COM NY E PEC EMERGENCIAL, SEMANA TEM ALÍVIO PARA BOLSA E JUROS, MAS REAL PRESSIONADO

A semana foi de alívio para os ativos brasileiros, sobretudo devido à aprovação da PEC Emergencial com respeito ao teto de gastos. Mas o real foi exceção, pressionado por uma combinação de fortalecimento do dólar ante emergentes, juros reais cada vez mais negativos, em meio ao avanço das perspectivas de inflação, e cautela dos agentes com o avanço da pandemia no Brasil. Hoje, em dia volátil em Nova York, prevaleceu o tom positivo, com as bolsas em alta e o retorno do T-bond de 30 anos em baixa, numa correção aos movimentos vistos nos últimos dias, que causaram inclinação da curva de juros americana, e também de olho nas negociações em torno do pacote de estímulos, que está para ser votado no Senado. Os mercados de renda variável e fixa no Brasil também passaram por ajustes frente à forte deterioração recente, tanto hoje como no acumulado da semana. No caso da Bolsa, a alta do petróleo favoreceu a acomodação dos papéis da Petrobras, diminuindo um fator de pressão sobre as ações. Ao mesmo tempo, a aprovação da PEC Emergencial acabou favorecendo algum fluxo para o Ibovespa, diante do desconto nos preços. Hoje, com o exterior positivo, o índice subiu 2,23%, aos 115.202,23 pontos, acumulando alta de 4,70% na semana, após três consecutivas de perdas. Os juros futuros, em meio ao alívio visto nos Treasuries hoje, encerraram o dia e, sobretudo, a semana em queda firme, com perda de inclinação diante da melhora na percepção de risco fiscal com o auxílio emergencial e o Bolsa Família dentro do teto. Nada disso, contudo, foi suficiente para tirar do real a posição de moeda com pior desempenho global neste ano e evitar a terceira semana seguida de perdas ante o dólar, que encerrou com valorização de 0,45%, a R$ 5,6835. Desde a última sexta, acumulou ganho de 1,39%.

 

 

CÂMBIO

O dólar fechou a sexta-feira acumulando alta de 1,39% nos últimos cinco dias, a terceira semana seguida de ganhos. Com isso, em 2021, a valorização da moeda americana bate em 9,54%, com o real mantendo o pior desempenho dos emergentes. Nem o cenário externo nem o doméstico têm ajudado o câmbio nos últimos pregões. Hoje a moeda americana voltou a ficar pressionada ante moedas emergentes com a nova alta da taxa de retorno (yield) dos juros de longo prazo dos Estados Unidos, que bateram em 1,6% mais cedo, o nível mais alto em um ano, embora tenham perdido fôlego na parte da tarde.

 

A aprovação da PEC Emergencial em dois turnos no Senado, mantendo o Bolsa Família dentro do teto de gastos, trouxe alívio, mas a avaliação é que o risco fiscal segue alto no Brasil, sujeito a mais ruídos com a tramitação do texto na Câmara na semana que vem. Para a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, o risco fiscal percebido pelos investidores deverá ainda seguir elevado, com impacto no câmbio e outros ativos locais, tendo em vista o caráter mais populista das últimas decisões de Jair Bolsonaro. Além do cenário interno muito incerto, Damico ressalta que o cenário externo já não está mais tão favorável para países emergentes, especialmente os mais frágeis.

 

Com esse quadro, investidores vêm fazendo reforço extra em posições compradas em dólar no mercado futuro da B3. “Estamos com pressão compradora de moeda bem significativa, principalmente dos estrangeiros”, destaca a economista da Armor. “Os fundos locais também foram às compras após o episódio da Petrobras”, completa. A Armor calcula em mais de US$ 17 bilhões as compras de dólar no mercado futuro em 2021 por grandes investidores, uma pressão extra para o câmbio.

 

Nesse ambiente de piora do cenário interno e aversão a risco no exterior, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil voltou a encostar em 200 pontos hoje, no nível mais elevado desde o começo de novembro de 2020. O dólar subiu de forma generalizada, ante divisas fortes e emergentes, com raras exceções hoje entre os países produtores de petróleo.

