CENÁRIO-2: BOLSA SOBE AO MAIOR NÍVEL EM 4 MESES, DÓLAR CAI A R$ 4,95 E DI CEDE COM RISK ON
A sexta-feira foi marcada no mercado por um renovado apetite ao risco, decorrente de relatos de que a China pode lançar mão de estímulos ao setor imobiliário para reaquecer a sua economia. Essa aposta deu suporte aos ganhos de commodities e, por consequência, de ativos correlacionados mundo afora, como a Bolsa e a moeda brasileira. Também do exterior, a recepção mista do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) de maio, que mostrou forte geração de postos, mas taxa de desemprego maior que a prevista, subsidiou a visão de que o Federal Reserve vai manter os juros em junho, embora eles devam permanecer altos até o fim do ano. Internamente, a queda da produção industrial corroborou a tese de que a atividade robusta se deve a certos setores – agro à frente – e que a tendência agora adiante é desinflacionária, o que deixa espaço aberto para redução da Selic em breve. Todos esses fatores se somaram e deram ao Ibovespa uma jornada de ganho robusto. O índice teve valorização diária de 1,80% e semanal de 1,49% (a sexta seguida, mais longa marca desde o fim de 2020). Aos 112.558,15 pontos, o indicador acionário atingiu o mais alto nível de fechamento desde 31 de janeiro. No câmbio, a pressão de baixa se impôs e a moeda americana terminou a sexta-feira em R$ 4,9528, baixa de 1,07% no dia e de 0,72% ante a sexta-feira passada. A curva de juros perdeu inclinação, com destaque para o vértice de janeiro de 2027, que aos 10,78% fechou no menor nível desde 30 de dezembro de 2021. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 2,12% hoje e 2,02% na semana; o S&P 500 ganhou 1,45% e 1,83%, respectivamente; e o Nasdaq avançou 1,07% e 2,04%.
•BOLSA
•CÂMBIO
•JUROS
•MERCADOS INTERNACIONAIS
BOLSA
Com o desempenho desta sexta-feira que o alçou aos 112 mil pontos, o Ibovespa obteve o sexto ganho semanal consecutivo, em intervalo sem quebra não visto desde o início de novembro a meados de dezembro de 2020, quando havia enfileirado sete ganhos semanais, saindo então da faixa dos 95,9 mil para a dos 118 mil pontos. Agora, em ritmo gradual de recuperação – com a volatilidade da pandemia já bem para trás -, o Ibovespa iniciou a série semanal positiva, em 24 de abril, abaixo dos 104 mil pontos, e na sessão de hoje fechou em alta de 1,80%, aos 112.558,15 pontos, com giro financeiro ainda reforçado para o padrão recente, a R$ 28,5 bilhões.
Nesta sexta-feira, oscilou dos 110.567,44 aos 113.069,55 pontos, após abertura a 110.568,40, atingindo o maior nível de encerramento desde 31 de janeiro, então aos 113,4 mil pontos. No intradia, também registrou hoje a melhor marca desde 1º de fevereiro. No acumulado da semana, virou para o positivo nesta última sessão, com avanço de 1,49% no intervalo, após leve ganho de 0,15% no período anterior. A recuperação semanal se iniciou ontem, quando o Ibovespa havia avançado 2,06% com retomada nos preços das commodities, que prosseguiu hoje tanto no petróleo como no minério, e a aprovação da elevação do teto de gastos nos Estados Unidos. No combinado dessas duas primeiras sessões de junho, o índice da B3 sobe 3,90%.
Destaque nesta sexta-feira para o salto de Vale ON, em alta de 4,27% na sessão e avanço de 2,43% na semana. Nas duas primeiras sessões de junho, a ação da mineradora acumula ganho de 6,47% – no ano, ainda cede 21,88%. Petrobras ON e PN, por sua vez, subiram hoje 1,20% e 0,82%, respectivamente, encerrando a semana com ganhos de 1,26% e 1,42% no intervalo. As ações do setor financeiro, como as dos demais segmentos de peso no Ibovespa, também foram bem na sessão, com Bradesco (ON +2,62%) à frente entre as maiores instituições.
