[BOLETIM] MERCADOS GLOBAIS BUSCAM RECUPERAÇÃO E BOLSONARO PROCURA SUBSTITUTO DE MANDETTA

Blog, Cenário
As bolsas europeias e os futuros de Nova York ensaiam recuperação das perdas da véspera nesta quinta-feira, apoiados em sinais de que o pico do coronavírus já pode ter passado nessas regiões e com alguns países se preparando para amenizar as medidas de isolamento social. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que os dados sugerem que o país "já superou o pico" dos casos e que hoje deve apresentar as diretrizes para a reabertura da economia. A Alemanha se prepara para reabrir a economia na próxima semana, quando a Volkswagen também deve retomar as operações no país, após um mês com as fábricas paradas. E ontem, a China não registrou nenhuma morte pelo covid-19. No radar hoje ficam os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA da semana passada, que têm ficado em mais de 6 milhões nas últimas semanas. No Brasil, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reafirmou ontem que o pico do coronavírus deve ser atingido em maio, na contramão do presidente Jair Bolsonaro, que disse recentemente que o vírus começa a "ir embora". Quem deve ir embora é, na verdade, o ministro da Saúde, que mostra cansaço com a queda de braço com Bolsonaro sobre as diretrizes para combate da pandemia. "São 60 dias de batalha. Isso cansa!", afirmou, em entrevista ao site da revista Veja, divulgada na noite desta quarta-feira. Mandetta disse que fica no cargo só até se oficializar o nome de quem for substituí-lo - nome que ele próprio afirma desconhecer, apesar da garantia de ajudar quem quer que assuma a função. Não deve ser o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, conforme rumores que circularam ontem. “Tenho um compromisso com o ministro Mandetta. O dia que ele sair, eu saio junto com ele”, declarou na coletiva de ontem. “Eu entrei no Ministério da Saúde muito jovem, em 1981. Ano que vem eu completo 40 anos de Ministério da Saúde. Eu não vou jogar no lixo esse meu patrimônio", justificou. Defensor do fim do isolamento, Bolsonaro começa a se reunir hoje com cotados para substituir Mandetta. E o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, por unanimidade, que Estados e municípios têm autonomia para regulamentar medidas de isolamento social. Ontem, o Brasil renovou o recorde de mortos em 24 horas, com 204 óbitos. Desde o começo da pandemia 1.736 já morreram pelo covid-19. Também houve ontem novo recorde no número de casos confirmados, de 3.058, elevando o total de contaminados identificados pelo governo para 28.320. Em dia de agenda local fraca, os mercados locais abrem com a notícia de que o Senado concluiu ontem a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do "orçamento de guerra". Uma segunda votarão será necessária e está marcada para ocorrer nesta sexta-feira, 17. Como houve alterações, o texto terá de retornar para a Câmara. O Senado alterou a PEC para garantir que empresas socorridas pelo governo federal tenham a obrigação de manter empregos. A proposta autoriza o BC a vender os títulos após o período de calamidade.   Plenária do FMI e Bird e pedidos de auxílio-desemprego nos EUA no foco - A agenda traz a plenária virtual conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que contará com a presença do presidente do BC, Roberto Campos Neto (8h00). A prévia do Indicador de Incerteza (IIE-Br) de abril também está programada (10h15). O Tesouro leiloa LTN e LFT (11h00). Nos Estados Unidos, são esperados os pedidos de auxílio-desemprego na semana até 11/04 e o Índice de atividade regional do Fed da Filadélfia de abril (9h30), além do relatório da Opep com projeções para o mercado de petróleo. O Banco Morgan Stanley publica balanço do 1º trimestre (8h15). Na China, à noite, serão divulgados o Produto Interno Bruto do 1º trimestre e os resultados da produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos em março (23h00).    