 

A combinação de yields em alta, que se aceleraram após dados fortes do mercado de trabalho americano em fevereiro, e ações em queda colocaram o dólar hoje no maior nível de 2021 até agora, ressalta o analista sênior de mercados do Western Union, Joe Manimbo. Ante rivais, como o iene, bateu no nível mais alto em nove meses; ante o euro, em três meses e cinco meses perante o franco suíço. Os EUA criaram 379 mil vagas em fevereiro, acima do previsto pelos analistas em Wall Street, o que ajudou a acelerar as taxas de juros por conta do temor de inflação mais alta. Este temor também é alimentado pelo pacote fiscal de Joe Biden, em análise hoje no Senado americano.

 

Após a disparada do dólar este ano no Brasil, em ritmo bem mais intenso que outros emergentes, os estrategistas do Bank of America avaliam que o real pode ter alguma recuperação. Até agora, vacinação com atraso, ruídos políticos em alta, situação fiscal difícil e a demora do Banco Central em elevar os juros pesaram contra o câmbio no Brasil. Mas o início da elevação da Selic, esperada já para este mês, e uma diminuição dos ruídos políticos podem ajudar o real a ter trajetória de normalização, mas em linha com outros emergentes, avalia o BofA.

 

O banco americano prevê o dólar perto de R$ 5,30 ao final do primeiro semestre e R$ 5,10 em dezembro. No ano, o dólar sobe 9,5% ante o real, enquanto avança 6% ante o peso mexicano, 4,5% ante o rand da África do Sul e 1,33% na Turquia.

 

Nesta sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,45%, cotado em R$ 5,6835. No mercado futuro, o dólar para abril subia 0,19% às 18h10, em R$ 5,6840. O volume de negócios, perto de US$ 14 bilhões, foi o mais fraco da semana. (Altamiro Silva Junior – [email protected])

 

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18:27

 

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.68350 0.4471 5.72210 5.65420

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL 5698.000 0.44068 5733.500 5658.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5612.000 04/03

 

 

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York firmaram alta nesta tarde e fecharam com ganhos, após um pregão volátil. De um lado, a criação de empregos acima do esperado nos Estados Unidos aumentou o otimismo dos investidores com a economia americana. Mas, de outro, a alta nos juros dos Treasuries de longo prazo nos últimos dias continuou a preocupar investidores, ainda frustrados com as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que minimizou ontem os riscos do movimento. No mercado cambial, o dólar se valorizou ante os pares, impulsionado pela perspectiva de retomada econômica mais rápida nos EUA, que, segundo analistas, deve garantir a retomada da inclinação da curva de juros, embora o movimento tenha dado uma trégua hoje, após o yield da T-note de 10 anos bater 1,61%. O petróleo também avançou, ainda impulsionado pela decisão da Opep+ de não aumentar a produção da commodity no próximo mês.

 

A recuperação no mercado acionário americano veio após uma semana de oscilação, com foco no mercado de títulos. Depois de terem recuado no começo do pregão de hoje, ações das chamadas big techs se recuperaram e deram força aos índices. No fechamento, o Dow Jones subiu 1,85%, a 31.496,30 pontos, o S&P 500 avançou 1,95%, a 3.841,94 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 1,55%, a 12.920,15 pontos. Os dois primeiros ainda conseguiram fechar a semana com ganhos, mas o Nasdaq teve perda na comparação com sexta-feira passada. Os papéis da Apple subiram 1,07% hoje e os da Microsoft, 2,15%. Em meio a um salto no preço do petróleo, ações de petroleiras como a Chevron (+4,31%) e a ExxonMobil (+3,78%) também sustentaram as bolsas.

 

No mercado de Treasuries, o rali nos juros longos deu trégua hoje, depois de o rendimento da T-note de 10 anos ter alcançado a marca de 1,61% com os dados do payroll. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, a maior economia do mundo criou 379 mil empregos em fevereiro, bem acima das projeções de analistas, de abertura de 200 mil postos. Na avaliação da Capital Economics, o resultado é reflexo da redução nas restrições às atividades econômicas, diante da melhora dos indicadores da pandemia de covid-19 no país.

