A volta de recursos estrangeiros ao Brasil, sobretudo pela via financeira, continuou empurrando o dólar para baixo ante o real, ao mesmo tempo em que garantiu pequena alta à Bolsa e chegou ao mercado de renda fixa. A divisa americana cedeu 0,44% no mercado à vista, a R$ 5,3141, de olho também na sinalização de atuação mais forte do Banco Central até o fim do ano, para atender a demanda de adequação dos bancos ao overhedge e também de remessas das multinacionais. Hoje, houve relatos, inclusive, de entrada de recursos para títulos públicos, sendo que o dólar bateu mínimas durante o leilão do Tesouro. Talvez por isso, em meio à oferta global menor de papéis, houve bom resultado na colocação dos títulos de longo prazo. Os juros futuros chegaram a testar mínimas, mas o movimento não se sustentou e, diante das incertezas fiscais, terminaram perto dos ajustes, com pequeno viés de alta. Enquanto isso, a Bolsa brasileira, que registra a entrada de R$ 25 bilhões em recursos externos apenas neste mês, oscilou bastante ao longo do pregão, mas acabou se firmando em alta na reta final dos negócios, em linha com a melhora das pares em Nova York. Por lá, depois de um dia majoritariamente no vermelho devido à disparada de casos de covid nos Estados Unidos e a medidas de restrição, como o fechamento das escolas em Nova York, todos os índices passaram a subir no fim da tarde, com indicação do líder democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, de que as negociações por estímulos fiscais à economia americana serão retomadas. Nesse ambiente e com a ajuda das gigantes Vale e Petrobras, além de PetroRio, grande destaque de alta do índice, o Ibovespa ganhou 0,52%, aos 106.669.90 pontos.
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