Na ponta da carteira Ibovespa nesta sexta-feira, Cosan (+7,90%), CSN (+4,91%), CSN Mineração (+4,47%) e Assaí (+4,45%). No lado oposto, Via (-10,36%), Magazine Luiza (-4,68%), Totvs (-4,19%) e Raia Drogasil (-3,60%). “As bolsas já abriram em alta, aqui e fora, refletindo a aprovação, também no Senado dos Estados Unidos, do acordo sobre o teto da dívida americana, uma aprovação já esperada, mas que reforça o otimismo”, diz João Victor Britto, especialista da Blue3 Investimentos.
“Reação positiva com a proposta de elevação do teto da dívida americana seguindo agora para sanção, a assinatura do presidente Joe Biden, o que retira do radar a possibilidade de calote e reforça o apetite global por risco”, acrescenta Paloma Brum, analista da Toro Investimentos, mencionando também o otimismo doméstico com relação ao PIB do primeiro trimestre, divulgado ontem. A leitura acima do esperado para a atividade econômica veio no momento em que o mercado já demonstrava ânimo mais favorável quanto às contas públicas desde a aprovação, na Câmara, do arcabouço fiscal, reforçando movimento de ajuste na curva de juros com a perspectiva de Selic menor no segundo semestre, observa a analista.
“Pregão dos sonhos hoje com o kit Brasil, todo, funcionando: Bolsa fechando perto dos 2% de alta, dólar voltando para baixo da barreira dos R$ 5, e DI longo despencando, com os vértices de 2030 e 2031 caindo mais de 1%, voltando a patamares não vistos desde o período pré-eleição [de outubro passado]”, diz Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos. “Pregão muito bom para os ativos brasileiros, com a remoção do risco de cauda relacionado à dívida americana, um problema empurrado com a barriga por mais alguns anos”, acrescenta.
Apesar do otimismo que prevaleceu hoje, e considerando o quanto de expectativa positiva já foi para o preço dos ativos, o quadro para o desempenho das ações na B3 no curtíssimo prazo está, de maneira geral, dividido entre alta e estabilidade, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 44,44% esperam ganhos para o Ibovespa na próxima semana e outros 44,44% preveem variação neutra. Apenas 11,12% acreditam que a Bolsa terá perda na semana que vem, mais curta com o feriado de Corpus Christi. No levantamento anterior, 50,0% esperavam ganhos, 37,50%, estabilidade, e 12,50% antecipavam perdas para a Bolsa na semana que agora termina. (Luís Eduardo Leal – [email protected])
18:02
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 112558.15 1.80301
Máxima 113069.55 +2.27
Mínima 110567.44 0.00
Volume (R$ Bilhões) 2.84B
Volume (US$ Bilhões) 5.74B
18:03
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 113240 1.48317
Máxima 113480 +1.70
Mínima 111750 +0.15
CÂMBIO
O dólar à vista emendou o segundo pregão de queda firme no mercado doméstico de câmbio nesta sexta-feira, 2, e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,00 após quatro sessões. Houve relatos de entrada de fluxos de exportadores e desmonte de posições cambiais defensivas, em meio a forte apetite ao risco no exterior e a uma onda de valorização de divisas emergentes diante da expectativa de medidas de estímulo econômico na China. As cotações do petróleo subiram mais de 2%, com o tipo brent para agosto encerrando em alta de 2,39%, a US$ 76,13 o barril, às vésperas de encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Em baixa desde a abertura, o dólar rompeu a barreira psicológica dos R$ 5,00 na primeira hora de negócios e registrou mínima ainda pela manhã, a R$ 4,9467. No fim da sessão, a moeda recuava 1,07%, cotada a R$ 4,9528. O real, que apanhou mais que seus pares recentemente, hoje apresentou o melhor desempenho entre emergentes. Após ter fechado em R$ 5,0730 na quarta-feira, último pregão de maio, o dólar caiu 2,37% no dois primeiros dias de junho e terminou a semana com baixa de 0,72%. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para julho teve giro razoável, acima de US$ 12 bilhões.