 

Com isso, no final da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos operava estável em 0,136%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,549% e o do T-bond de 30 anos cedia a 2,286%. No entanto, a tendência, segundo analistas, é a continuidade da inclinação da curva de juros. Ainda que a criação de empregos tenha sido mais forte do que o esperado, isso não deve mudar a postura de política monetária do Fed, que ainda está longe de cumprir sua meta de máximo emprego. Além disso, Powell sinalizou ontem que a instituição não pretende intervir no movimento. (Leia mais na reportagem publicada às 16h51 de Brasília).

 

O dólar, por sua vez, avançou em relação a outras moedas fortes na sessão, diante da previsão de retomada mais rápida da economia americana. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, subiu 0,38%, a 91,977 pontos. “A economia dos EUA está caminhando na direção certa e isso deve manter o dólar em alta”, afirma o analista de mercado financeiro Edward Moya, da OANDA. Para ele, o Fed não está dando “nenhum sinal” de que está perto de reagir à alta dos juros, o que deve permitir a continuidade da trajetória de valorização da divisa americana.

 

Os investidores também mantiveram o foco em Washington, onde tramita o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão do presidente americano, Joe Biden. A expectativa é que a legislação passe no Senado com alterações no texto, o que exigirá uma nova análise da Câmara dos Representantes na próxima semana.

 

No mercado de commodities, o petróleo fechou outra sessão com ganhos, ainda repercutindo a reunião de ontem da Opep+, em que a Arábia Saudita decidiu manter em abril o corte voluntário de 1 milhão de barris por dia na produção. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para abril avançou 3,54%, a US$ 66,09, enquanto o do Brent subiu 3,93%, a US$ 69,36, na Intercontinental Exchange (ICE).

 

“Com suprimentos restringidos de forma mais decisiva, aumentamos nossas previsões e vemos os preços do petróleo movendo-se para bem acima de US$ 70 por barril nos próximos meses”, afirma o analista Norbert Rücker, do banco suíço Julius Baer. (Iander Porcella – [email protected])

Volta

 

JUROS

Os juros futuros encerraram a semana em queda firme, com perda de inclinação na curva patrocinada pela melhora na percepção de risco fiscal, após a aprovação da PEC Emergencial ontem no Senado, e com a ajuda do alívio no segmento de Treasuries na tarde desta sexta-feira. Após encerrarem a manhã com viés de baixa, as taxas se consolidaram em queda a partir da virada no rendimento da T-Note de dez anos, que passou a oscilar abaixo de 1,55%, após atingir 1,61% na primeira etapa. O volume expressivo de prêmio acumulado nas últimas semanas atraiu ordens de venda, mesmo num ambiente sombrio para o crescimento em meio à escalada da Covid no Brasil e o colapso no sistema de saúde e com o dólar novamente pressionado. Dentro do consenso das estimativas, a produção industrial de janeiro (+0,40%) não chegou a influenciar os negócios.

 

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 3,80% (regular) e 3,82% (estendida), de 3,859% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou a 5,41% (regular) e 5,435% (estendida), de 5,583% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2025 caiu de 7,176% para 6,95% (regular) e 7,00% (estendida) e a do DI para janeiro de 2027 fechou a regular em 7,59% e 7,64% estendida, de 7,844%.

 

O mercado de juros continuaria comemorando a aprovação da PEC, mas esbarrou na nova disparada dos retornos dos Treasuries, por sua vez, atribuída à leitura do relatório de emprego nos Estados Unidos, que mostrou um mercado de trabalho fortalecido em fevereiro. A geração de 379 mil postos superou com folga a mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 200 mil, com queda na taxa de desemprego, de 6,3% para 6,2%, endossando os temores de pressão inflacionária e de antecipação do aperto monetário nos Estados Unidos. As taxas longas subiam e as curtas oscilavam perto da estabilidade.

