O apetite global por risco fez os três principais índices acionários em Wall Street subirem mais de 1%, com o Nasdaq renovando máxima histórica, ao passo que o Ibovespa, depois de ceder para a casa de 63 mil pontos no auge das tensões provocadas pela pandemia de covid-19, em março, zerou as perdas do ano. No exterior, o otimismo dos investidores ganhou corpo na segunda metade do dia, após a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, renovar as esperanças por um pacote de estímulos ao dizer ter convidado parlamentares democratas e republicanos para uma reunião. Tal fato somado às notícias positivas sobre vacinas não apenas puxaram as bolsas para cima, com altas entre 1,13% e 1,25%, como jogaram o dólar para baixo. Nesse ambiente e na ausência de informações ou comentários negativos sobre a questão fiscal, como vinha ocorrendo nos últimos dias, o Ibovespa subiu 1,34%, aos 116.148,63 pontos - maior valor desde 19 de fevereiro e com pequena alta de 0,44% no ano. O clima propício ao risco também ajudou na queda dos juros futuros e da moeda dos EUA ante o real. Houve retirada de prêmios ao longo de toda a curva de DIs. Além do exterior, a ausência de notícias negativas vindas de Brasília e o último leilão de NTN-B 15/5/2023 da série de quatro anunciada pelo Tesouro no começo de outubro contribuíram para o movimento. Até porque, a ata do Copom apenas reforçou os principais pontos do comunicado da reunião de quarta-feira, de que o forward guidance deve ser suprimido em breve e que, mesmo assim, não haverá aperto monetário imediato. Após uma manhã volátil, o fluxo de recursos para a Bolsa e para a renda fixa direcionaram o recuo de 0,66% do dólar no mercado à vista, a R$ 5,0889, em linha com o movimento global.
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