“Os mercados estão mais otimistas hoje, com alta forte das bolsas em Nova York e do Ibovespa. Petróleo e minério de ferro estão subindo com a expectativa de estímulos à economia na China, o que favorece as moedas emergentes como o real”, afirma o líder de renda variável da Manchester Investimentos, Marco Noernberg, acrescentando que a aprovação pelo Senado americano, ontem à noite, do projeto para aumento o teto da dívida dos EUA trouxe alívio aos investidores.
Referência do comportamento do dólar frente a seis divisa fortes, o índice DXY voltou a tocar o nível dos 104,000 pontos, com fortes ganhos da moeda americana ante iene, euro e libra. Divulgado pela manhã, o relatório de emprego (payroll) mostrou geração de 339 mil vagas nos EUA em maio, bem acima da mediana de Projeções Broadcast (200 mil). A taxa de desemprego, porém, subiu de 3,5% em abril para 3,7% em maio, ante projeção de queda para 3,4%. Além disso, o salário médio por hora cresceu abaixo do esperado na comparação anual.
Casas como Jefferies, Commerzbank e ING, por exemplo, afirmam que a desaceleração gradual do ritmo de aumento dos salários abre uma janela para que o Federal Reserve adote uma pausa no processo de alta dos juros em sua reunião de política monetária neste mês (dia 14). As atenções se voltam agora para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio, na véspera da decisão do BC americano.
Monitoramento da CME mostra que as chances de manutenção dos Fed Funds seguem acima de 70%. De outro lado, as apostas em redução dos juros no fim do ano deixaram de ser majoritárias. A Oxford Economics afirma que, mesmo com uma pausa em junho, não se pode descartar a possibilidade de que o Fed eleve a taxa básica no segundo semestre, dependendo dos dados de inflação e atividade. A casa vê início de ciclo de afrouxamento apenas em 2024, e de forma bem gradual.
Segundo o economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, o real se beneficiou hoje da forte correlação com o peso mexicano, que se valorizou na esteira do avanço das cotações do petróleo no mercado internacional. Estímulos monetários na China poderiam levar a um crescimento da economia entre 5,00% e 5,5% neste ano, com avanço do consumo de bens duráveis. “Isso contribuiria para que os preços das commodities permanecessem relativamente elevados e a cesta de moedas de economias exportadoras trilhasse a valorização em relação ao dólar”, afirma Maciel, em relatório, acrescentando que o otimismo com o chamado “Kit Brasil”, que combina “posições dadas na curva de juros futuros com posições compradas em real”, ajuda a manter a taxa de câmbio abaixo de R$ 5,00. (Antonio Perez – [email protected])
18:02
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 4.95280 -1.0706 5.00440 4.94670
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL 4985.000 -1.16971 5030.500 4972.500
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5009.000 -1.17392 5009.000 5009.000
JUROS
A semana terminou com perda de inclinação na curva de juros. Os contratos de curto prazo fecharam entre a estabilidade e viés de alta, enquanto os longos cederam mais de 10 pontos-base, refletindo a melhora da percepção sobre o cenário inflacionário e fiscal, além do apetite ao risco no exterior, que tem atraído fluxo externo para ativos brasileiros. A queda da produção industrial em abril corroborou o que havia indicado ontem pelo PIB, que o setor, após a fraqueza no primeiro trimestre, continuou sofrendo no segundo, o que ajuda a sustentar as apostas no início do ciclo de desaperto monetário nos próximos meses. A queda do dólar para R$ 4,95 também favoreceu o desenho da curva que, no acumulado da semana, igualmente desinclinou.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou em 13,215% (máxima), de 13,192% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 11,45% para 11,47%. A do DI para janeiro de 2027 recuou de 10,87% para 10,78%, taxa que representa o piso desde o fechamento de 30/12/2021, de 10,57%. O DI para janeiro de 2029 fechou com taxa a 11,10%, de 11,21%. Na semana, a ponta curta e a intermediária ficaram de lado. Os DIs longos cederam em torno de 20 pontos.