 

Na etapa vespertina, o movimento nos títulos do Tesouro americano perdeu força, permitindo à curva doméstica voltar a repercutir a PEC, com sucessivas mínimas principalmente nos vértices intermediários e longos. “O grande temor do mercado era a PEC, de que neste primeiro round não conseguiriam sustentar o teto”, resumiu o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno.

 

A expectativa é de tramitação rápida na Câmara, em tempo hábil para iniciar os pagamentos do auxílio ainda em março. “A recente deterioração da pandemia, com novas mortes batendo recordes a cada divulgação de dados e taxas ascendentes de ocupação hospitalar na maioria das regiões, pressionará por um processo (de votação) acelerado”, prevê o Itaú Unibanco. A previsão é de que seja votada nos dois turnos na Câmara na quarta-feira.

 

O Banco Fator destaca que aprovação da PEC emergencial no Senado tirou pressão dos juros e a curva perdeu inclinação. “Mas os níveis seguem elevados. Pressão sobre o Copom, que define a Selic dia 17 próximo”, afirma relatório da instituição, elaborado pelo economista-chefe José Francisco Lima Gonçalves. Entre os DIs para janeiro de 2022 e janeiro de 2027, o spread fechou a semana em 382 pontos-base, de 409 pontos na sexta-feira passada, após saltar a até 441 pontos na quarta-feira.

 

Mesmo com a melhora na perspectiva fiscal, o balanço de riscos do Copom parece assimétrico, com a curva ainda bastante inclinada, a desancoragem das estimativas de inflação, o avanço das commodities e do dólar, de um lado, e a deterioração da pandemia ameaçando a atividade, de outro. Tudo somado, a curva chegou a precificar apostas majoritárias em alta de 0,75 ponto porcentual da Selic no Copom de março no começo da semana, mas que arrefeceram nos últimos dias, com a previsão de aperto de 0,5 ponto voltando a prevalecer. (Denise Abarca – [email protected])

 

 

18:26

 

Operação   Último

CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 2.19

Capital de Giro (%a.a) 5.28

Hot Money (%a.m) 0.56

CDI Over (%a.a) 1.90

Over Selic (%a.a) 1.90

 

BOLSA

O Ibovespa conseguiu nesta sexta-feira se reaproximar do nível de fechamento do último dia 24, então aos 115,6 mil pontos, após ter iniciado no dia seguinte correção que o levaria aos 110 mil, com mínimas intradia a 107 mil pontos no intervalo. Hoje, oscilou entre 112.503,93 e 115.503,58, para fechar aos 115.202,23 pontos, em alta de 2,23%, acumulando ganho de 4,70% nesta primeira semana de março. Assim, o índice interrompe série de três perdas semanais, com destaque para a anterior, quando mergulhou 7,09%. Nesta sexta-feira, o giro ficou em R$ 46,5 bilhões e, no ano, o Ibovespa limita as perdas a 3,21%.

 

Após retração observada entre investidores institucionais e estrangeiros, o desconto nos preços poderia favorecer algum reingresso de fluxo na B3, em semana que chega ao fim com a superação do impasse sobre o formato da PEC Emergencial, aprovada em dois turnos no Senado com o Bolsa Família dentro do teto de gastos – há outras incertezas, no entanto, que podem frear o otimismo, como o rápido avanço dos yields nos EUA e o descontrole da pandemia no Brasil. “Na Câmara, a expectativa é de que o ‘core’ da PEC seja preservado e que havendo mudança, seja algo marginal. Isso ajuda a entender a melhora do sentimento desde a aprovação no Senado, assim como o dia positivo em Nova York, com o bom relatório sobre o emprego e a geração de vagas nos Estados Unidos, divulgado pela manhã”, aponta Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset. “Tivemos uma vitória da equipe econômica na semana, após muito ruído.”

