A forte aversão global ao risco vista na primeira metade desta segunda-feira perdeu bastante intensidade à tarde, depois que autoridades, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), disseram ser improvável que a nova variante do coronavírus, identificada no Reino Unido, inviabilize as vacinas. Assim, houve espaço para que avanços no processo legislativo para a aprovação do pacote fiscal de US$ 900 bilhões nos Estados Unidos trouxessem alívio aos ativos. Os principais índices americanos chegaram a praticamente zerar as quedas do dia, com o Dow Jones, inclusive, encerrando em território positivo. As perdas do petróleo foram reduzidas a menos de 3%, ante os cerca de 6% verificados no começo da sessão. Essa melhora teve efeito direto nos mercados domésticos. Enquanto os juros futuros zeraram a alta, mesmo após os vencimentos longos dispararem cerca de 20 pontos pela manhã, Bolsa e real reduziram as perdas a menos da metade do que o registrado no pior momento do dia. Mas, na reta final, o mercado teve pequena reação negativa ao debate de uma PEC que eleva em 1% as transferências da União para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discutiu com o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), e se negou a retirar da pauta a proposta. Mesmo assim, o Ibovespa, que chegou a beliscar a casa de 114 mil pontos, após ter encerrado a sexta-feira em 118 mil pontos, terminou com baixa de 1,86%, aos 115.822,57 pontos. As ações de Petrobras, Vale e aéreas seguiram no vermelho, mas com perdas muito menos pronunciadas. O dólar operou o dia todo em alta, mas depois de bater em R$ 5,22 logo no começo do dia, foi desacelerando e terminou com valorização de 0,78%, a R$ 5,1228.
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