilizado a atenção do mercado, ainda preocupado com a situação fiscal doméstica. Pelo lado positivo, o dólar foi negociado hoje abaixo de R$ 5,50, em parte desafogado pelo encaminhamento do Orçamento "mesmo com um pedacinho fora do teto de gastos", observa Jefferson Menzinger, especialista em câmbio da Valor Investimentos, chamando atenção para a possibilidade de avanço das reformas após a costura política sobre a peça orçamentária. "Não há segredo de que não tem como cumprir o teto de gastos este ano: o assunto deixa de prejudicar os ativos domésticos e a gente consegue acompanhar o movimento do exterior, com o dólar na faixa de R$ 5,50. Mas sabemos que persistem riscos latentes para (o dólar) voltar, acima desse patamar", aponta Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. Na mínima de hoje, a moeda americana foi negociada à vista a R$ 5,4456 e, no fechamento, mostrava queda de 1,73%, a R$ 5,4546. "Tivemos ajuste hoje no câmbio em relação ao dia de ontem lá fora, com perspectiva melhor para emergentes e, além disso, há sinalização mais 'dovish' do Banco Central Europeu, que favorece o otimismo quanto a uma retomada global. No local, há a expectativa para a sanção presidencial do Orçamento, um capítulo que começa a ficar para trás após meses de discussão, o que favorece também a queda do câmbio, assim como o discurso do Bolsonaro, mais conciliatório", diz Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest. "De qualquer forma, o visto hoje no câmbio não deve ser levado para frente, com a questão fiscal ainda longe de ser resolvida - além da força do Congresso frente ao governo, o que pode afetar a percepção sobre Brasil, bem como o atraso na vacinação, levada agora a setembro." Na política ambiental conjugada à externa, "Bolsonaro trouxe (hoje) guinada em relação à retórica de negacionismo, o que soou um pouco mais agradável para parte dos ouvintes (na cúpula ambiental)", diz Luiz Fernando Quaglio, especialista em investimentos sustentáveis (ESG) da Veedha Investimentos. "Mas ainda há desconfiança em relação ao governo. A pressão dos Estados Unidos trouxe uma mudança. O mais urgente era com relação ao desmatamento e a um plano para a Amazônia, e se espera ratificação do discurso com a prática - ainda há pé atrás com relação a isso, de que a prática não condiz com a retórica, até aqui", acrescenta. Após duas leves baixas que interromperam cinco ganhos seguidos - a mais longa sequência positiva desde novembro -, o Ibovespa chegou a sustentar a linha de 120 mil pontos em boa parte da sessão, parecendo a caminho de conservá-la no fechamento pelo sexto pregão consecutivo. Mais cedo, os ganhos desta quinta-feira na B3 eram liderados pelo setor de siderurgia, com Usiminas em alta de 5,36% e CSN, de 4,41% no fechamento, após reiteração de recomendação do BTG para compra de papéis das duas empresas, e também da Gerdau (PN +3,19%), com o setor em seu melhor momento em anos. Em realização de lucros de recentes altas, o minério de ferro fechou hoje em baixa de 2,45% em Qingdao (China), a US$ 183,62 por tonelada, vindo de perda de 0,73% no dia anterior. Vale ON virou no fim e fechou hoje em leve alta de 0,07%. Também entre as blue chips, Petrobras teve desempenho misto (PN -0,46% e ON +0,04%), enquanto os bancos fecharam mais uma vez na maioria em baixa, com a Unit do Santander (-2,06%) e BB ON (-0,90%) à frente. Na ponta negativa do Ibovespa, destaque para Lojas Renner (-5,99%), Suzano (-3,79%) e Multiplan (-3,47%). No lado oposto, Cielo teve alta de 6,03%, com Usiminas e CSN um pouco atrás. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:23 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119371.48 -0.57513 Máxima 120994.84 +0.78 Mínima 119203.20 -0.72 Volume (R$ Bilhões) 3.54B Volume (US$ Bilhões) 6.45B 17:25 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 119920 -0.30345 Máxima 121455 +0.97 Mínima 119620 -0.55 MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York fecharam em queda após a imprensa americana noticiar que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende propor um aumento do imposto sobre os ganhos de capital da parcela mais rica da população. O pregão, entretanto, foi marcado pela volatilidade. Na renda fixa, os juros dos Treasuries recuaram, mas depois de oscilar, ainda em fase de consolidação após a escalada no começo do ano. O petróleo alternou entre altas e baixas, mas encerrou com ganhos, em uma correção de perdas recentes. No câmbio, o dólar se fortaleceu ante os pares, principalmente sobre o euro, após o Banco Central Europeu (BCE) manter o tom dovish na decisão de juros de hoje. Como pano de fundo, o primeiro dia da Cúpula do Clima foi marcado por promessas de redução das emissões de carbono. Durante coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, reforçou que Biden defende o financiamento do pacote de infraestrutura por meio do aumento da carga tributária para os mais ricos. A assessora não chegou a confirmar a reportagem da Bloomberg que menciona a alta do imposto sobre ganho de capital, mas também não negou. Segundo a matéria, o democrata considera quase dobrar esse tributo, para 39,6%. Na prática, isso significaria que os investidores passariam a pagar 43,4% em impostos federais, levando em conta uma sobretaxa sobre a renda de investimentos. A notícia foi suficiente para causar uma inversão no movimento das bolsas de NY, que vinham ganhando fôlego e subitamente se firmaram em queda. No fechamento, o Dow Jones caiu 0,94%, a 33.815,90 pontos, o S&P 500 recuou 0,92%, a 4.134,98 pontos e o Nasdaq cedeu também 0,94%, a 13.818,41 pontos. As ações da Apple tiveram baixa de 1,17%, as da Amazon registraram queda de 1,58% e as do JPMorgan recuaram 2,11%. Os papéis da AT&T, que divulgou balanço hoje, por outro lado, subiram 4,15%. "O movimento automático de afastamento do risco segue intuitivamente o espectro de impostos mais altos, para não falar das negociações em andamento sobre um plano de infraestrutura e as implicações que as acompanham para os impostos corporativos", comentam analistas do BMO Capital Markets. Apesar da repentina de fuga do risco, a sessão foi marcada pela volatilidade. Os índices acionários americanos haviam começado o dia sem direção única. No mercado de renda fixa, os juros dos Treasuries oscilaram até adotar um viés de baixa no final da tarde. No horário de fechamento em NY, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 0,141%, o da T-note de 10 anos recuava a 1,554% e o do T-bond de 30 anos cedia a 2,232%. No mercado cambial, o dólar ganhou força após o BCE manter os juros e o volume do programa de compras de ativos. Em coletiva de imprensa, a presidente da instituição, Christine Lagarde, admitiu a diferença de ritmo entre a retomada econômica nos EUA, mais rápida, e na Europa, mais lenta. Com isso, no final da tarde em NY, o euro recuava a US$ 1,2017. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante seis pares, subiu 0,20%, a 91,333 pontos. Essa postura dovish da autoridade monetária europeia contrastou com a surpresa hawkish do Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês), que decidiu reduzir o ritmo das compras de ativos. Como mostrou reportagem especial do Broadcast, analistas não esperam que a "surpresa" do BoC tenha reflexo na política de outros BCs de economias desenvolvidas no curto prazo, mas alertam para uma possível pressão no Federal Reserve (Fed, o banco central americano) - leia mais na matéria publicada às 16h05 de Brasília. A volatilidade também marcou o mercado do petróleo, cujos preços oscilaram entre altas e baixas hoje, após dois pregões consecutivos de perdas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para junho subiu 0,13%, a US$ 61,43 o barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês avançou 0,12%, a US$ 65,40 o barril. Na Cúpula do Clima, em meio a promessas de redução das emissões globais de carbono, os EUA lançaram um plano de financiamento internacional para combater as mudanças climáticas. Segundo a Casa Branca, os recursos públicos serão voltados para iniciativas sustentáveis de países em desenvolvimento. (Iander Porcella - [email protected])
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