[BOLETIM] PMIS FRACOS TRAZEM PESSIMISMO ANTES DE PAYROLL E ORÇAMENTO DA GUERRA FICA NO FOCO

Blog, Cenário
Os indicadores desta sexta-feira começam a mostrar os danos iniciais da pandemia de coronavírus pelo mundo e o ambiente é bem negativo nas bolsas internacionais. No Brasil, o coronavírus divide as atenções com o presidente Jair Bolsonaro, que segue em negação sobre a real dimensão da crise atual. No foco local fica a votação, na Câmara, da PEC do Orçamento de Guerra, que permite a separação do orçamento e dos gastos realizados para o combate à covid-19 do orçamento geral da União. Além do exterior, os conflitos gerados por Bolsonaro também trazem cautela. Após ter pedido união entre os poderes na terça-feira, Bolsonaro voltou a atacar governadores e a pedir pelo fim do isolamento social. E mirou também no ministro da Saúde, Henrique Mandetta, dizendo que ambos não estão se "bicando" há algum tempo, que nenhum ministro seu é "indemissível", mas que não pretende demiti-lo "no meio da guerra". Falou ainda que o ministro extrapolou e que ele não tem humildade. O presidente declarou também que desconhece hospitais lotados no Brasil por conta da covid-19 e que a doença "não é tudo isso que estão pintando". Mandetta respondeu em entrevista se os hospitais não estão lotados é porque o isolamento social está funcionando e que "quem tem mandato popular fala. Quem não tem, como eu, trabalha". Bolsonaro ameaçou reabrir o comércio com uma "canetada", se a partir da próxima semana “não começar a voltar o emprego, vou ter de tomar uma decisão”. No exterior, a China anunciou há pouco a redução de compulsórios e liberação de US$ 56,5 bi em crédito para empresas afetadas por coronavírus. Logo mais tem o relatório de emprego dos Estados (payroll) de março. Economistas avaliam que milhões já perderam emprego nos EUA, o novo epicentro da pandemia, mas o payroll ainda deve ficar na casa dos milhares, com mediana das projeções em 100 mil demissões. Mais de 200 mil pessoas já foram infectadas nos EUA e ao menos 4.500 morreram pela covid-19. No mundo, são mais de 1 milhão de infectados e de 54 mil mortes. Mais cedo, uma série de índice de atividade, os PMIs, divulgados na Europa vieram bem abaixo do esperado, em mínimas históricas, mostrando contração na economia da zona do euro e Alemanha. O petróleo, porém, se recupera nesta manhã com alta de mais de 8% no Brent em meio a expectativas de que Arábia Saudita e Rússia fechem um acordo para encerrar suas divergências no mercado da commodity e diante da esperança de que a Opep e aliados decidam por corte de oferta na reunião da próxima segunda-feira. Esse movimento deve impulsionar as ações da Petrobras, cujos American Depositary Receipts (ADRs) avançavam mais cedo mais de 3% no pré-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse).   PMI e Orçamento de guerra na agenda local - O índice dos gerentes de compras (PMI) composto e do setor de serviços do Brasil em março sai às 10 horas. Na passagem de janeiro para fevereiro, o indicador composto recuou de 52,2 para 50,9 (nível mais baixo em 8 meses), enquanto o de serviços foi de 52,7 para 50,4. A Câmara vota PEC do Orçamento de Guerra, que permite a separação do orçamento e dos gastos realizados para o combate à covid-19 do orçamento geral da União, às 10 horas. No mesmo horário, o Banco Central realiza operações compromissadas em moeda estrangeira, via e-mail, até 14h00.   Payroll dos EUA no foco global - O relatório de empregos (payroll) dos EUA de março será divulgado às 9h30. As previsões do mercado variam de +50 mil vagas a -300 mil postos de trabalho, com mediana de -100 mil vagas, de acordo com pesquisa do Projeções Broadcast. A leitura final do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços de março também está programado às 8h45. O presidente americano, Donald Trump, reúne-se com executivos-chefes de petrolíferas.   Governo estima déficit primário para 2020 de R$ 419,2 bilhões - O governo deve registrar neste ano déficit primário de R$ 419,2 bilhões em 2020, o equivalente a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção foi apresentada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Jr. Ele justificou que a estimativa leva em conta a adoção de medidas para combate às consequências econômicas do novo coronavírus.   