 

“Evitou-se o pior nesta semana, prevalecendo responsabilidade fiscal com a manutenção do Bolsa Família dentro do teto. O Ibovespa reagiu a isso, porque se temia o pior. Mas o médio prazo ainda é difícil, o viés é negativo para os ativos. Estamos muito atrasados na vacinação, e com retomada de lockdown para conter a pandemia, o primeiro trimestre está perdido. Muitas instituições estão recalculando a expectativa de crescimento para o ano”, observa Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez.

 

Graficamente, “a correção do mercado foi correta e respeitou o suporte”, diz Fernando Góes, analista da Clear Corretora, enfatizando as linhas de 111 mil e 108 mil pontos como referências significativas. “Acredito que teremos um período de volatilidade até o Ibovespa conseguir alcançar nova máxima, considerando que os 118 mil pontos representam uma posição importante de resistência”, acrescenta.

 

O otimismo sobre o desempenho do Ibovespa no curtíssimo prazo disparou no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre 12 participantes, a expectativa de que a semana entre 8 e 12 de março será de alta para as ações atingiu a máxima histórica de 91,67%, contra 57,14% na edição anterior. Outro sinal da animação do mercado é o fato de que não há desta vez projeções de queda. Na pesquisa passada, eram 7,14% do total. Por fim, a perspectiva de variação neutra despencou de 35,71% para 8,33%.

 

Na última sessão da semana, os ganhos voltaram a se distribuir por empresas e setores, com destaque para alta de 5,80% em Vale ON, na marca de R$ 100,21 no fechamento, ao lado de Usiminas (+5,83%) e de CSN (+5,08%) entre as campeãs de mineração e siderurgia nesta sexta-feira. Bons ganhos também foram vistos no setor de bancos, com Bradesco ON em alta de 5,48%, Bradesco PN, de 4,73%, Santander, de 4,44%, e Itaú PN, de 3,72%. Na ponta do Ibovespa, Cogna subiu 10,00%, à frente de PetroRio (+7,60%) e de Natura (+6,52%). No lado oposto, B2W caiu 4,27%, Copel, 2,77%, e Lojas Americanas, 2,61%.

 

Os fundamentos, contudo, não têm contribuído recentemente para progressão duradoura do índice da B3, que logo no início do ano, em 8 de janeiro, renovou máxima histórica aos 125 mil pontos, com os estrangeiros acumulando compras desde novembro, o que se estenderia a meados de fevereiro. Desde então, ruídos sobre a gestão das contas públicas, interferência política na Petrobras e falta de controle da pandemia no Brasil passaram a chamar atenção dos investidores – no último caso, também das autoridades sanitárias. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a situação no País, considerada pelo diretor-geral, Tedros Adhanom, como “muito, muito preocupante”.

 

Vice-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o brasileiro Jarbas Barbosa avalia que o colapso na rede de saúde de Manaus (AM), no início do ano, pode se repetir no resto do Brasil, caso não sejam tomadas medidas “enérgicas”, como um lockdown – iniciativa que tem sofrido oposição aberta do presidente Jair Bolsonaro, e de forma velada por parcela dos governadores e prefeitos, entre idas e vindas em suspensões parciais das atividades. Barbosa observa que, mesmo os locais mais preparados do mundo, podem não suportar a demanda de pacientes sem medidas para controlar a transmissão do vírus.

 

A situação também não está livre de risco em países onde a vacinação tem avançado em ritmo mais intenso, como os EUA. Infectologista e consultor do governo Joe Biden, Anthony Fauci disse que o atual nível de contágios por lá, entre 60 mil e 70 mil casos diários, sugere risco de que o país possa sofrer novo pico da doença. Segundo ele, os EUA registraram queda acentuada nas infecções, e agora a curva de americanos infectados passa por um platô. Contudo, caso as medidas restritivas sejam suspensas, a tendência é de que a curva suba novamente, afirmou Fauci.

 

 

18:26

 

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 115202.23 2.22917

Máxima 115503.58 +2.50

Mínima 112503.93 -0.17

Volume (R$ Bilhões) 4.65B

Volume (US$ Bilhões) 8.19B

 

 

 

 

18:27

 

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 115460 1.77171

Máxima 115630 +1.92

Mínima 112435 -0.89

 

 

 

 

 

 




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