A busca por risco nesta sexta-feira foi evidenciada pelo forte desempenho das ações, das commodities e da alta nos juros dos Treasuries, reverberando no mercado local. A aprovação do acordo para a suspensão do teto da dívida dos Estados Unidos no Congresso representa um fator a menos de tensão para os ativos, mas ainda faltava o payroll de maio para confirmar se o crescimento das apostas num Federal Reserve mais dovish a partir de agora se sustentaria.
Ainda que a geração de 339 mil postos de trabalho nos Estados Unidos em maio tenha superado largamente o consenso de mercado, de 200 mil vagas, o avanço de 0,3% do salário médio por hora veio dentro do esperado e a taxa de desemprego subiu 3,7%, além dos 3,5% previstos, dando suporte à expectativa de que os juros americanos entrarão agora num período de estabilidade.
“Os dados emitem sinais mistos, embora o quadro geral permaneça o de resiliência do mercado de trabalho. Os números não alteram nossa estimativa de que o Federal Reserve não elevará o juro na reunião de junho”, disse o economista Francisco Nobre, da XP Investimentos, acrescentando, porém que a possibilidade de novos aumentos adicionais não pode ser descartada.
Também impulsionou os negócios a notícia de que a China, que vinha mostrando dados econômicos mais fracos, passou a considerar um novo pacote de medidas para impulsionar a atividade, segundo a Bloomberg.
Além do exterior, o economista da Guide Investimentos Victor Beyruti afirma que a curva respondeu a questões internas, principalmente aos sinais de perda de fôlego do crescimento adiante, já presentes ontem no PIB, cuja expansão no primeiro trimestre ficou concentrada, pelo lado da oferta, no setor agropecuário, enquanto pelo lado da demanda houve fraqueza generalizada. “O PIB já mostrava queda do consumo e um desempenho ruim da indústria. E a PIM hoje sinalizou para isso também no começo do segundo trimestre”, disse. A produção industrial caiu 0,6% na margem em abril, mais do que apontava a mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast (-0,3%).
Tal quadro respalda a ideia de que a política de juros contracionista do Banco Central já esfriou a atividade, justificando a sinalização da curva de que a Selic deve começar a ser reduzida no início do segundo semestre. Beyruti afirma que as taxas curtas estão mais resistentes a fechar porque já haviam cedido muito, com tal percepção tendo sido bem precificada. Com isso, o mercado foi atrás do prêmio da ponta longa, confiante também no avanço da tramitação do texto do arcabouço fiscal no Senado. (Denise Abarca – [email protected])
MERCADOS INTERNACIONAIS
A aprovação do teto da dívida dos EUA e o desempenho firme do emprego apontado pelo relatório payroll de resiliência da economia americana, acompanhadas por sinais de arrefecimento na inflação, impulsionaram o apetite por risco em Wall Street. As bolsas de Nova York avançaram fortemente e o Dow Jones subiu 2%, com apoio sobretudo do salto de 8% da 3M. Empresas do setor de energia também se destacaram, em meio ao sólido ganho do petróleo, diante da expectativa pela cúpula da Opep+ no próximo domingo. O clima geral reduziu a demanda por Treasuries e prejudicou o dólar ante emergentes, mas a moeda americana ganhou ante rivais no geral, ainda que tenha se consolidado aposta por manutenção dos juros este mês.