Congresso aprova PLN 2 para flexibilizar gastos durante pandemia de coronavírus -Senadores finalizaram ontem à noite a aprovação do projeto que organiza as regras do orçamento impositivo (PLN 2/2020) e flexibiliza gastos durante a pandemia do novo coronavírus. Foram 78 votos favoráveis e nenhum contrário. O projeto garante ao Executivo ditar o ritmo de execução do orçamento durante o ano e bloquear despesa.   Justiça em SP proíbe cortes em serviços de telecomunicações, gás e água - A Justiça Federal em São Paulo concedeu liminar que impede corte no fornecimento de serviços de telecomunicações, água e gás canalizado por falta de pagamento durante o estado de calamidade pública, em vigor devido à pandemia do novo coronavírus. A decisão também obriga o restabelecimento dos serviços de clientes que foram desligados devido à inadimplência. O pedido foi apresentado por meio de ação civil pública pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idecon).   Juiz manda Bolsonaro excluir igrejas da lista de serviços essenciais -O juiz federal Manoel Pedro Martins de Castro Filho, da 6ª Vara de Brasília, determinou que o governo Jair Bolsonaro adote medida para impedir que “atividades religiosas de qualquer natureza” permaneçam incluídas no rol de atividades e serviços essenciais para fins de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus". A decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal.   Mandetta ganha apoio de mulher de Moro e campanha nas redes -A advogada Rosângela Wolff Moro, mulher do ministro da Justiça, Sergio Moro, manifestou na noite desta quinta-feira apoio ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nas redes sociais. Em paralelo, uma campanha em defesa do titular da Saúde subiu ao topo das menções no Twitter com a hashtag #somostodosMandetta, apoiada por diversos políticos.    SINAIS MISTOS   Bolsas europeias e futuros de NY recuam - As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam em baixa, à medida que o número de casos de coronavírus no mundo ultrapassou a barreira de 1 milhão, após dados de atividade industrial e de serviços do bloco europeu nas mínimas históricas e à espera do relatório de emprego dos EUA (payroll) de março, que deverá mostrar o forte impacto da doença na economia americana. Às 7h18, a Bolsa de Londres caía 1,23%, a de Frankfurt recuava 0,43% e a de Paris se desvalorizava 0,98%. Em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 1,29%, 0,43% e 0,22%, respectivamente. Nos mercados futuros de NY, Dow Jones perdia 1,33%, S&P500 cedia 1,20% e Nasdaq recuava 1,22%. O euro caía a US$ 1,0808, ante US$ 1,0851 no fim da tarde de ontem. A libra recuava a US$ 1,2275, ante US$ 1,2395 no fim da tarde de ontem.   Alemanha: PMI Composto cai a 35 em março, mínima histórica - O índice de gerentes de compras (PMI) composto da Alemanha, que engloba os setores de serviços e industrial, caiu de 50,7 em fevereiro para a mínima histórica de 35 em março, em meio aos efeitos adversos da pandemia de coronavírus, segundo pesquisa final divulgada hoje pela IHS Markit. Somente o PMI de serviços da Alemanha recuou de 52,5 em fevereiro para 31,7 em março, também mínima inédita. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas, de 34,3. As leituras dos PMIs abaixo de 50 mostram que a atividade econômica alemã se contraiu em ritmo recorde no mês passado.   Zona do euro: PMI Composto cai também à mínima histórica - O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 51,6 em fevereiro para a mínima histórica de 29,7 em março, em meio aos efeitos adversos da pandemia de coronavírus, segundo pesquisa final da IHS Markit. O resultado ficou bem abaixo da leitura prévia de março e da previsão de analistas (31,4) em ambos os casos. No mesmo período, apenas o PMI de serviços da zona do euro recuou de 52,6 para 26,4, também mínima inédita. A estimativa preliminar havia sido de 28,4.   Reino Unido: PMI Composto cai a 36 em março, mínima histórica - O índice de gerentes de compras (PMI) composto do Reino Unido, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 53 em fevereiro para a mínima histórica de 36 em março, segundo pesquisa final da IHS Markit em parceria com a CIPS. No mesmo período, apenas o PMI de serviços britânico recuou de 53,2 para 34,5, também mínima inédita e abaixo da previsão de analistas (34,7).   