O tombo dos mercados acionários em Wall Street na véspera deixou espaço para uma correção positiva nesta quinta-feira e os investidores encontraram motivos para tal: balanços positivos, indicadores e perspectiva de que o pacote de estímulos nos EUA comece a ser analisado na próxima semana. O resultado foi de ganhos nos índices acionários de Wall Street, de cerca de 1% para o Dow Jones e o S&P 500, mas ainda insuficiente para apagar as perdas de mais de 2% de ontem. Seja como for, esse desempenho ajudou o Ibovespa a interromper uma sequência de seis pregões em queda, período no qual saiu do nível de 121 mil pontos para o de 115 mil pontos. Hoje, no entanto, com ganhos firmes nos setores de maior peso, como bancos e commodities (Petrobras, Vale e siderúrgicas), o Ibovespa recobrou mais de 3 mil pontos de uma só vez, ao subir 2,59%, aos 118.883,25 pontos. Na renda fixa, os juros futuros caíram ao longo de toda a curva, induzidos pelo clima externo positivo, leilão de prefixados, expectativa de que os candidatos do governo vençam as eleições no Congresso e deem andamento à pauta de reformas, além de ainda reverberarem a ata do Copom. Diante disso, o déficit fiscal recorde do governo central em 2020, mas abaixo da mediana das estimativas, e o dólar em alta ante o real acabaram em segundo plano. A moeda brasileira, em mais uma sessão volátil, contrariou completamente o rumo dos pares no exterior, com os participantes do mercado monitorando a situação fiscal do País e, ao contrário do que ocorre nos juros, guardando certa cautela em relação ao andamento das reforma. Hoje, S&P e Moody's alertaram para a urgência dessa agenda no Brasil. Nesse ambiente, o dólar subiu 0,53% no mercado à vista, a R$ 5,4357.
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