“Os mercados de ações globais terminaram a semana com uma tom mais positiva, depois que o governo dos EUA concordou em aumentar o teto da dívida”, escreveu o analista Aexel Rudolph, do IG, conforme a Dow Jones Newswires.
Esse ambiente revigorou o ânimo em Wall Street. No fechamento, o índice Dow Jones subiu 2,12%, apoiado pelo salto nos papéis da 3M (+8,75%) e da Carterpillar (+8,40%), após a Bloomberg reportar que a primeira chegou a um acordo provisório de US$ 10 bilhões para encerrar um processo judicial sob acusações de poluição ambiental. O Nasdaq, por sua vez, avançou 1,07%.
Já o índice S&P 500 fechou em alta de 1,45%, com os setores de materiais, indústria e energia liderando os ganhos. Empresas de energia receberam suporte particular do avanço do petróleo no mercado de commodities, com investidores de olho também em possíveis cortes na produção da Opep+ neste final de semana. Hoje, o WTI para julho fechou em alta de 2,34% (US$ 1,64), a US$ 71,74 o barril, na Nymex, e o Brent para agosto avançou 2,49% (US$ 1,85), a US$ 76,13 o barril, na ICE.
Ainda entre os destaques, os papéis de fabricantes de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês) tiveram forte alta, seguindo anúncio da General Motors (+3,82%) de novo acordo empresarial para alavancar a produção no setor, desta vez relativo aos materiais e cadeias de suprimento utilizados.
Segundo analistas, o movimento forte nos mercados acionários pode estar relacionado a expectativas de que uma recessão da economia americana esteja mais distante do que o esperado. “Minha visão do risco de recessão definitivamente caiu nas últimas quatro a cinco semanas”, observou Ronald Temple, estrategista-chefe de mercado da Lazard.
Esta perspectiva seria resultado do relatório de empregos, conhecido como payroll, que demonstrou resiliência do mercado de trabalho dos EUA em maio. O documento apresentou abertura de vagas acima do esperado (339 mil), embora com avanço na taxa de desemprego (3,7%) e desaceleração no salário médio por hora.
A leitura mista do payroll incentivou uma alta pontual nas apostas pela manutenção dos juros básicos pelo Fed na decisão monetária de junho pela manhã, conforme monitoramento do CME Group. No final da tarde, porém, esta probabilidade reunia 67,8% (de 79,6%ontem) das apostas do mercado, contra 32,2% de chance de alta de 25 pontos-base nos Fed funds.
Para o BMO, investidores estão prevendo que os dirigentes devem pausar o aperto em junho, apenas para retomar a decisão monetária de julho, significando que “o Comitê terá uma janela mais larga para entender o aperto monetário cumulativo antes de dar um veredicto”. Neste cenário, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,499%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,696% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,881%.
Com as ponderações sobre a política monetária do Fed e a aprovação do teto da dívida no Congresso, os rendimentos dos Treasuries subiram e o dólar avançou contra moedas fortes, embora a moeda americana não tenha conseguido sustentar a alta contra boa parte das emergentes. Por volta das 17h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 4,499%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,696% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,881%. No horário citado, o dólar subia a 139,97 ienes, o euro caía a US$ 1,0711 e a libra tinha baixa a US$ 1,2451. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,44%, a 104,015 pontos, com avanço de 0,79% na comparação semanal.
Contra a moeda argentina, o dólar avançava a 240,9200 pesos argentinos, após O BC do país anunciar a renovação e a ampliação de um acordo de swap cambial com a China.
Também nesta tarde, a Fitch manteve a observação negativa sobre os ratings soberanos ‘AAA’ dos Estados Unidos, mesmo com a aprovação do teto da dívida. A agência de classificação de risco aponta que houve uma deterioração constante na governança nos últimos 15 anos, com maior polarização política e partidarismo. Em coletiva, a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre defendeu que o mercado de Treasuries continua a ser o mercado mais seguro e líquido do mundo.