Zona do Euro: vendas no varejo sobem mais que o esperado em fevereiro - As vendas no varejo da zona do euro subiram 0,9% em fevereiro ante janeiro, segundo a Eurostat. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas (+0,1%), mas também é anterior ao impacto da pandemia de coronavírus na economia do bloco. Na comparação anual, as vendas do setor varejista da zona do euro cresceram 3% em fevereiro.   Turquia: inflação anual desacelera a 11,86% em março - A taxa anual de inflação ao consumidor da Turquia desacelerou de 12,37% em fevereiro para 11,86% em março, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira. Em relação a fevereiro, o índice de preços ao consumidor da Turquia subiu 0,57% no mês passado.   Bolsas da Ásia fecham sem direção única - As bolsas asiáticas fecharam perto da estabilidade ou com perdas moderadas nesta sexta-feira em meio ao avanço do coronavírus, a volatilidade do petróleo e espera do payroll dos EUA, que deve mostrar forte deterioração no mercado de trabalho em função da pandemia. Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,60% hoje. No Japão, o Nikkei teve alta marginal de 0,01%, assim como o sul-coreano Kospi, +0,03% em Seul. O Hang Seng caiu 0,19% em Hong Kong. Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 1,68% em Sydney. Às 7h21, o dólar subia a 108,49 ienes, ante 10793 ienes no fim da tarde de ontem.   China reduz compulsórios e libera US$ 56,5 bi em crédito para empresas - O banco central da China, conhecido como PBoC, decidiu nesta sexta-feira reduzir compulsórios bancários pela segunda vez em menos de um mês, como parte de uma estratégia de Pequim de estimular uma economia fortemente atingida pela pandemia de coronavírus. O PboC vai cortar os compulsórios exigidos de pequenos e médios bancos comerciais e rurais em um ponto porcentual, liberando 400 bilhões de yuans (US$ 56,5 bilhões) em liquidez no sistema bancário. Também vai reduzir a taxa de juros cobrada sobre excesso de reservas dos bancos, de 0,72% para 0,35%.   China: PBoC vai priorizar retorno ao trabalho e suporte à economia - Liu Guoqiang, vice-presidente do PBoC, disse nesta sexta-feira que reguladores irão guiar os bancos comerciais do país a abrirem mão de parte do lucro para apoiar a economia enquanto o banco central mantém ampla liquidez no sistema financeiro. Ele alertou, no entanto, contra o corte das taxas de depósito de referência, já que reduzir taxas de empréstimo prejudicou a lucratividade dos bancos, há risco de alta na inflação ao consumidor e uma possível desvalorização do yuan.   China: PMI de Serviços sobe de 26,5 em fevereiro para 43,0 em março - O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços da China subiu de 26,5 em fevereiro para 43,0 em março, informou a IHS Markit em parceria com a Caixin Media. A leitura ficou novamente abaixo da marca de 50, que divide expansão de contração, mas indica que houve um alívio do ritmo de queda. O PMI composto, que reúne os setores industrial e de serviços, avançou de 27,5 em fevereiro para 46,7 em março.   Japão: PMI Composto cai de 47,0 em fevereiro para 36,2 em março - O índice de preços de gerentes de compras (PMI) composto do Japão caiu de 47,0 em fevereiro para 36,2 em março, informou a IHS Markit. Já o PMI do setor de serviços despencou de 46,8 em fevereiro para 33,8 em março. A linha dos 50 separa a atividade do setor entre expansão e contração. O resultado do mês passado ficou a apenas 0,1 ponto porcentual de equiparar o recorde negativo da série histórica, estabelecido em fevereiro de 2009 (33,7).   Petróleo dispara -  Os contratos futuros de petróleo disparam em meio a informações de que os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) podem discutir, a partir de segunda (6), cortes de ao menos 6 milhões de barris em sua oferta diária combinada da commodity. Às 7h22, o petróleo WTI para maio subia 4,15% na Nymex, a US$ 26,33 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 8,32% na ICE, a US$ 32,42 o barril.          
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