APETITE POR RISCO   Bolsas europeias e índices futuros de NY sobem -  As Bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam em alta, revertendo quedas de ontem após indicadores e balanços desanimadores que mostraram o violento impacto da pandemia do novo coronavírus na economia dos EUA. Em tom otimista, o presidente americano, Donald Trump, disse ontem que as últimas informações sugerem que o país "já superou o pico" dos casos da Covid-19. Os ganhos dos índices europeus são limitados por indicadores fracos, como a produção industrial da Zona do Euro. Às 7h27, no mercado futuro em NY, Dow Jones subia 0,51%, S&P 500 avançava 0,62% e Nasdaq se valorizava 0,93%. Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,27%, a de Frankfurt avançava 1,05% e a de Paris se valorizava 0,77%. O euro caía a US$ 1,0879, ante US$ 1,0919 no fim da tarde de ontem. A libra recuava a US$ 1,2480, de US$ 1,2537 no fim da tarde de ontem.   Zona do Euro: produção industrial cai 0,1% em fevereiro - A produção industrial da zona do euro recuou 0,1% em fevereiro ante janeiro, segundo a Eurostat. O resultado, que é anterior ao impacto mais agressivo do coronavírus na economia do bloco, veio em linha com a expectativa de analistas. Na comparação anual, a indústria do bloco reduziu a produção em 1,9% em fevereiro, também como projetado pelo mercado.   Alemanha: inflação anual desacelera a 1,4% em março - O índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha subiu 1,4% em março ante igual mês de 2019, desacelerando ante o acréscimo anual de 1,7% observado em fevereiro, segundo dados finais publicados hoje pela agência de estatísticas alemã, a Destatis. Em relação a fevereiro, o CPI alemão subiu 0,1% em março. Os resultados confirmaram as estimativas preliminares e vieram em linha com as previsões de analistas.   Bolsas da Ásia fecham mistas - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com investidores atentos a dados que mostram o violento impacto da pandemia do novo coronavírus na economia global. A expectativa é pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre, que deverá mostrar sua primeira contração em quase 30 anos. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,31%. No Japão, o índice Nikkei caiu 1,33%, enquanto o Hang Seng recuou 0,58% em Hong Kong. O índice Kospi teve baixa marginal de 0,01 ponto, depois de não operar ontem devido a eleições legislativas na Coreia do Sul. Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 0,92% em Sydney. Às 7h30, o dólar subia a 107,65 ienes, ante 107,48 ienes no fim da tarde de ontem.   China: Preços de moradias novas avança 5,25% na comparação anual de março - O preço médio de novas moradias em 70 cidades na China subiu 0,12% em março ante fevereiro, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país. Em fevereiro, os preços médios ficaram estáveis na comparação mensal. Em relação a março do ano passado, os preços médios de novas moradias avançaram 5,25%, contra um ganho anual de 5,83% em fevereiro.   BC das Filipinas anuncia corte emergencial de juros - O BC filipino voltou a reduzir hoje os juros dos instrumentos overnight para tomada e concessão de empréstimos em 0,50 ponto porcentual, a 2,75% e 3,25%, respectivamente. O último corte na mesma proporção ocorreu há menos de um mês.   Principais autoridades do governo da Nova Zelândia cortam próprios salários em 20% - O primeiro escalão do governo da Nova Zelândia vai cortar o próprio salário em 20% pelos próximos seis meses em um gesto de reconhecimento dos sacrifícios das pessoas ao lidar com os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que a redução se aplica aos ministros de governo, aos executivos-chefes de organizações governamentais e que o líder da oposição, Simon Bridges, havia prometido participar voluntariamente do gesto.   Petróleo ensaia recuperação - Os contratos futuros do petróleo ensaiam uma recuperação nesta manhã, após o WTI atingir ontem seu menor nível em mais de 18 anos, à espera do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre o mercado da commodity. Ontem, a Agência Internacional de Energia (AIE) previu que a demanda global por petróleo vai sofrer queda recorde este ano em função do impacto da pandemia do novo coronavírus. Às 7h30, o petróleo WTI para maio subia 1,96% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 20,26 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 3,14% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 28,55 o barril.  
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